A nova tabela do hexagonal do Estadual, já com a grade de transmissão na TV

A tabela do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF/site oficial

Por uma questão de segurança, nas prévias carnavalescas, o Clássico das Emoções agendado para a primeira rodada do Campeonato Pernambucano de 2016 foi transferido do domingo (31/01) para a segunda (01/02). A troca resultou em outros ajustes na competição, evitando mais de um jogo na capital no mesmo dia e preenchendo a grade de televisão. Com a nova tabela publicada pela FPF já é possível conferir todos jogos do hexagonal do título com transmissão, tanto na Globo quanto no Premiere, para até 87 países.

No hexagonal estão agendadas dez partidas na tevê aberta e nove no pay-per-view. Todas as dez rodadas terão ao menos um jogo transmitido, mas o destaque vai para a 7ª rodada, com as três partidas na grade, no sábado, no domingo e na segunda.  Vale lembrar que também está prevista a exibição dos oito jogos do mata-mata: semifinais, decisão de 3º lugar e final. A fase principal do Estadual terá a presença do Trio de Ferro, do Salgueiro e de mais dois clubes oriundos da primeira fase, que terminará em 27 de janeiro.

Nº de jogos na TV (19, aberta e ppv)
9 – Santa Cruz
8 – Sport e Náutico
5 – 1º colocado do grupo B (América, Serra Talhada ou Vitória*)
4 – Salgueiro e o 1º colocado do grupo A (Atlético, Belo Jardim, Central ou Porto)

Jogos na Globo (10)
6 – Sport
5 – Santa Cruz
3 – Salgueiro e o 1º colocado do grupo B (América, Serra Talhada ou Vitória*)
2 – Náutico
1 – 1º colocado do grupo A (Atlético, Belo Jardim, Central ou Porto)

Jogos no Premiere (9)
6 – Náutico
4 – Santa Cruz
3 – 1º colocado do grupo A (Atlético, Belo Jardim, Central ou Porto)
2 – Sport e o 1º colocado do grupo B (América, Serra Talhada ou Vitória*)
1 – Salgueiro 

* A duas rodadas do fim da 1ª fase, o Pesqueira já não tem chances. 

A fórmula é a mesma dos últimos anos, com os quatro melhores classificados avançando ao mata-mata, com semifinal (dias 20 e 24 de abril) e final (4 e 8 de maio). Em relação às cotas de transmissão na televisão, os três grandes clubes da capital ganham R$ 950 mil, enquanto os demais clubes recebem R$ 110 mil. 

Araújo e Carlinhos Bala, o ataque retrô e decisivo de Central e América

Araújo e Carlinhos Bala, atacantes de Central e América, balançando as redes no Pernambucano 2016. Fotos: Central/facebook (portal No Detalhe) e Emanuel Borges/twitter (@EmanuelBVA)

Araújo disputou o Campeonato Pernambucano pela primeira vez em 1997. Tinha 19 anos, revelado na base do Porto junto a Josué, e já mostrava o seu futebol no Antônio Inácio. Enquanto isso, Carlinhos Bala era apenas Carlinhos. Apareceu no Arruda em 1999, com a mesma idade, ganhando o “sobrenome” duas temporadas depois, ao se destacar num Clássico das Emoções.

Os dois atacantes rodaram demais. Araújo brilhou mais fora do estado, enquanto Bala conquistou o Brasil sem sair de Pernambuco. Muitos anos depois, já na inevitável curva descendente do futebol, os bons contratos minguaram. Mas não o desejo de seguir batendo uma bolinha à vera.

Aos 38 anos, Araújo agora veste a camisa do Central, seu time de infância.
Aos 36 anos, Carlinhos defende as cores do América, seu 4º time na capital.

Personagens de outrora, mas ainda com cartaz junto à torcida, os veteranos foram decisivos numa mesma noite em 2016. Marcaram os gols das vitórias alvinegra e alviverde sobre Atlético (1 x 0) e Vitória (2 x 1), esta aos 46 do segundo tempo. Na reta final das carreiras, Araújo e Carlinhos Bala caminham para o hexagonal do título. Um encontro com quase duas décadas de atraso…

As 69 taxas no cartório da Federação Pernambucana de Futebol em 2016

A última resolução oficial da FPF em 2015, em 29 de dezembro, decidiu os valores das taxas administrativas da entidade para a temporada 2016. Além da conhecida cobrança de 8% sobre todas as rendas brutas do Campeonato Pernambucano, a federação dispõe de uma planilha de emolumentos para qualquer movimentação do futebol local, para clubes profissionais e amadores. Uma espécie de “cartório do futebol”, com 69 opções, de R$ 30 a R$ 750 mil.

Os encargos (abaixo) estão divididos em 13 tópicos, como filiação profissional (o maior valor), mudança de sede, licenças e anuidades, transferências de jogadores calculadas pelos salários (de 2 a mais de 50 salários mínimos) e rescisões de contrato. Segundo o ato 32/2015, publicado no site da federação, só há isenção na primeira via da certidão para efeitos de aposentadorias (até 5 anos), na primeira solicitação para mudança na tabela, dentro do prazo, e nas licenças para amistosos, caso sejam agendados na pré-temporada.

Em relação às taxas dos jogos, vale citar os dados as três últimas edições do Estadual, de 2013 a 2015, quando a cobrança subiu de 6% para 8% – a maioria das federações cobra 5%. Foram 399 partidas, com R$ 24.514.143 de bilheteria. A FPF abocanhou R$ 1.961.131. Somando tudo isso, entende-se o patrimônio líquido de R$ 11,5 milhões. Só em 2014 o lucro foi de R$ 1,3 milhão.

Valores das taxas de emolumentos administrativos da FPF em 2016. Crédito: reprodução

Valores das taxas de emolumentos administrativos da FPF em 2016. Crédito: reprodução

Valores das taxas de emolumentos administrativos da FPF em 2016. Crédito: reprodução

A real Copa Verde, com troca de garrafa pet por ingresso e árvore como troféu

Copa Verde 2016, com carbono zero. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Copa Verde foi criada em 2014 como uma alternativa ao futebol profissional nas regiões Norte e Centro-Oeste a partir do sucesso do Nordestão. Tendo como principais personagens Paysandu e Remo, apesar das surpreendentes conquistas de Brasília e Cuiabá, o mata-mata interregional ainda não deslanchou junto à torcida. Somente o Re-Pa corresponde a 29% do público registrado até hoje, com 84 mil espectadores em quatro clássicos no Mangueirão.

Em uma tentativa de movimentar a disputa, a organização resolveu dar sentido ao “Verde” do nome, com a óbvia necessidade de caracterização. Nos jogos no Amapá, Acre e Mato Grosso do Sul, a princípio, haverá a troca de garrafas pets por ingressos, incentivando a reciclagem do lixo. Até 500 entradas por jogo. Em campo, haverá o “cartão verde”, para o melhor lance de fair play.

Por fim, o campeão receberá a partir de 2016, além do troféu dourado, uma árvore da flora brasileira para ser plantada no CT ou na sede. Sem dúvida, uma das premiações mais inusitadas do futebol. Com as medidas, a CBF reconheceu a Copa Verde como a “primeira competição carbono zero” do país.

Média de público
2015 – 4.351
2014 – 5.429 

Participantes*
2016 – 18 clubes**
2015 – 16 clubes
2014 – 16 clubes
* O Espírito Santo também integra o torneio
** Os clubes de Goiás enfim demonstraram interesse.

O que é carbono zero?
Com o desmatamento e o aumento da poluição, o planeta sofre uma contínua e perigosa alteração climática. A responsabilidade humana é total. Carbono Zero é a campanha para neutralizar (ou reduzir) a emissão de gases do efeito estufa. Com reflorestamento, controle da energia, veículos e resíduos.

Copa Verde, com árvore como prêmio em 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Podcast (208º) – Especial Treinadores com Marcelo Martelotte, do Santa Cruz

Marcelo Martelotte, técnico do Santa Cruz em 2016. Foto: Rafael Brasileiro/DP

Finalizando o ‘Especial Treinadores”, do podcast 45 minutos, uma entrevista com Marcelo Martelotte. Em Gravatá, onde o Santa Cruz está hospedado durante a sua pré-temporada em 2016, o comandante coral falou sobre a montagem do elenco, justificando a manutenção de quase toda a equipe que subiu. Na pauta, questionamentos sobre sistema de jogo, perfil reforços (de peso), ausência do centro de treinamento, passagens nos três grandes em 2013, metas, arrependimentos etc. Um bate-papo de mais de uma hora. 

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Confira também os especiais de Falcão e Gilmar Dal Pozzo.