Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Náutico com reorganização tática

Pernambucano 2017, 6ª rodada: Náutico 2 x 1 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP

Pressionado por títulos, num jejum de quase 13 anos, o Náutico apostou bastante no primeiro semestre, tanto no Estadual quanto no Nordestão. Após um bom início, caiu bastante de rendimento, resultando numa eliminação precoce na Copa do Brasil, que custou R$ 375 mil ao clube. A consequência direta foi troca de técnico, saindo Dado Cavalcanti e chegando Milton Cruz. Com pouco tempo, o novo profissional reorganizou a equipe. Não deu tempo de evitar outra queda, no regional, mas trouxe fôlego à fase decisiva local.

Na semifinal, cujo formato chega à oitava edição, o time alvirrubro só avançou em duas oportunidades, em 2010 e 2014. Ao vencer Sport e Santa em sequência nesta temporada, o Náutico trouxe um fato novo à torcida – afinal, não ganhava há quase três anos do leão e havia perdido de forma categórica do tricolor na última semi. Parte disso deve-se a Erick, prata da casa. Aliás, outros jogadores oriundos do CT Wilson Campos compõe o time, saindo do padrão de temporadas anteriores, sem sucesso. Para a fase decisiva, a velocidade deve ser uma boa arma. Até mesmo pelo desgaste dos principais rivais, que estarão envolvidos em outras competições. Tempo, terá.

Desempenho na semifinal (2010/2016): 6 participações e 2 classificações
Vs Sport na semifinal: 2 confrontos (2011 e 2012) e 2 eliminações

O esquema tático timbu tem uma espécie de losango no meio-campo. Rodrigo Souza voltou a ser o primeiro volante, onde sempre rendeu mais. 

Formação básica do time titular do Náutico no Estadual de 2017. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpo/DP

Destaque
Marco Antônio. O meia é o único do elenco que já foi campeão pelo alvirrubro, em 2004. No ano passado, a sua chegada quase resultou no acesso. Neste ano, cumpre o papel de comandar o time, mais recuado, mais cadenciado.

Aposta
Erick. O atacante de 19 anos veio da Copa SP, ganhou uma chance e não largou. Hoje, é o principal nome no ataque, rendendo inclusive nos clássicos (3 gols). Essa personalidade já o transforma em revelação do Estadual.

Ponto fraco
Defesa. A dupla de zagueiros ainda não encaixou, sobretudo por causa de Ewerton Páscoa, que não traz segurança. No gol, Tiago Cardoso vem oscilando, mas espera-se dele o desempenho em mata-matas visto no rival.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
18 pontos (2º lugar)
5 vitórias (2º que mais venceu)
3 empates (3º que mais empatou)
2 derrotas (3º que menos perdeu)
15 gols marcados (3º melhor ataque)
9 gols sofridos (3ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Náutico 2 x 1 Sport, em 5 de março, na Arena.

2 Replies to “Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Náutico com reorganização tática”

  1. A Barbie não pode ver um mata-mata que abre as pernas, tem nem graça…
    A final será novamente Glorioso x cachorra de peruca

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