Redesenho dos escudos de Santa, Sport, América e Íbis. Releitura ou tradição?

Evolução dos escudos da Juventus de Turim

A mudança radical no escudo da Juventus, agora restrito à letra “J” em duas grafias, é o resultado de dois anos de criação, com diversos modelos e objetivos de mercado imaginados. Por fim, o presidente do clube italiano, Andrea Agnelli, justificou a escolha como uma evolução da linguagem para atingir novos públicos. Na Inglaterra, Manchester City e West Ham também apresentaram redesenhos de seus escudos. Considerando a evolução dos escudos da Juve (acima), será que a ideia funciona junto à base tradicional da torcida?

A discussão é grande e se estende até o Recife. Não faz muito tempo, os três grandes clubes tiveram projetos em suas mesas para a releitura dos distintivos. Entre 2007 e 2011, a Módulo Design criou modelos para Náutico, Santa e Sport. Começou no alvirrubro, uma vez que um dos criadores, Roberto Varela, também era vice-presidente de marketing do clube. Ao lado de Daniel Dobbin, o trabalho resultou no atual modelo usado pelo clube, com a explicação no livro Construindo Marcas, uma compilação de 25 anos de trabalho da empresa.

“O redesenho do escudo de clube é algo muito completo porque o torcedor geralmente é muito passional. Mexer com isso sempre requer muita pesquisa. Começamos por retirar Náutico de dentro do escudo, pois a palavra só tinha sido usada na última versão. Tiramos partido das listrar flamulantes da bandeira e criamos um campo na parte de baixo, onde inserimos 1901, ano da fundação do clube. Ainda deixamos as seis estrelas relativas ao Hexa, pois sabíamos de sua importância para muitos torcedores” 

Após a aprovação pelo conselho deliberativo timbu, no fim de 2008, a criação focou rivais e em clubes periféricos da capital. A seguir, outro trecho.

“Após o redesign do escudo do Náutico em 2008, graças ao nosso bom relacionamento com os demais clubes do estados, fizemos primeiro uma proposta para o Santa Cruz, que iria completar 100 anos e também tinha problemas em seu escudo, e depois para o Sport, que também term dificuldades de reprodução. Em ambos os casos, os dirigentes não tiveram como implantar, pois aprovar esses redesenhos junto aos conselheiros é sempre muito complicado. Já os redesenhos do Íbis e do América foram feitos para uma empresa de marketing esportivo que depois se desligou dos dois clubes e não teve mais como implantá-los.” 

No tricolor, houve uma mudança, mas sem relação com a Módulo Design, com a retirada das oito estrelas (tri-super e pentacampeonato). Já no rubro-negro, o assunto chegou a ser discutido internamente em 2011, na gestão de Gustavo Dubeux. A versão atual data de 2008, após a conquista da Copa do Brasil, com a inclusão da segunda estrela dourada e a redução da prateada.

Confira a evolução dos escudos do Trio de Ferro clicando aqui.

Abaixo, todas versões criadas pela Módulo Design e apresentadas a Santa Cruz, Sport, América e Íbis. Gostou de alguma?

Obs. O blog já entrou em contato para ter as versões do Náutico, de 2007.

Santa – Variações do modelo atual, incluindo ondulações, e mudanças na fonte e na cor do acrônimo SCFC. Sobre o amarelo, era tradição nos anos 70 e 80.

Projetos para um redesenho do distintivo do Santa Cruz. Crédito: livro "Construindo Marcas", de Marcos Daniel Dobbin e Roberto Varela

Sport – O leão se mantém no escudo, mas com várias mudanças no número de listras. Das sete atuais, o número cairia para até 2. A sigla SCR também poderia sair das mãos do leão (aliás, havia dois modelos de leões).

Projetos para um redesenho do distintivo do Sport. Crédito: livro "Construindo Marcas", de Marcos Daniel Dobbin e Roberto Varela

América – Uma modernização sobre um escudo que não era modificado há décadas. Dos traços simples para uma leitura mais arrojada. A versão com o 1914 embaixo do AFC acabou usada no ano do centenário, em 2014.

Projetos para um redesenho do distintivo do América. Crédito: livro "Construindo Marcas", de Marcos Daniel Dobbin e Roberto Varela

Íbis – O pássaro preto seguiria quase sem retoques, com mais presença da cor preta. Em dois casos, até mesmo a inclusão do branco.

Projetos para um redesenho do distintivo do Íbis. Crédito: livro "Construindo Marcas", de Marcos Daniel Dobbin e Roberto Varela

As cotas de TV no Brasileiro de 2006 a 2017, com Fla, Sport, Náutico e Santa

Cotas de televisão no Campeonato Brasileiro de 2006 a 2017 (em R$). Arte: Cassio Zirpoli/DP

O contrato atual de transmissão do Campeonato Brasileiro vai de 2016 a 2016, com diversas castas de divisão, tanto na primeira quanto na segunda divisão. Como se sabe, 18 clubes tem aporte de elite mesmo em caso de rebaixamento. No Nordeste, apenas Sport, Bahia e Vitória. Para mostrar essa diferença nas cotas (tanto no cenário nacional quanto local), o blog compilou os últimos quatro contratos de televisão, todos assinados com a Rede Globo.

O Flamengo sempre fez parte do grupo 1. Até 2011, junto a Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco. Hoje, apenas na companhia do Timão. Enquanto o Sport faz parte do último degrau dos cotistas, os rivais Náutico e Santa recebem um montante ainda menor, e somente em caso de participação no Brasileirão. No quadro produzido pelo blog, os valores recebidos pelo Trio de Ferro e pelo principal expoente neste processo, já com 12 anos. Somados, alvirrubros e tricolores representam cerca de R$ 110 milhões, ou 48,9% do repasse ao Sport. No período, os leoninos jogaram a Série B quatro vezes, recebendo 50% nos três primeiros anos e 75% na última campanha, em 2013. Por outro lado, o Santa acabou passando seis anos entre as Séries C e D, que não contam (até hoje), com verba de televisionamento. Ah, os grandes clubes recifenses ganharam 334 milhões de reais, considerando as cotas fixas, ou 35,1% da cota do Mengo.

Espera-se uma reformulação na distribuição da receita de tevê no Brasileirão a partir de 2019. No caso, no contrato de seis temporadas, até 2024, com a Globo emulando o sistema da Premier League, com 40% (igualitário), 30% (audiência) e 30% (classificação anterior), em vez de 50%/25%/25%. Para isso, precisou ocorrer a concorrência do Esporte Interativo, que já firmou contrato com clubes como Santos, Inter, Bahia e Atlético-PR.

2006-2008
G1 – R$ 21 milhões (Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco
G2 – R$ 18 milhões/ano (Santos)
G3 – R$ 15 milhões/ano (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo)
G4 – R$ 11 milhões/ano Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás, Guarani e Portuguesa)
G5 – R$ 3,4 milhões/2006) e R$ 5,5 milhões/2007-2008 (demais clubes)
Série B – R$ 1,25 milhão (demais clubes)
Série C – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G5): R$ 17,6 milhões (6,1 x mais)

No período, o clube cotista rebaixado recebia 50% no primeiro ano na Série B. A partir do segundo ano seguido na segunda divisão, passava a ganhar 25% (norma posteriormente retirada, a pedido dos clubes). O valor dos não cotistas foi ampliado em 2007, se mantendo congelado por 5 anos.

2009-2011
G1 – R$ 36 milhões/ano (Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco)
G2 – R$ 20,6 milhões (Santos)
G3 – R$ 20 milhões (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo)
G4 – R$ 13 milhões/ano (Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás, Guarani e Portuguesa)
G5 – R$ 5,5 milhões (demais clubes)
Série B – R$ 1,8 milhão (demais clubes)
Séries C e D – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G5): R$ 30,5 milhões (6,5 x mais)

O novo contrato, outra vez, num triênio, manteve o mesmo formato anterior, com ajustes nas cotas. O grupo 1 subiu 71%, enquanto o grupo 4 subiu 18%.

2012-2015
G1 – R$ 110 milhões/ano (Flamengo e Corinthians)
G1 – R$ 80 milhões/ano (São Paulo)
G3 – R$ 70 milhões/ano (Palmeiras e Vasco)
G4 – R$ 60 milhões/ano (Santos)
G5 – R$ 45 milhões/ano (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo) 
G7 – R$ 27 milhões/ano (Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás)
G8 – R$ 18 milhões/ano (demais clubes)
Série B – R$ 3 milhões (demais clubes)
Séries C e D – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G8): R$ 92 milhões (6,1 x mais)

O novo acordo, de quatro anos, foi apelidado de supercota, com Fla e Timão no primeiro escalão. Foi o primeiro negócio após a implosão do Clube dos 13. Em relação aos cotistas rebaixados (Guarani e Lusa deixaram de ser, diga-se), o valor 75% da cota no primeiro ano, 50% e 25% no terceiro.

2016-2018
G1 – R$ 170 milhões/ano (Flamengo e Corinthians)
G1 – R$ 110 milhões/ano (São Paulo)
G3 – R$ 100 milhões/ano (Palmeiras e Vasco)
G4 – R$ 80 milhões/ano (Santos)
G5 – R$ 60 milhões/ano (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo) 
G7 – R$ 35 milhões/ano (Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás)
G8 – R$ 23 milhões/ano (demais clubes)
Série B – R$ 5 milhões (demais clubes)
Séries C e  D – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G8): R$ 147 milhões (7,3 x mais)

No novo modelo, retomando o triênio, os rebaixados passam a ter cota integral mesmo em caso de participação na Série B

As redes sociais dos 40 principais clubes do Brasil, com 11 nordestinos, via Ibope

As redes sociais dos principais clubes brasileiros em 16/01/2017. Crédito: Ibope/Repucom

O Ibope refinou o seu levantamento sobre as bases digitais dos clubes do país, somando os perfis oficiais nas redes sociais mais utilizadas no futebol. A partir de agora, o instituto pretende atualizar o quadro mensalmente, sempre com 40 clubes, incluindo os vinte integrantes da Série A e outros vinte com as maiores bases digitais nas Séries B e C. Assim, a lista de janeiro apresenta onze nordestinos, do Sport, em 13º lugar geral, com 2,5 milhões no dado combinado (facebook, twitter, instagram e youtube), ao CRB, em 36º, com 213 mil.

No quadro absoluto, a Chapecoense se consolidou com um dos clubes mais populares na internet, com milhares torcedores de outros clubes, país afora, seguindo os perfis do alviverde catarinense após a tragédia na Colômbia – o clube passou do 24º para o 7º lugar, já se aproximando do Grêmio, em 6º. No topo, o Corinthians abriu um milhão de seguidores de diferença sobre o Flamengo, indo de encontro às pesquisas tradicionais, nas quais o rubro-negro carioca sempre aparece na liderança. O acesso à internet no estado de São Paulo, provavelmente, é determinante para esta diferença.

Voltando ao Nordeste, chama a atenção à polarização entre Sport e Bahia. Se o time pernambucano lidera no geral, o tricolor soteropolitano se mantém à frente no face, a a maior rede social. Por sinal, 2 x 2 em plataformas. No twitter e no insta, Sport em 1º e Bahia em 2º. No face e no youtube, o inverso, com Bahia em 1º e Sport em 2º. A seguir listas apenas com os clubes da região entre aqueles divulgados por José Colagrossi, diretor do Ibope-Repucom.

Os nordestinos com mais usuários nas redes sociais*
1º) Sport (2.502.936)
2º) Bahia (2.319.881)
3º) Vitória (1.393.386)
4º) Ceará (981.078)
5º) Fortaleza (810.220)
6º) Santa Cruz (800.323)
7º) América-RN (371.377)
8º) ABC (352.368)
9º) Náutico (333.316)
10º) Sampaio Corrêa (226.306)
11º) CRB (213.921)

Top 5 do NE no facebook*
1º) Bahia (1.092.793)
2º) Sport (1.041.062)
3º) Ceará (640.526)
4º) Fortaleza (576.886)
5º) Santa Cruz (564.096)

Top 5 do NE no twitter*
1º) Sport (1.224.736)
2º) Bahia (1.078.802)
3º) Vitória (941.405)
4º) Ceará (202.839)
5º) Fortaleza (125.814)

Top 5 do NE no instagram*
1º) Sport (218.529)
2º) Bahia (128.542)
3º) Ceará (128.291)

4º) Vitória (116.325)
5º) Santa Cruz (101.764)

Top 5 do NE no youtube*
1º) Bahia (19.744)
2º) Sport (18.609)
3º) Santa Cruz (17.509)
4º) Ceará (9.422)
5º) Fortaleza (8.652)

* Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. Inclusive, pode seguir perfis rivais, também contabilizados. 

Confira o levantamento anterior clicando aqui.

Campeão olímpico, Rogério Micale aponta o clube onde gostaria de trabalhar: Sport

Rogério Micale comandando treino da Seleção Olímpica no CT do Sport, em 10 de novembro de 2015. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Em 10 de novembro de 2015, o técnico Rogério Micale comandou um treino da Seleção Olímpica no Centro de Treinamento José de Andrade Médicis, do Sport. Ali, preparava o terreno para Dunga. Como se sabe, Dunga acabou demitido, Tite preferiu seguir apenas com a seleção principal e coube ao próprio Micale a árdua tarefa no Rio de Janeiro, em 2016. Campeão olímpico, o treinador segue no comanda da base da Canarinha. Segue em contato com outros técnicos e conhecendo a estrutura país afora. Daí, o impacto da sua declaração em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. Eis a oitava pergunta,

Qual o seu futuro?
“Sou funcionário da CBF. Não tenho contrato, mas existe uma conversa. Eles podem me mandar embora e posso sair quando quiser. Até agora, não recebi nenhum convite interessante. O grande desafio da seleção é formar um time com poucas sessões de treinos. Isso acontece no futebol brasileiro também. Esse trabalho aqui está me dando uma boa bagagem. Por incrível que pareça, só vejo um clube no Brasil que gostaria de trabalhar: o Sport. É um clube organizador, tem um centro de treinamento razoável, tem uma base interessante e bons jogadores. Fora isso, os últimos treinadores saíram de lá porque queriam.”

Sim, o Sport. Sobre o CT, passados 14 meses, o local, que já contava conta com cinco campos nos 8,4 hectares, recebeu um segundo alojamento, sala de imprensa, centro médico e iluminação do gramado principal. Se já era razoável…

Vale lembrar a declaração de Micale no dia em que esteve em Paratibe

“Estamos com uma estrutura muito boa de treinamento no CT do Sport. Campos muito bons para mostrar o trabalho e desempenhar a atividade. A gente vê que a estrutura física também é muito boa e a diretoria está de parabéns porque estão executando tudo da melhor forma possível.A gente vê, depois de andar por todo o Brasil, que o Sport está à frente neste quesito do CT. E isso é muito bom porque os jogadores, principalmente os mais novos, ficam mais à vontade, sem receio de arriscar as jogadas.”

Há tempos o centro de treinamento é apontado como o futuro do Leão…

Rogério Micale comandando treino da Seleção Olímpica no CT do Sport, em 10 de novembro de 2015. Foto: Williams Aguiar/Sport

Sem amistoso na pré-temporada, Náutico testa 29 jogadores em jogo-treino no CT

Jogo-treino na pré-temporada de 2017: Náutico 3 x 0 Ipojuca. Foto: Léo Lemos/Náutico

A pré-temporada foi esticada no calendário oficial da CBF em 2015. Desde então, o Náutico conseguiu organizar amistosos no Recife contra Decisão (2015) e Botafogo de João Pessoa (2016). Neste ano, com a remontagem do grupo e problemas de agenda, o alvirrubro acabou sem testes oficiais, ficando restrito a jogos-treinos. No primeiro, contra o Ipojuca, o técnico Dado Cavalcanti conseguiu colocar em campo os 29 atletas do elenco à disposição – ficando de fora apenas Sérgio (goleiro), Feliphe Gabriel (zagueiro), Gerônimo (atacante) e Erick (atacante), oriundos da Copinha e que ainda não se apresentaram.

No 3 x 0, construído sem dificuldades e acompanhado por alguns torcedores no Centro de Treinamento Wilson Campos, na manhã de domingo, o Náutico atuou com três formações distintas, com mudanças a cada 30 minutos. Foram dois times totalmente diferentes nas duas primeiras partes e mais sete trocas no último terço, sempre com a formação 4-1-4-1. Da lista abaixo, qual seria a formação ideal para a estreia oficial, em 24 de janeiro, contra o Uniclinic?

Do 1º ao 30º minuto (0 x 0)
Tiago Cardoso; Joazi, Tiago Alves, Éwerton Páscoa e João Paulo; João Ananias, Rodrigo Souza, Marco Antônio, Dudu e Jefferson Nem; Anselmo

Do 31º ao 60º minuto (1 x 0, Alison)
Jeferson; David, Nirley, Adalberto e Igor Neves; João Ananias (Negretti), Cal Rodrigues, Maylson e Juninho e Giva; Alison

Do 61º ao 90º minuto (3 x 0, Cal e Negretti)
Bruno; Raphael, Rafael Ribeiro, Adalberto e Manoel; Negretti (David voltou), Cal Rodrigues, Maylson, Jefferson Renan e Willian Silva; Odilávio

Abaixo, um vídeo com os gols do jogo-treino, produzido por Rafael Brasileiro.

Em amistoso, Santa goleia o Timbaúba usando 26 atletas, sob silêncio no Grito

Amistoso, 2017: Santa Cruz x Timbaúba. Foto: Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Após o bom público no jogo-treino contra a Agap, o Santa Cruz esperava uma presença ainda maior em Olinda, no primeiro amistoso efetivo do ano, contra o Timbaúba, da segunda divisão pernambucana. A entrada custaria um quilo de alimento não perecível ou duas apostas na Timemania. Na noite de sexta-feira, contudo, houve uma determinação do corpo de bombeiros, proibindo a ocupação das arquibancadas no sábado. Segurança é um motivo pra lá de justo, pois o Grito da República segue inacabado. Sem torcida, o time goleou por 3 x 0, gols de Éverton Santos, Williams Luz e Anderson Sales, todos no segundo tempo.

No Campeonato Pernambucano, por exemplo, a FPF exige laudos técnicos de engenharia, segurança, bombeiros e vigilância sanitária. Hoje, nenhum deles seria verificado pela federação – logo, cabe à prefeitura finalizar e regularizar o empreendimento, com capacidade estipulada para até 10.700 pessoas. 

Comparando com o jogo-treino, quando Vinícius Eutrópio mudou dez jogadores no intervalo, mantendo apenas o goleiro, desta vez, com o time já vestindo o uniforme oficial, foram quatro. À frente, Elicarlos por Wellington, Marcílio/David, Léo Costa/Barbio e Zé Carlos/André. No decorrer da etapa complementar, porém, trocou outros onze atletas, dando chance a contratados e garotos da base. Ao todo, 26 jogadores! No fim, uma pena o silêncio forçado no Grito.

Formação do Santa (4-3-3) 

Júlio César (Miller); Vítor (Nininho), Jaime (Otávio e Thawan), Bruno Silva (Anderson Salles) e Eduardo (Vallés); Wellington Cézar (Elicarlos e Lucas Gomes), David (Marcílio e Gabriel Leite) e Thiago Primão (Léo Cotia e William Luz); Barbio (Léo Costa), Thomás (Éverton Sanos) e André (Zé Carlos)

Ouça uma entrevista com Vinícius Eutrópio sobre a preparação coral aqui.

Amistoso, 2017: Santa Cruz x Timbaúba. Foto: Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Os 14 jogadores da Copinha integrados aos elencos profissionais de Sport, Náutico e Santa para a temporada 2017

A participação pernambucana na Copa São Paulo de Juniores de 2017 acabou na terceira fase (de um total de sete), com Náutico e Sport eliminados por Mirassol e Batatais. A campanha, entretanto, não ficou nisso, com parte dos elencos sendo aproveitada nos times principais. Ao todo, o Trio de Ferro integrou 14 nomes, que após anos na base (infantil, juvenil e júnior) passam a trabalhar com nomes mais tarimbados, com outra carga de cobrança, buscando uns minutinhos nos jogos. Ou seja, o rumo natural para promessas de até 19 anos.

Torcedor, dos nomes abaixo, qual seria a sua maior aposta para revelação?

Sport
Sete jogadores que atuam no time campeão estadual na categoria Sub 20 passam a trabalhar com o grupo principal no CT de Paratibe, sob comando técnico de Daniel Paulista. Cinco deles (Lucas, Adryelson, Caio, Pardal e Juninho) foram convocados para a Seleção Brasileira Sub 18/20 em 2016. Já o centroavante Wallace chegou a entrar em campo no Mineirão, pelo Brasileirão 2015, chamado às pressas na ocasião. Lembrando que a direção leonina prometeu, durante a campanha eleitoral, a utilização de boa parte do time júnior durante o Campeonato Pernambucano de 2017, ao menos no hexagonal.

Rubro-negro na Copinha: 3 vitórias e 2 derrotas, 7 GP, 6 GC
Integrados: Lucas (goleiro), Adryelson (zagueiro), Caio (lateral-esquerdo), Fabrício (volante), Pardal (meia), Juninho (atacante) e Wallace (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Copas do NE e do Brasil, Série A e Sula

Time do Sport na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Sport/divulgação

Náutico
O técnico Dado Cavalcanti autorizou a transição de quatro nomes para o time principal. Nos Aflitos, o destaque vai para os atacantes Erick e Gerônimo, com 4 e 3 gols marcados na Copinha, respectivamente. Atuando no interior paulista, o time fez a melhor campanha do clube em 11 participações. Com o reforço nos trabalhos no CT Wilson Campos, a base alvirrubra representa agora quase 50% do elenco profissional no início de 2017, segundo levantamento do próprio timbu.

Alvirrubro na Copinha: 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, 11 GP, 6 GC
Integrados: Sérgio (goleiro), Feliphe Gabriel (zagueiro), Gerônimo (atacante) e Erick (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Náutico na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Náutico/instagram (@nauticope)

Santa Cruz
No Arruda, os tricolores voltaram a passar da fase de grupos da Copa SP após quatro anos, mesmo sem ter uma infraestrutura equiparada a dos rivais – segue sem CT. Os três nomes convocados por Vinícius Eutrópio já tiveram uma primeira experiência no grupo principal, sobretudo o goleiro Lucas, que chegou a compor o banco no último ano. Em 2017, com quatro competições na agenda e um plantel em profunda reformulação, oportunidades podem aparecer para o trio.

Tricolor na Copinha: 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas, 4 GP, 4 GC
Integrados: Lucas (goleiro, 19), Thawan (zagueiro, 19) e Otávio (volante, 18)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Santa Cruz na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Santa Cruz/instagram (@santacruzfc)

De R$ 900 a R$ 4.210, as taxas de árbitros no Pernambucano 2017. O mandante paga

A taxa de arbitragem na fase final do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: FPF/reprodução

Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2017, os mandantes precisam pagar por inúmeros serviços administrativos para a realização da peleja, ampliados a cada fase. Se na etapa preliminar basta a arbitragem e um delegado de jogo, no mata-mata são dez funções! Árbitro, dois assistentes, 4º árbitro, delegado especial de arbitragem, assessor de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo, assessor de protocolo e fiscal da FPF.

Além disso, cada partida é precificada de uma forma. Logo, os valores da final são bem maiores que os da primeira fase. Somando essas taxas de funções, o gasto vai de R$ 2.725 a R$ 14.957 – no caso dos assistentes, a cota equivale a 75% do valor pago ao árbitro, com o 4º árbitro tendo 35% no mesmo modelo. Em comparação com o ano passado, um aumento de 8,4%. No caso do Árbitro Fifa, R$ 322 a mais. Não para aí. Também há a despesa com diárias para os árbitros. Em vez de estipular metas de distância, como e 2016, desta vez a federação já determinou o valor de cada cidade, com Salgueiro sendo a mais cara, R$ 210.

A responsabilidade de pagamento do mandante não é regra. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 4 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Salmo Valentim.

Os “clássicos” envolvem, claro, os jogos entre Náutico, Santa e Sport, com até cinco categorias de árbitro – com os níveis CBF e Fifa sendo mais requisitados.

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O quadro seguinte é válido no hexagonal do título, nos jogos do Trio de Ferro no Recife diante dos três classificados da fase preliminar. No Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro os jogos já contam com dez funções.

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os jogos entre clubes intermediários (nove clubes ao todo) têm um preço diferente, necessitando de apenas uma função administrativa. Cenário válido na fase preliminar e hexagonais do título e da permanência. Ou seja, a tabela só mudaria num confronto do tipo a partir da semifinal (o que nunca ocorreu).

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Brasil x Colômbia, no Engenhão, com o maior público da história no borderô? Pela solidariedade, pela Chapecoense

Jogo da Amizade, Brasil x Colômbia. Crédito: CBF

O amistoso entre Brasil e Colômbia, agendado para 25 de janeiro, poderá ter o maior público pagante da história do futebol brasileiro. Ao menos indiretamente. Além dos 41.506 ingressos à disposição da torcida no estádio Engenhão, de R$ 70 a R$ 150, a CBF criou o “ingresso solidário”, a R$ 50. O bilhete não dará acesso ao jogo no Rio de Janeiro, mas ajudará a Chapecoense, que terá direito à toda renda líquida, revertida às famílias das vítimas do acidente aéreo.

Acessível aos torcedores de outros estados, o ingresso especial (segundo o site de venda, são 4 milhões!) será computado no borderô oficial do Jogo da Amizade como “público total”. Quem colaborar com a causa receberá um certificado de participação e agradecimento. Em relação aos ingressos tradicionais, estima-se uma arrecadação acima de R$ 3 milhões.

Até hoje, o recorde de público foi na decisão da Copa do Mundo de 1950, com 173.850 pagantes no duelo entre brasileiros e uruguaios. Naquele dia, ao todo, o Maracanã abrigou quase 200 mil espectadores. A casa do Botafogo não receberá tanta gente assim, mas a tendência é de recorde… Possível?

Links para a compra de ingressos: bilhete tradicional e ingresso solidário.

Os maiores públicos do futebol brasileiro (todos no Maracanã):
199.854 – Brasil 1 x 2 Uruguai (16/07/1950)
195.513 – Brasil 4 x 1 Paraguai (21/03/1954)
194.603 – Fluminense 0 x 0 Flamengo (15/12/1963)
183.341 – Brasil 1 x 0 Paraguai (31/08/1969)
174.770 – Flamengo 3 x 1 Vasco (04/04/1976)

As cotas dos grandes clubes nordestinos nas competições oficiais em 2017

Receitas de Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz, Náutico, Ceará e Fortaleza. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O futebol pernambucano terá quatro clubes com calendário cheio em 2017. Com a definição das divisões, com o Sport na Série A, Santa Cruz e Náutico na B e o Salgueiro na C, é possível projetar as cotas de cada time, entre verba de transmissão na televisão e o repasse por classificação – obviamente, existem outras fontes, como bilheteria, patrocínio, Timemania, sócios etc.

O blog elencou todas as competições oficiais com os valores já divulgados. No caso do Brasileirão e da Copa Sul-Americana, foram considerados os dados último ano. Ampliando a lista, também foram apresentados as cifras de Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza, os principais adversários regionais.

As projeções de cotas de Bahia, Ceará, Fortaleza, Náutico, Santa Cruz, Sport e Vitória. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As receitas de cada clube estão divididas em quatro colunas nos quadros abaixo, com o cenário mais pessimista na primeira, considerando o valor-base da televisão e a pior colocação possível na competição. Em seguida, duas colunas com campanhas acessíveis, passando uma fase nos respectivos torneios, ou, no caso do Brasileiro, nas primeiras posições acima da zona de rebaixamento, o mínimo esperado por qualquer participante.

No fim, chega-se a uma equação entre mercado e meritocracia esportiva, embora também exista uma enorme disparidade local (e regional) nas cotas a partir do modelo de gestão da televisão sobre o campeonato nacional.

Cotas e premiações: PernambucanoNordestãoCopa do Brasil, Série A e Sula.

Projeção de cotas do Sport nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Sport por mês: R$ 3.731.781
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 1.956.725 (+4,56%)
Calendário: de 57 jogos a 90 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 692.355

Com o contrato junto à Rede Globo até 2018 (e já tem um novo, de 2019 a 2024), o Sport tem a garantia de receita independentemente da série – ainda que esteja indo para o 4º ano seguido na elite. Além da cota fixa de R$ 35 milhões, há uma variação considerável (e ascendente) no pay-per-view. Com isso, nesta plataforma, o blog projetou o aumento de R$ 5 mi para R$ 7 mi em 2017. Sobre o aporte mínimo, o clube só não teria verba na Série A, pois a premiação esportiva começa a partir do 16º colocado (ou seja, em caso de permanência). Por outro lado, fazendo o básico, passando uma fase em cada torneio/copa e evitando o rebaixamento, o Leão já teria um aumento de R$ 2,6 milhões – lembrando que o Brasileiro e a Sula estão com valores de 2016, que tendem a ser reajustados.

Projeção de cotas do Santa Cruz nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Santa Cruz por mês: R$ 628.683
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 17.330.800 (-69,67%)
Calendário: de 56 jogos a 72 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

Sem dúvida alguma, o maior baque financeiro no futebol pernambucano em 2017. Por não ser cotista no Brasileiro (até 2018, a Globo só firmou 18 contratos do tipo), o tricolor perdeu a cota de R$ 23 milhões (somando tevês aberta e fechada, ppv, sinal internacional e internet). Além disso, a canetada da Conmebol, que o tirou da Copa Sul-Americana (onde tinha vaga como campeão nordestino) custou mais R$ 791 mil, considerando a cotação atual sobre a cota da primeira fase do torneio, de US$ 250 mil. Para completar, a CBF tentou consolar o clube com uma pré-classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. Porém, ainda que já largue ganhando R$ 880 mil (e possa ganhar R$ 1 mi caso avance no primeiro mata-mata), o Santa não tem direito às premiações das quatro fases anteriores, que somariam R$ 1,995 milhão.

Projeção de cotas do Náutico nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Náutico por mês: R$ 576.183
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 610.000 (+9,67%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 692.355

A derrota para o Oeste custou caro ao Náutico. Sem o acesso, perdeu a cota de R$ 23 milhões e ainda foi relegado ao grupo 3 da Copa do Brasil, com premiações inferiores nas primeiras fases. Na elite, receberia 420 mil reais na estreia. Como está na Série B, ganhará 250 mil (queda de 40,4%). Comparando com o valor mínimo estipulado no ano passado, a vantagem é a participação na Copa do Nordeste. Por sinal, passar da fase preliminar nas duas copas (regional e nacional) significaria mais R$ 765 mil, receita importante, dado já superior à média mensal que o alvirrubro deverá ter ao longo de 2017. Assim como o Santa, a premiação da Segundona será integral, independentemente da colocação (rebaixado ou campeão), pois os clube optaram por dividir o montante previsto para o G4. Assim, sobrou R$ 88,2 mil para cada um.

Projeção de cotas do Salgueiro nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Salgueiro por mês: R$ 30 mil
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 495.000 (-57,89%)
Calendário: de 35 jogos a 58 jogos oficiais

Fora do Nordestão, onde chegou às quartas de final na última edição, o Carcará aposta as suas fichas na Copa do Brasil, onde estreia com a vantagem do empate (assim como Sport e Náutico, nos jogos únicos da remodelada primeira fase). Passando de fase, o clube já ganharia mais uma cota, de R$ 315 mil. Caso não consiga, a pindaíba tende a ser grande no Cornélio de Barros. Isso porque a Série C segue sem cotas aos 20 participantes, tanto de transmissão quanto de premiação. Hoje, o dinheiro pago pelas emissoras detentoras dos direitos cobre apenas as despesas da competição (viagens e hospedagens dos clubes e arbitragens), segundo a CBF.

Projeção de cotas do Bahia nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Bahia por mês: R$ 4.461.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + 295.000 (+0,55%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125 

Apesar do retorno à Série A, o Bahia manteve o patamar financeiro da Série B, pois, como cotista da tevê (um dos 18 clubes até 2018), teve o valor integral na última temporada. A receita bruta, via Globo, é a maior do Nordeste por causa do pay-per-view, numa projeção a partir da pesquisa Ibope/Datafolha, a base da distribuição até então. O tricolor da Boa Terra teria 3,7% dos assinantes, contra 2,3% do Vitória e 1,5% do Sport, em dados de 2015 – hoje, na prática, a verba pode até ser maior. Uma diferença efetiva em 2017 (ainda que de pouco impacto geral) está na Copa do Brasil, com o clube no “grupo 2” dos repasses nas duas primeiras fases. Mudança ocasionada pela presença na elite.

Projeção de cotas do Vitória nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Vitória por mês: R$ 3.936.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 834.650 (-1,73%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

O Vitória se manteve na primeira divisão nacional, mas a projeção mínima prevê uma leve queda, devido à ausência na Copa Sul-Americana. O leão de Salvador ficou a dois pontos da zona de classificação à copa internacional, que em 2016, mesmo caindo logo no primeiro mata-mata, rendeu R$ 949 mil. O clube tem, rigorosamente, o mesmo calendário do arquirrival, com a variação de jogos a partir do rendimento de cada um, claro. Com quase 4 milhões de reais por mês, o clube terá a segunda receita da região, a partir dos critérios deste publicação.

Projeção de cotas do Ceará nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Ceará por mês: R$ 571.183
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 195.000 (+2,92%)
Calendário: de 51 jogos a 73 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125 

A projeção do Ceará é baseada nas poucas informações acerca da premiação da Primeira Liga, que terá o alvinegro como primeiro representante nordestino. Segundo a Rádio Verdes Mares, da capital cearense, o clube receberia R$ 230 mil por jogo. Porém, o torneio é mais curto que o Nordestão (sem o Ceará), com apenas três jogos na fase de grupos e quartas de final e semifinal em jogos únicos. Em relação ao título, a premiação de 2016 foi de R$ 500 mil. Com o aumento da receita do torneio, que pagará 4,6 vezes mais, o blog tomou a liberdade de estimar o valor da taça (R$ 2,3 mi).

Projeção de cotas do Fortaleza nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O terceiro Castelazo consecutivo tirou R$ 5 milhões do cofre do tricolor alencarino (que seria a cota da Série B). Indo para o 8º ano na terceira divisão, o clube segue bem à margem dos grandes clubes da região em termos de cotas de televisionamento. Receberá apenas passagens aéreas e hospedagens no Brasileiro. Tem na Copa do Brasil o melhor caminho para obter dinheiro a curto prazo – além, claro, de uma nova tentativa de acesso em outubro.

Previsão mínima de cotas do Fortaleza por mês: R$ 137.500
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 105.000 (+6,79%)
Calendário: de 34 jogos a 65 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125