As torcidas nas capitais brasileiras e o grau de envolvimento, via SPC/CNDL

As maiores torcidas do Brasil nas capitais em 2016. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Um estudo feito em conjunto pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), realizado em todas as capitais do país, mediu o grau de envolvimento do torcedor brasileiro, no acompanhamento das notícias, interesses pessoais, consumo de produtos oficiais e fidelidade no pay-per-view do futebol. O levantamento, claro, mensurou o tamanho das torcidas nas capitais, num raio de ação de quase 50 milhões de pessoas, dividindo até em subcategorias: aficionado, fã e simpatizante.

A pesquisa, aberta a entrevistados acima de 18 anos, traz algumas distorções, como qualquer levantamento. Na visão do blog, a maior é a ausência do Santa Cruz entre os 19 primeiros, abaixo do Náutico, o que não acontecia desde 1983, numa pesquisa da Gallup. O Sport aparece na liderança na região, empatado com o Vitória, que surpreende em Salvador. O fato de a pesquisa ser feita apenas em capitais talvez explique o leão pernambucano à frente de Cruzeiro e Galo, algo que jamais havia acontecido (e soa irreal). No interior mineiro, bem maior que o pernambucano e com maior presença local, a dupla de BH dispara.

Como o quadro do SPC apresenta percentuais dos clubes apenas entre as pessoas que torcem por algum time, o que corresponde a 87%, o blog recalculou todos os dados dentro do universo completo, 100%, incluindo a população à parte do futebol. Finalizando com a projeção absoluta através da estimativa populacional do IBGE, atualizada em 30 de agosto deste ano.

Confira o estudo completo clicando aqui e aqui.

SPC Brasil/CNDL / capitais brasileiras 2016
Período: 2016
Público: 712 (27 capitais)
Margem de erro: 3,9%
População estimada (IBGE/2016): 49.084.883

1º) Flamengo – 18,3% (8.982.533)
2º) Corinthians – 11,6% (5.693.846)
3º) São Paulo – 5,7% (2.797.838)
4º) Vasco – 5,5% (2.699.668)
5º) Palmeiras – 4,3% (2.110.649)
6º) Santos – 3,9% (1.914.310)
6º) Grêmio – 3,9% (1.914.310)
8º) Fluminense – 3,7% (1.816.140)
9º) Botafogo – 3,5% (1.717.970)
10º) Inter – 3,0% (1.472.546)
11º) Sport – 2,6% (1.276.206)
11º) Vitória – 2,6% (1.276.206)
13º) Cruzeiro – 2,3% (1.128.952)
14º) Bahia – 2,2% (1.079.867)
15º) Atlético-MG – 1,7% (834.443)
16º) Coritiba – 1,4% (687.188)
17º) Náutico – 1,3% (638.103)
18º) Fortaleza – 1,1% (539.933)
19º) Paysandu – 0,8% (392.679)

Outros times – 7,5% (3.681.366)
Sem clube – 12,9% (6.331.949)

Quantidade de produtos oficiais comprados por cada torcedor, anualmente:

Como as maiores torcidas do Brasil nas capitais acompanham notícias dos times. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Mídias em que o torcedor acompanha notícias de futebol: 

Como as maiores torcidas do Brasil nas capitais acompanham notícias dos times. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Consumo de pay-pew-view para assistir aos jogos (Brasileiro e Estaduais):

Gasto das maiores torcida do Brasil com pay-per-view em 2016. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

A amostragem da pesquisa por capital:

Amostragem da pesquisa de torcida nas 27 capitais brasileiras em 2016. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

16 Replies to “As torcidas nas capitais brasileiras e o grau de envolvimento, via SPC/CNDL”

  1. O que TEM e DEVE ser observado nessa pesquisa, é a margem de erro. Portanto…quem tá em cima pode está em baixo, e quem tá em baixo pode está em cima.

  2. É só entrar no Facebook, lá não é pesquisa, é realidade, Corinthians 11 milhões de curtidas, Flamengo 10 milhões, São Paulo 6 milhões … etc

  3. Concordo, a torcida da Santa Cruz Credo não tem dinheiro, logo não não tem tv e compra camisa falsificada na sulanca…kkkkkkkkk

  4. Nossa, pela primeira vez no ano o Náutico e o Sport eliminaram o Santa em alguma coisa, pena q não foi na bola. kkkk

  5. Amigos, se a margem de erro da pesquisa é de 3,9%, isso quer dizer que o Santa Cruz, mesmo sem aparecer na lista, está tecnicamente empatado na 6a posição com o Santos e demais clubes pernambucanos. A margem de erro é uma informação muito relevante em pesquisas estatísticas.

  6. Caro Cássio Zirpoli,

    Uma cambada de burróide insiste em contestar os resultados das pesquisas apresentadas por você neste blog, seria muito importante que você não desse muita importância para estes e continuasse a publicá-las, visto que, nós sabemos que o seu interesse é unicamente divulgar as mesmas para que sejam discutidas por todos, independentemente de resultado e de clubes.

    Os incomodados que vão se contrapor àos responsáveis pelas pesquisas.
    Tenho dito!!!

  7. A torcida do SANTA CRUZ não pode aparecer nessa pesquisa, pois essa pesquisa é só para quem está devendo no SPC e CERASA. Parabéns por estarem nas maiores torcidas nessa pesquisa Sport e Náutico. Eu sabia que vocês têm potencial para isso. Hahahaha!!!

  8. Esse timba é cabuloso. Vai virar o América, hahaha. Um time que não ganha nada há 12 anos e está a frente do Santa e de outros clubes de torcida de massa do N/NE (Fortaleza, Ceará, Payssandu, etc) em vários rankings cito: o oficial da CBF, o time mais valioso divulgado recentemente e a agora em consumo e poder de compra (esses torcedores que cabem numa Kombi devem ser bilionários).

  9. ja sei onde ta o erro, somados a porcentagem do spor e do nautico da certinho o percentual da margem de erro !!!!!

  10. O resultado apresentando a torcida do Náutico a frente da torcida do Santa Cruz não surpreende, considerando que o critério seja o consumo de produtos oficiais e aquisição de pacotes de paperview, por exemplo. O poder aquisitivo da torcida do TIMBA supera e muito ao aferido pelos demais concorrentes em Pernambuco. Ouso afirmar que com uma série longa de boas campanhas na Série A em poucos anos ou em até uma década podemos superar o valor de mercado da torcida da modinha da Ilha do mangue, inclusive. Assim, reassumindo a liderança entre as torcidas de PE como já ocorreu nos aureos tempos do hexa.

  11. Pesquisa medíocre sem o menor nexo, com todo respeito ao Jornalista, não era nem para ser postada. Eu sou Náutico, mas como pode a do Santa não aparecer, e essa do Sport ser maior do que Cruzeiro, Atlético e Bahia éw ´para fechar com tanta mediocridade. PESQUISA MEDÍOCRE E PATÉTICA.Sem comentários.

  12. concordo com Ivan Malheiros. essa não é uma simples pesquisa de popularidade do clube ou número de torcedores. é uma pesquisa de consumo do torcedor, e, principalmente, de produtos oficiais – a turma da pirataria cai fora! -, o que explica a grande distancia entre flamengo e Corinthians – muitos torcedores do norte e nordeste declaram seu amor comprando produtos oficiais dos times do rj. por isso também essa posição de fluminense e botafogo – sempre no fim do g12 e empatados com sport, bahia, cap e coxa – bem como as de cruzeiro e cam, lá em baixo. o momento do clube, a variedade de produtos oficiais, o fornecedor e a qualidade fazem toda a diferença. todo mundo quer uma camisa adidas do sport, já uma dryworld do cam nem tanto!!

  13. Se eu entendi correto, essa pesquisa tem um viés de engajamento e consumo, baseando o resultado na quantidade de produtos oficiais comprados. Se for isso, é natural que não acompanhe um gráfico de quantidade de torcedores, pois acho que aí pode entrar outras questões como: poder aquisitivo do torcedor (a média da renda do torcedor do Náutico costuma ser maior do que a do Santa), disponibilidade e variedade dos produtos oficiais (Santa, por exemplo, teve inúmeros problemas com fornecimento de material esportivo, enquanto o Sport sempre vende muitas camisas), renda per capita de cada região estudada. Se não é parâmetro para mensurar ‘tamanho’ de torcida, é importante pros clubes aprenderem um pouco mais sobre seu público e aplicar correções onde houver falhas. Até porque, como costumam falar no podcast, o time vai precisar ter isso bem mapeado se quiser chegar na fase do clube de ter receita considerável através da ‘marca’.

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