Os maiores bandeirões do mundo

Bandeirão do River Plate em 2012, em Buenos Aires. Foto: foros.riverplate.com

Haja pano, haja tinta, haja paixão no futebol.

Em 8 de outubro de 2012 a torcida do River Plate ganhou as ruas de Buenos Aires com uma bandeira monumental. Ligando o seu estádio em Nuñez à velha casa, numa distância de 7.829 metros, justamente o tamanho do trapo.

Mas vamos para dentro dos estádios, onde a bola rola de fato. Considerando as bandeiras nas arquibancadas, a Taça Libertadores da América se transformou no cenário ideal para a inauguração das maiores do mundo.

Em 2011, no mítico Centenário, a torcida carbonera do Peñarol desfraldou uma bandeira de 1,8 tonelada. Na ocasião, foram 400 litros de tinta, amarela e preta.

Era o recorde absoluto. Até esta semana, com uma quebra dupla da marca.

Na quarta-feira, os colombianos do Millonarios, um dos times mais populares do país, abriram uma bandeira de 750 metros de comprimento. No dia seguinte, também na Libertadores, o Nacional, maior rival do Peñarol, igualou o recorde, abrindo uma bandeira mais “curta”, mas com 10 metros a mais de largura.

É possível cobrir toda a arquibancada do futuro Maracanã? Seria difícil superar.

1º lugar – Nacional do Uruguai: 600m x 50m, com 30.000 metros quadrados

Bandeirão do Nacional de Montevidéu, inaugurado em 2013 no estádio Centenário

1º lugar – Millonario da Colômbia: 750m x 40m, com 30.000 metros quadrados

Bandeirão do Millonario da Colômbia inaugurado em 2013 no estádio El Campín

3º lugar – Peñarol do Uruguai: 309m x 45,8m, com 14.152 metros quadrados

Bandeirão do Peñarol de Montevidéu, inaugurado em 2011 no estádio Centenário

Os sete maiores bandeirões do Brasil (atualizado em 17/05/2013).

1º) Corinthians (Gaviões da Fiel): 250m x 35m (8.750m²)
2º) Atlético-MG (Galoucura): 210m x 40m (8.400m²)
3º) Cruzeiro (Máfia Azul): 205m x 40m (8.200m²)
4º) São Paulo (Independente): 162m x 50m (8.100m²)
5º) Santa Cruz (Inferno Coral): 175m x 45m (7.875m²)
6º) Ceará (Cearamor): 210m x 36,5m (7.665m²)
7º) Fortaleza (TUF): 155m x 38m (5.890m²)
8º) Guarani: 140m x 40m (5.600m²)

Maior bandeira do Santa Cruz: 175m x 45m (7.875m²), no anel superior

Bandeirão do Santa Cruz no anel superior do Arruda, em 2009. Foto: Hélder Tavares/DP/D.A Press

Maior bandeira do Sport: 90m x 34m (3.060m²), na arquibancada frontal

Bandeirão do Sport na Ilha do Retiro em 2011. Foto: Thereza Melo/divulgação

Maior bandeirão do Náutico: 60m x 40m (2.400m²), na arquibancada frontal

Bandeirão do Náutico nos Aflitos. Foto: Unidade Alvirrubra

Uma cancha pré-montada para o Peñarol

Novo estádio do Peñarol, do Uruguai. Crédito: Peñarol/divulgação

Pentacampeão da Taça Libertadores da América, o Clube Atlético Peñarol é um dos times mais tradicionais do continente.

Durante quase duas décadas, a agremiação aurinegra assumiu o papel de coadjuvante no futebol sul-americano. Chegou a ser eliminada duas vezes na fase Pré-Libertadores.

Aos poucos, investindo na base, alcançou bons resultados, com destaque para o vice na maior competição interclubes organizada pela Conmebol em 2011.

Mesmo deixando o histórico estádio Centenário repleto a cada apresentação em Montevidéu, o Peñarol pretende ter a sua própria cancha.

O clube uruguaio acaba de lançar o projeto de uma arena multiuso com 40 mil lugares, articulada para ser a mais moderna do pequeno país ao sul do Brasil (veja aqui).

Mais do que o projeto, o diferencial foi a forma de lançamento, com a “montagem”…

La historia tiene un lugar para vos.

Penarol com espírito de Libertadores no Arruda

Copa do Brasil 2012: Santa Cruz 2x3 Penarol. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Em Manaus, o Santa Cruz dominava as ações e vencia o Penarol por 2 x 0.

O rival sequer jogava em casa. Por falta de infraestrutura, teve que deixar Itacoatiara, a 265 quilômetros da capital amazonense. Exigência da Copa do Brasil.

Alheio a isso, o Tricolor estava assegurando a classificação de forma antecipada. Ganharia um prêmio de R$ 120 mil da CBF e uma semana de folga no calendário.

No segundo tempo, aos 13 minutos, Marinelson descontou. O Penarol “segurou” a derrota enxuta e evitou a queda amazonense logo na estreia.

A partida aconteceu há exatamente uma semana…

No lado coral, todos preferiram enxergar o lado positivo daquele resultado, que seria o fato de proporcionar uma boa arredacação no Arruda.

Sim, houve o jogo de volta no Mundão, na noite desta quarta-feira.

A renda bruta foi de R$ 100.900. O público oficial foi 11.677 torcedores.

Mas, na prática, nada de lucro.

Ficando sempre em vantagem, o Penarol fez 1 x 0, com o mesmo Marinelson, 2 x 1, com o atacante Fábio Bala, e 3 x 2, com Rondinelli, após rápida troca de passes.

Os primeiros gols até foram intercalados por Dênis Marques e Memo, mas o visitante, com Cristo e He-Man na formação, conseguiu reagir até o fim.

Aproveitou-se de uma zaga em má fase, incluindo Leandro Souza, outrora unanimidade.

Numa atuação apagadíssima desde os primeiros minutos, observando o raçudo adversário tocar a bola e ditar o ritmo, o Tricolor foi eliminado da competição nacional.

Mais uma vez diante de um time muito inferior. Novamente no Arruda.

Nos últimos seis anos, quatro eliminações na primeira fase, em casa. Vexame...

Copa do Brasil 2012: Santa Cruz 2x3 Penarol. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Sem semana de folga, mas com vaga encaminhada

Copa do Brasil 2012: Penarol/AM 1x2 Santa Cruz. Foto: Evandro Seixas / A CRITICA

Missão dada. Missão quase cumprida…

Não era mistério algum. O objetivo era voltar do Amazonas classificado.

O Santa Cruz chegou a encaminhar a vaga antecipada à segunda fase da Copa do Brasil, ao estabelecer um placar com dois gols de vantagem sobre o Penarol.

Superior tecnicamente no papel e no campo.

O centroavante Geilson marcou duas vezes no primeiro tempo, aos 15 e 41 minutos, mas a equipe perdeu várias oportunidades. Poderia ter “matado” o jogo ali.

No segundo tempo, os comandados de Zé Teodoro voltaram mais precavidos.

Sem tanto ímpeto no ataque. O foco era defesa. O resultado era suficiente…

Porém, isso não garantiu a meta invicta de Tiago Cardoso. O time amazonense diminuiu, com Marinelson, e quase empatou no fim. Mandou uma bola na trave.

Se a classificação não veio na bagagem, pelo menos o Tricolor, mesmo a 2.835 quilômetros de casa, trouxe a vitória por 2 x 1.

A torcida coral, presente em bom número no estádio do Sesi, gostou, mas esta quarta poderia marcado uma dupla premiação ao Santa, já na estreia.

Primeiro com o reforço no caixa, com o prêmio de R$ 120 mil pela vaga na segunda etapa da competição, oferecido pela CBF, e a sonhada a folguinha no calendário.

A próxima quarta-feira, dia 14, bem que poderia marcar uma semana de descanso, mas será a data do jogo de volta contra o Penarol.

Dia para o campeão pernambucano garantir o bônus nas finanças e a vaguinha…

Até porque a missão no Amazonas foi só a primeira, mas precisa ser cumprida no Arruda.

Copa do Brasil 2012: Penarol/AM 1x2 Santa Cruz. Foto: Evandro Seixas / A CRITICA

Superdose homeopática do PES 2012

PES 2012

Para quem gosta de futebol e videogame, o Pro Evolution Soccer 2012 não irá decepcionar. A aguardada versão demo do game já está disponível.

O blog baixou o modelo de 1,3 giga de memória para o Playstation 3. As primeiras impressões do PES 2012 são animadoras.

Obviamente, o jogo disponibilizado da rede PSN ainda não tem tantos recursos, como narração, campeonatos, câmeras (são apenas 3 no demo) e, sobretudo, equipes.

Neste demo, apenas seis times: Milan, Manchester United, Napoli, Porto, Peñarol e Santos. No Peixe, um Neymar estilizado, com moicano. Durval também está lá.

Na apresentação, um vídeo com inúmeros lances do game, com gráfico excepcional.

A jogabilidade é excelente e visa rivalizar com o Fifa 2012, facilitando a execução de dribles curtos, incluindo também o controle de jogadores sem a bola.

Rapidamente, o blog jogou duas partidas… Com o Milan, um empate em 2 x 2 com o Napoli, com dois gols de Boateng – chutaço de fora da área e de cabeça.

Depois, vexame. Santos 1 x 2 Peñarol. Nem com o Neymar…

O jogo produzido pela Konami deve chegar às lojas em 8 de outubro.

Em junho, o blog fez uma enquete sobre qual seria o game de futebol preferido dos internautas. O Pro Evolutio Soccer venceu com 59% (veja aqui).

Brinde exclusivo da Libertadores

Campeões da Libertadores de 1960 a 2011. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Ao todo, 22 clubes de sete países já conquistaram a Copa Libertadores da América desde 1960, quando o Peñarol ergueu o inédito troféu.

Na Argentina, além dos pontos para fotos com réplicas – como no bar Tierra de Heroes e na Bombonera -, é fácil encontrar nas ruas miniaturas dos campeões da Libertadores.

Acima, um quadro com todos vencedores. No detalhe, pela falta de espaço, o novo campeão, o Santos, ainda está “fora”. Cada peça sai em média por 10 pesos…

Os brasileiros fazem a festa. Sobretudo os torcedores de São Paulo, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Internacional, Flamengo, Vasco e Palmeiras…

A ideia bem que poderia ser ampliada em solo nacional. Qual torcedor não gostaria de comprar a réplica dos troféus da Brasileirão e da Copa do Brasil?

Existe a chance. Abaixo, o que diz a CBF sobe o assunto, através artigo 4 do capítulo II (do troféu e dos títulos) do Campeonato Brasileiro da Série de 2011:

A CBF não permite e não autoriza a reprodução do troféu e das medalhas distribuídos com os clubes campeão e vice; a CBF pode autorizar, mediante solicitação, a reprodução de troféus em dimensões menores do que o troféu original.

A dica já foi dada pelos hermanos, diga-se.

As primeiras impressões de uma história em portunhol

Final da Libertadores 2011: Santos 2 x 1 Peñarol. Foto: Fifa/divulgação

No site oficial do Santos:

Agora, a comparação com o melhor time da história do futebol brasilero é ainda mais inevitável. Com gols de Neymar e Danilo, Santos FC chegou ao tricampeonato  da Copa Libertadores ao vencer o Peñarol por 2 a 1, nesta quarta-feira (22), no Pacaembu. Com o título, o Peixe consolida sua geração mais vitoriosa após a Era Pelé, época em os santistas foram bicampeões continentais e mundiais, em 1962 e 1963. Novamente a América está vestida de preto e branco.

No portal da Fifa:

Em 1962 e 63 com Pelé e companhia, em 2011 com Neymar e Ganso: no vôo mais alto de sua nova e talentosa geração, o Santos conquistou seu terceiro título da Libertadores ao bater o Peñarol por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Pacaembu. Depois do empate em 0 a 0 na primeira partida da final, que reuniu em campo sete títulos da competição mais importante do continente, os novos Meninos da Vila fizeram valer o fator casa e levaram a melhor no duelo entre dois gigantes do futebol sul-americano.

Final da Libertadores 2011: Santos 2 x 1 Peñarol. Foto: Conmebol/divulgação

No jornal El Pais, de Montevidéu:

Luchando como siempre, dejando todo en la cancha y con mucho corazón, esta vez no hubo ni milagro ni hazaña para Peñarol. Perdió 2 a 1 ante el Santos en Pacaembu y se quedó sin la sexta Copa Libertadores. Un gol de Neymar en el arranque del segundo tiempo y otro de Danilo aprovechando el descontrol carbonero liquidaron las ilusiones de Peñarol, que se vuelve de Brasil con las manos vacías pero la cabeza bien en alto.

No jornal Marca, da Espanha (onde se especula a ida de Neymar para o Real Madrid):

O Rei ya puede respirar tranquilo. Su legado por fin está en buenas manos. 48 años después de la última Libertadores, el Santos de Neymar recuperó el cetro sudamericano. Los tantos del crack brasileño y de Danilo premiaron el mejor juego de los ‘peixes’ ante un Peñarol honorable que peleó hasta el último suspiro.

No Diario de Pernambuco:

A torcida do Santos está em festa. O time fez o que precisava para levantar a taça da Libertadores pela terceira vez. Foi ao ataque sem se descuidar da defesa e venceu o Peñarol por 2 a 1, no Pacaembu. Uma conquista incontestável, e que deixa o Alvinegro como o maior campeão do Brasil na competição, ao lado do São Paulo.

Final da Libertadores 2011: Santos 2 x 1 Peñarol. Foto: Santos/divulgação

Motivos para os títulos de Santos e Peñarol na Libertadores

Final da Libertadores 2011: Santos x Peñarol. Crédito: Conmebol/divulgação

Santos x Peñarol, às 21h50 desta quarta-feira, no Pacaembu. Finalíssima. Jogaço.

Por que o Santos será tricampeão da Taça Libertadores nesta quarta-feira?

Porque jogará no Pacaembu, caldeirão escolhido meticulosamente em vez do Morumbi, com o dobro de tamanho, mas sem tanta pressão da torcida.

Porque, obviamente, conta com Neymar, a maior revelação do futebol brasileiro nos últimos anos. Candidato a gênio. Mais do que isso: ele vem decidindo.

Como pode perder um time reforçado na decisão justamente por Paulo Henrique Ganso, o camisa 10 antecipado da Copa do Mundo de 2014? Não, não pode.

Após tantos fiascos dos clubes brasileiros em decisões internacionais no país, com exceção do Internacional, o Peixe trabalhou bastante a questão psicológica.

Quatro vezes campeão brasileiro nos pontos corridos, falta ao técnico Muricy Ramalho um título da Libertadores. Foi vice em 2006. Neste ano, pegou o time quase eliminado e deu um padrão de jogo, competitivo. O treinador tem total respaldo do grupo.

Por que o Peñarol será hexacampeão da Taça Libertadores nesta noite?

Porque a camisa carbonera pesa. Mostrou isso nos confrontos contra Internacional e Vélez Sarsfield, quando buscou a classificação fora de casa, como agora.

O futebol uruguaio passa por uma reformulação, com a volta de bons resultados. Após 40 anos, a seleção chegou a uma semifinal da Copa do Mundo. Após 23 anos, os clubes locais voltaram a figurar na decisão da Libertadores. Não é obra do acaso.

Após anos com uma folha baixíssima, com salári de 15 mil dólares, o Peñarol voltou a investir, com o lastro dos mais de 40 mil sócios torcedores em dia, em Montevidéu.

Ídolo no clube, o técnico Diego Aguirre foi autor do gol no último minuto da prorrogação da final de 1987, no último título na Libertadores. Mesmo com o 0 x 0 no primeiro jogo, manteve a confiança da torcida em alta. São esperados 3 mil hinchas em São Paulo.

Experiência libertadora de 1962

Vídeo oficial do Santos com os campeões da Taça Libertadores da América de 1962, curiosamente numa final contra o mesmo Peñarol da finalíssima desta quarta-feira.

A peça traz depoimentos de Pepe, Coutinho e Mengálvio, além de imagens históricas da primeira conquista brasileira na Libertadores.

Vice-campeões da América em 2003, Diego e Robinho também gravaram vídeos.

Agora é com Neymar e Ganso. O tri está perto.

Saudosismo puro na final da Libertadores

Final da Libertadores 2011: Santos x Peñarol

Uma final de Libertadores pra lá de saudosista nesta temporada.

Em 1962, Santos e Peñarol decidiram o maior título das Américas.

Com Pelé atuando já com o status de maior do mundo, o Peixe ganhou a série de três jogos e evitou o tri do clube uruguaio. A “negra” foi em Buenos Aires.

Em sua 4ª final – após despachar bem o Cerro Porteño -, o clube brasileiro faz mais um replay na decisão continental. Em 1963, quando foi bicampeão, o Santos derrotou o Boca Juniors, seu algoz em 2003. Técnico, o time larga com vantagem.

Após as gerações de Pelé e Robinho, chegou mesmo a geração de Neymar?

Não será nada fácil, ainda mais diante de um gigante chamado Peñarol.

Após a vitória em Montevidéu, o renascido Peñarol levou 6.000 hinchas para a capital argentina numa verdadeira batalha contra o Vélez Sarsfield, em Liniers.

Fez 1 x 0 com Mier e ficou com um pé na final. Raçudo, o time da casa virou a partida. Porém, ainda precisava de um gol. E não é que Vélez teve uma penalidade a favor?

Em mais uma ironia no futebol, o uruguaio Santiago Silva se encarregou da cobrança em frente à torcida carbonera. Bateu por cima, para delírio dos uruguaios.

O Peñarol perdeu por 2 x 1, mas levou. Há 24 anos não chegava a uma semifinal da Libertadores. Chegou. Há 24 anos não chegava a uma final de Libertadores. Chegou… Há 24 anos não ganha uma Libertadores, desde o pentacampeonato. Será que chega…?

Primeiro jogo no Centenário, segundo no Morumbi. Nostalgia pura!

O blog está na torcida pelo Peixe, do zagueiro Durval (duelo contra Messi?). Porém, se o Peñarol ganhar, será o ponto alto da justa redenção do futebol da Cisplatina.