Brasil 8, Europa 8, África 1

A Fifa anunciará na tarde desta segunda-feira o nome do melhor jogador do mundo em 2008. Favoritíssimo ao prêmio, o atacante português Cristiano Ronaldo concorre com o brasileiro Kaká, com o argentino Lionel Messi e com os espanhóis Fernando Torres e Xavi Hernández. No feminino, a alagoana Marta tenta o tricampeonato. A entrega do prêmio será em Zurique, na Suíça.

Abaixo, a lista com todos os vencedores da premiação masculina, que começou em 1991. O Brasil tem 8 vitórias, empatado com todo o continente europeu. O atacante liberiano George Weah ganhou em 1995 o histórico prêmio para a África, numa época em que ele estava jogando muita bola no Milan.

Lista com os melhores jogadores do mundo, segundo a Fifa

Obs. Em 2008, vestindo a camisa do Manchester United, Cristiano Ronaldo foi campeão inglês (artilheiro com 31 gols), da Liga dos Campeões da Uefa (artilheiro com 8 gols) e do Mundial de Clubes.

Atualização: como era esperado, Cristiano Ronaldo e Marta foram os grandes vencedores. Após a sujestão (muito justa) da blogueira Simo, vou publicar a lista com a vencedoras da premiação. Tricampeã, Marta poderá se tornar a maior vencedora já nesta ano. E olhe que ela tem apenas 22 anos…

2001/2002 – Mia Hamm (EUA)
2003/2004/2005 – Birgit Prinz (Alemanha)
2006/2007/2008 – Marta

Tsunami econômico no esporte

Por Tatiana Nascimento (editora do Blog Abaixo o Economês, do Diario, e colaboradora esportiva também)

Onda em Pipeline, no HawaiiNo esporte não tem “marolinha”. Quando a onda chega é tsunami mesmo. No início do mês, fomos surpreendidos com o anúncio da saída da Honda da Fórmula 1, equipe que contava com a dupla de pilotos Rubens Barrichello e Jenson Button. O presidente da escuderia japonesa, Takeo Fukui, alegou que a crise financeira afetou os negócios da empresa.

A Honda gastou o equivalente a quase R$ 1 bilhão para correr a temporada 2008. A equipe agora está à venda. Só vai disputar o campeonato de 2009 se alguém colocar dinheiro e assumir a operação.

A preocupação nos paddocks aumentou depois que a Red Bull divulgou um comunicado dizendo que “outras equipes estão tendo pensamentos semelhantes”. Saiu todo mundo correndo para dizer “comigo não”. Foi assim na Renault do bicampeão Fernando Alonso e na própria Red Bull, que, mesmo sem ter asas ( 🙂 ), afirma se garantir na categoria por causa das vendas do energético.

Dá até para acreditar. Só a Madonna pediu 10 mil latinhas para os shows no Brasil. Como uma latinha custa, em média, R$ 5 no supermercado, serão R$ 50 mil a mais na conta da Red Bull. Os problemas causados pela crise econômica no esporte ganharam mais exposição por conta do caso da Honda. Mas esse está bem longe de ser o único.

Acabou a boquinha de Barrichello...No tênis, por exemplo, os chilenos ficaram duplamente a ver navios. Primeiro foi cancelado o jogo exibição entre o número 1 do mundo, Rafael Nadal, e o vice-campeão olímpico Fernando González. Depois quem dançou foi a Copa Chile, que estava marcada para começar no próximo dia 18. O motivo dos cancelamentos? A falta de patrocínio.

Na terra do basquete, o Houston Comets fechou. A equipe é simplesmente a maior campeã da liga americana feminina de basquete (WNBA). O time estava falido e não conseguiu um comprador. Nos quatro títulos da WNBA, entre 1997 e 2000, os Comets contaram com nossa Janeth. Uma pena para o basquete feminino.

Sobrou até para o astro do golfe Tiger Woods, que teve o patrocínio cancelado pela General Motors. Dizem foi o rompimento foi consensual. Pode ser. Mas o fato mesmo é que a GM está com a correia dentada no pescoço e saiu cortando os gastos com publicidade. Pior para a GM. Tiger pode até ficar um pouquinho triste. Mas nada que abale muito o orçamento do rapaz, que, segundo a revista Forbes, deve somar uma fortuna de US$ 1 bilhão em 2010. Quem sabe ele próprio não faz um empréstimo para a GM e as outras montadoras norte-americanas.

E aqui no Brasil? Bem, isso eu deixo para o Cassio pesquisar. Espero só que o fundo do poço do meu Santa Cruz não fique mais ainda mais fundo.

Nota do blog: Tatiana, temos um exemplo simples aqui em Pernambuco. Mesmo classificado para a Taça Libertadores de 2009, a competição de maior visibilidade do continente, a diretoria do Sport já manifestou o desejo de continuar com os patrocinadores desta temporada. Segundo o VP de marketing do Leão, Carlos Frederico, quem tiver um patrocínio, que “segure a marca”. 😯

A águia sumiu

Por Henrique de Geus*

O que seria do Sport sem o Leão, do Santa Cruz sem a Cobra Coral, e do Náutico sem o Timbu?

Pois é, fica difícil de imaginar. Mas foi exatamente isso o que aconteceu com um dos maiores clubes de futebol do mundo, o Benfica, de Portugal. Por alguns dias, a sua mascote, a águia Vitória, misteriosamente desapareceu do estádio da Luz e do escudo do clube. Mas fique tranqüilo, pois foi tudo por uma boa causa.

O sumiço da águia se tratava de uma ação secreta da WWF (ONG que cuida da preservação do meio ambiente mundialmente) e do Benfica para alertar o povo português da extinção das águias. A ousada estratégia criada pela agência de publicidade Olgivy (www.ogilvy.com) foi muito além de seu objetivo primário.

Uma ação que gastou quase nada, conseguiu atrair a atenção de todo o país, gerou o equivalente a aproximadamente 2 milhões de euros de mídia grátis para o clube e para a WWF nos principais veículos de comunicação de Portugal e do mundo. Apenas mais uma prova da força que o futebol tem e de como tudo isso pode ser explorado de maneira positiva.

Confira o vídeo.

*Henrique de Geus é publicitário e colaborador do blog

The Masters

Da equerda para a direita: Nikolay Davydenko, Gilles Simon, Andy Murray, Novak Djokovic, Roger Federer, Jo-Wilfried Tsonga e Juan Martin del PotroComeça neste domingo o Masters Cup, que encerra o ciclo de grandes torneios de tênis na temporada 2008.

A competição – que não é de eliminação direta -, será disputada pelos 8 melhores rankeados da ATP, em Xangai, na China. A premiação total é de R$ 9,5 milhões.

Ao lado, a foto oficial de divulgação da competição (sem Andy Roddick).

Como a blogueira Tatiana Nascimento me alertou, esta seria a primeira vez que o Masters Cup contaria com 8 atletas de 8 países diferentes.

Mas não será dessa vez que isso irá ocorrer, pois o espanhol Rafael Nadal, atual nº 1 do mundo, desistiu da competição, por causa de uma tendinite. E Nadal quer mesmo é chegar 100% à decisão da Copa Davis, entre Argentina e Espanha, no final deste mês, em Córdoba (leia mais AQUI).

No lugar do nº 1 entrou o francês Gilles Simon, o 9º no ranking (a sua melhor posição na carreira, aliás). Dessa forma, a França terá dois representantes no Masters, pois Jo-Wilfried Tsonga já estava garantido.

Tsonga venceu uma etapa do Master Series pela primeira vez no último domingo, ao vencer o argentino Nalbandian na final de Paris. Com o título, ele garantiu também a última vaga (que depois virou “penúltima”).

O Masters Cup foi disputado pela primeira vez em 1970, com o nome “The Masters”. Entre 1990 e 1999 foi chamado de Copa do Mundo, e desde 2000 tem a denominação atual. Pete Sampras e Ivan Lendl são os maiores vencedores, com 5 taças. Tetracampeão (e atual detentor do título), Federar quer igualar esta marca.

Veja a lista completa dos finalistas do Masters Cup clicando AQUI.

Grupo Vermelho: Roger Federer (SUI), Andy Murray (CBR), Andy Roddick (EUA) e Gilles Simon (FRA)

Grupo Ouro: Novak Djokovic (SER), Nikolay Davydenko (RUS), Jo-Wilfried Tsonga (FRA) e Juan Martín del Potro (ARG)

Abaixo, um vídeo da histórica final em 13 de dezembro de 2000, quando Gustavo Kuerten venceu o norte-americano André Agassi por 3 sets a 0 (triplo 6-4), em Lisboa. O chocolate deixou Guga no topo do ranking mundial. O brasileiro considera aquela como a sua maior vitória.

Lo que importa es el tenis

Nalbandian vence Rafael Nadal e é campeão do Masters de Paris, em 2007Rivalidade à parte, é preciso admitir: a escola de tênis da Argentina está bem na frente do Brasil. Ainda mais agora que Gustavo Kuerten se aposentou. Esse, aliás, conseguia sozinho inverter a situação.

Mas para não perder o foco: a Argentina terá pela 3ª vez em sua a história a chance de conquistar a Copa Davis, espécie de mundial por equipes do tênis.

E como o regulamento prevê o duelo em apenas um país, os argentinos deram a sorte de decidir em casa, contra a poderosa Espanha, dos craques Rafael Nadal (somente o nº 1 do mundo) e David Ferrer, e campeã em 2000 e 2004. Os 5 jogos (4 de simples e 1 de duplas) serão realizados na cidade de Córdoba, no estádio Orfeu, de 21 a 23 de novembro, como informou a Associação Argentina de Tênis (AAT).

E não será no saibro, como a maioria dos argentinos gosta, até mesmo porque Nadal é quase imbatível nesse solo. A final será disputada no carpete, piso preferido de David Nalbandian, a maior aposta dos hermanos na finalíssima. Por sinal, Nalbandian – o 8º no ranking da ATP – venceu Nadal duas vezes no carpete, em 2007, em Paris (foto acima) e Madri.

Capa do Olé de 3 de junho de 2004O “time” argentino deverá ser formado ainda por Juan Martín del Potro, de apenas 20 anos e que foi decisivo na semifinal contra a Rússia (no Parque Roca, em Buenos Aires), e Guillermo Cañas, que jogará nas duplas, com Nalbandian.

A imagem ao lado foi a capa do jornal Olé em 3 de junho de 2004, quando Nalbandian eliminou Gustavo Kuerten nas quartas-de-final de Roland Garros. Por que o tênis importa tanto? Porque na noite anterior a Argentina havia perdido do Brasil por 3 x 1, em algo que não importa tanto… O que então? Eliminatórias da Copa do Mundo de futebol.

Obs. Nas duas primeiras finais da Copa Davis, a Argentina foi vice-campeã como visitante, perdendo em 1981 para os Estados Unidos (3 x 1) e em 2006 para a Rússia (3 x 2).

Você pode ver mais detalhes sobre a Copa Davis no site oficial da competição e AQUI.

Pentacampeão

Federer vence o US Open pela quinta vezO tenista suíço Roger Federer confirmou o favoritismo na final e venceu – na noite de segunda – o escocês Andy Murray por 3 sets a 0 (parciais de 6/2, 7/5 e 6/2). Com a bela vitória, ele conquistou o US Open pela 5ª vez consecutiva. Chegou também  a 13 títulos no Grand Slam, ficando a apenas um do norte-Americano Pete Sampras. Vale lembrar que Roger Federer tem apenas 27 anos.

Abaixo, trechos da entrevista concedida pelo tenista ao site da ATP, após a vitória. Fica claro nas suas declarações de que o ano de 2008 foi “doloroso” para o fenômeno suíço, que perdeu duas finais seguidas para o espanhol Rafael Nadal (Roland Garros e Wimbledon), e com isso caiu para o 2º lugar no ranking, depois de 237 semanas em primeiro.

“É legal comparar os meus cinco Wimbledons aos cinco US Opens, sem dúvida. Eu estou, obviamente, muito orgulhoso da minha conquista. Exige muito do jogador, que sempre vai de um torneio para o outro tentando dar o seu máximo. E digo a você, tem sido um duro verão”.

“Acho que a perda do Roland Garros (de 2008) foi terrível, mas superei com facilidade. Mas na grama, jogando bem, realmente foi uma perda grande em Wimbledon. Fiquei orgulhoso de ter jogado aquela grande partida (ele perdeu a final para Rafael Nadal por 3 sets a 2, com 9/7 no tie-break), mas ao mesmo tempo fiquei triste por não ter vencido esse jogo épico. Eu perdi um grande número de jogos esse ano. Eu nunca deveria ter perdido, e eles me deixaram ferido”.

“Agora, obtendo o meu 5º US Open, isso realmente significa muito para mim. Eu realmente quero agradecer aos fãs, assim como toda a torcida, que foi enorme. Eles me ajudaram desde o começo. E deixar de ser o número 1 também significou muito para mim nesta temporada. Portanto, esse foi o melhor cenário possível depois disso”.

Títulos de Roger Federer no Grand Slam

Wimbledon – 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007
US Open – 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008
Aberto da Austrália – 2004, 2006 e 2007

Roland Garros – vice em 2006, 2007 e 2008 (derrotado nas três vezes por Rafael Nadal)

Foto: site oficial da ATP

Aces em Nova York

Arthur Ashe Stadium, o maior palco do US OpenUm jogaço. É o que prometem os tenistas Roger Federer (Suíça) e Andy Murray (Escócia) na finalíssima do US Open, hoje à noite, na quadra central de Flushing Meadows, em Nova York. A partida – prevista para começar às 18h, no horário do Recife – deveria ter sido realizada ontem, mas os seguidos atrasos por causa das chuvas acabaram adiando a decisão.

O primeiro a garantir lugar na final foi Federer. Que fez o que já está mais do que acostumado, tanto que esta será a sua 17ª final de um Grand Slam. Federer tentará ser o primeiro tenista a conquistar cinco títulos consecutivos no US Open desde Bill Tilden, em 1924 (que na verdade foi hexa, entre 20 e 25).

Na semifinal, o suíço – já apontado por vários críticos como o melhor jogador da história – bateu o sérvio Djokovic. Em 2007, esse jogo foi a final da competição. Na caminhada rumo à decisão do US Open, Roger Federer também passou pelo brasileiro Thiago Alves, número 137 do ranking da ATP. Caso seja campeão, Roger ficará a apenas um troféu de se igualar ao norte-americano Pete Sampras, que tem 14 títulos de Grand Slam.

Para chegar ao pentacampeonato, o ex-número 1 terá pela frente um escocês de 21 anos, que chega a sua primeira grande final. Apesar de ter seis títulos de torneios da ATP, Andy Murray vive o seu melhor momento na carreira. E chega à última etapa da competição muito bem respaldado pela bela vitória por 3 sets a 1 sobre o atual número 1 do mundo, Rafael Nadal. Com direito a 21 aces do britânico. Foram 3h30 de uma partida emocionante.

Curiosidade: A partida será acompanhada por milhões de telespectadores mundo afora. No entanto, 23 mil privilegiados irão assistir ao vivo à decisão, no estádio Arthur Ashe (foto), o palco principal do US Open. O nome é a uma homenagem ao tenista que faleceu em 1993, aos 50 anos, vítima da Aids. Vencedor de 3 Grand Slans, Arthur ficou conhecido pelas ações em causas sociais. Ele contraiu a doença durante uma transfusão de sangue, em 1988. Passou os últimos anos de sua vida engajado em chamar a atenção para os portadores de HIV.

Fichas técnicas e campanhas até a final (entre parênteses a coloção dos adversários no ranking da ATP):

Roger Federer busca o pentacampeonato no US OpenRoger Federer (nº 2)
27 anos – 1,85m – 80 quilos
Melhor colocação: 1º (237 semanas)
55 títulos de simples
Profissionalização: 1998
Retrospecto: 604 vitórias / 146 derrotas
Prêmios: US$ 41,76 milhões

Federer no US Open/2008
1ª rodada – Máximo González/ARG (118) – 3 x 0
2ª rodada – Thiago Alves/BRA (137) – 3 x 0
3ª rodada – Radek Stepanek/TCH (30) – 3 x 0
Oitavas – Igor Andreev/RUS (23) – 3 x 2
Quartas – Gilles Muller/LUX (130) – 3 x 0
Semi – Novak Djokovic/SER (3) – 3 x 1

Andy Murray chega a sua primeira final de Grand SlamAndy Murray (nº 6)
21 anos – 1,90m – 79 quilos
Melhor colocação: 6º
6 títulos de simples
Profissionalização: 2005
Retrospecto: 138 vitórias / 61 derrotas
Prêmios: US$ 3,12 milhões

Murray no US Open/2008
1ª rodada – Sergio Roitman/ARG (107) – 3 x 0
2ª rodada – Michel Llodra/FRA (38) – 3 x 1
3ª rodada – Jurgen Melzer/AUT (48) – 3 x 2
Oitavas – Stanislas Wawrinka/SUI (10) – 3 x 0
Quartas – Juan Martín del Potro/ARG (17) – 3 x 1
Semi – Rafael Nadal/ESP (1) – 3 x 1

Você pode ver a lista com os maiores vencedores de torneios Grand Slam AQUI.

* Grand Slam: Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open

Fotos: site oficial da ATP

Falando em tênis, parabéns para o colega Fred Figueiroa, do Diario, que venceu a 2ª etapa do Campeonato Pernambucano da “Série E” ontem de manhã. Já o post foi sugerido pelo internauta Pedro Bakker.