O perfil da torcida no jogo Brasil x Uruguai, na Arena Pernambuco

Dados sobre o público de Brasil x Uruguai, na Arena Pernambuco. Crédito: governo do estado

Foram comercializados 44.739 ingressos para a partida entre Brasil e Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa 2018. O perfil do público no clássico continental na Arena Pernambuco é bem distinto em relação aos jogos de futebol no estado. A torcida residente na Região Metropolitana do Recife corresponde a 51%, bem abaixo do usual, próximo a 100%. O interesse do jogo, claro, ultrapassou as fronteiras, até mesmo pelos preços cobrados, de R$ 57,50, para a meia-entrada na arquibancada superior, a R$ 300, o valor unitário do camarote.

As capitais mais próximas (João Pessoa, Maceió e Natal) também fizeram parte do bolo, tomando boa parte dos 16% de bilhetes destinados aos demais nordestinos. Para completar, a hinchada uruguaia. As entradas foram vendidas pela própria AUF (a “CBF” dos hermanos), chegando a dois mil interessados. Por sinal, o quadro divulgado pela secretaria de turismo do estado mostra que os estrangeiros poderão injetar até R$ 4 milhões na economia local.

Formado pelas classes A e B, o público presente no duelo entre Neymar e Suárez é semelhante ao do último Mundial. Em 2014, os cinco jogos no estádio receberam 203.025 pessoas, com 59% do público formado por estrangeiros. Na ocasião, os pernambucanos corresponderam a 28,5% do total, sendo 20% no Grande Recife. O jogo pode ser até aqui, não necessariamente o público…

A divisão dos 44.739 ingressos em Brasil x Uruguai
Grande Recife – 51% (22.816)
Outros* – 23% (10.289)
Nordeste (RN, AL e PB) – 16% (7.158)
Interior de PE – 5% (2.236)
Uruguai – 5% (2.236)
*Origem nacional desconhecida pela CBF

Dados sobre o público de Brasil x Uruguai, na Arena Pernambuco. Crédito: governo do estado

Presidentes de Flamengo e Sport sobem o tom sobre 1987, muito além do folclore

Eduardo Bandeira (Flamengo) e Humberto Martorelli (Sport) na Assembleia Geral Extraordinária da CBF em 8 de junho de 2015. Foto: CBF/site oficial

Convidado para a roda de entrevistas do canal ESPN, no Bola da Vez, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, comentou, como não poderia deixar de ser, sobre a disputa do título brasileiro de 1987, na qual o clube carioca tenta obter a divisão junto ao Sport. Após o questionamento feito pelo jornalista Juca Kfouri, o dirigente tratou o tema como ‘folclore’ do Sport.

“Eu não estou muito preocupado com a posse física da Taça das Bolinhas nem com reconhecimento da justiça. Campeão de 1987 é o Flamengo, todo mundo sabe. Os torcedores do Sport sabem também, mas isso faz parte do folclore do bom humor pernambucano, que acha que o Oceano Atlântico é formado pelo encontro das águas do Capibaribe e do Beberibe, que acha que a Rádio Jornal do Commercio de Recife fala para o mundo. Da boca para fora, acha que o Sport é o campeão de 1987.”

O programa só iria ao ar à noite, mas o trecho sobre 87 foi usado como isca para a audiência, até porque o tema repercute. Assim, durante todo o dia, o site da emissora compartilhou o trecho do vídeo. À noite, o Sport respondeu em nota oficial, também através do seu presidente, João Humberto Martorelli.

“A propósito das declarações do presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello, no programa ‘Bola da Vez’ do canal ESPN, em que se refere ao título do Sport pelo Campeonato Brasileiro de 1987 como ‘folclore’, entendo que as brincadeiras são normais entre torcedores de clubes de futebol. Porém, a sociedade está precisando de líderes que respeitem as instituições. Tal provocação desrespeita o estado de Pernambuco, os pernambucanos e o Judiciário. Além disso, a colocação do presidente traz à tona a injusta fama de que os cariocas, em geral, não levam nada a sério.”

Há onze dias, os perfis dos dois clubes no twitter trocaram alfinetadas sobre o título, após a confirmação da rodada de abertura da Série A de 2016, que curiosamente terá o confronto. Agora, no entanto, o tom parece ter saído mais do sério. E pensar que em 8 de junho de 2015, durante a assembleia extraordinária da CBF, no Rio, os dois mandatários sentaram lado a lado. Ambos pediram a palavra na ocasião. Hoje, estão cada vez mais distantes…

Eduardo Bandeira (Flamengo) e Humberto Martorelli (Sport) na Assembleia Geral Extraordinária da CBF em 8 de junho de 2015. Foto: CBF/site oficial

Podcast 45 – Análise sobre a possível volta de Diego Souza ao Sport

Diego Souza no Sport em 2016? Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O meia Diego Souza foi o principal nome do Sport durante o Brasileirão de 2015, com 9 gols e 10 assistências em 34 jogos. Pilar numa campanha que terminou com a 6ª colocação, a melhor do clube nos pontos corridos. A sua participação foi encerrada após o Flu adquirir os direitos econômicos junto ao Metalist, da Ucrânia, por R$ 2,4 milhões. Com apenas dez jogos, a passagem de DS no Rio foi relâmpago, tanto que já articula a volta à Ilha do Retiro três meses depois.

A bomba no futebol pernambucano não poderia passar em branco no 45 minutos, que gravou um telecast sobre o tema. Ouça agora ou quando quiser!

Atualização: Diego Souza foi confirmado pelo Sport, com contrato de dois anos.

A customização da Copa do Mundo de 2018 passando pela Arena Pernambuco

Arena Pernambuco customizada para o jogo nas Eliminatórias da Copa de 2018. Foto:  Fernando Torres/CBF

A Seleção Brasileira não jogou na Arena Pernambuco nos dois torneios da Fifa realizados no país em 2013 e 2014, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Para o Mundial de 2018, o estádio finalmente foi selecionado, para um jogo válido pelas Eliminatórias – o que não ocorria no estado desde 2009. Com a fase classificatória do torneio recebendo um tratamento cada vez maior de “Copa do do Mundo”, com o objetivo de valorizar o evento, naturalmente, a arena recebeu a customização oficial para a “2018 Fifa World Cup Russia Qualifiers”, com o tom azul visando o clássico contra o Uruguai, em 25 de março.

Arena Pernambuco customizada para o jogo nas Eliminatórias da Copa de 2018. Foto:  Fernando Torres/CBF

A customização passa por painéis nos corredores, vestiários e túnel de entrada, estruturas temporárias para a zona mista e placas publicitárias de LED no entorno do campo etc. Em caráter excepcional, a zona mista da Canarinha tem um painel diferenciado, exibindo os seus patrocinadores – no Mundial propriamente dito não há espaço para isso. Por (mais um) dia, um clima de copa em São Lourenço. Não por acaso, foram articulados esquemas diferenciados de segurança e mobilidade- semelhantes aos adotados no Recife durante as copas recentes – para o público, estimado em 44.739 pessoas.

Em tempo: a arena foi preterida nos jogos da Seleção nas copas devido à capacidade, uma vez que o Brasil atuou em palcos com 60 mil lugares.

Relembre a customização da arena nas Confederações e no Mundial.

Arena Pernambuco customizada para o jogo nas Eliminatórias da Copa de 2018. Foto:  Fernando Torres/CBF

Após 84% dos jogos, média de público do Campeonato Pernambucano é de 1.918

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Náutico/twitter (@nauticope)

O contexto da partida parecia indicar um bom público. O Náutico na liderança, com três vitórias seguidas sobre o rival. O Santa estreando dois reforços, Léo Moura e Uillian Correia, num domingo de sol com promoção de ingressos no Arruda. Não adiantou muito, com o Clássico das Emoções recebendo 12.010 torcedores. O borderô manteve uma dura escrita no Estadual de 2016. Após 78 dos 92 jogos programados, nenhum alcançou sequer 15 mil pessoas. Não por acaso a média de público se mantém abaixo de dois mil após 84% do torneio.

Sobre o ranking de público, a briga pela primeira posição está acirrada – ainda que nivelada por baixo. Ao disputar o seu primeiro clássico, o índice tricolor subiu para 8.187, ou 595 baixo do rubro-negro, ainda na ponta. Contudo, a última rodada do hexagonal terá um Clássico das Multidões no Mundão, o que pode inverter as posições. Já em relação à arrecadação, com R$ 2,2 milhões, a FPF já recolheu R$ 181.273, fazendo valer a taxa de 8% sobre todas as bilheterias.

Dados atualizados até 21 de março, após a 8ª rodada do hexagonal do título.

1º) Sport (4 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 35.128 torcedores
Média de 8.782 
Taxa de ocupação: 32,01%
Renda: R$ 748.463 
Média: R$ 187.115
Presença contra intermediários (2 jogos): T: 6.025 / M: 3.012

2º) Santa Cruz (4 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 32.751 torcedores
Média de 8.187
Taxa de ocupação: 16,18%
Renda: R$ 378.145
Média de R$ 94.536
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 20.741 / M: 6.913

3º) Náutico (4 jogos como mandante, sendo 3 na Arena e 1 no Arruda)
Público: 22.060 torcedores
Média de 5.515
Taxa de ocupação: 11,72%
Renda: R$ 519.025
Média de R$ 129.756
Presença contra intermediários (2 jogos): T: 5.723 / M: 2.861

4º) Salgueiro (4 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 14.932 torcedores
Média de 3.733
Taxa de ocupação: 30,92%
Renda: R$ 48.942
Média: R$ 12.235

5º) Central (7 jogos como mandante, no Lacerdão)
Público: 17.369 torcedores
Média de 2.481
Taxa de ocupação: 12,40%
Renda: R$ 336.725
Média de R$ 48.103

6º) América (6 jogos como mandante, sendo 3 no Ademir, 2 no Arruda e 1 na Ilha*)
Público: 6.078 torcedores
Média de 1.013

Taxa de ocupação: 3,65%
Renda: R$ 109.630
Média de R$ 18.271
* Ainda houve mais um jogo de portões fechados

Geral – 77 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 147.697
Média: 1.918 pessoas
Arrecadação: R$ 2.265.920
Média: R$ 29.427
* Foram realizadas 78 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.

Fase principal – 24 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 120.837
Média: 5.034 pessoas
Arrecadação: R$ 2.042.440
Média: R$ 85.101

As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata):
2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)

Pernambucano 2016, 8ª rodada: América 0x4 Sport. Foto: Emanuel Leite Jr./DP

Ranking dos pênaltis e das expulsões (8)

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz 1x1 Náutico, com Júlio César defendendo o pênalti de Grafite. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

O levantamento do blog sobre os pênaltis e expulsões no hexagonal do título foi atualizado com uma duas marcações. No Clássico das Emoções, um pênalti a favor do Santa – o primeiro turno aconteceu o oposto. Na cobrança, Júlio César defendeu o chute de Grafite. Já em Caruaru o Salgueiro recebeu o seu primeiro vermelho na competição, com o goleiro Mondragon expulso aos 17 do primeiro tempo – lembrando que ele era o reserva, pois Luciano segue machucado.

Confira a atualização do blog após a 8ª rodada do Pernambucano 2016:

Pênaltis a favor (8)
3 pênaltis – Náutico e Salgueiro
2 pênaltis – Santa Cruz

Sem penalidade – Sport, Central e América

Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa Cruz desperdiçou dois pênaltis

Náutico evitou duas penalidades e desperdiçou outra
América evitou duas penalidades

Pênaltis cometidos (8)
3 pênaltis – América
2 pênaltis – Santa Cruz e Náutico
1 pênalti – Sport

Sem penalidade – Salgueiro e Central

Cartões vermelhos (8)
1º) Salgueiro – 2 adversários expulsos, 1 vermelho
2º) Sport – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
3º) Santa Cruz – 2 adversários expulsos, 2 cartões vermelhos
4º) Náutico – 1 adversário expulso, 1 vermelho

4º) Central – 1 adversário expulo, 1 vermelho
6º) América – 1 adversário expulso, 3 vermelhos

Resumo da 8ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz 1x1 Náutico, América 0x4 Sport e Central 0x0 Salgueiro. Fotos: Antônio Melcop/Santa Cruz, Williams Aguiar/Sport e CarcaráNet /twitter (@CarcaraNet)

A 8ª rodada do hexagonal do título definiu mais um classificado ao mata-mata do Campeonato Pernambucano de 2016. O Sport goleou o Mequinha no sábado, num Arruda com apenas 1.497 pessoas, e se juntou a Náutico e Salgueiro. A última vaga deve ficar com o Santa Cruz, que hoje só pode terminar a fase no máximo em 4º lugar, tendo como único adversário o América – será o confronto da próxima rodada, diga-se. No Clássico das Emoções, também no Arruda, com 12.010 torcedores, o time de Martelotte teve a chance de facilitar a campanha, mas ficou no empate. Completando o domingo, um Lacerdão com 352 testemunhas, para uma tarde sem gols entre Patativa e Carcará.

Hoje, as semifinais seriam Náutico x Santa Cruz e Salgueiro x Sport.  

Em 24 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 56 gols, com média de 2,33. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Jhon, do Salgueiro, e Ronaldo Alves, do Náutico, lideram com 4 gols.

América 0 x 4 Sport – Em ritmo de treino, os rubro-negros golearam, aliviando um pouco a barra após a incrível derrota na Ilha – a primeira em 43 anos.

Santa Cruz 1 x 1 Náutico – Faltou mais qualidade técnica nas finalizações, mas após algumas semanas enfim vimos um jogo empolgante no torneio.

Central 0 x 0 Salgueiro – A Patativa jogou com um mais durante 73 minutos, após a expulsão de Mondragon, mas foi incapaz de vencer. Está fora.

Destaque: Henríquez. Quase não teve trabalho com o ataque do América, fato, mas fez um belo gol e vai ganhando a vaga de Matheus Ferraz no Sport.

Carcaça: Thiago Santana. Impressionante a incapacidade de fazer gols do jogador. Mesmo com um concorrência limitada, deve sair do ataque timbu.

Próxima rodada
26/03 (18h30) – América x Santa Cruz, Ilha do Retiro
27/03 (16h00) – Sport x Salgueiro, Ilha do Retiro
02/04 (18h30) – Náutico x Central, Arena Pernambuco

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 8ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2016 após 8 rodadas. Crédito: Superesportes

Santa e Náutico empatam em festival de chances perdidas. Melhor para o Timbu

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Foi um festival de chances desperdiçadas no Clássico das Emoções, talvez justificando as vaias de boa parte dos 12.010 espectadores no apito final. Pela frustração de não vencer, mesmo chegando com perigo inúmeras vezes à meta adversária. Vale tanto para Tiago Cardoso, salvando, quanto para o de Júlio César, que até pênalti defendeu. Animado, o jogo foi. Um dos melhores do ainda desinteressante Estadual de 2016. Uma maior qualidade técnica nas finalizações e teríamos um placar das antigas. Ficou no 1 x 1. Apesar de ter jogado melhor, o Náutico teve mais o que comemorar, pois manteve a liderança, com quatro clássicos disputados. Logo, deve encaminhar a melhor campanha do hexagonal. Quanto ao Santa, a vaga só virá com o 4º lugar.

No domingo, mesmo com vários desfalques, o Timbu conseguiu impor a sua estratégia. Curiosamente, através de uma peça improvável, Gil Mineiro. De volta, ele deu mobilidade ao meio-campo e ajudou Rodrigo Souza na marcação – seguraram João Paulo. Roubar a bola e sair em velocidade? Básico e funcional. Ainda melhor se o rival der espaço, o que o Santa cansou de fazer. Aos 32 o contragolpe foi impressionante, com apenas um defensor coral desde a linha do meio-campo. Rony fez tudo certinho, tocando para Gil na cara do gol, livre. O volante chutou em cima de Tiago Cardoso. Na sequência, Thiago Santana, um perdedor de gols nato, deu um chute horroroso.

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

A partida dali o jogo ficou ainda mais intenso. O paredão coral fez outra ótima defesa. Depois, do outro lado, num lance sem perigo, Ronaldo Alves puxou Grafite, que valorizou. Pênalti, cobrado pelo próprio camisa 23. E Júlio César defendeu – como já havia feito contra o Salgueiro. Herói? O futebol é cruel. Dois minutos depois, numa falta cobrada na área, o goleiro saiu bisonhamente, com Alemão se aproveitando para marcar. Apesar da vantagem, Martelotte sabia que o seu time precisava melhorar. Se à frente Grafite era um trator, no meio, Léo Moura foi apagadíssimo – talvez uma estreia precipitada. Na segunda etapa, os corais até buscaram mais, pelas pontas, de maneira afobada.

O jogo ficou amarrado até os 22 minutos, quando Gil Mineiro foi à linha de fundo e cruzou um “balão” na área. Com a zaga coral plantada no lance, Daniel Morais – que entrara no lugar de Thiago Santana – cabeceou no contrapé de Tiago Cardoso. O gol de empate, para transformar a tarde no duelo franco, com chances sistemáticas. Raniel raspando a trave, Ronaldo Alves chutando por cima com gol vazio, Rafael Pereira batendo forte, bola na pequena área do Náutico. Foi 1 x 1, mas poderia ter sido 2 x 2, 3 x 3… Com o Náutico mantendo o tabu, com cinco jogos sem perder dos corais.

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Projetando as cotas do Esporte Interativo na Série A, já considerando o Santa Cruz

Projeção de cotas do Esporte Interativo no Brasileiro em 2019. Crédito: Douglas Batista Cruz (@dbatistadacruz)

A partir de 2019 a transmissão da Série A na televisão por assinatura ficará dividida entre os canais Sportv (da Globo) e Esporte Interativo (da norte-americana Turner). A cisão, a primeira em vinte anos, ocorre porque o EI vem seduzindo os clubes com propostas mais vantajosas na plataforma fechada. A promessa é repartir R$ 550 milhões entre os vinte clubes a cada ano, seguindo o modelo inglês: 50% igualitário, 25% pela última campanha e 25% por audiência. A partir dos clubes já acertados, o torcedor Douglas Batista Cruz, com outras colaborações no blog, fez uma projeção sobre a divisão “hoje”.

O quadro inclui o Santa, com forte indício da negociação com o EI, há mais de um mês. Assim, seriam sete clubes na elite. Logo, o bolo (proporcional) seria de R$ 192,5 milhões. Para o cálculo, foi tomado como base de dados a audiência de 2016 (ou seja, a divisão feita pela Globo, o único modo conhecido para mensurar) e as campanhas no Brasileiro de 2015. Os números mudam dependendo da representatividade de cada time, técnica e televisiva.

No caso coral, vice-campeão da Segundona e no piso das cotas globais, o montante seria de R$ 19.813.000 – só pela tevê fechada, reforçando. Em tempo: neste ano o tricolor receberá R$ 26 milhões, somando os cinco contratos possíveis (aberta, fechada, pay-per-view, internet e internacional). Ou seja, com a projeção via Esporte Interativo, os corais precisariam captar R$ 7 milhões na tevê aberta e no PPV para superar o valor atual (e real). Difícil?

Veja o gráfico em uma resolução melhor aqui

Confira uma projeção de cotas do Brasileirão via Premier League aqui.

Sport goleia o América, se garante na semi e mantém escrita de G4 no Estadual

Pernambucano 2016, 8ª rodada: América 0x4 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP

Por mais que houvesse um abismo técnico entre as equipes, os jogadores rubro-negros desejavam publicamente a “revanche” contra o América, após o surpreendente revés no primeiro turno, o que não ocorria desde 1973. Sem forçar, em um jogo até sonolento num Arruda às moscas, o Sport goleou por 4 x 0 e confirmou o óbvio, a presença na semifinal do Estadual. Os gols de Durval, numa cabeçada antes dos dois minutos, Túlio de Melo, Henríquez e Serginho garantiram ao Leão uma das maiores escritas do futebol pernambucano.

Desde 1979 o time se faz presente no G4. Os rivais Náutico e Santa, por exemplo, ficaram de fora em 2015 (6º)e 2008 (7º), só para citar as campanhas mais recentes. E olhe que 1978 é uma exceção na história leonina, pois o clube simplesmente abdicou de participar da competição, por não concordar com a tabela e por divergências políticas com a FPF, tirando uma licença autorizada pelo conselho deliberativo. Desconsiderando aquele ano, o Sport sempre ficou entre os quatro melhores do estado na era profissional, iniciada em 1937. A última campanha abaixo disso foi curiosamente na edição anterior, um 5º lugar.

Agora, ao se juntar a alvirrubros e salgueirenses no mata-mata de 2016, o Sport foca o Nordestão, aí sim com pressão. Na Ilha, precisa vencer o Botafogo para ir às quartas. Também precisará de apoio, em falta no ano, numa letargia impressionante nas arquibancadas – opinião ao trio de ferro. No Mundão, com mando do Mequinha, apenas 1.497 torcedores encararam a noite de sábado. Talvez a falta de interesse esteja relacionada justamente à falta de surpresas…

Pernambucano 2016, 8ª rodada: América 0x4 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife