Atlético Nacional é bicampeão da Taça Libertadores e unifica títulos da Colômbia

Libertadores 2016, final: Atlético Nacional 1 x 0 Independiente Del Valle. Foto: Conmebol/site oficial

O Atlético Nacional fez a melhor campanha na fase de grupos e seguiu impossível no mata-mata, conquistando o bicampeonato da Libertadores com a maior pontuação da história, 33 pontos. Em 2016, 10 vitórias, 3 empates e apenas 1 derrota. Teve o melhor ataque, com 25 gols, sofrendo apenas 6 tentos, o primeiro deles na sétima partida! Um campeão maiúsculo.

À parte de alguns erros graves na arbitragem, o time de Medellín de fato jogou muito bem do começo ao fim, superando a partir das oitavas de final o Huracán, Rosario Central, São Paulo e o modesto Independiente del Valle, do Equador, na decisão, 1 x 0. Na arrancada, quem brilhou foi o atacante Miguel Borja, de 23 anos, comprado pelo Verdolaga por US$ 1,5 milhão. Já está pago. 

Ranking de países campeões da Libertadores 1960-2016. Arte: wiki

O Nacional repetiu o feito de 1989, na época com o folclórico goleiro Higuita. Ao todo, foi a terceira Liberta vencida pelo futebol colombiano, somando ainda o título do Once Caldas em 2004. Agora, o país só está atrás de Argentina, Brasil e Uruguai. O momento atual, aliás, é pra lá de positivo, uma vez que a Colômbia também detém o título da Copa Sul-Americana, com Santa Fé, em 2015. 

Santa Fé e Atlético Nacional estão na Sula de 2016. Pelo chaveamento, no caminho de Sport ou Santa Cruz. Nas quartas e na semifinal…

Libertadores 2016, final: Atlético Nacional 1 x 0 Independiente Del Valle. Foto: Conmebol/twitter (@conmebol)

Atlético, Newell´s, Santa Fé e Olimpia na reta final do sonho da Libertadores

Semifinal da Taça Libertadores da América 2013: Atlético-MG x Newell´s Old Boys e Independiente Santa Fé x Olimpia. Fotos: Conmebol/divulgação

Brasil x Argentina, na versão Atlético Mineiro x Newell´s Old Boys.

Colômbia x Paraguai, com Independiente Santa Fé versus Olimpia.

As semifinais da Taça Libertadores da América irão confrontar quatro países num misto de técnica, catimba, garra e desejo por glória.

A melhor campanha, o melhor jogador, um caldeirão implacável e uma equipe encaixada. Difícil não imaginar o Atlético Mineiro como o  favorito ao título, ainda mais com o status de único brasileiro – o país venceu as últimas três edições. Liderado por Ronaldinho, o alvinegro vem trucidando os times em BH. Passou apuros diante do Tijuana, mas avançou no estilo copeiro e já mira a taça conquistada pelo rival Cruzeiro. Caso avance à final terá que jogar no Mineirão. Precisará conter a ansiedade de títulos importantes, desde 1971..

Na Argentina, o Newell´s Old Boys visa reparar a lacuna deixada pelos traumáticos vice-campeonatos continentais em 1988 e 1992. Quer fortalecer a alcunha de maior clube do interior do país. É o que detém mais títulos nacionais, cinco, e pode ser tornar o primeiro a erguer uma Libertadores. O time dirigido por Gerardo Martino – vice-campeão pelo Newell´s como jogador – tem atletas experientes como Scocco, Heinze e Maxi Rodriguez.

Na outra chave, o “azarão”. A cada jogo em Bogotá a torcida do Santa Fé abre uma enorme bandeira que cobre quase toda a arquibancada. Ato de uma hinchada que suportou um hiato de 37 anos sem taças. O enorme jejum só acabou em 2012, com o 7º título colombiano e volta à Libertadores. Se na Colômbia o Santa Fé é um dos mais tradicionais, nunca rebaixado, no exterior passa à paisana. Igualar as Libertadores de Atlético Nacional (1989) e Once Caldas (2004) ainda é um sonho. Cada vez mais próximo.

Já o Olimpia só aumenta a sua mística no Paraguai. O alvinegro de Assunção é o mais popular do país vizinho e também o maior campeão nacional. Além disso, é o único com títulos da Libertadores. E nunca foi um surpresa, tanto que já é tricampeão. Por sinal, o Olimpia, atuando com uma boa dose de catimba no Defensores del Chaco, pode se tornar o primeiro clube da história a conquistar o torneio em quatro décadas diferentes. Venceu em 1979, 1990 e 2002.