Em um intervalo de dois anos, os dois maiores eventos esportivos no Brasil, sob olhares do mundo inteiro. A Copa do Mundo e a Olimpíada são fenômenos de audiência. A decisão de 2014, entre Alemanha e Argentina, foi vista por mais de 700 milhões de pessoas, quebrando recorde de um jogo. Já a cerimônia de abertura dos Jogos de 2012, em Londres, teve uma audiência global de 900 milhões. A transmissão é mesmo um componente essencial nos eventos da Fifa e do COI, seja na televisão, tablet, celular, cinema etc.
Em cada um, uma vinheta oficial específica, com elementos do país da disputa. Após o inesquecível “OEAAA” no Mundial, visto pela primeira vez no jogo Brasil x Croácia, na Arena Corinthians, vamos a um passeio pela Cidade Maravilhosa ao som da “baiana”. A estreia da vinheta produzida pela OBS, a Olympic Broadcasting Services, foi no futebol feminino, com Suécia x África do Sul, no Engenhão, dois dias antes da abertura oficial da Olimpíada.
O primeiro turno da Série B acabou sem acabar. A tabela original marcava uma terça-feira cheia na 19ª rodada, mas dois jogos foram adiados (para 16 de agosto) por motivos singulares. Bahia x Atlético-GO não foi realizado porque a Fonte Nova já está reservada para os Jogos Olímpicos. Já Sampaio x Goiás não ocorreu porque o time maranhense havia jogado no domingo – ou seja, sem tempo hábil para descanso. E a partida anterior só foi no domingo, no Serra Dourada, por causa do amistoso da Seleção Olímpica no dia anterior.
Por sinal, a Olimpíada do Rio segue influenciando a Série B, que será paralisada por duas semanas. Com a tabela disforme – com um dos times do G4 com um jogo a menos -, uma “análise de turno” acaba em xeque. De toda forma, especificamente sobre esta rodada, o Náutico empatou sem gols com o Oeste e acabou em 6º lugar. Nas duas vezes em que subiu, em 2006 e 2011, o Timbu chegou à metade já no G4. Mais uma estatística para ser derrubada.
Digno de registro: 56.400 pessoas foram ao Castelão, para o empate (também sem gols) entre Ceará e Vasco, vice-líder e líder. Até o momento, é o maior público nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro em 2016…
O jogo seguia em branco na Arena Barueri até os 43 do segundo tempo. O Náutico já havia perdido boas chances e teria mais uma ali, num contragolpe com três jogadores. Em velocidade, para decidir, para buscar o três pontos. A bola foi rolada para Rony, que, da marca do pênalti, bateu mascado, no cantinho. O goleiro espalmou e Léo Santos, que decidira o jogo anterior, chegou no rebote. Bateu em cima do goleiro, num lance para deixar a torcida possessa.
O empate em 0 x 0 encerrou a campanha alvirrubra no primeiro turno da Série B, com a sexta colocação. Segue vivíssimo na disputa, mas, definitivamente, poderia estar numa condição melhor. O jogo em São Paulo foi uma mostra disso, expondo a deficiência dos atacantes. Friamente, essa análise não faz sentido. Afinal, estamos falando de um time com 30 gols marcados (média de 1,57), o segundo maior índice da competição. Entretanto, oportunidades como essa última contra o Oeste já custaram pontos. Custaram um lugar no G4.
Desde a implantação do sistema vigente, com vinte clubes e pontos corridos, o Náutico ascendeu à elite duas vezes. Em ambas, chegou à metade do Brasileiro já no grupo de acesso. Curiosamente, com goleadores. Em 2006, a dupla Felipe (16 gols) e Kuki (11). Em 2011, Kieza (21), o artilheiro. Agora, terá que fazer um returno entre 35 e 37 pontos. Muita coisa. Precisará matar jogos “ganháveis”, como esse. Com Rony, Adan, Léo Santos, Bérgson… vai ter muito trabalho.
As campanhas no turno quando subiu… 2006 – 2º lugar (35 pts, 61.4%), 10 vitórias, 5 empates, 4 derrotas, 34 GP, 27 GC 2011 – 3º lugar (34 pts, 59.6%), 9 vitórias, 7 empates, 3 derrotas, 24 GP, 18 GC
Na luta pelo acesso… 2016 – 6º lugar (28 pts, 49.1%), 8 vitórias, 4 empates, 7 derrotas, 30 GP, 23 GC
O Twitter conta com 310 milhões de perfis ativos, segundo o dado mais recente divulgado pela empresa, com 44% usando a rede social diariamente. Ou seja, 136 milhões. No cenário esportivo, o microblog aparece com mais força, sendo atualmente, na visão do blog, a melhor rede para o acompanhamento em tempo real de eventos e competições. Ciente disso, o Twitter vem criando “emojis” (ideogramas) específicos (e pontuais) para os torneios. Em 2016 já havia acontecido tanto na Eurocopa quanto na Copa América. Agora, o Twitter lançou um catálogo gigantesco para os Jogos Olímpicos de 2016.
São 262 emojis, sendo 9 gerais (Olimpíada, Rio, medalhas de ouro, prata e bronze e cerimônias de abertura e encerramento), 206 bandeiras dos países filiados ao COI, 2 para o time de refugiados olímpicos (a 207ª delegação no evento), e 45 sobre os esportes, com modalidades distintas – somente no ciclismo, por exemplo, são quatro emojis. Abaixo, a lista completa, em inglês.
Por sinal, caso não siga, o meu perfil no microblog é @cassito_z.
Nas redes sociais, a interação (informação, greia, imagens etc) deve ser lá…
Com 947 mil peças, construtores da Lego montaram uma enorme maquete do Rio de Janeiro, celebrando a Olimpíada, com 25 ícones da Cidade Maravilhosa. Cristo Redentor, Maracanã, Copacabana, Pão de Açúcar, Sambódromo e elementos olímpicos, naturalmente. A maquete de lego é a maior já feita na América Latina, com 20 metros quadrados e quase 1 metro de altura. Juntas, as pecinhas pesam 1,5 tonelada, somente.
A montagem precisou de 50 pessoas, em três equipes distintas, nos EUA, Dinamarca e República Tcheca. Um projeto comandado por Dan Steininger, Chris Steininger e Paul Chrzan, os “master builders” da Lego, com décadas de experiência. Instalada no Boulevard Olímpico, no Porto Maravilha, a construção ficará como legado (turístico) para o Rio. Após os Jogos Olímpicos de 2016 ficará no museu da Gávea.
Diante de 78 mil pessoas no Maracanã e centenas de milhões na tevê mundo afora, a bandeira brasileira irá tremular à frente de uma delegação recorde na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016. Lá no Rio, uma pernambucana arretada como porta-bandeira. Com 49% dos votos, a pentatleta Yane Marques desbancou os campeões olímpicos Serginho, do vôlei, e Robert Scheidt, da vela, na enquete do globoesporte.com, com o aval do COB, para a eleição do porta-bandeira. Em uma semana, a votação chegou a quase um milhão de participações. Mais precisamente, 961.562.
Nessas bandas, um engajamento maciço, com campanha nas redes sociais, na televisão e até o apoio do Náutico, clube do coração da atleta. Deu certo, com uma escolha histórica. Em 22 participações olímpicas do Brasil, esta é apenas a segunda vez que uma mulher recebe a honra, 16 anos após Sandra Pires. Em termos regionais, recoloca o Nordeste após 84 anos! Sertaneja de Afogados da Ingazeira, de apenas 42 mil habitantes, Yane se aventurou em uma soma improvável de esportes, numa modalidade criada em 1912 pelo idealizador da Olimpíada da era moderna, o barão Pierre de Coubertin.
Esgrima, natação, hipismo, tiro e corrida. Não é preciso ser expert nos cinco, é preciso ser regular. E, acima de tudo, perseverante, para superar a lacuna estrutural no esporte nacional. Vencendo tudo isso, Yane subiu no pódio em Londres, há quatro anos, com o bronze, a 17ª medalha do país naquela edição, um recorde. Com o reconhecimento, do público, ela escreve agora um dos maiores capítulos de sua carreira, e também do desporto pernambucano…
Resultado final da votação para o porta-bandeira Yane – 49% (471,1 mil) Serginho – 40% (384,6 mil) Scheidt – 11% (105,7 mil)
Os porta-bandeiras do Brasil nos Jogos Olímpicos
2016 – Yane Marques (PE, pentatlo moderno) 2012 – Rodrigo Pessoa (França*, hipismo) 2008 – Robert Scheidt (SP, vela) 2004 – Torben Grael (SP, vela) 2000 – Sandra Pires (RJ, vôlei de praia) 1996 – Joaquim Cruz (DF, atletismo) 1992 – Aurélio Miguel (SP, judô) 1988 – Walter Carmona (SP, judô) 1984 – Eduardo Souza Ramos (SP, vela) 1980 – João Carlos de Oliveira (SP, atletismo) 1976 – João Carlos de Oliveira (SP, atletismo) 1972 – Luiz Cláudio Menon (SP, basquete) 1968 – João Gonçalves Filho (SP, polo aquático) 1964 – Wlamir Marques (SP, basquete) 1960 – Adhemar Ferreira da Silva (SP, atletismo) 1956 – Wilson Bombarda (SP, basquete) 1952 – Mário Jorge da Fonseca Hermes (RJ, basquete) 1948 – Sylvio de Magalhães Padilha (RJ, atletismo) 1936 – Sylvio de Magalhães Padrilha (RJ, atletismo) 1932 – Antônio Pereira Lira (PB, atletismo) 1924 – Alfredo Gomes (SP, atletismo) 1920 – Afrânio Antônio Costa (RJ, tiro esportivo)
13 – São Paulo 5 – Rio de Janeiro 1 – Paraíba, Distrito Federal, França* e Pernambuco * Filho do brasileiro, e também cavaleiro, Nelson Pessoa
O segundo fim de semana seguido, no Brasileirão, com vitória leonina e derrota coral. O Sport venceu o Atlético-PR, na Ilha do Retiro, e chegou a três vitórias seguidas, alcançando a sua melhor colocação na competição em 17 rodadas, 12º. Já o Santa Cruz perdeu do Atlético-MG, em Belo Horizonte, e voltou à zona de rebaixamento, agora a dois pontos do 16º lugar.
Com os torcedores já fazendo contas, o blog tenta ajudar. São duas projeções, uma com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). A segunda considera a atual campanha do 16º lugar, o Vitória, o primeiro acima da zona de descenso. Hoje com 37,3% de aproveitamento. Ao final de 38 rodadas, esse índice resultaria em 43 pontos – na rodada passada a projeção era de 41. Veja o que tricolores e rubro-negros precisam fazer a partir de agora…
Sport – soma 21 pontos em 17 jogos (41,2%)
Para chegar a 46 pontos (margem segura): Precisa de 25 pontos em 21 rodadas …ou 39,6% de aproveitamento Simulações: 8v-1e-12d, 7v-4e-10d, 6v-7e-8d
Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º): Precisa de 22 pontos em 21 rodadas …ou 34,9% de aproveitamento Simulações: 7v-1e-13d, 6v-4e-11d, 5v-7e-9d
Chance de permanência: 79% (Infobola), 84% (UFMG) e 91,3% (Chance de Gol)
Santa Cruz – soma 17 pontos em 17 jogos (33,3%)
Para chegar a 46 pontos (margem segura): Precisa de 29 pontos em 21 rodadas …ou 46,0% de aproveitamento Simulações: 9v-2e-10d, 8v-5e-8d, 7v-8e-6d
Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º): Precisa de 26 pontos em 21 rodadas …ou 41,2% de aproveitamento Simulações: 8v-2e-11d, 7v-5e-9d, 6v-8e-7d
Chance de permanência: 50% (UFMG), 50,2% (Chance de Gol) e 55% (Infobola)
A 18ª rodada dos representantes pernambucanos
03/08 (19h30) – Sport x América-MG (Ilha do Retiro) Histórico no Recife na elite: 4 vitórias leoninas, 1 empate e nenhuma derrota
04/08 (19h30) – Grêmio x Santa Cruz (Arena do Grêmio) Histórico em Porto Alegre pela elite: 3 vitórias corais, 2 empates e 7 derrotas
As duas vitórias seguidas na Arena Pernambuco recolocaram o Náutico na disputa. Apagando a má sequência, de três derrotas consecutivas, que deixou o time em 11º lugar, a oito pontos do G4, o Timbu superou Avaí e Tupi. Agora figura em 5º, a cinco pontos tanto do CRB quanto do Atlético-GO, que encerrou a 18ª rodada somente neste domingo – uma vez que no sábado o Serra Dourada foi o palco da vitória da Seleção Olímpica no amistoso contra o Japão.
A lição de casa foi feita, com o alvirrubro necessitando agora voltar a pontuar longe do Recife. Na última rodada do turno, irá a São Paulo enfrentar o Oeste. Levando em conta que CRB e Atlético têm adversários complicados (Luverdense e Bahia), também fora de casa, há a chance de chegar à metade da Série B a apenas dois pontos do grupo de acesso. Estaria de ótimo tamanho, considerando a enorme oscilação do time na competição.
Como na semana passada, alvirrubros e rubro-negros saíram vitoriosos, com os tricolores amargando mais uma derrota, a 10ª na competição. O 45 minutos analisou os jogos do Trio de Ferro, em gravações exclusivas. Na sexta, o Timbu bateu o vice-lanterna na arena e se reaproximou do G4 da Série B. No sábado, dois jogos à noite, com o Sport e Santa diante dos Atléticos. Enquanto o Leão se distanciou do Z4 da Série A, a Cobra Coral voltou à zona de descenso. O podcast fez um balanço das atuações individuais, das mudanças dos técnicos e da situação na tabela. Ao todo, 75 minutos. Ouça agora ou quando quiser.
O Santa Cruz foi ao Independência com a missão de tentar brecar o ascendente time do Atlético Mineiro, apontado com um dos melhores elencos da competição. A linha ofensiva é, na visão do blog, a melhor. Robinho (habilidade), Fred (faro de gols) e Lucas Pratto (força e presença de área), com Luan (velocidade) como opção no banco. É bronca, para qualquer adversário neste Brasileirão. No caso coral, que vinha de um duro golpe em casa, no revés diante do Coxa, até o fator psicológico seria decisivo. Se esperava uma escalação precavida, mas foi além da conta, com quatro volantes, com Jadson sendo a peça mais avançada.
Marcando forte, o campeão nordestino ainda tentou surpreender, mas não haveria como. Em jogada iniciada por Maicosuel (outro nome técnico), Fred recebeu livre e bateu. Tiago Cardoso ensaiou o milagre, mas Robinho, atento, marcou. Na volta do intervalo, o Galo acelerou, envolvendo o Santa. O segundo gol foi uma pintura. Triangulação rápida. De Fred para Robinho, de Robinho para Patric, de Patric (de calcanhar) para Fred, de Fred para o gol. No embalo, o time mineiro transformou a vitória em goleada (3 x 0) com Luan, que acabara entrar, concluindo as pedaladas de Robinho, o dono do jogo.
Ao Tricolor, um resultado normal. Entretanto, empurrou o clube para a zona de rebaixamento. Como a sequência segue indigesta, com Grêmio (fora) e São Paulo (casa), o time se vê obrigado a surpreender. Hoje, soma 17 pontos, abaixo da campanha quando virou o turno em 2006, com 18 pontos. Enquanto a direção coral não confirma as “contratações engatilhadas”, conforme já noticiado e renoticiado, o time vai encarando as pedreiras e encarando o abismo técnico. Hoje, a rapidez de Keno e a inteligência de Grafite não são suficientes.