A maior polêmica de todos os tempos da última semana no futebol pernambucano

O Santa Cruz jogou bem melhor que o Sport e venceu a primeira semifinal do campeonato estadual de 2014, neste domingo, pelo placar de 3 x 0.

O primeiro gol saiu em uma penalidade convertida por Léo Gamalho. No lance, Gilberto Castro Júnior viu falta de Durval em Flávio Caça-Rato. Na súmula, o árbitro escreveu que o zagueiro rubro-negro empurrou o atacante tricolor.

O assunto tomou conta das redes sociais, com torcedores e jornalistas.

Aqui, um vídeo do lance… Boa discussão.

Ato 5: Tricolor se impõe com goleada sobre o Leão, podendo empatar na Ilha

Pernambucano 2014, semifinal: Santa Cruz 3x0 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Um clássico atrás do outro. Os duelos entre Santa e Sport tornaram-se quase onipresentes nas rodadas. Teoricamente, fica mais difícil surpreender o rival. Até este domingo, o Leão levava vantagem, sem derrotas para o rival. Abrindo a semifinal do Estadual, na busca pelo tetra, o Tricolor foi à forra.

Goleou por 3 x 0 – a primeira em 24 anos – e ficou com um pé na decisão. Na Ilha, em uma semana, os corais jogarão pela vitória, empate ou até pela derrota. Neste caso, independentemente do placar, a decisão irá aos pênaltis.

No Arruda, com um público razoável, o Leão entrou com força máxima – após ameaçar escalar um time misto. Mas o mandante foi bem melhor, ligado. Magrão começou a “trabalhar” aos dez minutos, numa cobrança de falta de Raul.

O Santa apertou bastante a saída de bola do adversário durante todo o jogo. O Sport só assustou mesmo no primeiro tempo, em duas cobranças de falta, ambas com Neto Baiano. Na segunda, o centroavante acertou a trave.

Pernambucano 2014, semifinal: Santa Cruz 3x0 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Na etapa final, aos 12, o lance que vai marcar as mesas redondas, com a penalidade assinalada por Gilberto Castro Júnior num lance bem duvidoso de Durval em Caça-Rato. Não visão do blog, não foi. Gamalho cobrou bem.

A vantagem coral, mínima, já bastava. Porém, o gol incendiou de vez. Os tricolores foram pra cima, diante de um Sport desestabilizado emocionalmente e praticamente sem volantes, com as mudanças arriscadas de Eduardo Batista.

A quinze minutos do fim, Magrão fez duas grandes defesas, mas não era tarde de milagres. Renatinho, que entrara no lugar de CR7, ampliou aos 34. Com o adversário sem reação, Léo Gamalho fez outro, o seu 11º no torneio.

O placar foi comemorado pela torcida coral, de novo confiante. Já o Leão segue dependendo de uma vitória simples, resultado de um regulamento inacreditável.

Pernambucano 2014, semifinal: Santa Cruz x Sport. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Salgueiro faz dever de casa, supera o Náutico e fica pertinho de final inédita

Pernambucano 2014, semifinal: Salgueiro 2x0 Náutico. Foto: Jefferson Marques/SG10

Vitória, vaga. Empate, vaga. Derrota? A decisão irá para os pênaltis…

A situação do Carcará, diante do Náutico, é realmente boa.

Apesar de ter tido a pior campanha entre os semifinalistas, o resultado deste domingo, com a convincente vitória por 2 x 0, no estádio Cornélio de Barros, deixou o Salgueiro a um passo da inédita final, logo no centésimo Estadual.

Choveu bastante na noite anterior, deixando o campo encharcado – ao contrário do que sempre ocorre, sob sol forte. O jogo acabou truncado.

Contudo, o time de Cícero Monteiro foi superior em campo. O primeiro gol saiu aos 24 minutos, através de Everton. Livre na área, num cruzamento da direita, ele cabeceou e ainda pegou o rebote após defesa de Alessandro.

No segundo tempo, o Timbu viu o goleiro Luciano, irregular no hexagonal, tendo destaque. No fim, o Salgueiro aproveitou uma zaga bem desatenta, com Kanu concluindo sozinho, de chapa. A jogada foi novamente no setor de Gerley.

Festa para os 8.902 torcedores, que podem ver o interior disputando o título de forma direta pela primeira vez. Nas anteriores, Porto (1997 e 1998) e Central (2007) até foram vice-campeões, mas sem disputas “à vera”.

Ao Náutico, um semana para recuperar a confiança e jogar na Arena por uma vitória simples, pois o saldo obtido pelo mandante não é critério de desempate…

Pernambucano 2014, semifinal: Salgueiro 2x0 Náutico. Foto: Jefferson Marques/SG10

Fan Fest no Recife é recalculada para R$ 6 milhões. Se sair, só com dinheiro privado

Projetos oficiais das Fifa Fan Fests de Porto Alegre (2014), Cuiabá (2014), Curitiva (2014) e Rio de Janeiro (2010). Crédito: arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press sobre imagens de divulgação

Inicialmente, a Fan Fest da Fifa no Recife foi avaliada em R$ 20 milhões.

O valor do investimento assustou o prefeito Geraldo Júlio, cuja gestão começou em 2013, por mais que o acordo local com a Fifa vigorasse desde 30 de maio de 2009. De acordo com o o secretário de Esportes e Copa do Mundo da capital, George Braga, o prazo está correto, mas a entidade teria colocado a Fan Fest como obrigação de uma subsede num documento simples. Depois, num detalhamento maior, o caderno de encargos saltou para 90 folhas.

Como se sabe, a Prefeitura do Recife já anunciou que não pretende bancar os custos do projeto no Recife Antigo – tendo como resposta, ameaça de processo por parte da Fifa. Após algumas negociações e mudanças na concepção original, a despesa caiu para R$ 11 milhões. Não adiantou.

Agora, após três meses de idas e vindas de gestores recifenses e diretores da Fifa, foram firmados (e recalculados) três modelos definitivos: completo, médio e básico. Este último, o mais barato, claro, sairia por R$ 6 milhões. Nada muito diferente do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Cuiabá.

Martelo batido? Ainda não. Geraldo Júlio mantém a posição de não injetar dinheiro público. O básico só sairá dos croquis se a verba for 100% privado.

A grande diferença é que a Fifa autorizou a prefeitura a buscar novos patrocinadores, à parte dos oficiais (Coca-Cola, Ambev, Itaú, OI, Hyundai/KIA, Sony, Jonhson & Jonhson). Como as empresas ainda não se propuseram a assumir a conta, o Recife pode prospectar outras marcas. Só há uma ressalva: os produtos não podem chocar com os listados. Ou seja, sem refrigerantes, bancos, automóveis, equipamentos eletrônicos e produtos para saúde.

Nesse novo cenário, portanto, é possível acertar as pontas para uma Fan Fest no Recife, a menos de 70 dias da Copa do Mundo? A articulação continua.