A premiação absoluta da Copa do Nordeste 2016 chega a R$ 14.820.000

Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A premiação total da Copa do Nordeste de 2016 aumentou em 33% em relação à última edição. Em quatro anos, são quase R$ 10 milhões a mais. A curiosidade é que das cinco campanhas possíveis (primeira fase, quartas, semi, vice e campeão), justamente a cota do primeiro lugar sofreu uma baixa. No acordo costurado entre os clubes na reunião da Liga do Nordeste, no Recife, a receita foi distribuída de forma mais equânime. Em 2015, por exemplo, o campeão Ceará ganhou R$ 2,74 milhões, ou R$ 1,5 milhão a mais que o Bahia, o vice. Na próxima temporada, o campeão ganhará R$ 2,3 milhões (mais a vaga na Sul-Americana, claro), com a diferença para o vice caindo para R$ 500 mil.

Além da redistribuição de R$ 250 mil aos classificados às quartas, pesou na redução do campeão a ausência do bônus da CBF, de R$ 1 milhão, ofertado em 2015. Por outro lado, chegar às quartas da Lampions League, numa campanha básica, superando a fase de grupos, representará quase R$ 1 milhão a oito times, num acréscimo de 52%. A simples participação significa meio milhão.

Nesta nova equação financeira, bancada pelo Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão até 2022, ainda há outra particularidade. Na primeira fase, com vinte equipes, os dois maranhenses e os dois piauienses não ganham cota. Sob contrato, os novos integrantes estão num período de testes, até 2017, e a liga já tinha um acordo de divisão para os 16 times originais. Portanto, Imperatriz, Sampaio Corrêa, River e Flamengo só podem receber a premiação a partir das quartas. Finalizando o acordo, os clubes não terão despesas com arbitragem, viagens e hospedagens. A regra para as viagens é a seguinte: até 500 km, ônibus; acima de 500 km, avião, com 26 passagens garantidas.

Representantes locais em 2016: Santa Cruz, Salgueiro e Sport.

As cotas absolutas (somando as fases) para as campanhas no Nordestão:

2016
Campeão – R$ 2,385 milhões
Vice – R$ 1,885 milhão
Semifinalista – R$ 1,385 milhão
Quartas de final – R$ 935 mil
Primeira fase – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão.

2015
Campeão – R$ 2,74 milhões
Vice – R$ 1,24 milhão
Semifinalista – R$ 890 mil
Quartas de final – R$ 615 mil
Primeira fase – R$ 365 mil*
Total: R$ 11.140.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão.

Premiações: Sport R$ 890 mil, Salgueiro R$ 615 mil, Náutico R$ 365 mil

2014
Campeão – R$ 1,9 milhão
Vice – R$ 1,2 milhão
Semifinalista – R$ 850 mil
Quartas de final – R$ 600 mil
Primeira fase – R$ 350 mil
Total: R$ 10.000.000

Premiações: Sport R$ 1,9 milhão, Santa Cruz R$ 850 mil, Náutico R$ 350 mil

2013
Campeão – R$ 1,1 milhão
Participação – R$ 300 mil
Total: R$ 5.600.000

Premiações: Sport R$ 300 mil, Santa Cruz R$ 300 mil, Salgueiro R$ 300 mil

A Seleção Brasileira na Ilha do Retiro

A escolha da Ilha do Retiro para um amistoso da Seleção Olímpica, contra os Estados Unidos, em 11 de novembro de 2015, trouxe a camisa verde a amarela ao estádio rubro-negro após quatro décadas de hiato, desde a geração de Pelé. Antes de o Arruda se tornar a casa da Seleção no Recife, em 1978, o reduto do Sport também teve vez, com duas partidas da seleção principal contra a seleção pernambucana. Aqui, registros do Diario de Pernambuco nos embates Canarinha x Cacareco, em dois domingos. Nos dois casos, a cobertura só foi publicada dois dias depois, na terça-feira, uma vez que o jornal não circulava nas segundas, a folga dos jornalistas.

Venceu como quis a Seleção Brasileira
01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Pernambuco
Gylmar; Djalma Santos (Paulinho de Almeida), De Sordi, Zózima e Nilton Santos; Belangero (Formiga), Sabará, Walter Marciano e Gino; Didi (Álvaro) e Canhoteiro (Escurinho) 
Gols da Seleção: Didi e Escurinho

O jogo da Seleção Brasileira na capital pernambucana, o primeiro em 22 anos, contou até com uma preliminar. Antes da entrada do astro Didi, nada de Náutico, Santa ou Sport. O cotejo foi entre Destilaria, do Cabo, e Colombo, de Limoeiro, com o placar de 3 x 2. A renda foi de Cr$ 601.970, com casa cheia, mas sem público oficial, pois até então divulgava-se apenas a bilheteria. Na ocasião, a arquibancada frontal da Ilha ainda estava em construção. Apesar do placar enxuto, o Diario analisou a atuação do time montado pela FPF como “abaixo da crítica”.

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1956: Brasil 2 x 0 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1956: Brasil 2 x 0 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1956: Brasil 2 x 0 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Brasileiros encerram giro no Nordeste com goleada
13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Pernambuco
Félix (Lula); Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Joel Camargo e Rildo; Piazza, Gérson, Tostão e Pelé; Jairzinho (Paulo Borges) e Edu 
Gols da Seleção: Edu (3), Jairzinho, Tostão e Pelé

Com 26.929 pagantes e renda de NCr$ 262.114, a Ilha do Retiro teve uma tarde de domingo de lotação e falta de serviço aos torcedores, acabando ainda no primeiro tempo o estoque de refrigerante e refresco. O público passou “sede”, segundo o relato do jornal. No intervalo, a atração foi o pouso no gramado de sete paraquedistas da brigada aérea. Após a goleada, ficou a bronca do técnico João Saldanha, por causa do cerco da imprensa ao Rei Pelé, perto de chegar a 1.000 gols na carreira.

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1969: Brasil 6 x 1 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1969: Brasil 6 x 1 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1969: Brasil 6 x 1 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP