A capacidade máxima dos 12 estádios do Campeonato Pernambucano de 2016

Estádios do Pernambucano 2016. 1) Arruda, Arena Pernambuco, Ilha do Retiro e Lacerdão; 2) Ademir Cunha, Cornélio de Barros, Carneirão e Antônio Inácio; 3) Mendonção, Pereirão, Paulo Petribú e Joaquim de Britto

Os doze estádios inscritos no Campeonato Pernambucano de 2016 foram liberados após a atualização dos quatro laudos técnicos exigidos pela FPF, de engenharia, segurança, bombeiros e vigilância sanitária. Os documentos publicados no site da federação apontam as capacidades de público de cada um, com números distintos em relação às medidas oficiais das estruturas.

No Recife, por exemplo, a pedido do Ministério Público em novembro, Arruda e Ilha do Retiro perderam 9.462 e 5.548 lugares, respectivamente. Ou seja, no máximo 50 mil torcedores no Mundão, que já recebeu 96 mil, e 27 mil na casa leonina, cujo recorde é superior ao dobro da atual capacidade. A própria Arena Pernambuco está “menor”. No laudo de 69 páginas, disparado o mais detalhado, o conhecido dado de 46.214 assentos sofreu uma redução de 369. Assim, estão à disposição 37.852 lugares para o público geral na arena, descontando camarotes, cadeiras vips e área de imprensa, o que corresponde a 83% do total. Entre as avaliações para o Estadual surpreende o número autorizado para o Antônio Inácio, cuja lotação histórica é de seis mil espectadores. 

Ainda em Caruaru, o Lacerdão ganhou 518 lugares em relação ao último cadastro nacional de estádios, da CBF. Já o palco de Pesqueira só tem 2.761 assentos nos dois lances de concreto, mas recebeu arquibancadas móveis, com 700 lugares, o suficiente para alcançar a capacidade mínima estipulada pela FPF, de três mil lugares na primeira fase e nos hexagonais. Somente na semifinal e na decisão a exigência aumenta, chegando a dez mil. Dos doze, apenas o Ademir Cunha foi vetado na primeira rodada pela falta de documentos. 

A capacidade máxima no Estadual 2016:
50.582 – Arruda (Recife)
45.845 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
27.435 – Ilha do Retiro (Recife)
19.996 – Lacerdão (Caruaru)
12.500 – Ademir Cunha (Paulista)
12.070 – Cornélio de Barros (Salgueiro)

10.000 – Carneirão (Vitória)
7.307 – Antônio Inácio (Caruaru)
7.050 – Mendonção (Belo Jardim)
5.000 – Nildo Pereira (Serra Talhada)
3.600 – Paulo Petribú (Carpina)
3.461 – Joaquim de Britto (Pesqueira) 

Confira os detalhes sobre a capacidade mínima nos torneios do país aqui.

Relatório da CBF sobre impedimentos aponta 151 erros na Série A de 2015

Relatório da CBF sobre os impedimentos na Série A 2015

A análise desta notícia é como enxergar o copo metade cheio ou metade vazio. Pois bem, a CBF divulgou o seu relatório sobre o rendimento da arbitragem no Brasileirão de 2015, alvo de inúmeras reclamações dos clubes. Com o recurso de vídeos, instrutores da entidades consideraram 1.390 acertos entre os 1.541 impedimentos assinalados em um dos principais fundamentos dos juízes, em lances cada vez mais rápidos. No site da confederação brasileira há o destaque: “Árbitros acertaram 90% dos impedimentos em 2015”.

Impedimentos mal marcados:
2015 – 9,8%
2014 – 16%
2013 – 19%

O índice até melhorou, considerando os últimos três anos, mas o blog ainda enxerga o dado do lado oposto, com 151 impedimentos equivocados, ou por parar a jogada com ninguém irregular ou por deixá-la seguir apesar do posicionamento adiantado. Dessas decisões tomadas, a comissão de arbitragem considerou 52 erros “fáceis” e 99 “difíceis”. Erro é erro. A média a cada rodada foi 4 marcações erradas. Analisando cada uma das 38 rodadas, somente a abertura do campeonato passou ilesa. O levantamento não aponta a quantidade de resultados modificados devido aos erros. Daí, a imprecisão sobre os “10%” de equívocos. Quanto isso representou na classificação?

A CBF busca a autorização da Fifa para usar a tecnologia em lances polêmicos na Série A já em 2016. A norma teria seis pontos. Na letra E: “Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.” O artigo 71A do regulamento geral de 2016 prevê a implantação da regra no futebol nacional.

Legenda do quadro de impedimentos:
RD: rodada
AF: acertos fáceis
AD: acertos difíceis
TT AC: total de acertos
EF: erros fáceis
ED: erros difíceis
TT EQ: total de erros

O relatório também traz dados sobre faltas e cartões. Confira o documento aqui.

Relatório da CBF sobre faltas e cartões na Série A 2015

A ascensão do Santa Cruz da Série D até a Série A vai virar filme oficial

João Paulo no filme oficial do Santa Cruz sobre o retorno à elite. Crédito: TV Coral/reprodução

A saga coral de uma década indo ao fundo do poço e ressurgindo para o futebol, com o retorno à elite, é mesmo digna de filme. Nenhum clube do país superou tamanho calvário. E essa história será contada em um filme oficial do Santa.

Produzido pela TV Coral, com entrevistas com jogadores (Grafite com relatos da estreia, João Paulo emocionado, Lelê, Aquino, Daniel Costa…), integrantes da comissão técnica e outros personagens decisivos para o acesso, o vídeo tem a premissa de contar a história a partir dos bastidores do clube. Conversas de vestiário. Por enquanto, um vídeo de seis minutos com alguns trechos. Segundo o clube, o torcedor deve “aguardar fortes emoções para o seu coração tricolor”

O filme deve ser lançado ainda em 2016, em DVD, como produto oficial.

Sobre o acesso coral, o post O povão jamais irá largar o Santa Cruz.

Relembre outros filmes oficiais dos clubes pernambucanos aqui.

Os patrocínios da Caixa no futebol em 2016, incluindo Sport e Santa Cruz

Valores das cotas de patrocínio da Caixa Econômica Federal em 2016, segundo reportagem da globo.com

Em 2014, quando entrou no futebol, a Caixa Econômica Federal patrocinou nada menos que 15 times das Séries A, B e C, sendo seis do Nordeste, incluindo o Sport. Um investimento de R$ 111,9 milhões. Em 2015, o momento econômico instável do país parecia indicar um freio neste gasto da Caixa, mas o noticiário em janeiro de 2016 aponta uma injeção R$ 188 milhões em 16 clubes. Uma ampla reportagem do globo.com projetou os valores de cada clube.

Após dois anos recebendo R$ 6 milhões, o Leão negocia um aumento para R$ 7,5 milhões no ano. A novidade é a inclusão do Santa, que enfim conseguiu as certidões negativas de débito, uma exigência no processo com o banco estatal – os documentos de órgãos públicos declaram que não existem pendências. Os corais receberiam R$ 3,5 milhões, o menor valor entre os integrantes da Série A, junto ao América. Porém, as duas receitas podem ser maiores.

O blog apurou que a cota do Rubro-negro pode chegar a R$ 8 mi, com o Tricolor recebendo até R$  6 mi – ambos, até janeiro, sem assinatura. Pelo quadro, o valor faria mais sentido, ficando no patamar entre Coxa, Furacão, Vitória e Chape. Talvez o fato de ser o primeiro contrato puxe para baixo. Dos times listados, só um está na B, o Vasco. Entretanto, as negociações para mais times na Segundona não estão descartadas. Desde fevereiro de 2014 se articula a entrada do Trio de Ferro, inclusive politicamente. O Náutico também pode pintar em 2016 – receberia no máximo R$ 2 milhões. Ainda na região, o Bahia divulgou que conseguiu todas as certidões, num claro indício para este negócio.

Sobre o quadro divulgado, causa surpresa, sem dúvida, os R$ 17 milhões ao Botafogo, bem acima de Cruzeiro e Atlético-MG, que ganharam tudo nos últimos anos (Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil) e contam com públicos bem maiores, em projeção de torcida, consumo de pay-per-view e número de sócios, por exemplo. O endereço carioca certamente deve ter influenciado nisso.