O Santa Cruz agendou dez eventos para celebrar os seus 102 anos de história. A programação oficial de aniversário iniciou cedinho, às 6h, com foguetório para a acordar o povão no Recife. No mesmo instante, começou uma pelada no pátio da Igreja de Santa Cruz, emulando a fundação do clube, com onze meninos jogando bola no longínquo 3 de fevereiro de 1914. No caso, a popular “barrinha”.
Um time vestiu o uniforme principal, tricolor horizontal, enquanto o outro vestiu uma camisa retrô alvinegra, o primeiro padrão do clube. Usaram até boinas, artigo comum há um século. Um evento com torcedores, mas abraçado pelo clube. Não por acaso, foi acompanhado pelo presidente coral, Alírio Moraes.
Relembrar o passado é fundamental para construir o futuro…
A Olimpíada do Rio de Janeiro reunirá 206 nações, com aproximadamente 12 mil atletas espalhados em 28 modalidades. Gente demais a caminho do Brasil, demandando inúmeros centros de treinamento. Segundo o guia oficial de preparação, existem 176 instalações no país, das quais apenas dez no Nordeste. Uma no estado, o Centro de Esportes e Lazer Santos Dumont, em Boa Viagem. Há quatro anos, quando o local foi selecionado, havia a expectativa de receber uma delegação. O tempo foi passando e, até pela situação da estrutura, a dúvida foi aumentando. Com a Olimpíada batendo à porta, uma articulação pode trazer até três delegações em busca de aclimatação.
A secretaria de turismo, esporte e lazer negocia há meses com Trinidad e Tobago (atletismo), Portugal (futebol) e África do Sul (rugby de 7). Em 1º de fevereiro, o secretário executivo da pasta, Diego Pérez, recebeu uma comitiva de Trinidad, país caribenho de 1,3 milhão de habitantes, a procura de uma pista de atletismo, a sua principal modalidade. Em Londres, os trinitinos ganharam 3 medalhas masculinas (bronze nos revezamentos 4x100m e 4x400m e nos 400m livres). Além da pista, o campo do Santos Dumont também pode ser utilizado pelo campeão olímpico de lançamento de dardo, Keshorn Walcott.
Delegação de Trinidad e Tobago nos Jogos 2004 – 19 atletas (1 bronze) 2008 – 28 atletas (2 pratas) 2012 – 30 atletas(1 ouro e 3 bronzes)
A visita técnica foi chefiada pela secretária geral do comitê de Trinidad, Annete Knott. Um ponto a favor para a escolha seria o acesso aos hotéis, hospitais e ao aeroporto, todos na zona sul, além de contar com voos diretos dos EUA e de Portugal (porta da Europa), onde os atletas estão competindo. Seriam 15 dias no Recife. No caso de portugueses (com dois encontros entre o presidente comitê lusitano, Manoel Constantino, e o secretário de esportes, Felipe Carreras) e sul-africanos, as escolhas estão focadas em centros de treinamento de futebol (Sport ou Náutico), que poderiam ser incorporados ao catálogo olímpico.
Eis a chance para Pernambuco fazer parte da Olimpíada diretamente…
O projeto original de reforma do Santos Dumont, de R$ 84 milhões, contemplaria até a construção de uma arquibancada coberta na pista principal em 2016. A reforma foi iniciada, mas a conclusão segue sem prazo.
Post atualizado após a confirmação das imagens através do Santa Cruz
Havia a expectativa de o Santa vestir uma nova marca em 2016, antecipando o fim do contrato com a Penalty, parceira desde 2009. No primeiro trimestre, a empresa paulista segue como fornecedora oficial do clube, já com a nova linha de uniformes à disposição. Com a temática Time de Guerreiros, foram divulgadas as duas primeiras camisas, coral e branco. Pela descrição, “pintar o rosto antes de uma batalha é muito mais que expressão artística”.
Cenário comum no Recife, os padrões vazaram antes do lançamento, agendado para o 102º aniversário tricolor. Um dia antes já estavam nas vitrines.
Entretanto, a continuidade do contrato, até 2019, está com os dias contados. A direção coral, que já chegou a conversar com outras marcas, como Dry World e Puma, anunciou o fim da parceria. Via twitter, o clube publicou que o “uniforme será o último produzido pela Penalty, encerrando parceria que começou em 2009, e terá edição limitada. O Santa Cruz negocia com os outros fornecedores de material esportivo para o Campeonato Brasileiro da Série A.”
Tricolor, o que você achou das novas camisas do time?
A casta foi criada pelo extinto Clube dos 13, quando os membros contavam com contratos duradouros, independentemente da divisão – o Sport, por exemplo, entrou em junho de 1997. Foi assim até 2011, já com vinte clubes, quando a associação foi implodida após as negociações individuais de Corinthians e Flamengo. Com isso, a Globo passou a negociar caso a caso – antes, o montante era dividido em quatro grupos. De cara, excluiu Guarani e Portuguesa, devido à fraca audiência, limitando os “cotistas” a 18 times.
Os contratos atuais, nos sinais aberto e fechado, vão até 2018. A situação começou a mudar quando o Esporte Interativo entrou na jogada com R$ 600 milhões anuais pelo Brasileiro, apostando na divisão via “Premier League”, com 50% igualitário, 25% audiência e 25% rendimento. Nesse tempo todo, a Cobra Coral sempre firmou acordos pontuais, de um ano. Foi assim em 2000, 2001, 2006 e agora, em 2016. Ou seja, só recebe caso dispute a primeira divisão. Qualquer rebaixamento significa voltar à cota mínima. Em 2016, por exemplo, o valor na Série B será de R$ 5 milhões, enquanto na A o clube receberá R$ 26 milhões, somando aberta, fechada e pay-per-view. Agora, teria sido justamente o primeiro “não cotista” procurado pela direção do EI.
Caso emplaque, o clube daria um salto econômico sem precedentes no Arruda. Há cinco anos o faturamento total não chega sequer a R$ 20 milhões.
Obs. Bahia, Inter e Santos também teriam assinado com o EI.
Pelo 8º ano consecutivo, o blog contabiliza os pênaltis marcados e os cartões vermelhos aplicados no Campeonato Pernambucano. Em 2016, como ocorre desde 2009, o levantamento analisa somente o turno principal. Nesta caso, as dez rodadas do hexagonal do título. Ou seja, só entram na conta os dados de Santa Cruz, Salgueiro, Sport, Náutico, Central e América.
Na primeira rodada do hexagonal, o único dado que alimentou a lista aconteceu no Clássico das Emoções, no pênalti cometido pelo tricolor João Paulo sobre o alvirrubro Rony, numa marcação correta de Emerson Sobral. Ronaldo Alves converteu bem, deslocando Tiago Cardoso.
Pênaltis a favor (1) 1 pênalti – Náutico Sem penalidade – Santa Cruz, Salgueiro, Sport, Central e América
Pênaltis cometidos (1) 1 pênalti – Santa Cruz Sem penalidade – Salgueiro, Sport, Náutico, Central e América
Entre 2009 e 2011, com doze time e turno e returno, o ranking levou em conta 132 partidas em 22 rodadas. Com o torneio mais enxuto, num hexagonal a partir de 2014, o número de jogos analisados caiu para 30, em 10 rodadas.
Ano (jogos/pênaltis): 2009 (132/48), 2010 (132/70), 2011 (132/46), 2012 (132/57), 2013 (66/35), 2014 (30/6) e 2015 (30/7).
Mais pênaltis a favor 2009 – Náutico (7) 2010 – Náutico (11) 2011 – Náutico e Araripina (7) 2012 – Santa Cruz (8) 2013 – Sport e Porto (6) 2014 – Santa Cruz (2) 2015 – Sport (3)
Mais pênaltis cometidos 2009 – Ypiranga (11) 2010 – Porto (12) 2011 – Petrolina e América (7) 2012 – Araripina (10) 2013 – Belo Jardim (5) 2014 – Porto (4) 2015 – Santa Cruz e Serra Talhada (2)
Começou a fase principal do Campeonato Pernambucano de 2016, o hexagonal do título. Sem o Todos com a Nota, foram apenas 12 mil espectadores (9.296 na Arena e 3.081 no Cornélio). De cara, os dois representantes locais na Série A, com as maiores receitas, começaram perdendo. No domingo, o Salgueiro se impôs de novo sobre o Sport. Na noite de segunda, no Clássico das Emoções, o Náutico venceu o Santa pela terceira vez seguida, somando os dois jogos da última Segundona. Resultados de “2015” neste início de temporada. A rodada só ficou vaga porque América x Central, em Paulista, acabou adiado a pedido da PM, por causa das prévias carnavalescas. Será disputado em 14 de fevereiro.
Em 2 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 3 gols, com média de 1,5. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Cássio (Salgueiro), Ronaldo Alves e Bergson (Náutico) começaram liderando econômica lista, com 1 gol cada.
Salgueiro 1 x 0 Sport – O Leão sentiu a falta de um meia de criação, num jogo sem qualquer inspiração. Entrosado e forte em casa, deu Salgueiro de novo.
Náutico 2 x 0 Santa Cruz – Usando a velocidade no segundo tempo, o Timbu ganhou o clássico de forma incontestável, com sintonia entre time e torcida.
América x Central – Jogo adiado.
Destaque: Rodrigo Souza, volante do Náutico. Apontado como o melhor do Clássico das Emoções, o jogador mostrou muita segurança na contenção.
Carcaça: Defesa do Santa. Nesta estreia, a dupla de zaga, a mesma da Série B, se mostrou lenta, perdendo nos seguidos contragolpes alvirrubros.
Próxima rodada 03/02 (21h30) – Sport x América, Ilha do Retiro 04/02 (20h30) – Santa Cruz x Salgueiro, Arruda 04/02 (20h30) – Central x Náutico, Lacerdão
A classificação atualizada do hexagonal do título após a 1ª rodada.
Quando o Clássico das Emoções começou na Arena Pernambuco, em Tóquio o relógio já marcava 8h30 da terça-feira. Para qualquer japonês com tevê a cabo, pela primeira vez passava ao vivo um jogo do Campeonato Pernambucano. O horário incomum no Recife, na noite de uma segunda, havia sido escolhido justamente para esse novo mercado, com outros países ao alcance do canal Globo Internacional, como os Estados Unidos. A primeira experiência dos nipônicos, à parte do visual moderno do estádio, sem dever nada aos palcos da J League, foi de um jogo muito disputado, de imposição física, mesmo sendo o primeiro à vera de Náutico e Santa Cruz no ano.
Pior para o árbitro Emerson Sobral, com bastante trabalho para contemporizar os trancos. Tentou evitar uma proliferação de cartões, sem sucesso. Foram seis amarelos somente no primeiro tempo, com uma boa chance de gol para cada lado. E só. No segundo tempo, os nove mil espectadores (boa presença considerando o horário ruim na arena, numa semana pré-carnavalesca) viram um jogo inteligente do Náutico, na base dos contragolpes.
No primeiro gol, logo no comecinho, Rony arrancou e foi derrubado na área por João Paulo. Pênalti. Na pré-temporada, o zagueiro Ronaldo Alves havia cobrado duas penalidades no canto esquerdo do goleiro. Contra Tiago Cardoso, talvez para não ficar marcado, inverteu o lado. Deu certo, com a bala mansinha nas redes. Em vantagem, obrigou o rival a rodar mais a bola, em busca de espaço.
O Santa até teve mais posse, mas com poucas oportunidades contra meta de Rodolpho, substituindo Júlio César, punido ainda em 2015. Na bola aérea, Grafite, bem marcado, foi inoperante. Mas para matar qualquer reação, aos 41 minutos, o Timbu ampliou em outro lance de velocidade, com Bergson. Desta vez a pesada zaga coral sequer chegou, com o atacante batendo no cantinho, belo gol. O 2 x 0 marcou a terceira vitória seguida do Náutico sobre o Santa de Martelotte. Um jogo para japonês ver e alvirrubro comemorar.
A CBF confirmou o jogo Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco, em 25 de março, mas não revelou os valores dos ingressos. Na coletiva na sede da federação pernambucana, o diretor de competições da confederação, Manoel Flores, informou que a venda começará no dia 24 de fevereiro, inicialmente pela internet. Evitou comentar até mesmo o patamar financeiro – no último jogo, na Fonte Nova, a arquibancada foi de R$ 30 a R$ 120.
O dirigente disse que a entidade ainda está avaliando a setorização de bilhetes para o estádio, que poderá receber até 44 mil espectadores (sendo 38 mil pagantes). Neste caso, vale relembrar os três modelos adotados (o tradicional, adotado nos jogos de Náutico, Santa e Sport, e os mapas da Copa das Confederações 2013 e da Copa do Mundo 2014). A ideia é ter cadeiras marcadas nos bilhetes, prática utilizada somente nos torneios da Fifa.
Setorização tradicional À parte dos camarotes, nos jogos do Trio de Ferro a arena é dividida em oito setores de “arquibancada”, com a premium (o mais caro), leste e norte/sul no anel inferior e oeste/leste e norte/sul no anel superior. Os valores mais baratos ficam atrás das barras, no nível superior.
Setorização da Copa das Confederações 2013 A Fifa modelou o estádio com os mesmos valores nos dois anéis. A diferença no preço seria de acordo com o ângulo da cadeira, com quatro valores. Os ingressos mais caros ficaram nas laterais do campo.
Setorização da Copa do Mundo 2014 No Mundial, 60% da carga ficou na categoria 1, a mais cara (R$ 350), com os valores caindo nas categorias seguintes (R$ 270, R$ 180 e R$ 60). O ingresso mais barato ficou bem atrás da barra, com a apenas 3 mil lugares, com dois lances de cadeiras no anel inferior e quatro no superior.
Pelo custo apresentado pelo consórcio que administra o empreendimento, a CBF não achou “vantajoso” (repito, à parte da indiscutível estrutura). Em 12 de janeiro surgiu a notícia de que a confederação estaria considerando a hipótese de indicar o Arruda, devido à maior capacidade de venda (50 mil x 38 mil, fora as gratuidades). Duas semanas depois, a especulação tornou-se realidade após a vistoria oficial nos dois estádios do Grande Recife. No fim das contas, a pressão deu certo e o consórcio refez a planilha de custos, reduzindo a pedida. A transferência do mando seria um golpe duríssimo para a arena, já marcada pelos balanços negativos, e, sobretudo, para o governo do estado, cuja gestão atual, de Paulo Câmara, é uma sequência de Eduardo Campos, mentor do projeto. E a própria CBF teria trabalho para explicar a decisão de preterir um estádio que abrigou a Copa do Mundo há dois anos, diga-se.
O jogo marca a estreia da Seleção Brasileira no Arena, substituindo o Mundão, que recebeu todos os jogos desde 1978. Ao todo, será a 18ª partida da seleção principal no estado, sendo o segundo clássico contra os uruguaios na terrinha, 31 anos após o amistoso vencido pelos brasileiros, com gols de Careca e Alemão. Em relação à fase classificatória para o Mundial, a última apresentação foi em 2009, contra o Paraguai. Em partidas oficiais, ou seja, contra seleções nacionais, a Canarinha jamais perdeu em Pernambuco.
Em relação à venda de ingressos (de R$ 50 a R$ 300), confira aqui.
Avenida Malaquias (5 jogos) 27/09/1934 – Brasil 5 x 4 Sport (público não divulgado) 30/09/1934 – Brasil 3 x 1 Santa Cruz (n/d) 04/10/1934 – Brasil 8 x 3 Náutico (n/d) 07/10/1934 – Brasil 5 x 3 Seleção Pernambucana (n/d) 10/10/1934 – Brasil 2 x 3 Santa Cruz (n/d)
Ilha do Retiro (2 jogos) 01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Seleção Pernambucana (n/d) 13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Seleção Pernambucana (26.929 torcedores)
Arruda (10 jogos) 13/05/1978 – Brasil 0 x 0 Seleção Pernambucana (42.621) 19/05/1982 – Brasil 1 x 1 Suíça (59.732) 02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai (59.946) 30/04/1986 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia (54.249) 09/07/1989 – Brasil 2 x 0 Paraguai (76.800, Copa América) 29/08/1993 – Brasil 6 x 0 Bolívia (96.990, Eliminatórias) 23/03/1994 – Brasil 2 x 0 Argentina (90.400) 29/06/1995 – Brasil 2 x 1 Polônia (24.000) 10/06/2009 – Brasil 2 x 1 Paraguai (55.252, Eliminatórias) 10/09/2012 – Brasil 8 x 0 China (29.658)
Arena Pernambuco (1 jogo) 25/03/2016 – Brasil x Uruguai (Eliminatórias)