Jogando de forma bastante afoita, o Náutico perdia o seu primeiro jogo como mandante na Série B até os instantes finais. Então na zona de rebaixamento, o Bragantino vencia pelo score mínimo. Os paulistas se defendiam como podiam, com o Timbu tentando forçar a entrada na área, tocando ou cruzando. Numa dessas jogadas, Daniel Pereira acabou cortando com a mão. Pênalti. Aos 44 do segundo tempo, uma chance de ouro para o time pernambucano, com a timbuzada em pé no Arruda. Àquela altura fora do G4, o gol poderia manter o time por lá, ajudado pelos tropeços de Bahia e Criciúma, também em casa. Pontinho de ouro, desde que saísse o gol.
Após três minutos de catimba, a cobrança foi autorizada. Bergson, que beijara a bola, não bateu bem. Mas marcou, com a bola passando entre as mãos go goleiro Felipe. Lance para definir a peleja, 1 x 1. O empate brecou o percentual máximo como mandante, mas, ao menos desta vez, valeu pelo esforço final. Até hoje, a equipe havia balançado as redes no primeiro tempo em todas as partidas no Recife. Passou em branco, no primeiro mau sinal, justificado pela falta de pontaria – sete tentativas pra fora e apenas uma certa.
Na segunda etapa, acabou vazado aos 12 minutos, com Sitta cruzando dentro da área, encobrindo Júlio César, que só acompanhou a chegada de Watson. A partir dali, com Jefferson Nem tentando decidir de qualquer forma, o jogo foi nervoso. O comportamento se espalhou entre os 7.236 torcedores no Mundão, um público menor que o há registrado há uma semana, na Arena. Uma diferença de 2.053. Com ingressos a partir de R$ 10 e sem a queixa da distância, o que explica? O borderô até elevou a média de 3.505 para 4.251 pessoas, mas acabou sendo mais um indício de um mando às avessas neste sábado.