O escritório de arquitetura DDB/Aedas acaba de enviar mais nove imagens inéditas da futura arena do Sport, com simulações internas e também da sede esportiva, com ginásio e até um campo de society no topo de um dos novos prédio.
Acima, a primeira imagem interna do estádio, com capacidade para 45 mil pessoas.
Confira abaixo mais novas imagens da Arena Sport, cujo orçamento é de R$ 500 milhões.
Veja também o álbum criado pelo próprio site rubro-negro clicando AQUI.
A assembleia geral do Leão que vai decidir sobre o andamento da empreitada será na próxima quinta-feira, dia 7, em pleno aniversário do Naútico.
Quase dois mil torcedores do Sport foram até a Ilha do Retiro para apoiar o time no último treino antes do superclássico contra o Santa Cruz neste domingo.
Abaixo, um vídeo gravado pelo próprio Rubro-negro, com o cazá-cazá. Parecia jogo…
O Clássico das Multidões, mesmo com transmissão pela TV aberta, deverá ter um público acima de 30 mil pessoas, pois as duas torcidas estão muito motivadas. Jogão!
Trio de arbitragem para o Clássico das Multidões deste domingo, na Ilha do Retiro:
Cláudio Mercante, auxiliado por Ubirajara Ferraz e Alcider Lira.
O mesmo Mercante que foi punido logo na primeira rodada do Campeonato Pernambucano de 2011, indo para a geladeira.
Por causa de erros absurdos no jogo Sport x América.
Ainda assim, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) coloca o árbitro no sorteio para um jogo desta magnitude, no mesmo torneio…?
Se havia sido definido que o juiz teria que ser do quadro local, o mínimo de coerência apontava para árbitros que ainda não foram punidos neste ano. Mas aí seria pedir muito.
A arena do Sport está na pauta do Diario de Pernambuco nesta semana. Após a entrevista com Homero Lacerda (veja AQUI), eu entrevistei, desta vez ao lado do repórter Alexandre Barbosa, o presidente rubro-negro, Gustavo Dubeux.
No fim da conversa, cujo teor será publicado pelo Superesportes neste sábado, a pergunta inevitável:
Presidente, como o senhor está lidando com essa história do “boi”, que acabou virando piada nacional, fora as provocações dos rivias?
Dubeux: “Eu estou levando na brincadeira, claro. Antes, eu estava recebendo cerca de 15 ligações por dia, com torcedor pedindo para pagar logo essa dívida e acabar com essa história. Paguei (R$ 5 mil) e hoje não recebo mais nenhum telefonema. Só com isso já melhorou bastante a minha vida. Além disso, posso assegurar que a dívida não foi pagar com dinheiro do clube. Deixa o boi pra lá.”
Três meses, 1/4 do ano. Assim, confira o primeiro balanço dos jogos dos times pernambucanos transmitidos ao vivo na televisão nesta temporada.
Quem teve mais jogos? Qual dia? Qual estádio apareceu mais? Vamos aos dados.
Ao todo, 29 jogos de futebol passaram ao vivo na TV para Pernambuco, pelos seguintes canais: Rede Globo (21), PFC (8), Sportv (1) e ESPN Brasil (1). A soma chega a 31 porque Santa 1 x 0 São Paulo, em 30 de março, passou em quatro canais simultâneos.
No senso comum, muitos cravam o Sport como o preferido da TV, certo? Não até aqui.
Nos dois primeiros meses, o Sport liderou o ranking com 8 jogos, contra 7 do Santa Cruz e 6 do Náutico. Com apenas uma partida exibida em março, o clube foi ultrapassado.
O Tricolor teve cinco jogos e chegou a 12, enquanto o Timbu teve mais quatro e ficou em 2º lugar, com 10 partidas exibidas ao vivo na televisão.
Contabilizando apenas os jogos em TV aberta, o fato: Náutico (9), Santa (8), Sport (6).
Entre os intermediários locais, uma surpresa no levantamento geral. O aguerrido Mequinha ficou na liderança, com 4 jogo, seguido por Central, Araripina, Petrolina, Salgueiro e Ypiranga, com 3; Porto, com 2; e Vitória e Cabense, com 1.
O dia preferido da TV foi a quarta-feira, com 13 jogos, contra 10 do domingo. O sábado teve três duelos agendados. Com um dia, segunda, terça e quinta-feira.
Sobre os estádios, uma constatação: os maiores palcos do futebol, no Recife, aparecem menos que os do interior. Ou seja, os patrocinadores dos times intermediários tiveram mais mídia na TV que as logomarcas estampadas nos estádios da capital.
O Arruda passou seis vezes, contra três da Ilha e três dos Aflitos, totalizando 12. Os demais estádios de Pernambuco receberam equipes de TV em 15 oportunidades. Apenas dois jogos com clubes locais ocorreram fora do estado, ambos pela Copa do Brasil.
Eu estava chegando na redação do Diario de Pernambuco, nesta quarta, quando vi essa máquina estacionada bem na frente da sede do jornal, em Santo Amaro.
É um “Ka”, da Ford, completamente estilizado com as cores do Sport.
Pintura, rodas, banco, volante, adesivos… Tudo. Confesso que jamais faria isso, mas tem loucura (paixão) clubística para todos os gostos.
É claro que teve tricolor na redação chamando o veículo de “despacho móvel”…
O gravador digital ficou ligado durante 1 hora e 28 minutos.
No escritório no 21º andar do empresarial Excelsior, em Boa Viagem, uma visão ampla da metrópole recifense, tendo no fim do horizonte a Ilha do Retiro.
Na mesa, os dois telefones fora do gancho, para evitar qualquer interferência. As duas secretárias também haviam sido avisadas.
Sentado à mesa, Homero Lacerda, 64 anos. Presidente do Sport no título brasileiro de 1987 e apontado como opositor ao modelo da futura arena do clube.
Partiu do próprio ex-dirigente a vontade de falar, de conceder a entrevista. Cansado de discutir, sem conseguir incutir na atual diretoria o que pensa em relação ao projeto, Homero falou. E muito…
Abaixo, dez tópicos da entrevista concedida ao blog nesta terça-feira.
A favor da arena, contrário ao modelo
“Não é uma colocação de oposição, pois somos amigos (se referindo a Dubeux). Não admito ouvir que sou contra. Eu sou a favor da arena. Uma coisa é apoiar a diretoria do Sport e outra é um compromisso com o Sport. Para sermos verdadeiramente fiéis às pessoas, precisamos ser, antes, fiéis aos princípios. Precisamos contribuir com um debate construtivo, pois sou contra a utilização do legado que recebemos dos nossos antepassados para a construção de hotel e salas comerciais.”
Sem hotéis e empresariais
“Mesmo que fosse do Sport, essa ideia desvirtuaria o clube, sócio-esportivo. Independentemente da condução do negócio, sou basicamente contra a construção de espigões comerciais e residenciais dentro do Sport. Isso já foi tentado várias vezes. Eu mesmo derrubei uma proposta em 1995, só de espigões. Ainda nem existia ‘arena’. No fim, o Sport só ficaria com 20%, pois o terreno não valia muito.”
O valor do terreno “O negócio está envolvendo a área do Sport, avaliada em torno de R$ 1 bilhão. Sou do ramo imobiliário há 35 anos e sei disso. O terreno vale R$ 600 milhões pelo metro quadrado, mas o potencial de expansão amplia o valor da área. Durante 30 anos, vão sugar todo o suco da laranja e entregar o bagaço. Nos primeiros 10 anos o Sport só vai receber 7% da renda do hotel. Quando o clube receber, vai ter que implodir.”
Viabilidade rubro-negra
“Sou empresário e já consegui empréstimo no BNDES. Só não se consegue empréstimo se não tiver garantia ou se o projeto não for viável. A garantia do Sport é o patrimônio de R$ 1 bilhão, em uma área valorizada no coração da cidade, e a viabilidade é a força da sua torcida, a maior do Nordeste, disparado. No Sudeste eles têm vários times, mas aqui no Nordeste, com todo o respeito ao Bahia, só tem o Sport.”
Tática para o crédito “É preciso sanar as dívidas para liberar o empréstimo e R$ 400 milhões? Do passivo total, o clube precisaria pagar entre R$ 30 mi e R$ 40 milhões para ficar habilitado. Isso conseguiria fácil, com antecipação de receitas ou empréstimo-ponte no banco. Isso não é nada para o Sport. E que me perdoe o governo de Pernambuco, mas o projeto do Sport é mais viável que a Arena PE.”
Estudos aprofundados
“Era para o Sport enviar uma comitiva para viajar o mundo e saber como foram construídas as últimas dez arenas. Em que moldes? Tem muita coisa que não sabemos. Acabei de saber por você, agora, que o nome da arena do Sport pode ser vendido por R$ 60 milhões, como o da Copa. O Sport não sabe o seu valor. Tudo está acontecendo de maneira amadora. Era preciso realizar uma licitação clara para a escolha do consórcio. Garanto que teria gente que aceitaria construir um estádio para operar só por 15 anos, metade do proposto pela Plurisport, a escolhida.”
Hexa
“Se fosse para escolher entre o hexa ou subir para a Série A esse ano, eu ficaria com uma dúvida muito grande, por causa do calor da torcida, da rivalidade local. É uma conquista importante. Mas se for hexa, o acesso vai ser consequência.”
1987
“Lamentavelmente, o título brasileiro ainda está dividido e o Sport só entrou com uma interpelação judicial, pedindo que Ricardo Teixeira mude a decisão. Era para entrar com uma ação que respeitasse uma decisão transitado em julgado, mais incisiva. Ainda pode reverter, mas não pode ficar parado. O torcedor não aceita isso.”
Gigante
“Com o patrimônio que tem, o Sport já é um dos clubes mais ricos do país. Se tiver uma arena e administrá-la sozinho, o Sport será um dos quatro maiores clubes do país, abaixo só de Flamengo, Corinthians e São Paulo.”
Saudade da velha Ilha
“Na hora que derrubar o estádio vai doer no fundo da minha alma. Aquele concreto está impregado de cazá-cazá, suor e alegria.”
O gráfico abaixo é o resultado de uma pesquisa da Deloitte Consulting durante o monitoramento de 13 novas arenas de futebol na Inglaterra.
A pesquisa foi fundamentada na mudança de conceito dos estádios, associando a modernização ao perfil do torcedor, em várias divisões.
Após as reformas, que aumentaram o conforto, a segurança e a acessibilidade, a audiência da torcida aumentou em 61%, chegando a uma média de 22 mil torcedores.
Algum paralelo com o futuro do futebol pernambucano?