A projeção das cotas da Série A de 2018 a partir modelo da Globo previsto para 2019

A distribuição de cotas do Brasileirão a partir de 2019, segundo a Rede Globo. Crédito: Globo/reprodução

O formato de distribuição de cotas do Campeonato Brasileiro, a partir das vendas dos direitos de transmissão na televisão, mudará em 2019. A edição de 2018 será a última com todos contratos possíveis através da Rede Globo – tv aberta, tv fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet. A partir de 2019, com a entrada do Esporte Interativo na tevê por assinatura, haverá uma divisão, de clubes e receitas. Forçada pela concorrência, a Globo resolveu adotar um sistema semelhante ao da Premier League. A divisão será 40% em parcelas iguais, 30% em rendimento e 30% em audiência, em vez de 50%, 25% e 25% da liga inglesa. Conforme informado pela empresa em 24 de março de 2017, o modelo valerá por seis edições, englobando a transmissão aberta – o PPV segue à parte. Hoje, 21* clubes estão acordados com a emissora para o período, incluindo NáuticoSanta Cruz e Sport.

Embora clubes como Santos e Inter tenham firmado com o Esporte Interativo, a tendência é que todos sigam com a Globo no sinal aberto. Logo, a regra deve ser geral. Como curiosidade, o blog simulou as cotas da Série A de 2018 com o futuro modelo. O montante de “cotas fixas” é de R$ 1,346 bilhão, já com a ampliação do ‘piso’, de R$ 23 mi para R$ 28 milhões, a partir do acordo feito pelo Ceará, informado pelo repórter Mário Kempes, de Fortaleza – o blog considerou este valor para os demais ‘não cotistas’ oriundos da segundona. Nesta projeção, a única ressalva é a receita do SporTV, incorporada ao montante, mas que seria repassada apenas aos contratados da Globo, claro. Portanto, em vez do atual sistema de (oito) castas, com um hiato de R$ 142 milhões entre a maior cota (Flamengo e Corinthians) e a menor (América, Ceará e Paraná), a diferença máxima seria de R$ 79 milhões, numa redução de 44%. E seria justamente o máximo possível, entre o atual campeão/maior cotista (Corinthians) e 4º lugar da Série B/menor cota (Paraná).

* América-MG, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Brasil-RS, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Inter, Londrina, Náutico, Ponte Preta, São Paulo, Sport, Santa, Vasco, Vila Nova e Vitória.

A projeção de cotas do Brasileiro de 2018 com o modelo a ser adotado a partir de 2019. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

No quadro, o blog projetou a cota conferindo os seguintes valores na divisão por classificação em 2017: 20x para o campeão (ou seja, 20 x R$ 1.922.857, o valor base), 19x para o vice, 18x para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o 4º da Série B, com 1x. Já na coluna de audiência, o valor considerado foi 30% da verba que cada clube receberá de fato, pois trata-se da única fonte de informação para definir a atual visibilidade de cada um neste momento.

Lembrando que essa demonstração é referente apenas às cotas fixas. É importante reforçar isso pois há o rateio de meio bilhão de reais no PPV, através do Premiere, até então calculado pelo número de assinantes apurado em pesquisa do Datafolha. Esta receita é repartida apenas entre os 16 ‘cotistas da TV’, com os demais somando o valor do PPV já no acordo pontual para a temporada, caso do Vozão. Em 2015, o Sport, com 1,4% dos assinantes, teve um ‘bônus’ de R$ 6,75 milhões. O Fla, com 19,2%, recebeu R$ 68 mi. E aí deve estar o grande segredo sobre a mudança no formato, pois o impacto econômico do PPV segue ascendente no bolo – mantendo Fla e Timão bem à frente. Em 2019, a previsão é de que apenas este contrato represente 33,2% do total, ou 650 milhões de reais. Imagine em 2024…

A projeção de cotas do Brasileiro de 2018 com o modelo a ser adotado a partir de 2019. Arte: Cassio Zirpoli/DP

4 Replies to “A projeção das cotas da Série A de 2018 a partir modelo da Globo previsto para 2019”

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  2. Cássio…

    Dentro do 28 milhões da cota do Vozão, América-MG e Paraná já estão inclusos valores do PPV?

    Se isso proceder, é um completo absurdo!

    Já não basta a grande diferença nos valores recebidos, bem como a manutenção do valor caso os “cotistas” caiam para Série B…e agora tem mais essa: O “Não cotista” não participar da divisão do PPV?

    Essa previsão existe para o contrato que começa a vigorar em 2019?

    Qual critério fez a Chapecoense conseguiu participar da divisão dos valores do PPV?

    Agradeço, desde já, a atenção!

    Nota do blog

    No caso dos não cotistas, os clubes citados por você, a cota já inclui o pay-per-view, sim. Ou seja, na prática a diferença é bem maior. Sport, Bahia e Vitória devem ganhar mais de 42 milhões, por exemplo – considerando a verba fixa e o pay-per-view, calculado deforma diferente para cada clube. Ps. A Chape tb não recebe o PPV à parte. Abraço

  3. LE UNIQUE COM 35 MILHÕES DE LASKAS SOB O saco DO LION. Nas outras beiradas, os arretados ZÉ DAS NEVES e NETINHO – pela Sarna Crui -, e os supimpas BERILLO e KUKI – pela Barbie Hexapinico -, ambas, frenética, entusiástica e orgulhosamente, na TERCEIROLA NACIONALE, com perspectivas monumentais para uma QUARTOLA-19 -, o quarteto, uníssonamente, fuzilando: – EU TAMBÉM QUERO, EU TAMBÉM QUERO, TAMBÉM QUERO!!!!!!!!!!!!

  4. cálculo do ppv aferido pelo Datafolha? para conferir a validade das informações??? pq a globo sabe bem quem é quem quando você escolhe o time de coração na assinatura. ou eles querem info do Datafolha sobre o pessoal do gatonet??? no rj é só o que tem, e no interior de PE tbm. no meu bairro, aqui no agreste, acho que sou o único “demente” que paga canal de tv. o resto é tudo anteninha dupla!!!

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