Quando o Recife ficou inundado

Ilha do Retiro em 1975, durante a enchente na cidade. Foto: Arquivo/DP

Ilha do Retiro e Arruda, 19 de julho de 1975.

Registros do arquivo fotográfico do Diario de Pernambuco.

Veja as imagens aéreas em alta resolução clicando AQUI, AQUI e AQUI.

Nesta quinta-feira, 36 anos depois, um novo boato sobre a barragem de Tapacurá assustou a população, com medo de uma enchente de grandes proporções.

Em 1975, em um verdadeiro dilúvio, a capital pernambucana ficou debaixo d’água, paralisando, inclusive, o campeonato estadual.

A Ilha virou uma ilha de fato. A final do Pernambucano só aconteceu em 10 de agosto. O Arruda, palco da decisão em 2011, também ficou completamente alagado.

A recuperação dos dois gramados levou semanas…

Mas Tapacurá não estourou.

Arruda em 1975. Foto: Arquivo/DP

Plano B para massa coral na final

Telão do Santa Cruz

Para o povão que ficar de fora do setor destinado ao Santa Cruz na Ilha do Retiro, o clube tricolor confirmou que irá disponibilizar um telão na sede no Arruda.

Preço do “ingresso”: R$ 5,00. A entrada dá direito a uma feijoada…

Para a torcida, o gosto mais saboroso será mesmo o do título, o do fim do jejum.

Serão 6.500 seguidores corais no estádio leonino e mais quantos diante do telão?

Achei a ideia interessante. Por sinal, deveria ser de praxe quando o clube joga fora de casa. A medida poderia adotada pelos rivais também, de forma permanente.

Cambista, o estudante de “bigode”

Filme: A fantástica fábrica de chocolate

Segundo o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, a palavra cambista se originou do latim cambiar. Até o século XVI, significava trocar, mudar e substituir. No século XVII, já influenciado pelo italiano, o termo evoluiu para troca de dinheiro, sobretudo moedas.

Em pleno século XXI, a expressão é compreendida de uma só forma: criminoso.

No futebol, parece ser uma praga impossível de combater.

O “parece” empregado na frase anterior é justificado pela falta de ações corretivas dos organizadores. Se é possível controlar 50 mil pessoas em um jogo, então qual é o motivo para não conseguir organizar uma simples venda de ingressos?

A cena é clássica. Não só em Pernambuco mas em todo o país. A venda de bilhetes para o jogão que vai parar a cidade começará às 9h da manhã.

O guichê começa a fucionar com algum atraso… Estamos no Brasil, lembre-se.

Cerca de 15 minutos depois, o aviso: “não há mais ingressos para estudantes”.

Historicamente, apenas 10% da carga é destinada à meia entrada.

Eis que, instantes depois, homens de bigode, corrente de prata e fala desconfiada começam a se aproximar daqueles torcedores que seguem na fila, já impacientes com a eterna falta de estrutura e, naquele momento, de entradas.

“Ingresso de estudante a R$ 30! Sobrando eu compro”.

Como é possível? O preço era R$ 20. Na mão do cidadão – afinal, ele está livre -, dezenas de ingressos. De todos os tipos, inclusive de estudantes.

Quantas vezes ele passou na fila? Ele é mesmo estudante? Ele pode comprar tantos ingressos assim para um mesmo setor? Aliás… Ele realmente teve acesso ao guichê?

E, para a polícia, é algo tão difícil de identificar? Devem precisar de uma lupa.

As perguntas sempre ficam no ar.

Os clubes se mantêm omissos, há décadas. Alguns porque são incompetentes para acabar com a irregularidade e outros porque a ação deliberada dos cambistas, a tal palavra odiada, faz parte do ” jogo”, da circulação clandestina de dinheiro.

Mas de vez em quando aparece algum diretor anunciando um novo e moderno sistema de vendas, é bom não esquecer. Porém, o prazo sempre foge do habitual.

O jogo seguinte sempre chega antes. A confusão também.

Com os mesmos bigodes, as mesmas correntes de prata, a mesma fala desconfiada…

A atividade do cambista é definida como crime no artigo 2, inciso IX, da Lei 1251/51, sujeita a pena de detenção de seis meses a dois anos.

21ª final das multidões

Leão e Cobra Coral decidem o título estadual de 2011. Arte: Greg/Diario de Pernambuco

Historicamente, o clássico Sport x Santa Cruz sempre exalou um clima de decisão.

O primeiro Clássico das Multidões, aliás, foi logo em uma final do Pernambucano.

No antigo campo do British Club, diante de quase quatro mil recifenses, o Rubro-negro goleou o Tricolor por 4 x 1, em 24 de dezembro do longíquo ano de 1916.

Os gols de Mota, duas vezes, Asdrúbal e Vasconcelos deram, também, o primeiro título ao Leão – Pitota descontou. Desde então, muitas finais inesquecíveis. Ao todo, 20.

Abaixo, as conquistas de cada um nas finais. Até 1996, quando o Sport iniciou o seu primeiro pentacampeonato estadual, a vantagem era coral (8 x 7). Hoje, Sport 12 x 8.

Considerando apenas a era profissional do futebol local (pós-1937), o placar a favor do Leão fica em 9 x 8. Vale lembrar que 1990 marcou o último vice rubro-negro.

A finalíssima desta temporada será no Arruda. Lá, o Sport só ganhou em 1980.

Sport: 1916, 1917, 1920, 1949, 1953, 1962, 1980, 1996, 1999, 2000, 2003 e 2006.

Santa Cruz: 1940, 1957, 1969, 1971, 1973, 1986, 1987 e 1990.

Curiosidade: o Leão conquistou 30,7% dos seus títulos locais sobre a Cobra Coral, que, por sua vez, ergueu 33,3% de suas taças sobre o rival da Ilha.

Se neste domingo teremos Cláudio Mercante na arbitragem do 380º clássico pelo Estadual, em 1916, na primeira final das multidões, o juiz foi “Mister Bold”.

Beca coral para a caminhada da glória

Inferno Coral organiza "invasão" na Ilha do Retiro. Foto: Inferno Coral/divulgação

Serão 6.500 tricolores na Ilha do Retiro.

Exatamente 20% da carga de 32.500 ingressos para o primeiro jogo da final do Campeonato Pernambucano, como preza o regulamento formulado pela FPF.

A concentração já está marcada… Pela Inferno Coral (veja AQUI).

Ação com a escolta da Polícia Militar, novamente em grande número num clássico, com 1.154 soldados. Igualou o recorde, cuja marca será superada no Arruda, dia 15.

Na observação da imagem, a regra básica da torcida: beca.

Fogo amigo nos Aflitos

Bombeiros

Berillo Júnior voltou a falar. Acertou no que não mirou.

Se negou a falar sobre a acusação do suposto suborno, pois, irritado, disse que a imprensa já teria feito um “pré-julgamento” do caso – o que não é verdade, presidente.

No entanto, outro ponto interessante foi o seu comentário sobre um possível hexa do Sport. Será que ele ficaria marcado no Náutico como o mandatário perdeu o “luxo”?

“Não concordo com essa acusação. Ninguém é hexacampeão em dois anos. Quando assumi (2010), o Sport já era tetra. A memória às vezes é curta, mas é bom lembrar que há dois anos ninguém teve coragem de assumir isso aqui, e eu tive.”

Apesar de verdadeira, a declaraçãou lançou um fogo amigo nos Aflitos.

Entre os que não tiveram coragem de assumir – após a desistência do pleito -, Francisco Dacal e Toninho Monteiro, justamente o seu atual diretor de futebol.

Berillo argumentou ainda que quase foi campeão estadual na última temporada, quando o Timbu ganhou por 3 x 2 nos Aflitos, mas perdeu por 1 x 0 na Ilha.

“Em 2010, por pouco não fomos campeões. Formos garfados na Ilha.”

A arbitragem foi conduzida pelo mineiro Alício Pena Júnior. Não houve nenhum erro claro na decisão, em 5 de maio de 2010. Lances discutíveis? Qualquer jogo tem.

Mas, de fato, Berillo chegou perto da conquista no Pernambucano.

Os antecessores, não. Os presidentes alvirrubros nos últimos quatro anos antes da gestão atual foram Ricardo Valois (2006/2007) e Maurício Cardoso (2008/2009).

Mais fogo amigo nos Aflitos…

Idolatria clubística

Pelé (Santos) e Garrincha (Botafogo). Foto: Fifa/divulgação

Ídolo no futebol.

Gênio? Não precisa ser um supercraque…

Não é regra que a idolatria pouse no artilheiro, ou no goleiro.

Pode ser um lateral, um meia. Por que não um volante?! Em alguns casos, até mesmo o reserva ganha tal status diante de uma apaixonada torcida.

Então, qual é o seu maior ídolo no clube do seu coração?

Essa é a pergunta feita pela Fifa para torcedores de todo o mundo (veja AQUI).

Comente e argumente…

Obrigações de clube e jogador. Leia antes de assinar

A resolução nº 3/2011 da Confederação Brasileira de Futebol trouxe uma grande mudança para a execução do Contrato Especial de Trabalho Desportivo (CETD).

A medida foi publicada nesta quarta-feira (veja AQUI).

O modelo substitui o agora antigo Contrato de Trabalho de Atleta Profissional. Porém, os contratos em vigor seguem válidos no antigo formato.

O CETD será colocado em prática a partir do dia 9 de maio.

A necessidade da mudança foi provocada pelo “direito de incluir cláusulas extras, amoldadas às peculiaridades de cada pacto jus-trabalhista-desportivo”.

Ao jogador de futebol, 13 obrigações. Abaixo, a letra I.

“Conduzir sua vida extraprofissional de modo a preservar suas condições físicas para as competições, abstendo-se de comportamentos que possam prejudicar o seu rendimento competitivo-desportivo”.

Ao clube, 5 obrigações, sendo quatro financeiras. Confira a letra C.

“Pagar-lhe o salário fixo ou variável, nos termos deste contrato e dentro dos prazos.”

Veja abaixo o novo documento necessário para a inscrição de um jogador de futebol.

Pernambucano ganha cores na Fifa

Cobertua da Fifa sobre o Pernambucano de 2011

Parece pouco. Na verdade, é mesmo… De qualquer forma, vale o registro.

O print screen acima reproduz a primeira foto do Campeonato Pernambucano publicada no site oficial da Fifa. Foi o jogo de volta da semifinal entre Náutico e Sport.

Confira a foto no site da entidade AQUI.

A cobertura da Fifa sobre o Estadual de 2011 já havia sido abordada pelo blog AQUI.

Aos poucos, então, vai aumentando a intensidade da informação no portal da entidade que comanda o futebol mundial. Um pouco de visibilidade não faz mal!

É possível esperar algo mais amplo nesta final das multidões? Acredito que sim.