As maiores goleadas dos clássicos em Pernambuco, do Ca-Fé ao Trio de Ferro

Pernambucano 2017, Série A2: Ferroviário do Cabo 0 x 9 Cabense. Crédito: FPF/mycujooo

No Gileno de Carli, em jogo válido pela segunda divisão estadual de 2017, ocorreu a maior goleada já vista num clássico local. Em mais uma edição do “Clássico Ca-Fé”, no Cabo, a Cabense goleou o Ferroviário por 9 x 0, em jogo transmitido pela FPF, que confirmou o resultado, também, como a vitória mais elástica nos 22 anos de história do clube – superando um 7 x 1 sobre o Íbis.

A partir do placar pra lá de incomum, e com o vencedor como “visitante”, vamos às maiores goleadas envolvendo o Trio de Ferro, estendendo também aos principais duelos do interior, com Caruaru, Vitória de Santo Antão e Petrolina. Todos os jogos (oficiais) ocorreram no Campeonato Pernambucano, em suas duas divisões. Entre os grandes, como curiosidade, o blog também listou os jogos apenas no período profissional, iniciado em 1937.

Dados atualizados até 04/10/2017, considerando os clubes em atividade

Clássico dos Clássicos
Geral
01/10/1916 – Sport 8 x 0 Náutico (Ponte d’Uchoa, A1)
31/03/1935 – Náutico 8 x 1 Sport (Avenida Malaquias, A1)

Na era profissional
19/10/1941 – Sport 8 x 1 Náutico (Aflitos, A1)
27/10/1974 – Náutico 5 x 0 Sport (Aflitos, A1)

Clássico das Multidões
Geral
15/08/1934 – Santa Cruz 7 x 0 Sport (Avenida Malaquias, A1)
25/05/1986 – Sport 5 x 0 Santa Cruz (Ilha do Retiro, A1)

Na era profissional
28/05/1976 – Santa Cruz 5 x 0 Sport (Arruda, A1)
25/05/1986 – Sport 5 x 0 Santa Cruz (Ilha do Retiro, A1)

Clássico das Emoções
Geral (e profissional)
09/07/1944 – Náutico 5 x 0 Santa Cruz (Aflitos, A1)
06/10/1991 – Santa Cruz 5 x 0 Náutico (Arruda, A1)

Clássico Matuto – Caruaru
Geral (e profissional)
26/03/2014 – Central 5 x 0 Porto (Lacerdão, A1)
20/03/2011 – Porto 4 x 0 Central (Lacerdão, A1)

Clássico Vi-Ver – Vitória de Santo Antão
Geral (e profissional)
13/06/2004 – Vitória 4 x 1 Vera Cruz (Carneirão, A2)
11/04/2010 – Vera Cruz 4 x 1 Vitória (Carneirão, A1)

Clássico de Petrolina – Petrolina
Geral (e profissional)*
13/06/2010 – Petrolina 3 x 1 1º de Maio (Paulo Coelho, A2)
21/03/1999 – 1º de Maio 4 x 3 Petrolina (Paulo Coelho, A2)
* Nunca houve uma goleada

Clássico Ca-Fé – Cabo de Santo Agostinho
Geral (e profissional)*
04/10/2017 – Cabense 9 x 0 Ferroviário (Gileno de Carli, A2)
18/09/2016 – Ferroviário 2 x 1 Cabense (Gileno de Carli, A2)
* O Ferroviário nunca goleou

Após 20 anos, Fla de Arcoverde ganha vaga no Brasileiro. E vai esperar mais 1

Pernambucano 2017, hexagonal da permanência: Flamengo de Arcoverde 2 x 2 Afogados. Foto: Flamengo/facebook (@Flamengodearcoverde)

Com o apoio de 672 torcedores no acanhado estádio Aureo Bradley, o Flamengo de Arcoverde empatou com o Afogados e terminou como líder do hexagonal da permanência do Estadual 2017. Precisou virar o jogo e depois viu a situação facilitada após a expulsão de dois adversários. No fim, 2 x 2 e muita festa no gramado, a 255 quilômetros da capital. A permanência na elite local já estava assegurada, mas o resultado recolocou o clube no Campeonato Brasileiro.

Veja a comemoração da vaga no perfil oficial do clube no facebook clicando aqui.

Há vinte anos, o Tigre disputou a terceirona, que era o último degrau. Acabou ficando na última colocação do grupo 5, que também contou com ASA, Juazeiro-BA e Centro Limoeirense. Desta vez, vai à Série D, sendo o 10º clube do estado a disputar a competição. No entanto, a vaga é para a próxima temporada, devido à reorganização do calendário da CBF, visando o “planejamento dos clubes”. De fato, o rubro-negro sertanejo terá tempo. Serão 15 meses até junho de 2018.

Antes disso, a Série D de 2017, com Belo Jardim, Central e Serra Talhada, que curiosamente acabou rebaixado no Pernambucano. Ficou a um ponto da permanência e da própria vaga ao Nacional de 2018. Desde já, a lição ao Fla.

Todos os times pernambucanos na Série D (entre parênteses, a colocação)
2009 – Central (12º) e Santa Cruz (28º)
2010 – Santa Cruz (14º) e Central (32º)
2011 – Santa Cruz* (2º) e Porto (38º)
2012 – Ypiranga (28º), Petrolina (39º)
2013 – Salgueiro* (4º), Central (14º) e Ypiranga (23º)
2014 – Central (16º) e Porto (18º)
2015 – Central (14º) e Serra Talhada (25º)
2016 – América (26º), Central (36º) e Serra Talhada (67º)
2017 – Central, América e Serra Talhada
2018 – Belo Jardim, Central e Flamengo
* Os clubes que conseguiram o acesso

Nº de participações na Série D (2009-2018)
8 – Central
3 – Santa Cruz e Serra Talhada
2 – Ypiranga, Porto e América
1 – Petrolina, Salgueiro, Belo Jardim e Flamengo

Pernambucano 2017, hexagonal da permanência: Flamengo de Arcoverde 2 x 2 Afogados. Foto: Afogados/site oficial (afogadosfc.com.br)

Campeão brasileiro em 2009, Andrade acerta com o Petrolina pelo acesso na A2

Contratação de Andrade através do Petrolina. Crédito: Petrolina/facebook (@PetrolinaSocialFutebolClube)

Em 6 de dezembro de 2009, num Maracanã repleto, o Flamengo venceu o Grêmio por 2 x 1, com um gol de cabeça de Ronaldo Angelim, e conquistou o pentacampeonato brasileiro. O time, que contava com Adriano e Petkovic em grande fase, era comandado por Andrade, ex-jogador do rubro-clube e campeoníssimo na década de 1980. Iniciou a carreira já com um título de Série A. Porém, sete anos depois, segue sem se firmar na primeira divisão.

Passados 2.612 dias, mais um passo surpreendente (não necessariamente positivo) na carreira de Andrade. O treinador, hoje com 59 anos, foi anunciado pelo Petrolina. Não adianta puxar pela memória, pois a Fera Sertaneja não está na primeira divisão pernambucana. Em 2016 não disputou sequer a segundona, pois alegou problemas financeiros para se licenciar na ocasião. Volta à Série A2 no segundo semestre de 2017, com um treinador improvável.

Após o titulo no Fla, Andrade trabalhou em apenas cinco clubes, sempre com passagens curtas: Brasiliense (2010), Paysandu (2011), Boavista-RJ (2012), São João da Barra-RJ (2014) e Jacobina-BA (2015). No Petrolina, tentará colocar clube na elite após cinco anos. Em termos de torcida na Associação Rural, talvez se apoie na presença flamenguista no Sertão do São Francisco. Na última pesquisa na região, via instituto Opine, em 2008, o Trio de Ferro só tinha 6,8%, com forte influência do clube carioca. Agora personificada em Andrade.

A primeira passagem da tocha olímpica em Pernambuco, pelo Rio São Francisco

A tocha olímpica passou em Pernambuco pela primeira vez. Petrolina foi o primeiro município do estado a receber o revezamento da tocha de 2016, num evento que vem percorrendo todo o país, com expectativa de 12 mil condutores e 329 cidades. No estado são 15 localidades, além de Fernando de Noronha, no dia mundial do meio ambiente. No Sertão de São Francisco, em 26 de maio, a chegada foi de balsa, atravessando o Velho Chico.

Às 16h39 o fogo olímpico, que iluminará o Maracanã, começou a ser celebrado na cidade, com 110 pessoas petrolinenses convidados, num trajeto de 21 km até o palco da celebração, às 19h26, acendendo uma pira. No programa do revezamento, a última cidade do dia sempre recebe uma festa para o fogo olímpico. Assim também deve ser em Caruaru (30/05) e no Recife (31/05), com 176 condutores na capital e um evento de encerramento no Marco Zero.

Após a passagem em quatro cidades baianas, o fogo foi levado de Juazeiro a Petrolina. Nade de ponto. O traslado foi pelo rio que simboliza a região.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

O professor Manoel dos Santos caminhou com a tocha logo no início do revezamento. “Foi uma vida no esporte como atleta e como professor”.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

Sem esconder a alegria, o palhaçoterapeuta Daniel Dias foi um dos últimos a conduzir a tocha, já no centro da cidade.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

O rito de passagem da chama olímpica, de Vitor Souza para Evelyn Calvacanti.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

A última pessoa a conduzir a tocha em Petrolina foi Denise Cavalcanti. Escolhida pelo trabalho para o tratamento da doença de Alzheimer, ela criou um game para pessoas com a doença. O software, que auxilia no desempenho, foi o resultado do mestrado na Universidade Federal do Vale do São Francisco. “Estou emocionada por acender a pira aqui em Petrolina”.

Revezamento da Tocha Olímpica de 2016, em Petrolina. Foto: Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio/twitter (@Rio2016)

Roteiro da tocha olímpica passa em 15 municípios pernambucanos e Noronha

Agenda da Tocha Olímpica em Pernambuco. Crédito: rio2016.com

Quando a tocha olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro foi revelada, em julho de 2015 também foi apresentada a lista de localidades que receberiam o tour do revezamento no país, sendo quatro em Pernambuco. A lista, entretanto, ficou bem maior, com o comitê organizador selecionando 15 municípios e mais o Arquipélago de Fernando de Noronha, entre os dias 26 de maio de 5 de junho. Na verdade, o desfile do símbolo, de 63,5 cm e 1,5 kg, será intercalado com cidades dos estados vizinhos. Será assim em toda a região.

O ponto alto será no Marco Zero, com 175 pessoas participando do revezamento na capital, incluindo 13 atletas e ex-atletas pernambucanos, cada um percorrendo 200 metros – lembrando que algumas cidades irão ver apenas o comboio com a tocha. No Recife, o percurso será de 36 quilômetros, com previsão de largada no bairro do Arruda, às 13h, e chegada no Recife Antigo às 20h – o roteiro completo deve sair em maio. Lá haverá um cenário especial, de cidade-celebração dos Jogos, acendendo uma pira olímpica.

Em relação à Noronha, o esquema será especial. Tanto que a data reservada para a ilha sequer está presente no site oficial do evento. A tocha será enviada de Natal, passando uma tarde pelos sete quilômetros da BR-363 e nos principais pontos turísticos. Ao todo, durante 95 dias, o revezamento passará em 329 cidades brasileiras, com 20 mil quilômetros de percurso. O evento faz parte da tradição dos Jogos desde a edição de Berlim, em 1936.

A agenda da tocha olímpica em Pernambuco (pela ordem da passagem):

26/05
Jaguarari (BA), Juazeiro (BA), Sobradinho (BA) e Petrolina

27/05
Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó e Paulo Afonso (BA)

30/05
Murici (AL), União dos Palmares (AL), Garanhuns, Lajedo e Caruaru

31/05
Gravatá, Jaboatão dos Guararapes e Recife

01/06
Ipojuca

02/06
Olinda, Igarassu, Goiana, Pedras de Fogo (PB), Itabaiana (PB) e Campina Grande (PB)

05/06
Fernando de Noronha

Tocha Olímpica de 2016 passará em Petrolina, Caruaru, Noronha e Recife

Tocha olímpica dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Rio 2016/youtube

A tocha olímpica dos Jogos de 2016 foi revelada. O objeto levará a chama olímpica acesa na Grécia, em maio, até a abertura do evento em 5 de agosto, no Maracanã, passando por 500 cidades brasileiras. Porém, o revezamento da tocha acontecerá em 83 municípios, com as demais assistindo à passagem do comboio. Entre os locais escolhidos para a condução, pelas principais avenidas, três estão em Pernambuco. Ainda não há data, mas Petrolina, Caruaru e Recife, nesta ordem, receberão o evento. Além da capital, as duas maiores cidades do interior do estado, justo. Fernando de Noronha também deve entrar no trajeto.

Apresentada pela presidente da república, Dilma Rousseff, e pelo presidente do comitê orgaizador, Carlos Arthur Nuzman, a tocha tem 63,5 cm, pesando 1,5 kg. A sua descrição aponta “elementos de brasilidade, com incluindo diversidade harmônica, energia contagiante e natureza exuberante, com o solo, o mar, as montanhas, o céu e o sol representados nas cores da bandeira do Brasil”.

No desfile, percorrendo 20 mil quilômetros em todas as regiões do país, 12 mil pessoas poderão correr com a tocha por até 300 metros. Haverá um cadastro para condutores da tocha, além dos vários convidados, entre atletas e personalidades. Essa tradição é bem antiga. Remete ao século VIII A.C., na antiguidade grega, considerada um elemento divino. Nos jogos modernos, a primeira edição a contar com o fogo olímpico foi a de 1928, em Amsterdã. Porém, o revezamento da tocha só aconteceria a partir de 1936, em Berlim.

Abaixo, confira a evolução das tochas. Gostou da versão carioca?

As tochas olímpicas de 1936 a 2016

A final do Estadual chega ao interior

Estádio Cornélio de Barros. Foto: Salgueiro AC/facebook

Com o Carcará, em 2015, o interior recebe pela primeira vez a grande final do Campeonato Pernambucano. Daí, percebe-se o enorme peso histórico para o futebol local na disputa entre Salgueiro e Santa Cruz no Cornélio de Barros, cuja capacidade de 12 mil lugares deverá chegar ao limite.

Ter o interior na rota do título estadual é uma lacuna há muito em falta. Dos 26 estados do país, apenas Pernambuco e Rio de Janeiro jamais consagraram um campeão do interior – e não cabe ao Tricolor mudar o cenário, claro. No entanto, ao longo dos anos, os clubes interioranos, mesmo de forma indireta, fizeram parte da “decisão” do campeonato, no Recife ou não. Desses sete casos, em apenas dois a taça foi erguida em estádios no próprio interior (fotos a seguir).

10/12/1967 – Náutico 4 x 1 Central (Aflitos, 3º turno)
O Alvirrubro goleou a Patativa na última rodada do terceiro turno, nos Aflitos, terminando a fase com um ponto a mais que o Sport. Com isso, foi campeão estadual por antecipação (penta, na verdade), uma vez que ganhou os três turnos. Assim, o vice-campeão foi o segundo maior pontuador, o Sport.

04/05/1972 – Santa Cruz 4 x 0 Central (Aflitos, 2º turno)
A Cobral Coral foi (tetra) campeã pernambucana com duas rodadas de antecipação no segundo turno, ao vencer o Central no Eládio de Barros Carvalho – a construção do Arruda estava quase pronta, para a Minicopa do Mundo. Curiosamente, quem brigou pelo turno com os tricolores foi próprio Náutico.

28/11/1982 – Sport 1 x 0 Central (Arruda, decisão do 3º turno)
Com o torneio disputado de novo em três turnos, o Leão venceu os dois primeiros e decidiu o terceiro com o Central, no Arruda. Àquela altura, claro, apenas o Alvinegro poderia impedir o título rubro-negro. Porém, como perdeu o turno, o vice-campeão foi o segundo maior pontuado geral, o Náutico.

Pernambucano 1997, Porto 0x2 Sport. Foto: Otavio de Souza/DP/D.A Press

15/06/1997 – Porto 0 x 2 Sport (Antônio Inácio, final da 2ª fase do 2º turno)
Foi a primeira volta olímpica no interior, mesmo sem final. O Leão ganhou o 1º turno e a primeira fase do 2º turno. Foi campeão antecipado vencendo o Gavião na final da segunda fase do 2º turno (acima). Este foi também o primeiro ano que o segundo maior pontuador foi um interiorano, o próprio Porto.

07/06/1998 – Sport 2 x 0 Porto (Ilha do Retiro, final extra)
Um regulamento sui generis. Mesmo vencendo os três turnos da competição, de forma invicta, o Sport foi obrigado a disputar uma final contra o segundo maior pontuador, o Porto. Ao menos, teve uma vantagem enorme – só seria vice perdendo quatro jogos seguidos. Ganhou o primeiro jogo e encerrou a série.

30/03/2005 – Petrolina 1 x 2 Santa Cruz (Associação Rural, 2º turno)
O Santa foi campeão de forma arrasadora, com 15 vitórias em 18 jogos. O título do 2º turno (e do campeonato), veio no Sertão do São Francisco, diante de apenas 2.189 espectadores (abaixo). No domingo seguinte, na última rodada, 40 mil celebraram o troféu no Clássico das Emoções – e o Timbu foi o vice geral.

16/04/2008 – Sport 1 x 1 Central (Ilha do Retiro, 2º turno)
A Patativa foi vice-campeã geral em 2007, mas no jogo decisivo, o Sport enfrentou o Náutico. O cenário foi exatamente o oposto no ano seguinte, com o Alvirrubro ficando com o vice e o Central presente no “jogo do título”. Nos dois casos, o Leão foi campeão direto, vencendo os dois turnos.

Somente a partir de 2010 o campeonato estadual passou a ter a obrigatoriedade de uma final, de forma contínua, sem turnos.

Pernambucano 2005, Petrolina 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Ranking da CBF em 2014 coloca em ordem Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda

Ranking Oficial da CBF de 2014

A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a atualização de seu ranking de clubes, apresentado anualmente,  em dezembro. A lista de 2014 conta apenas os torneios da entidade, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil.

Esta é a 3ª versão do formato, contemplando os últimos cinco anos, com pesos diferentes, com vantagem para os mais recentes. Veja o sistema aqui.

Na nova tabela, o Sport ultrapassou o Náutico e assumiu a ponta entre os clubes do estado – são oito pernambucanos presentes. O Leão será o único nordestino na elite em 2015, mas mesmo assim segue abaixo de Bahia, Vitória e Ceará, numa consequência das campanhas ruins em 2011 e 2012.

De volta à Série B, o Tricolor enfim somou uma gama maior de pontos no ranking, mas ainda insuficiente para estabelecer uma bola colocação. O preço disso deve ser a ausência na Copa do Brasil de 2015, pois ficou abaixo das dez vagas garantidas pelo ranking oficial do país.

Demais times pernambucanos: Salgueiro (49º, 2.672 pts), Central (87º, 581 pts), Porto (115º, 387 pts), Ypiranga (123º, 357 pts) e Petrolina (176º, 153 pts).

A evolução dos grandes clubes do Recife:

Sport
2012 – 19º (8.284)
2013 – 24º (6.740)
2014 – 20º (6.970)

Náutico
2012 – 22º (8.036)
2013 – 21º (7.557)
2014 – 26º (6.470)

Santa Cruz
2012 – 48º (2.704)
2013 – 45º (3.091)
2014 – 36º (3.930)

Confira a lista completa da CBF, com 230 equipes, clicando aqui.

Cartões magnéticos do TCN no interior, uma realidade cada vez mais próxima

Cartões magnéticos do TCN. Crédito: TCN/divulgação

O Todos com a Nota foi informatizado no início de 2010, quando os usuários do Grande Recife passaram a adquirir cartões magnéticos. O sistema melhorou o processo de solicitação e também clareou a execução do programa.

Desde então, o número passou de 370 mil usuários na região metropolitana (Sport 48%, Santa Cruz 30%, Náutico 22%). Contudo, segue defasado no interior, com a troca física, no guichê. Não por acaso, ocorre a troca de ingressos sem controle, com públicos fantasmas há tempos.

De acordo com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o sistema digital do programa estatal poderá se estender aos jogos no interior até o fim de 2015. Já houve uma conversa com a Secretaria da Fazenda e o momento atual é o de captação de recursos para a infraestrutura além da capital.

Segundo o dirigente, há uma expectativa de que pelo menos 20 mil pessoas em Salgueiro e 50 mil em Caruaru solicitem o cartão futuramente.

Ao Superesportes, Evandro Carvalho disse também que não há como mudar o borderô cheio em um jogo vazio, uma vez que as trocas foram feitas.

Segundo ele, “ou continua assim ou acaba”. Pois é, acredite.

Nota-se que a informatização do TCN, um plano para o Pernambucano de 2016, é essencial para que o público presente volte a ser… presente, no borderô.

O porão do futebol profissional em Pernambuco

O chamado “futebol alternativo” está nas divisões mais baixas do país.

Em Pernambuco, a segunda divisão estadual é especialista em estádios acanhados, desconhecidos e com estrutura bem escassa. Longe dos holofotes.

Em época de arenas de Copa do Mundo, o torneio vai na contramão. A capacidade mínima exigida pela FPF é de 1.000 torcedores, num limite válido para as três primeiras fases. Nna semifinal e na final a exigência será um pouco “maior”: 3.000 lugares e sistema de iluminação…

Na segundona de 2014 é possível acompanhar jogos em cidades como Barreiros e Altinho e em palcos mais tradicionais como o Jefferson de Freitas (Jaboatão) e José Vareda (Limoeiro). O primeiro ficou inativo por muitos anos.

Difícil é encontrar um gramado em bom estado. Abaixo, alguns exemplos das partidas realizadas na competição, agora com o caráter Sub 23.

23/07 – Altinho 1 x 2 Petrolina (Estádio Polibio Lemos, em Altinho)

Pernambucano 2014 Série A2 (Sub 23). Altinho 1 x 2 Petrolina. Foto: FPF/Assessoria

23/07 – Jaguar 1 x 2 Ferroviário do Cabo (Estádio Jefferson de Freitas, em Jaboatão)

Pernambucano 2014 Série A2 (Sub 23). Jaguar 1 x 2 Ferroviário do Cabo. Foto: altinhofc.com.br

23/07 – Atlético-PE 0 x 0 Íbis (Estádio Luiz Alexandrino, em Camaragibe)

Pernambucano 2014 Série A2 (Sub 23). Atlético-PE 0 x 0 Íbis. Foto: FPF/Assessoria

27/07 – Olinda 1 x 1 Atlético-PE (Estádio Eugênio de Araújo, em Olinda)

Pernambucano 2014 Série A2 (Sub 23): Olinda 1x1 Atlético-PE. Foto: FPF/Assessoria

27/07 – Barreiros 3 x 1 Ferroviário do Cabo (Estádio Luiz Brito de Melo, em Barreiros)

Pernambucano 2014 Série A2 (Sub 23). Barreiros 3 x 1 Ferroviário do Cabo. Foto: FPF/Assessoria

27/07 – Centro Limoeirense 0 x 0 Belo Jardim (Estádio José Vareda, em Limoeiro)

Pernambucano 2014 Série A2 (Sub 23). Centro Limoeirense 0 x 0 Belo Jardim. Foto: FPF/Assessoria