Chico Science e Ariano Suassuna na pauta de Santa Cruz e Sport em 2016

Troféu Chico Science e Taça Ariano Suassuna em 2015. Fotos: Diario de Pernambuco

A pré-temporada em janeiro foi instituída no futebol brasileiro em 2015. Aproveitando o período determinado pela CBF, Santa e Sport criaram torneios amistosos contra times do exterior para movimentar as equipes antes do Campeonato Pernambucano. Ambos homenagearam torcedores ilustres, Chico Science e Ariano Suassuna, símbolos do manguebeat e do movimento armorial. Após a primeira edição, ficou a dúvida sobre a continuidade dos troféus.

Para 2016, ambos seguem na pauta. No caso leonino, cuja primeira partida teve uma bilheteria de R$ 500 mil, o departamento de marketing iniciou conversas com vários times. Houve contato com Shakhtar Donetsk, Ajax e Feyenoord. O objetivo é manter o status “internacional”. Entre os tricolores, ainda não se definiu a nacionalidade do adversário (brasileiro ou gringo), mas há o compromisso de uma organização melhor, incluindo a concepção do troféu.

Em relação às datas, caso se aproveite o fim de semana, os dias mais propícios seriam 23 e 24 de janeiro, a uma semana do hexagonal do Estadual. Vale lembrar que a secretaria de turismo do estado lançou a ideia de um quadrangular em janeiro com dois times pernambucanos e dois argentinos. Os representantes locais seriam os finalistas do certame local (Santa e Salgueiro). Passados onze meses, a ideia não foi concretizada. De toda forma, a pré-temporada recifense deverá ter alguma taça em jogo…

Troféu Chico Science
22/01/2015 – Santa Cruz (10) 1 x 1 (11) Zalgiris Vilnius (Lituânia)

Taça Ariano Suassuna
24/01/2015 – Sport 2 x 1 Nacional (Uruguai)

Calculando as cotas da Série A 2016 a partir do modelo da Premier League

Premier League, a liga de futebol da Inglaterra

Em 2016, o investimento da televisão no Brasileirão será de R$ 1,23 bilhão. A divisão da receita é um recorrente tema de debate, ainda mais agora, com o início do novo contrato da Globo com os clubes, com três anos de duração.

Paralelamente à discussão sobre a distorção das cotas, a Premier League sempre aparece como modelo ideal. No futebol inglês, a receita oriunda da tevê é dividida da seguinte forma: 50% igualmente entre os vinte times, 25% pela classificação no campeonato anterior e 25% pela representatividade de audiência de cada um. Assim, em vez do atual sistema de castas no Brasil, com um hiato de R$ 150 milhões entre a maior cota (Flamengo e Corinthians) e a menor (Santa Cruz, Ponte, entre outros), a diferença máxima seria de R$ 67 milhões, no caso entre Corinthians e América-MG. Mais equilíbrio, sem dúvida.

Projeção de cotas de TV na Série A de 2016 a partir do modelo da Premier League. Crédito: Diego Borges/Rádio Globo Recife AM

No quadro inspirado no campeonato inglês, o jornalista Diego Borges, da Rádio Globo Recife AM, projetou a cota da Série A de 2016 conferindo, na divisão da classificação, 9,75% ao campeão, 9,25% ao 2º etc. Usando um método bem semelhante, Douglas Batista mudou apenas o peso de cada colocação (20 ao 1º, 19 ao 2º etc). Foi com este segundo modelo que Chistiano Candian imaginou em maio como seria a distribuição do Brasileiro de 2015 (veja aqui).

Sport no contrato oficial
2016 – R$ 35,0 milhões
2015 – R$ 27,0 milhões

Sport via Premier League
2016 – R$ 61,7 milhões
2015 – R$ 40,5 milhões

Em relação à intervenção do governo brasileiro neste processo – possível, pois a emissora de televisão, mesmo privada, opera numa concessão pública -, dois projetos de lei já foram criados, ambos por deputados federais pernambucanos.

Em 2011, o Projeto de Lei 2019/2011 de Mendonça Filho.

50% de forma igualitária entre os 20 participantes
50% numa composição entre classificação e audiência (sem especificação)

Em 2014, o Projeto de Lei 7681/2014, do Raul Henry.

50% da receita serão divididos igualmente entre os 20 participantes
25% da receita serão divididos conforme a classificação na última temporada
25% da receita serão divididos proporcionalmente ao nº de jogos transmitidos

Ambos engavetados na Câmara.