Os oito times candidatos ao verdadeiro Campeonato Pernambucano de 2016

Participantes da 1ª fase do Campeonato Pernambucano de 2016

O Campeonato Pernambucano de 2016 começará ainda em janeiro, durante a pré-temporada dos grandes clubes de futebol do país. Por mais datas, a FPF conseguiu junto à diretoria de competições da CBF a antecipação da primeira fase, uma vez que os oito participantes estavam sem atividade. A definição da tabela saiu somente agora, após a final da segunda divisão estadual, no Carneirão, com o inédito título do Belo Jardim sobre a Acadêmica Vitória.

O regulamento da fase preliminar é simples. São dois grupos de quatro times, jogando em turno e returno – a abertura será com o clássico caruaruense Porto x Central. Após seis rodadas, o primeiro colocado de cada chave avança ao hexagonal do título, o campeonato estadual “de fato”, que já tem a garantia de Santa Cruz, Sport, Náutico e Salgueiro, os representantes locais nas três primeiras divisões do Brasileiro – a exigência  técnica para a pré-classificação. Mais do que isso, os dois times garante vaga na Série D. Enquanto isso, os seis eliminados vão para o hexagonal do rebaixamento, onde os dois últimos cairão para a segundona de 2017.

Grupo A – Central, Porto, Atlético e Belo Jardim
Grupo B – Serra Talhada, América, Pesqueira e Vitória

Algum favorito à vaga na 2ª fase do Estadual? Até o fim de janeiro, a resposta.

Confira a tabela do hexagonal do título clicando aqui.

1ª rodada (10/01)
A – Porto x Central
A – Belo Jardim x Atlético
B – América x Pesqueira
B – Vitória x Serra Talhada

2ª rodada (13/01)
A – Central x Belo Jardim
A – Atlético x Porto
B – Pesqueira x Vitória
B – Serra Talhada x América

3ª rodada (17/01)
A – Porto x Belo Jardim
A – Atlético x Central
B – Pesqueira x Serra Talhada
B – Vitória x América

4ª rodada (20/01)
A – Belo Jardim x Porto
A – Central x Atlético
B – Serra Talhada x Pesqueira
B – América x Vitória

5ª rodada (24/01)
A – Belo Jardim x Central
A – Porto x Atlético
B – Vitória x Pesqueira
B – América x Serra Talhada

6ª rodada (27/01)
A – Central x Porto
A – Atlético x Belo Jardim
B – Serra Talhada x Vitória
B – Pesqueira x América

Belo Jardim ganha a Série A2 e se torna o 27º clube campeão em Pernambuco

Final da 2ª divisão do Pernambucano 2015: Vitória 0x1 Belo Jardim. Foto: FPF/divulgação

O gol de Eduardo Erê, ainda no primeiro tempo, definiu a noite no Carneirão. Deu ao Belo Jardim o título da segunda divisão estadual de 2015. Um jogo no qual o Calango superou o mandante, e favorito, Vitória, levantando assim a primeira taça de sua história, justamente no aniversário de dez anos como profissional. Na competição aberta a jogadores de até 23 anos, o alviverde alcançou o seu terceiro acesso à elite local (2006, 2011 e 2015).

Com a conquista, o Belo Jardim tornou-se o 27º clube a conquistar um título oficial em Pernambuco. Além dos sete campeões estaduais desde 1915, outros 20 clubes já tiveram o gostinho de comemorar uma taça em competições organizadas pela FPF na categoria principal. Nos 145 torneios considerados, as duas divisões do Pernambucano, a Copa Pernambuco e a Taça do Interior.

Eis a lista de títulos acumulados no futebol do estado, sem contar as eventuais glórias regionais e nacionais…

43 – Sport
32 – Santa Cruz
22 – Náutico
6 – América
4 – Vitória, Recife e Salgueiro
3 – Torre, Central e Vera Cruz
2 – Tramways, Porto, Ypiranga e Petrolina
1 – Flamengo do Recife, Maguari, Sete de Setembro, Flamengo de Arcoverde, Ferroviário, Unibol, AGA, Itacuruba, Estudantes, Araripina, Serra Talhada, Chã Grande e Belo Jardim

Obs. Na lista levantada pelo blog, a extinta terceira divisão local, realizada entre 2000 e 2002, não foi levada em consideração porque era amadora. Somente após o título o clube era convidado pela FPF a se profissionalizar.

Final da 2ª divisão do Pernambucano 2015: Vitória 0x1 Belo Jardim. Foto: FPF/divulgação

O Clássico das Multidões completa 100 anos em 2016 com taça especial em jogo

Santa Cruz x Sport. Arte: Diario de Pernambuco

O primeiro Clássico das Multidões aconteceu em 1916. Nos primórdios do futebol, sequer havia a alcunha, que surgiria três décadas depois, com a popularização de Santa e Sport. A peleja, um amistoso vencido pelos rubro-negros em 6 de maio, teve destaque no Diario de Pernambuco. No mesmo ano e no mesmo British Club, os rivais decidiram o título estadual pela primeira vez, numa notinha na primeira página do jornal em 25 de dezembro. Um jogo com “grande animação” e “assistência numerosa”. Casa cheia desde sempre.

Em 2016, mais de 500 capítulos depois, o clássico completará um século, repetindo o feito de outro clássico local, Náutico x Sport, o terceiro mais antigo do país, centenário desde 2009. No Clássico dos Clássicos foi realizada uma série de eventos homenageando a histórica marca. Foram criados um brasão oficial, um livro com crônicas sobre 50 grandes jogos e até o Troféu 100 Anos de Clássicos, oferecido pela FPF. Como o jogo festivo, válido pela Série A, terminou empatado em 3 x 3, a federação pernambucana entregou uma taça para cada um. A base da taça, aliás, tem os escudos dos dois times, sendo a única presença de um distintivo do Sport nos Aflitos e do Náutico na Ilha do Retiro.

Quis o destino que o centenário entre corais e leoninos também fosse celebrado na elite nacional, numa temporada com até dez Clássicos das Multidões. São aguardadas novas ações de marketing, dos dois clubes, justíssimas para uma data tão expressiva. Ao blog, a federação confirmou que já estuda a criação de um troféu especial ou, no mínimo, uma placa comemorativa aos times.

Um troféu a caminho do Clássico das Multidões…?

Algumas sugestões do blog:
1) Soma de todos os jogos oficiais em 2016, como “pontos corridos”
2) Apenas os confrontos pelo Estadual
3) Apenas os confrontos pela Série A
4) Um amistoso festivo
5) Um troféu para cada time, independentemente do resultado

Futebol no Grande Recife em 2015 teve 1 milhão de torcedores no borderô e R$ 21 milhões de bilheteria. Muito? Nem tanto

Torcida de Sport, Santa e Náutico em 2015. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

Os grandes clubes pernambucanos mandaram 91 partidas oficiais em 2015, sendo uma com portões fechados, do Sport, por causa da pena imposta pelo STJD. Nas demais, abertas ao público, o número de torcedores no borderô passou de 1 milhão. Muito? Na verdade, foi o menor número desde 2013, quando o blog começou a contabilizar o público total (pagantes e gratuidades) e a bilheteria do trio de ferro. A média foi de 12.123, também a menor no período.

Possivelmente, é um reflexo da falta de ingressos subsidiados pelo governo do estado. Afinal, com a suspensão do Todos com a Nota não houve ingresso do tipo pela primeira vez em 15 anos. Ou seja, boa público precisou “pagar” efetivamente pelos ingressos (eram até 15 mil entradas promocionais por jogo), contrariando um costume já antigo em Pernambuco. O momento econômico do país, com a inconstância no poder aquisitivo, é outra barreira. Nesta temporada, considerando todas as competições, o Santa Cruz terminou à frente na média (16 mil), com o Sport liderando no total (492 mil). Especificamente no Brasileirão, independentemente de divisão, os leoninos tiveram um índice de 17 mil pessoas, à frente dos rivais tricolores (14,7 mil) e alvirrubros (6,8 mil).

Abaixo, o total em cada competição e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado na Região Metropolitana do Recife. Relembre os levantamentos: 2013 e 2014.

Sport
35 jogos (25 na Ilha e 10 na Arena)*
492.144 torcedores (média de 14.061)
38,24%de ocupação
R$ 11.064.872 de renda bruta (média de R$ 316.139)

Estadual – 7 jogos – 87.723 pessoas (12.531) – R$ 1.704.797 (R$ 243.542
Nordestão – 5 jogos – 62.796 pessoas (12.559) – R$ 899.850 (R$ 179.970)
Copa do Brasil – 3 jogos – 17.319 pessoas (5.773) – R$ 166.440 (R$ 55.480)
Série A – 18 jogos* – 308.379 (17.132) – R$ R$ 8.086.135 (R$ 449.229)
Sul-Americana – 2 jogos – 15.927 pessoas (7.963) – R$ 207.650 (R$ 103.825)
* Ainda houve uma partida de portões fechados, na Ilha.

Dados de público e renda do Sport de 2013 a 2015. Levantamento: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Santa Cruz
26 jogos (24 no Arruda e 2 na Arena)
422.810 torcedores (média de 16.261)
27,57% de ocupação
R$ 7.001.732 de renda bruta (média de R$ 269.297)

Estadual – 7 jogos – 142.874 pessoas (20.410) – R$ 2.276.227 (R$ 325.175)
Série B – 19 jogos – 279.936 pessoas (14.733) – R$ 4.725.505 (R$ 248.710)

Dados do Santa Cruz sobre público e renda. Levantamento: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Náutico
29 jogos (29 na Arena)
176.204 torcedores (média de 6.076)
13,14% de ocupação
R$ 3.409.274 de renda bruta (média de R$ 117.561)

Estadual – 5 jogos – 23.082 pessoas (4.616) – R$ R$ 499.800 (R$ 99.960)
Nordestão – 3 jogos – 4.027 pessoas (1.342) – R$ 49.585 (R$ 16.528)
Copa do Brasil – 2 jogos – 18.914 pessoas (9.347) – R$ 581.875 (R$ 290.937)
Série B – 19 jogos – 130.181 pessoas (6.851) – R$ 2.278.014 (R$ 119.895)

Dados do Náutico sobre público e renda. Levantamento: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Total
90 jogos (41 na Arena, 25 na Ilha do Retiro e 24 no Arruda)
1.091.158 torcedores (média de 12.123)
26,22% de ocupação
R$ 21.475.878 de renda bruta (média de R$ 238.620)
Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B.
* Ainda houve uma partida de portões fechados, na Ilha. 

Público e renda nos jogos oficiais no Grande Recife de 2013 a 2015

Classificação da Série A 2015 – 37ª rodada

A classificação da Série A 2015 após 37 rodadas. Crédito: Superesportes

O Sport venceu o campeão brasileiro na Arena Pernambuco e irá encerrar o Brasileirão de 2015 entre os oito primeiros colocados. Atualmente em 6º e sem chance de ir à Liberta, o Leão pode acabar em 5º lugar caso vença a Ponte Preta em Campinas, o que nunca conseguiu, e o Internacional tropece no Cruzeiro. Igualaria as campanhas de 1985 e 2000, abaixo no histórico do clube somente do título de 1987, considerando o campeonato a partir de 1971. Para ao menos manter a atual posição – que já seria relevante, sendo a quarta melhor campanha -, precisa secar Santos (em casa, contra o Atlético-PR) e Cruzeiro. A diferença entre o 5º e o 8º lugar representa exatamente R$ 1 milhão na premiação oficial.

A 38ª rodada do representante pernambucano
06/12 (16h00) – Ponte Preta x Sport (Moisés Lucarelli)

Histórico em São Paulo pela elite: nenhuma vitória leonina, 2 empate e 5 derrotas.

Sport carimba a faixa do Corinthians e faz a sua a melhor campanha em 15 anos

Série A 2015, 37ª rodada: Sport 2x0 Corinthians. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A Libertadores infelizmente não veio, mas a campanha do Sport em 2015 já é histórica. Pela primeira vez neste século, o Rubro-negro encerra um Brasileirão entre os dez primeiros colocados – a última havia sido em 2000, em 5º lugar. A garantia veio a uma rodada do fim. Variando do 5º ao 8º, o time é quase um intruso, tamanha a dificuldade encontrada no ano, com excesso de viagens e limitação financeira. Mas ao ousar nas contratações e encontrar uma cara, o Leão encarou todos os times do campeonato, sem exceção, de igual para igual.

Nesta leitura, vale destacar que, como mandante, o Sport já havia vencido Atlético-MG, Grêmio, São Paulo e Inter. No topo da classificação, só faltava o líder. Ainda que tenha sido um misto do Corinthians, mais encorpado que aquele que goleou o São Paulo por 6 x 1, o time pernambucano viu no adversário a motivação para fazer valer o domingo, na despedida da torcida em “casa”.

Possíveis colocações, premiações e vagas do Sport na 38ª rodada
5º lugar – R$ 2,2 milhões (Copa do Brasil, oitavas de final)
6º lugar – R$ 1,4 milhão (Sul-Americana, pote 1)
7º lugar – R$ 1,3 milhão (Sul-Americana, pote 1)
8º lugar – R$ 1,2 milhão (Sul-Americana, pote 1) 

Compacto, variando as jogadas e com vontade, como tem que ser, o Sport jogou melhor, vencendo o campeão brasileiro por 2 x 0. O visitante até teve apoio na arquibancada, mas a concentração, convenhamos, não é a mesma. O Sport, que não tinha nada a ver com isso, impediu a articulação da equipe de Tite e merecia um placar até maior (a bola na trave de Marlone foi um pecado).

O dia terminou sem lamentações. A ressaca pela vitória do São Paulo no sábado, aos 49 do segundo tempo, tirando qualquer chance de Liberta, deu vez ao reconhecimento pelo bom trabalho na Série A. Deste domingo, fica a lembrança da “carimbada” na faixa de hexacampeão do Timão, um dos dois expoentes do desequilíbrio financeiro no futebol do país. E ainda há um último detalhe sobre a boa apresentação do time de Falcão. O Sport voltou a ficar em vantagem no número de vitórias oficiais contra o Corinthians, 13 x 12. Nada mal.

Série A 2015, 37ª rodada: Sport 2x0 Corinthians. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

As cotas dos clubes pernambucanos nas competições oficiais em 2016

Receitas de Sport, Santa Cruz, Náutico e Salgueiro. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O futebol pernambucano terá quatro clubes com calendário cheio em 2016. Com a definição das divisões, tendo Sport e Santa na Série A, Náutico na B e Salgueiro na C, é possível projetar as cotas de cada time, entre verba de transmissão na televisão e o repasse por classificação – obviamente, existem outras fontes, como bilheteria, patrocínio, sócios etc. O blog elencou todas as competições oficiais com os valores já divulgados. No caso de um dado ainda não atualizado, foi considerado o cash desta temporada. Em torneios com premiações a cada fase, se somou apenas a primeira, com o valor aumentando de acordo com o desempenho nos gramados. Mercado e meritocracia esportiva.

O Sport segue com a maior receita do estado. A turbinada está no início do novo contrato com a Globo, com duração até 2018 – a emissora já tenta estendê-lo até 2020. A verba anual passou de R$ 27 mi para R$ 35 milhões, somada ao bônus previsto pelo pay-per-view, que pode render mais de R$ 5 milhões. Seriam mais de R$ 42 milhões garantidos em até cinco torneios. Contudo, o número pode ser menor em caso de adiantamento, uma prática comum na Ilha.

Proporcionalmente, o maior salto é o do Santa Cruz. Em 2015, o clube recebeu apenas R$ 4,15 milhões, considerando as cotas fixas do Estadual e da Série B, suas únicas competições oficiais, e a premiação pelo vice da Segundona, R$ 200 mil. Agora, além da volta ao Nordestão e à Copa do Brasil, o Tricolor terá o montante referente à primeira divisão, numa faixa ainda em negociação entre a direção coral e a Rede Globo, detentora dos direitos do Brasileirão. No primeiro contato, ofereceram R$ 16 milhões (inferior à quantia do Joinville em 2015). O clube não aceita menos de R$ 20 mi, o mesmo dos demais “não cotistas”. Somando tudo, ao menos R$ 21 milhões no Arruda, num aumento de 425%!

Entre os grandes, a situação do Náutico é a mais preocupante. Além da antecipação de alguns repasses (só o presidente Glauber Vasconcelos sabe), o Timbu não terá o Nordestão, um bom escape financeiro, além da questão técnica, obviamente. O único alento é o aumento da cota da Série B, de R$ 3 mi para R$ 5 milhões (sem contar os descontos), resultado de uma negociação em bloco encabeçada pelo próprio mandatário timbu. Último local entre os 60 times com calendário cheio, o Salgueiro terá quatro torneios pela frente – pela terceira vez disputará a Lampions League e a Copa do Brasil. No Pernambucano, a sua cota de R$ 110 mil é quase nove vezes menor que a dos grandes.

Vale lembrar que no caso do Leão e da Cobra Coral ainda é possível uma participação na Copa Sul-Americana de 2016, numa combinação entre colocação no Brasileiro e eliminação até a terceira fase na Copa do Brasil . E a Sula terá um aumento nas cotas na próxima edição, segundo nota oficial da Conmebol. Ou seja, mais dinheiro ao alcance.

Cotas e premiações: Pernambucano, Nordestão, Copa do Brasil e Série A.

Sport
Estadual – R$ 950 mil
Nordestão –  de R$ 505 mil (1ª fase) a R$ 2,385 milhões (campeão)
Copa do Brasil – de R$ 350 mil (1ª fase) a R$ 7,84 milhões (campeão)*
Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões
Série A (TV ppv) – R$ 5 milhões
Série A (premiação) – de R$ 350 mil (a partir do 16º lugar) a R$ 10 milhões (campeão)*
Sul-Americana – de R$ 576 mil/US$ 150 mil (1ª fase) a R$ 8,59 mi/US$ 2,23 mi (campeão)
Total mínimo: R$ 42,381 milhões (R$ 3,53 milhões/mês)
Calendário mínimo: 58 jogos (incluindo a Sul-Americana)

Santa Cruz
Estadual – R$ 950 mil
Nordestão – de R$ 505 mil (1ª fase) a R$ 2,385 milhões (campeão)
Copa do Brasil – de R$ 350 mil (1ª fase) a R$ 7,84 milhões (campeão)*
Série A (TV fixo) – R$ 20/25 milhões
Série A (premiação) – de R$ 350 mil (a partir do 16º lugar) a R$ 10 milhões (campeão)*
Total mínimo: R$ 21,805 milhões (R$ 1,81 milhão/mês)
Calendário mínimo: 56 jogos

Náutico
Estadual – R$ 950 mil
Nordestão – sem participação
Copa do Brasil** – de R$ 200 mil (1ª fase) a R$ 7,51 milhões (campeão)*
Série B (TV fixo) – R$ 5 milhões
Série B (premiação) – de R$ 200 mil (2º, 3º ou 4º) a R$ 400 mil (campeão)*
Total mínimo: R$ 6,15 milhões (R$ 512 mil/mês)
Calendário mínimo: 50 jogos

Salgueiro
Estadual – R$ 110 mil
Nordestão – de R$ 505 mil (1ª fase) a R$ 2,385 milhões (campeão)
Copa do Brasil – de R$ 200 mil (1ª fase) a R$ 7,51 milhões (campeão)*
Série C – passagens e hospedagens pagas
Total mínimo: R$ 815 mil (R$ 68 mil/mês)
Calendário mínimo: 36 jogos

* Cálculo com valores de 2015, pois as cifras de 2016 ainda não foram reveladas
** O Náutico deve entrar pelo Ranking da CBF

A 38ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 38 rodadas. Crédito: Superesportes

Acabou a Série B, em sua edição na era dos pontos corridos, sempre com vinte times. Vice-campeão, o Santa Cruz repetiu as colocações de Sport (2006) e Náutico (2011). Entretanto, em relação à pontuação, os corais estabeleceram a melhor marca. O Santa venceu o Vitória, pela 38ª rodada, e chegou a 67 pontos. O atual campeão pernambucano chegou ao terceiro vice-campeonato de sua história na Segundona (1999, 2005 e 2015). Enquanto isso, o Náutico venceu o Bragantino fora de casa e terminou em 5º lugar. A pontuação alvirrubra, 63 pontos, costuma terminar em acesso – basta lembrar que em 2011 o Sport subiu com 61 -, mas o G4 acabou acima da média.

Lá embaixo, numa arrancada espetacular, o Ceará venceu o Macaé no Castelão, com 47 mil torcedores, e evitou um rebaixamento que parecia certo – e que seria o primeiro do clube à Série C. Festa do campeão do Nordeste.

Série B 2015
Subiram: Botafogo, Santa Cruz, Vitória e América-MG
Caíram: Macaé, ABC, Boa Esporte e Mogi Mirim

Náutico termina em 5º lugar, lamentando erros no gramado e na administração

Série B 2015, 38ª rodada: Bragantino 0x2 Náutico. Foto: FáBIO MORAES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Mesmo somando 63 pontos, o Náutico acabou alijado do acesso devido à elevada média de pontos do G4 nesta temporada. Com essa campanha, o Alvirrubro teria subido em 2006, 2007, 2011, 2013 e 2014. É mesmo para lamentar. É verdade que a felicidade nos gols de Daniel Morais e Biteco foi espontânea, mas somente pelo trabalho realizado no interior paulista, com seriedade. Mesmo sem chances na derradeira rodada, o Timbu se apresentou melhor que o Bragantino e venceu por 2 x 0. O sorriso parou aí.

Em 5º lugar, a apenas dois pontos da zona de classificação, fica a lembrança por preciosos pontos desperdiçados. Claro, alguns resultados positivos surpreenderam, como as vitórias fora de casa sobre Paysandu e Vitória, mas como não lembrar da derrota para o lanterna Mogi ou do empate na arena com o CRB? Este último numa semana em que a própria diretoria atrapalhou, com a polêmica sobre a mudança de mando – que posteriormente sequer ocorreu, numa saia justa. E assim, sem motivo algum para o sorriso do torcedor, termina o ano esportivo do Náutico. No campo político, lembremos, ainda haverá a eleição. Falando nisso, a gestão de Glauber Vasconcelos termina onde começou, na Série B. Na segunda tentativa, um desempenho até melhor

2015 – 63 pontos (55%), 5º lugar
2014 – 50 pontos (43%), 13º lugar 

A evolução na tabela e uma leve base para 2016 – com receitas já comprometidas e com os rivais na elite -, não apagam os erros administrativos, como os seguidos atrasos salariais, rusgas na comunicação, para a irritação dos treinadores, ausência de um patrocinador forte, entre outras lacunas básicas. Faltou muito mais que dois pontos…

Série B 2015, 38ª rodada: Bragantino 0x2 Náutico. Foto: FáBIO MORAES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Santa Cruz faz a melhor campanha do estado nos pontos corridos da Série B e sonha com a Sul-Americana

Série B 2015, 38ª rodada: Santa Cruz 3x1 Vitória. Foto: Rafael Martins/Esp./DP/D.A press

Era um jogo de festa para os dois times. Simbolizando o momento, os dois nordestinos posaram juntos para a foto, numa atitude incomum e bem recebida por todos os 36 mil torcedores no Arruda. Despedida da Segundona à parte, friamente ainda havia o que disputar. Valia o vice-campeonato, tendo como consequência uma melhor pontuação no ranking da CBF, e, sobretudo, uma condição (bem) mais favorável na fila por uma vaga na Sul-Americana de 2016.

Se o Vitória veio com seis reservas, azar o do rubro-negro baiano. O Santa Cruz foi de força máxima e, jogando bem melhor, fez 3 x 1, com vaga para mais. Resultado mais que oportuno para terminar a competição só atrás do Botafogo. Com 67 pontos, tendo como ponto alto a arrancada com seis vitórias nas últimas seis rodadas, o Tricolor estabeleceu a melhor campanha pernambucana na Série B na era dos pontos corridos. Foi o terceiro vice-campeonato dos corais na Série B, repetindo as campanhas de 1999 e 2005. 

Acessos pernambucanos na Série B
2015 – 67 pontos (Santa Cruz, 2º)
2013 – 63 pontos (Sport, 3º)
2011 – 64 pontos (Náutico, 2º)
2011 – 61 pontos (Sport, 4º)
2006 – 64 pontos (Sport, 2º)
2006 – 64 pontos (Náutico, 3º)

Em relação à possível (e inédita) participação na copa internacional já no próximo ano via Campeonato Brasileiro – o que também pode ocorrer através do título do Nordestão -, o Santa precisará torcer para que seis dos onze times à sua frente na “fila de espera” avancem às oitavas da Copa do Brasil. Sobre a tal fila – um obscuro formato criado pela confederação brasileira há três anos -, é preciso aguardar a classificação final da Série A, em 6 de dezembro.

Aos tricolores, parabéns por 2015. Um ano que começou esvaziado, só com Estadual e Série B, mas o clube assimilou a situação e foi bem nas duas frentes, conquistando o título pernambucano, mantendo a hegemonia na década, e o tão sonhado acesso à elite nacional. Já na memória, nomes como Martelotte, Grafite, João Paulo e Tiago Cardoso. Em 2016, novos ares!

Série B 2015, 38ª rodada: Santa Cruz 3x1 Vitória. Foto: Rafael Martins/Esp./DP/D.A press