A premiação absoluta da Copa do Nordeste 2017 chega a R$ 18.520.000

A evolução das cotas de campanhas finais (somando todas as fases) da Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A premiação total da Copa do Nordeste de 2017 aumentou em 24,9% em relação à última edição. Em cinco anos, são quase R$ 13 milhões a mais. Considerando a meritocracia no torneio, 41% do montante será distribuído nos mata-matas, correspondendo a R$ 7,6 milhões. As cotas das cinco campanhas possíveis no torneio foram ampliadas, com as seguintes diferenças para cada time: R$ 95 mil (primeira fase), R$ 20 mil (quartas), R$ 100 mil (semifinal), R$ 50 mil (vice) e R$ 250 mil (título). Acumulando todos os repasses, o campeão irá embolsar R$ 2,85 milhões, ou R$ 465 mil a mais que o Santa Cruz, que ergueu a orelhuda dourada em 2016. A premiação é bancado pela Liga do Nordeste, com a receita de parcerias, como a venda de direitos de transmissão junto ao Esporte Interativo.

Em 2017, o futebol pernambucano volta a ser representado pelo Trio de Ferro após três temporadas. Por sinal, quem chegar às quartas da Lampions League, numa campanha básica, superando a fase de grupos, já ganhará R$ 1 milhão. A observação cabe porque essa quantia já seria superior a toda a cota do Pernambucano, disputado de forma paralela. Por outro lado, o título regional não vale mais uma vaga na Sul-Americana, mas, sim, uma classificação direta às oitavas de final da Copa do Brasil de 2018 – após a canetada da Conmebol.

Voltando às cifras regionais, desta vez foram adicionadas cotas iniciais para maranhenses e piauienses – sob a avaliação da Liga até 2018. A verba é menor, com R$ 330 mil para clubes dos dois estados. Finalizando o acordo comercial no Nordestão, os vinte times não têm despesas com arbitragem, viagens e hospedagens. Segundo a regra das viagens: até 500 km, passagens de ônibus; acima de 500 km, passagens aéreas, com delegações de 26 pessoas.

Cotas da Copa do Nordeste, fase por fase, de 2013 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Eis as cotas absolutas (somando as fases) para as campanhas no Nordestão:

2017
Campeão – R$ 2,85 milhões (ou R$ 2,58 milhões para MA e PI)
Vice – R$ 2,15 milhões (ou R$ 1,88 milhão para MA e PI)
Semifinalista – R$ 1,6 milhão (ou R$ 1,33 milhão para MA e PI)
Quartas de final – R$ 1,05 milhão (ou R$ 780 mil para MA e PI)
Primeira fase (PE, BA, CE, RN, AL, PB e SE) – R$ 600 mil
Primeira fase (MA e PI) – R$ 330 mil
Total – R$ 18.520.000

2016
Campeão – R$ 2,385 milhões (Santa Cruz)
Vice – R$ 1,885 milhão (Campinense)
Semifinalista – R$ 1,385 milhão (Bahia e Sport)
Quartas de final – R$ 935 mil (Ceará, Salgueiro, CRB e Fortaleza)
Primeira fase – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão

2015
Campeão – R$ 2,74 milhões** (Ceará)
Vice – R$ 1,24 milhão (Bahia)
Semifinalista – R$ 890 mil (Vitória e Sport)
Quartas de final – R$ 615 mil (Fortaleza, América-RN, Salgueiro e Campinense)
Primeira fase – R$ 365 mil*
Total: R$ 11.140.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão
** Com bônus de R$ 500 mil, pago pela CBF

2014
Campeão – R$ 1,9 milhão (Sport)
Vice – R$ 1,2 milhão (Ceará)
Semifinalista – R$ 850 mil (América-RN e Santa Cruz)
Quartas de final – R$ 600 mil (CSA, CRB, Vitória e Guarany-CE)
Primeira fase – R$ 350 mil
Total: R$ 10.000.000

2013
Campeão – R$ 1,1 milhão (Campinense)
Participação – R$ 300 mil
Total: R$ 5.600.000

A evolução da premiação total da Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As cotas de participação e premiações dos clubes pernambucanos em 2016

Receitas de Sport, Santa Cruz, Náutico e Salgueiro. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Encerrada a temporada 2016, vamos a um balanço econômico dos principais clubes pernambucanos, considerando o desempenho esportivo de cada um nas competições oficiais. Ao todo, considerando as quatro principais forças, um apurado de R$ 84.336.410. Neste contexto, se aplicam as premiações recebidas por fases e/ou títulos, além dos recursos recebidos pela transmissão de cada campeonato, à parte da bilheteria (em outro post, em breve).

Em campo, o Leão da Ilha pouco fez. Parou na semifinal regional, perdeu o título estadual para o Santa, caiu no primeiro mata-mata da Sula, também para o rival tricolor, e ainda foi eliminado da Copa do Brasil na 1ª fase – justamente para poder jogar o torneio internacional. Com tantos insucessos, só ganhou R$ 3,6 milhões, o que corresponde a 8% do montante geral, uma vez que recebeu R$ 42 milhões da televisão pelo Brasileirão, uma receita já assegurada em 2017.

Com a maior receita de sua história, mesmo somando apenas as cotas e premiações, o Santa chegou a R$ 30 milhões – até hoje, já adicionando bilheteria e sócios, chegara no máximo a R$ 17 mi, em 2011. Além da cota de tevê, a maior do clube mesmo sendo a menor da Série A, os corais fizeram por onde nos mata-matas. Títulos no Pernambucano (sem premiação à parte) e no Nordestão, 3ª fase na Copa do Brasil e oitavas na Sula. Só não “pontuou” no Brasileiro (até o 16º lugar) – o rebaixamento, aliás, já comprometeu 2017. Para neste ano, especificamente, a previsão mínima de receita foi superada em 38%.

Quanto ao Náutico, um ano pífio. Fora do Nordestão, o clube tinha na Copa do Brasil o caminho meio para receitas extras, mas acabou eliminado pelo modesto Vitória da Conquista. O acesso perdido na última rodada, também em casa, tirou mais R$ 200 mil do clube – além do maior impacto, de R$ 23 milhões em 2017.

Sport
Estadual – R$ 1.062.142 (fixo)
Nordestão –  R$ 1,385 milhão (semifinal)
Copa do Brasil – R$ 420 mil (1ª fase)
Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões
Série A (TV ppv) – R$ 6,75 milhões
Série A (premiação) – R$ 900 mil (14º lugar)
Sul-Americana – R$ 988 mil (fase nacional)
Total : R$ 46.505.142 (R$ 3,875 milhões/mês)
Calendário: 66 jogos (R$ 704 mil/jogo)

A previsão mínima era R$ 42,381 mi (aumentou em R$ 4,12 milhões, ou 9,7%)

Santa Cruz
Estadual – R$ 1.062.142 (fixo)
Nordestão – R$ 2,385 milhões (campeão)
Copa do Brasil – R$ 1,56 milhão (3ª fase)
Série A (TV*) – R$ 23 milhões
Sul-Americana – R$ 2,224 milhões (oitavas)
Total: R$ 30.231.142 (R$ 2,519 milhões/mês)
Calendário: 73 jogos (R$ 414 mil/jogo)
* O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV

A previsão mínima era R$ 21,805 mi (aumentou em R$ 8,42 milhões, ou 38,6%)

Náutico
Estadual – R$ 1.062.142 (fixo)
Copa do Brasil – R$ 240 mil (1ª fase)
Série B (TV*) – R$ 5 milhões
Total: R$ 6.302.142 (R$ 525 mil/mês)
Calendário: 54 jogos (R$ 116 mil/jogo)
* O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV

A previsão mínima era R$ 6,15 mi (aumentou em R$ 150 mil, ou 2,4%)

Salgueiro*
Estadual – R$ 122.984 (fixo)
Nordestão – R$ 935 mil (quartas)
Copa do Brasil – R$ 240 mil (1ª fase)
Total: R$ 1.297.984 (R$ 108 mil/mês)
Calendário: 42 jogos (R$ 30 mil/jogo)
* Na Série C, os clubes recebem apenas passagens aéreas e hospedagem

A previsão mínima era R$ 815.000 (aumentou em R$ 482 mil, ou 59,2%)

As tabelas do hexagonal e do mata-mata do Campeonato Pernambucano de 2017

A tabela do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2017

Eis a tabela da fase principal do Campeonato Pernambucano de 2017. O hexagonal do título tem, hoje, apenas três times definidos: Náutico, Santa Cruz e Sport. Os outros serão os três melhores colocados da primeira fase, composta por nove clubes. Lembrando que a pré-classificação do Trio de Ferro se deve à presença nas Séries A e B e/ou Nordestão do ano correspondente.

Sobre a tabela básica, há uma modificação de cara. A abertura tende a ser no sábado, em 28 de janeiro, com o Sport, pois o domingo ficaria reservado para o Clássico das Emoções – falando em clássicos, as rodadas com confrontos entre os grandes são a 1ª, 4ª, 5ª, 6ª, 8ª e 10ª. Até a definição da primeira fase, em 25 de janeiro, outros jogos do hexagonal devem ser modificados a pedido da televisão (Globo/Premiere, ainda sem grade) ou por questão de segurança.

1ª fase
Grupo A – Salgueiro, Belo Jardim e Atlético Pernambucano
Grupo B – América, Serra Talhada e Flamengo de Arcoverde
Grupo C – Central, Vitória e Afogados da Ingazeira

Hexagonal do título
Náutico, Santa Cruz, Sport e os três primeiros colocados da 1ª fase

A fórmula é a mesma dos últimos anos, com os quatro melhores classificados avançando ao mata-mata, com semifinal e final (tabela abaixo). Em relação às cotas de transmissão na televisão (tevê aberta e ppv), os três grandes clubes da capital ganham R$ 950 mil, enquanto os demais clubes ganharam R$ 110 mil.

A tabela do mata-mata do Campeonato Pernambucano de 2017