Podcast – Análise da classificação à final do Sport diante do Náutico, na Arena

Pernambucano 2017, semifinal: Náutico 1x1 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O 4º clássico entre Sport e Náutico no campeonato estadual terminou empatado, com o leão garantindo a vaga na decisão. Foi uma partida equilibrada na arena, na qual o timbu marcou primeiro, tendo como grande calo no jogo o fato de ter segurado a vantagem por apenas dois minutos. Após o gol de Matheus Ferraz, o rubro-negro administrou bem a partida, devidamente analisada pelo 45 minutos, time por time, jogador por jogador. Estou nessa com Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça!

23/04 – Náutico 1 x 1 Sport (1h03)

Vagas no Nordestão e na Copa do Brasil, a disputa de Santa e Náutico pelo 3º lugar

Jogos pelo Estadual 2017: Náutico 1x1 Santa Cruz e Santa Cruz 1x2 Náutico. Fotos: Peu Ricardo/DP (Arena) e Ricardo Fernandes/DP (Arruda)

Nem em Copa do Mundo a disputa pelo 3º lugar é atrativa. Em Pernambuco, o confronto foi criado em 2013, com o objetivo de definir o terceiro representante do futebol local no Nordestão e na Copa do Brasil do ano seguinte. Pelo vigor do regional, técnico e econômico, a medalha de bronze passou a ter valor, assim como a certeza na copa nacional, sem depender das vagas via ranking nacional, divulgado pela CBF apenas em dezembro, após o Brasileiro.

Creio que Santa Cruz e Náutico, envolvidos no primeiro clássico nesta fase, devam encarar o confronto pensando estritamente no planejamento de 2018. Mesmo que nos últimos quatro anos os jogos, na véspera das finais, tenham sido marcados por disputas insossas, a começar pelo público presente. Desta vez, ida na Arena Pernambuco e volta no Arruda – devido ao melhor saldo dos corais, 8 x 5, após a igualdade na campanha, com 19 pontos e 5 vitórias cada.

Considerando as primeiras cotas de 2017, o jogo vale no mínimo
R$ 600 mil – Copa do Nordeste
R$ 300 mil – Copa do Brasil

Os vencedores da disputa pelo 3º lugar no Estadual
2013 – Náutico (vs Ypiranga, 1 x 1 e 3 x 0)
2014 – Salgueiro (vs Santa Cruz, 1 x 1 e 2 x 1)
2015 – Sport (vs Central, 5 x 0 e 0 x 0)
2016 – Náutico (vs Salgueiro, 1 x 0 e 3 x 0)

Por fim, a agenda do Troféu Gena, o simbólico título em homenagem ao centenário do Clássico das Emoções, em 29 de junho. Com a disputa, chegou-se a oito jogos confirmados nesta temporada. Além dos quatro realizados, mais dois jogos pelo bronze estadual e dois pela Série B.

Troféu Gena*
7 pontos – Náutico (2v, 1e, 1d)
4 pontos – Santa (1v, 1e, 2d)
* Em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017

Náutico chega a 13 edições sem ganhar um título pernambucano, o maior jejum

Pernambucano 2017, semifinal: Náutico x Sport. Foto: Náutico/instagram (@nauticope)

Em 2016 e 2017, o Náutico fez melhor campanha que o rival da semifinal, tendo o direito de decidir na Arena a vaga na decisão. Nos dois casos, ambos com clássicos, acabou eliminado, por Santa e Sport. Com o revés diante dos leoninos, chegou a treze edições consecutivas sem levantar a taça, com o jejum tornando-se o maior em todos os tempos de um grande clube do estado.

O hiato desde 2004 superou a seca do Sport de 1962 a 1975, período com a maior série de títulos do alvirrubro (hexa) e do tricolor (penta). Porém, neste intervalo de taças locais, o Leão conquistou o Torneio Norte-Nordeste 1968, o que torna a situação do clube de Rosa e Silva ainda mais gritante, pois não venceu nenhuma competição oficial no período. E esteve quase sempre distante, disputando o título à vera apenas duas vezes (2010 e 2014).

No jejum anterior do timbu, de 1989 a 2001, o time só voltou a dar a volta olímpica em seu centenário, evitando o hexa dos rubro-negros. Agora, uma pressão ainda maior, proporcional ao distanciamento da torcida. Abaixo, o levantamento do blog, considerando o intervalo entre títulos estaduais. A explicação é necessária pois o Santa disputou o Estadual de 1915 a 1930 (16 edições) sem ganhar, assim como o Náutico entre 1916 a 1933 (18).

Maiores jejuns do Trio de Ferro
Náutico (2004 / presente) – 13 anos
Náutico (1989/2001) – 11 anos
Náutico (1974/1984) – 9 anos

Sport (1962/1975) – 12 anos
Sport ( 1928/1938) – 9 anos

Santa Cruz (1947/1957) – 9 anos
Santa Cruz (1959/1969) – 9 anos
Santa Cruz (1995/2005) – 9 anos

Jejuns dos demais clubes campeões pernambucanos
América (1944 / presente) – 73 anos
América (1927/1944) – 16 anos

Torre (3 títulos), Tramways (2) e Flamengo do Recife (1) foram extintos.

Salgueiro x Sport, a 13ª final da história do Pernambucano. E a 1ª no interior…

Pernambucano 2017, final: Salgueiro x Sport Arte: Cassio Zirpoli/DP

Uma final inédita no Campeonato Pernambucano. A disputa entre Salgueiro e Sport, em 2017, será a 13ª final diferente em 103 edições da principal competição do futebol local, realizada de foma ininterrupta desde 1915.

Quem será o campeão pernambucano de 2017?

  • Sport (66%, 1.987 Votes)
  • Salgueiro (34%, 1.029 Votes)

Total Voters: 3.002

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Na primeira semifinal, o Carcará eliminou o Santa. No dia seguinte, na arena, o Leão despachou o Náutico. Será o terceiro ano consecutivo com um mata-mata entre os clubes. Nos últimos dois anos, pela semifinal. Na primeira, os sertanejos passaram. Na segunda, o rubro-negro avançou nos pênaltis. O Salgueiro se faz presente na decisão pela segunda vez em três anos, mostrando a ascensão do clube, que nunca deixou o interior tão próximo da conquista. Se há dois anos foi vice no Arruda, desta vez o jogo de volta será em seu reduto, no Cornélio de Barros, pronto para receber até 12 mil torcedores. Quanto ao Sport, vai à final pela sexta vez na década. Contudo, só uma taça até aqui. Por sinal, será a primeira final de Diego Souza pelo leão.

Agenda da final Interior x Capital*
05/05 – Sport x Salgueiro (Ilha do Retiro)
09/05 – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros)
* Datas e horários a confirmar

O interior esteve presente em 58 das 103 edições. Começou com uma breve passagem do Central, em 1937, mas depois, a partir de 1961, sempre marcou presença. E até hoje, dois títulos foram comemorados fora do Recife, mas em situações de clara vantagem aos visitantes. Em 1997, o Sport já havia vencido o primeiro turno e a primeira fase do segundo turno. Basta ganhar a decisão da última fase para antecipar o bi. Dito e feito, fazendo 2 x 0 no Porto, no Antônio Inácio. Em 2005, o Santa foi campeão de ponta a ponta. Ganhou o segundo turno e, consequentemente, o título, na penúltima rodada, vencendo o Petrolina por 2 x 1, no Paulo Coelho. Agora é diferente, com o jogo de volta da decisão. Com a taça à disposição dos dois times em campo…

Ordem cronológica das finais do Estadual*
1º) Flamengo x Torre (1915)
2º) Sport x Santa Cruz (1916)
3º) Santa Cruz x América (1921)
4º) Santa Cruz x Íris (1932)
5º) Santa Cruz x Varzeano (1933)
6º) Náutico x Santa Cruz (1934)
7º) Santa Cruz x Tramways (1935)
8º) Náutico x América (1944)
9º) Sport x América (1948)
10º) Sport x Náutico (1951)
11º) Sport x Porto (1998)
12º) Santa Cruz x Salgueiro (2015)
13º) Salgueiro x Sport (2017)

* Considerando final em ida e volta, melhor de três, extra e supercampeonato.

Sport empata com o Náutico na arena e vai à final pelo 41º título pernambucano

Pernambucano 2017, semifinal: Náutico 1x1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A vantagem do empate bastou ao Sport. Num clássico equilibrado e nervoso, o leão ficou no 1 x 1 com o Náutico e se classificou à final do Campeonato Pernambucano de 2017. Na arena, o rubro-negro manteve a escrita. Foi o 5º mata-mata contra o timbu desde a implantação do formato com semifinal e final, em 2010, sempre obtendo sucesso. Agora, pega o Salgueiro numa decisão inédita, onde manterá o perfil deste confronto, com força máxima

No jogo de volta, só um desfalque. O mesmo, Ronaldo Alves. Mas ao contrário da ida, com amplo domínio leonino, quando o placar de finalizações foi 19 x 6, desta vez foi 7 x 9. Em vez de um timbu tentando se organizar na defesa, basicamente, o que se viu foi um time postado à frente. Marcou bem a saída de bola e atacou em velocidade, sobretudo com Erick. Liso, o atacante de 19 anos foi o melhor na primeira etapa. Aos 8, fez fila e mandou de longe, acertando a trave de Magrão. Rápido, ainda foi derrubado próximo à área, em dois lances de perigo. A bola parada, de fato, era um ponto forte com Marco Antônio – que marcara na Ilha. E assim saiu o gol do mandante, aos 31 minutos. O camisa 10 cobrou escanteio e Giovanni escorou de cabeça. O gol igualava o confronto, levantando de vez a torcida timbu na arena.

Pernambucano 2017, semifinal: Náutico 1x1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Porém, a festa mudou de lugar dois minutos depois, com as arquibancadas do setor norte vibrando com o gol de Matheus Ferraz. O contestado zagueiro, o 4º na fila de Ney Franco, acabou ganhando nova chance após os vetos a Ronaldo Alves e Henríquez. Em cobrança de falta de Fabrício, subiu mais que dois marcadores. Dali até o intervalo, o domínio passou a ser rubro-negro, trocando passes e saindo com calma, orientado por Diego Souza.

No intervalo só houve uma mudança, com Lenis no lugar de André, em jejum há oito partidas. O objetivo era aumentar o escape do time, a partir da velocidade do colombiano. Já Milton Cruz só foi mexer com 17 minutos, acionando Maylson (pedido pela torcida) no lugar de Dudu, numa tentativa de dar força ao meio-campo, com os três volantes leoninos presentes – curiosamente, Rithely foi o de menor intensidade (CK?). Acabou sendo um tempo com menos oportunidades, sendo a melhor com Rogério, lançado pro Raul Prata (que acabara de entrar). Ficou cara a cara com Tiago Cardoso, mas chutou em cima do goleiro. No fim, com Náutico insistindo na bola aérea, Matheus Ferraz apareceu novamente. À parte dos erros em seu histórico, ele tem, sem dúvida, essa jogada como ponto forte. Ofensiva e defensivamente.

Pernambucano 2017, semifinal: Náutico 1x1 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP