Os valores reais dos ingressos de Brasil x Uruguai, na Arena PE, 15% mais caros

A setorização dos ingressos para Brasil x Uruguai. Crédito: CBF

Um dia após a CBF anunciar os valores dos ingressos para Brasil x Uruguai, a realidade. Na prática, todos os 38 mil bilhetes postos à venda para o público geral sofreram um acréscimo de 15%, devido à taxa de compra na internet. E esse cenário deve ser regra, pois a venda online, iniciada em 25 de fevereiro, será exclusiva durante 18 dias. Somente em 14 de março, caso sobre algo, a venda será aberta nas bilheterias dos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro. Lembrando que mais cinco mil entradas serão repassadas aos parceiros comerciais da confederação, totalizando 43 mil espectadores na Arena Pernambuco.

Anel superior/meia – de R$ 50 para R$ 57,50
Anel superior/inteira – de R$ 100 para R$ 115

Anel inferior/meia – de R$ 80 para R$ 92
Anel inferior/inteira – de R$ 160 para R$ 184
Deck premium – de R$ 200 para R$ 230
Vip – de R$ 200 para R$ 230
Villa Mix – de R$ 250 para R$ 287,50

Veja a mensagem do Guichê Web após a confirmação da compra aqui.

Em caso de cancelamento do jogo, a taxa de conveniência não será ressarcida.

Em relação à setorização do estádio, a CBF estabeleceu um novo modelo – o quarto desde o início da operação no empreendimento, em 2013 -, com a criação do “Villa Mix”, com open bar e shows no setor sul inferior. Nas demais áreas, a setorização seguiu o modelo regular do consórcio, em vez daqueles elaborados pela Fifa nas Copas das Confederações e do Mundo. Por outro lado, no primeiro jogo da Seleção em São Lourenço os lugares serão marcados.

Relembre as setorizações da arena clicando aqui.

Podcast 45 (219º) – Análise dos empates de Santa Cruz e Sport no Nordestão

Santa e Sport entraram em campo como favoritos diante de Juazeirense e River, pela Copa do Nordeste. No caso tricolor, o cenário era (teoricamente) ainda mais favorável, pois jogava em casa e com o time principal. Ambos foram para o intervalo perdendo e empataram no fim. Ainda assim, tropeços. Eis a pauta do 45 minutos. Na análise, um Tricolor já pressionado pelo rendimento geral no ano (2 vitórias em 7 jogos). A manutenção absoluta do time da Série B foi posta em xeque. No Leão, a necessidade de reposição, sobretudo com o lateral Christianno, criticado na contratação e que deu razão a isso em Teresina.

Neste podcast, com 1h39, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Everton Felipe marca duas vezes no fim e Sport empata com o River em Teresina

Nordestão 2016, 3ª rodada: River 2x2 Sport. Foto: BENONIAS CARDOSO/FUTURA PRESS

O Sport atuou com uma equipe mista em Teresina, visando a sequência no Recife, com clássicos contra o Náutico e partidas pelo Nordestão. Claro, as duas vitórias no regional ajudaram neste planejamento. Em campo, sem entrosamento e recheado pela base, como o atacante Juninho, de 16 anos, o futebol não teve qualquer inspiração. Até os 38 minutos do segundo tempo a derrota era certa, com dois gols de Vanderlei, em falhas de Christianno, cujo drible poderia resultar em devolução ao Bangu, e Luís Gustavo, cuja farrapada deixou o atacante cara a cara com Magrão, que merecia uma chance melhor.

Àquela altura, o time tinha os apagados Fábio e Wallace, oriundos da Copa São Paulo, e Neto Moura, pouco acionado no ano (de forma incompreensível), mas que ajudou nesta noite. O outro jovem nome, Everton Felipe, vinha tendo uma atuação discreta. Até que resolveu arriscar de longe contra a meta de Naylson, pouco pressionado. No primeiro chute, após bola trabalhada na esquerda, acertou o cantinho esquerdo. Um gol para levantar o banco de reservas do Sport, num incentivo pela busca do empate. Organização tática seria difícil.

Quatro minutos depois, o meia de 19 anos – tratado como joia na Ilha – pegou a bola e mandou de canhota, também de fora da área. Também no canto esquerdo, também no fundo das redes, 2 x 2. E a liderança do grupo D, quase perdida para o River, foi mantida, com o Leão numa situação confortável rumo às quartas da Lampions. Volta ao Recife com o planejamento traçado. Agora, com os titulares, terá um clássico sem espaços para invenções.

Nordestão 2016, 3ª rodada: River 2x2 Sport. Foto: BENONIAS CARDOSO/FUTURA PRESS

Santa fica no empate com Juazeirense, no Arruda, e se complica no Nordestão

Nordestão 2016, 3ª rodada: Santa Cruz x Juazeirense. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Em termos de classificação no Nordestão, vencer o Juazeirense no Arruda era uma obrigação semelhante a uma conta de luz, sem possibilidade de atraso. Tudo para não correr riscos caso fique em segundo lugar no grupo C. Apesar da importância técnica da partida, o contexto coral conspirou ao contrário. Fora de campo, apenas 3.115 torcedores, num público que não condiz com o torneio, muito menos com o histórico de presença tricolor. Em campo, um time com três zagueiros, num fato inédito no ano e sem necessidade, e pregado no meio.

O jogo começou amarrado, e olhe que o time baiano, que já não é um primor, estava bem desfalcado. Ainda assim, as oportunidades surgiram ao favor do Santa. Num lance de bola parada, aos 23, o time perdeu a confiança. Após cobrança de falta na ponta de direita, Alemão pulou a altura de uma gilete e Ricardo Braz marcou de cabeça para o Juazeirense. Desestabilizado – segundo os próprios jogadores no intervalo -, alguns lances foram incompreensíveis, como Wallyson buscando Renatinho em cruzamentos na área. Nos descontos, o Juazeirense ainda teve tudo para ampliar.

Não marcou e sofreu o empate aos 18 minutos, num pênalti em Keno. Grafite chamou a responsabilidade, 1 x 1. Poderia ter virado, mas o árbitro assinalou impedimento num lance legal. Com o visitante travando o jogo – o empate já era ótimo -, a torcida foi perdendo a paciência, focando em Martelotte. Um reflexo do desempenho em jogos oficiais em 2016: 2 vitórias em 7 jogos. A irritação é justa.

Nordestão 2016, 3ª rodada: Santa Cruz x Juazeirense. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Estadual precisou de 54 jogos para chegar a R$ 1 milhão. FPF já recolheu R$ 103 mil

Pernambucano 2016, 4ª rodada: Sport 2x1 Santa Cruz. Foto: João de Andrade Neto/DP

Após 58% dos 92 jogos previstos, finalmente o campeonato estadual de 2016 ultrapassou R$ 1 milhão em arrecadação bruta. Muito? A média por jogo é de R$ 24 mil, quase insuficiente para pagar a operação. Com direito a uma taxa de 8% sobre as bilheterias, a federação pernambucana já recolheu R$ 103.779.

A quarta rodada do hexagonal do título teve dois jogos na Ilha do Retiro, o Clássico das Multidões (o maior público até o momento, 14 mil) e a disputa entre América e Náutico, transferido do Ademir Cunha por causa do gramado. Mas não adiantou muito para melhorar os números do campeonato, pois o outro hexagonal, o da permanência, segue às moscas.

Desta forma, a média geral foi de 1.392 para 1.587 torcedores – que, hoje, ainda seria o menor índice desde que a FPF começou a contabilizar o público oficial, em 1990. No Sertão, um alento. O Salgueiro estabeleceu o maior público em partidas envolvendo interioranos no ano, com 4.214 espectadores, num reflexo da promoção de ingresso a R$ 2. É o clube buscando uma saída, ao menos com ganho “técnico”, devido à maior pressão no estádio.

Dados atualizados até 24 de fevereiro, com a 4ª rodada do hexagonal do título e a 6ª rodada do hexagonal da permanência.

1º) Sport (2 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 17.395 torcedores
Média de 8.697
Taxa de ocupação: 31,70%
Renda: R$ 369.226
Média: R$ 184.613
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.786 / M: 2.786

2º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena)
Público: 12.189 torcedores
Média de 6.094
Taxa de ocupação: 13,29%
Renda: R$ 305.385
Média de R$ 152.692
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.893 / M: 2.893

3º) Santa Cruz (2 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 11.625 torcedores
Média de 5.812
Taxa de ocupação: 11,49%
Renda: R$ 116.800
Média de R$ 58.400
Presença contra intermediários (2 jogos): T: 11.625 / M: 5.812

4º) Salgueiro (2 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 7.295 torcedores
Média de 3.647
Taxa de ocupação: 30,21%
Renda: R$ 27.537
Média: R$ 13.768

5º) Central (5 jogos como mandante, no Lacerdão)
Público: 14.840 torcedores
Média de 2.968
Taxa de ocupação: 14,84%
Renda: R$ 286.655
Média de R$ 57.331

6º) América (4 jogos como mandante, sendo 3 no Ademir Cunha e 1 na Ilha*)
Público: 4.319 torcedores
Média de 1.079 

Taxa de ocupação: 6,65%
Renda: R$ 78.830 
Média de R$ 19.707 
* Ainda houve mais um jogo de portões fechados

Geral – 53 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 84.122
Média: 1.587 pessoas
Arrecadação: R$ 1.297.248
Média: R$ 24.476
* Foram realizadas 54 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.

Fase principal – 12 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 60.172
Média: 5.014 pessoas
Arrecadação: R$ 1.085.943
Média: R$ 90.495

As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata):
2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)

Pernambucano 2016, 4ª rodada: América 0x1 Náutico. Foto: João de Andrade/DP

Ingressos de R$ 50 a R$ 300 para Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Serão 38 mil ingressos à disposição do público geral para o jogo entre Brasil e Uruguai, no dia 25 de março, às 21h45, na Arena Pernambuco. Apesar da capacidade oficial para 46 mil espectadores, o contingente foi reduzido para 43 mil por questão de segurança, como na Copa do Mundo de 2014, cuja norma também se aplica nas Eliminatórias. Além da bilheteria regular, ainda há mais cinco mil entradas, englobando gratuidades e ingressos promocionais aos parceiros da CBF, prática comum nos jogos da Seleção no país.

A venda online, a partir de 25 de fevereiro, será no site da CBF. Os pontos físicos só abrem em 14 de março, nas bilheterias dos Aflitos, Arruda e Ilha.

Os bilhetes, espalhados em cinco setores diferentes, vão custar entre R$ 50 e R$ 300, numa realidade próxima ao Mundial em São Lourenço da Mata, de R$ 60 a R$ 350. Comparando com o último jogo da Canarinha pela Eliminatórias, na Fonte Nova, com 45.558 pessoas e renda de R$ 4.186.790, os ingressos ficaram mais caros para o público geral, nas arquibancadas superior e inferior, mas com os mesmos preços nos camarotes e lounges. Efeito da disputa entre Neymar e Suárez? Estavam suspensos na rodada passada. 

Esta será 18ª apresentação da seleção principal em Pernambuco, sendo a primeira na arena. Confira o retrospecto aqui.

Os valores dos ingressos na Arena e uma comparação com outras partidas…

Ingressos para Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco (25/03/2016)
Arquibancada superior: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia)
Lounge (oeste inferior): R$ 200
Deck premium (leste): R$ 200
Camarote: R$ 300 (por pessoa)
Setor Villa Mix: R$ 250

Última jogo pelas Eliminatórias: Brasil 3 x 0 Peru, na Fonte Nova (17/11/2015)
Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)

Lounge: R$ 200 (inteira)
Camarote: R$ 300 (por pessoa)  

Último jogo no Recife: Brasil 8 x 0 China, no Arruda (10/09/2012)
Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 80 (inteira) e 40 (meia)
Cadeira: R$ 250 (inteira) e R$ 125 (meia)

Obs. Infelizmente, a imagem da arena é uma mera ilustração do projeto para jogos da Seleção, pois o sistema de iluminação de LED, prometido na proposta, jamais foi instalado, apesar do valor da obra, estimado em R$ 743 milhões.

Ranking dos pênaltis e das expulsões (4)

Pernambucano 2016, 4ª rodada: América 0x1 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP

Em quatro rodadas do hexagonal do título já foram marcados dois pênaltis contra o América, ambos a favor dos grandes. E o goleiro Delone – que já havia defendido uma penalidade na primeira fase, contra o Vitória, no Carneirão – espalmou os chutes de Tiago Costa (Santa) e Daniel Morais (Náutico). Afirmou, ao Superesportes, que antes dos jogos assiste às cobranças dos atacantes no youtube. Esta segunda, na Ilha, marcou a atualização do levantamento do blog sobre penalidades e expulsões na fase principal do Estadual 2016. O outro registro foi a expulsão de Ewerton Bala, também do América. 

Confira a atualização apos a 4ª rodada:

Pênaltis a favor (4)
2 pênaltis – Náutico
1 pênalti – Salgueiro e Santa Cruz

Sem penalidade – Sport, Central e América

Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa Cruz desperdiçou um pênalti

Náutico evitou uma penalidade e desperdiçou outra
América evitou duas penalidades

Pênaltis cometidos (4)
2 pênaltis – América
1 pênalti – Santa Cruz e Náutico

Sem penalidade – Salgueiro, Sport, Central e América

Cartões vermelhos
1º) Náutico – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
2º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
3º) Sport, Salgueiro e Central – sem registro
6º) América – 1 adversário expulso, 2 cartões vermelhos

Barcelona chega ao 10.000º gol. Raro no Brasil e com os pernambucanos na mira

Barcelona chega a 10 mil gols em sua história. Arte: Barcelona/site oficial

Melhor do mundo, Lionel Messi deu sequência à forma excepcional e marcou os dois gols da vitória do Barcelona sobre o Arsenal, por 2 x 0, nas oitavas da Champions League. Acabou estabelecendo uma marca impressionante para o clube. O segundo gol em Londres foi simplesmente o tento de número 10.000 da história blaugrana, desde 20 janeiro de 1901, quando George Girvan tornou-se o pioneiro goleador catalão. Sem surpresa, Messi é o maior responsável, com 441 gols. Para tanto, o Barça precisou de 4.375 partidas, todas em torneios oficiais, resultando numa média de 2,28, segundo as contas do próprio clube.

Raro, o gol 10 mil já foi alcançado por nove clubes brasileiros, de acordo com o levantamento do site Futebol 80, com os dados de 2016 atualizados pelo blog até esta data, considerando jogos oficiais e amistosos. O maior destaque é o Santos, o primeiro a chegar lá, em 20 de janeiro de 1998, quando Jorginho (hoje treinador) marcou no 4 x 3 sobre o Villa Nova, em Minas Gerais, pela Copa do Brasil. O time da baixada também lidera a artilharia nacional, com mais de 12 mil gols, com uma baita colaboração do Rei Pelé, autor de 1.091 (recorde mundial).

Clubes brasileiros com mais de 10 mil gols marcados
12.298 gols – Santos (5.961 jogos) – média de 2,06

11.902 gols – Flamengo (5.959 jogos) – média de 1,99
11.229 gols – Vasco (5.801 jogos) – média de 1,94
11.218 gols – Palmeiras (5.802 jogos) – média de 1,93
10.657 gols – Corinthians (5.632 jogos) – média de 1,89
10.638 gols – Internacional (5.283 jogos) – média de 2,01
10.547 gols – Fluminense (5.442 jogos) – média de 1,93
10.539 gols – Botafogo (5.476 jogos) – média de 1,92
10.358 gols – Atlético-MG (5.384 jogos) – média de 1,92

No futebol pernambucano, a estatística só é possível devido à pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. Alguns jogos não têm resultados conhecidos na era amadora – o que ocorre em outros clubes -, mas no geral é possível enxergar o dado como oficial. Assim, o clube com mais gols é o Tricolor, que pode ser o primeiro a chegar ao 10.000º, caso alcance um índice de 64 gols nas próximas sete temporadas. Factível. O blog tentou estabelecer um ranking nordestino, mas os dados de Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza estão incompletos.

Número de gols dos clubes pernambucanos
9.550 gols – Santa Cruz (4.902 jogos) – média de 1,94

9.232 gols – Sport (4.916 jogos) – média de 1,87
8.461 gols – Náutico (4.610 jogos) – média de 1,83

A construção da Arena do Sport só deve começar em 2026. Até lá, reformas na Ilha

Projeto da Arena do Sport. Crédito: Sport/divulgação

A Arena do Sport foi lançada em março de 2011, com prazo de conclusão previsto para o fim de 2015. Obviamente, já passamos da data e não há nem a assinatura do contrato, que esfriou após a dificuldade para encontrar um investidor no lugar da Engevix, investigada na Lava-Jato. E a tendência, por mais que as licenças de demolição e construção estejam ok, é que demore bastante.

O presidente do clube, João Humberto Martorelli, admitiu que o novo estádio poderá começar a ser construído entre 2021 e 2026. Isso mesmo, até dez anos de espera. Após a falta de parceiros no país, o clube passou buscar investidores no exterior. Quem chegou mais próximo foi o grupo Vinci, da França, que já ergueu cinco estádios na França e outros três na China, África do Sul e Arábia Saudita. O aporte necessário para a construção do complexo da Ilha do Retiro seria de R$ 750 milhões. Contando o gasto para colocar todos os empreendimentos comerciais em ação – já com a contrapartida para o investidor -, a movimentação financeira poderia chegar a R$ 2 bilhões.

A quantia é impraticável, ainda mais para a desconfiança internacional sobre o cenário econômico brasileiro. Não por acaso a direção de engenharia do Leão já elabora um plano de reforma da Ilha, tentando adaptar o palco o máximo possível às novas exigências, como a colocação de cadeiras em todos os setores, acessos mais amplos, banheiros, bares, iluminação mais potente etc. Com mais conforto já seria possível aumentar a atual limitação de 27 mil lugares para a capacidade oficial, de 32 mil. Eis a possível realidade na próxima década.

Ilha do Retiro via Google Maps

Sport renova com a Globo até 2020, mas a cota da Série A sofre redução de mercado

Rede Globo e Sport

O Sport confirmou a extensão do seu contrato de transmissão do Campeonato Brasileiro, junto à Rede Globo, para o biênio 2019/2020. Após as notícias de que os clubes estavam aceitando cotas menores da emissora (redução de 25%), o presidente leonino, João Humberto Martorelli, explicou a situação pernambucana. Numericamente, a parcela do Leão até será maior em 2019 em relação à cota fixa de 2018, de R$ 35 milhões, mas considerando a projeção (e valor) de mercado – com o crescimento paulatino da verba de tevê -, o repasse será menor. O mandatário não divulgou valores, mas é possível dar um exemplo, a partir de um cenário explicado pelo próprio CEO do clube, Leonardo Estevam, também presente na apresentação da direção.

Ato 1
Pelo contrato vigente, o clube receberia “R$ 100” em 2018

Ato 2
Pela projeção de mercado (crescimento da competição, com marca e visibilidade + índices financeiros, como IPCA e IGP-M), a nova cota em 2019 deveria ser de pelo menos R$ 130.

Ato 3
Contudo, a Globo, alegando uma retração de investidores (patrocínios na grade), teria oferecido um valor bruto até acima de 2018, mas proporcionalmente abaixo do crescimento esperado, calculado anualmente desde 2012. Logo, um número entre R$ 105 e R$ 110…

Pela assinatura do novo acordo, o Sport recebeu um “bônus” milionário. Esta verba já foi paga, mas o clube ainda não gastou. A ideia é utilizar esse montante – já previsto no orçamento atual – a médio prazo, “com calma”, nas palavras do próprio dirigente. Reforços na Série A? Considerando os dois anos anteriores, na mesma gestão, seria um quadro bem possível. Sobre a escolha da Globo, em detrimento do Esporte Interativo, que se reuniu com o clube em 21 de dezembro e cobriu com sobras (10x) a cota da tevê fechada, de R$ 3 milhões, o presidente do Sport justificou que “seria mais seguro” fechar os três contratos de uma vez, com a mesma empresa (aberta, fechada e pay-per-view). No caso, o dirigente expôs a desconfiança de ter apenas um contrato em mãos.

Falando especificamente sobre 2020, Martorelli projeta um faturamento de R$ 100 milhões no período, o que corresponderia ao maior faturamento da história do clube. E a ideia é justamente reduzir o impacto da televisão no orçamento, de 55% para 35%. Para isso, será preciso aumentar as demais receitas conhecidas, como comércio, marketing, bilheteria etc. Caso essa mudança (difícil) aconteça, o time começaria a seguir o modelo dos principais clubes do mundo, cada vez menos dependentes das cotas da televisão.