A 248ª edição do 45 minutos foi focada no Clássico das Multidões válido pela quinta rodada da Série A. A vitória do Sport por 1 x 0, superando o favoritismo do Santa, mexeu no tabuleiro das equipes para o decorrer da competição? Analisamos os acertos e erros dos rivais, já projetando para a rodada seguinte, contra os Atléticos (paranaense no caminho coral e mineiro no caminho leonino). Por fim, uma ponte entre o empate do Náutico diante do Bahia, na Fonte Nova, e a obrigação de vitória sobre o Joinville, na arena.
Confira um infográfico com as principais pautas do programa aqui.
Neste podcast, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A vitória do Sport sobre o Santa Cruz, no Arruda, tirou o rubro-negro da lanterna, mas não foi suficiente para a saída do Z4. No caso coral, a primeira derrota custou o lugar no G4, talvez reativando no time o objetivo principal na temporada, a permanência. Na briga pelo título, o Grêmio deixou o rival Inter isolado na ponta ao perder para o Palmeiras num jogo eletrizante (4 x 3).
Variações na classificação: Santa do 3º para o 7º Sport do 20º para o 18º
A 6ª rodadas dos representantes pernambucanos:
04/06 (16h00) – Atlético-PR x Santa Cruz (Arena da Baixada, Curitiba) Histórico em Curitiba pela elite: 1 vitória coral, 1 empate e 3 derrotas
05/06 (16h00) – Sport x Atlético-MG (Ilha do Retiro) Histórico no Recife pela elite: 6 vitórias leoninas, 8 empates e 2 derrotas
Recebendo a Copa América pela primeira vez, os Estados Unidos indicaram dez estádios para a edição especial de 2016, centenária. Nenhum foi construído para o evento, ou mesmo reformado. As últimas modernizações ocorreram entre 2002 e 2014. Por sinal, todos os palcos foram concebidos, originalmente, para o futebol americano, sendo oito na NFL e dois para a liga universitária, poderosa no país. Hoje, apenas um serve para o futebol tradicional (“soccer”), com o Orlando City, time do brasileiro Kaká, dono do maior contrato da liga.
Em relação à capacidade, números bem acima da exigência na Copa do Mundo, por exemplo. No torneio da Fifa, os dados vão de 40 mil (primeira fase) a 65 mil (final). Na 45ª edição do torneio continental, as arenas vão de 61.500 a 82.500, com o ponto alto em Nova Jersey, em 26 de junho. Tamanho gigantismo se explica na assistência, com um milhão de ingressos vendidos.
Em 1994, no Mundial realizado nos EUA, o cenário já havia sido idêntico, com nove estádios de futebol americano. Hoje, a impressão é de que o país poderia receber duas Copas do Mundo de uma vez. Afinal, existem 31 estádios na NFL (Giants e Jets dividem um deles), preenchendo com sobras as normas técnicas do caderno de encargos distribuído pela Fifa para qualquer país interessado na Copa. E olhe que ainda seria possível contar com vários da liga universitária – o da Universidade de Michigan pode receber até 109.901 pessoas.
Eis os palcos da Copa América Centenário…
Levi’s Stadium (Santa Clara, Califórnia) Capacidade: 68.500 Time: San Francisco 49ers (NFL)
Soldier Field (Chicago, Illinois) Capacidade: 61.500 Time: Chicago Bears (NFL)
Rose Bowl (Pasadena, Califórnia) Capacidade: 92.500 Time: Ucla (liga universitária de futebol americano)
Camping World* (Orlando, Florida) Capacidade: 65.000 Time: Orlando City (MLS) * Antigo Citrus Bowl, sede da Universidade Central da Flórida de 1979 a 2006.
Linconl Field (Filadélfia, Pensivania) Capacidade: 69.175 Time: Philadelphia Eagles (NFL)
Century Link Field (Seattle, Washington) Capacidade: 67.000 Time: Seattle Seahawks (NFL)
Metlife (East Rutherford, Nova Jersey) Capacidade: 82.500 Time: New York Giants e New York Jets (ambos da NFL)
O Troféu Givanildo Oliveira, criado pela FPF em comemoração ao centenário do Clássico das Multidões, está na reta final da decisão. Após cinco partidas entre tricolores e rubro-negros na temporada, a decisão pode acontecer na Ilha do Retiro, em setembro, no returno da Série A. Mas existem algumas observações.
Para dar Sport O regulamento do troféu especial considera apenas os pontos somados nos clássicos em competições oficiais de 2016, sem critério de saldo de gols. Hoje, o Leão tem três pontos de vantagem. Com apenas mais uma partida marcada, o time jogaria pelo empate para levar a disputa.
Para ficar com a FPF Sim, a regra prevê uma posse “neutra” em caso de empate na pontuação. Para a taça ficar no salão nobre da federação, é preciso ocorrer uma vitória coral no sexto duelo, encerrando a série atual. Assim, cada rival somaria oito pontos.
Para dar Santa Cruz A missão tricolor é complicada. Para levar a troféu, necessita estender a tabela de clássicos. E isso só pode ocorrer caso vá à Sul-Americana, ou seja, saindo da Copa do Brasil diante do Vasco. Ainda assim, precisaria ser sorteado no chaveamento leonino e somar ao menos sete pontos nos jogos restantes. Claro, com a Sula, também haveria chance de posse para Sport e FPF.
Jogos disputados 21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual) 10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual) 04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual) 08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual) 01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A)
Jogo marcado a disputar 11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A)
Possibilidade de confronto Santa Cruz x Sport (Sul-Americana) Sport x Santa Cruz (Sul-Americana)
Classificação 8 pontos – Sport 5 pontos – Santa Cruz
Aberto no hall social dos Aflitos, o Memorial Alvirrubro é o primeiro estágio do Museu do Náutico, integrando todo o acervo secular. Com uniformes de campanhas marcantes, como o hexa, o vice da Taça Brasil e o título do centenário, flâmulas e fotos de craques do passado, o ambiente conta com um serviço multimídia, com vídeos sobre os principais jogos do time alvirrubro.
Ao todo são dez camisas – algumas doadas por torcedores, que receberam um certificado de agradecimento -, numa linha do tempo que se estende ao distintivo, com inúmeras mudanças. No mural, resumindo as campanhas, há espaço até para capítulos tristes, como a Batalha dos Aflitos, mas com o viés de reconstrução timbu. Trata-se de um aperitivo para um passeio maior no futuro.
O próximo passo do projeto, tocado pelo departamento de marketing, é integrar o salão, junto ao público, à sala de troféus e à sala de arquivos, com livros com os primeiros sócios, imagens de remo e futebol. Os dois locais ficam no primeiro andar. Hoje fechados, serão revitalizados para a macroproposta , dando vida ao prédio tombado como patrimônio arquitetônico.
De última hora, o chileno Mark González foi convocado para a Copa América de 2016, cuja edição especial, nos Estados Unidos, marca o centenário do torneio. O meia substitui Matías Fernández, cortado por lesão. Assim, o jogador de 31 anos, que estava na lista de 40 pré-convocados, volta a colocar o Sport no torneio continental depois de 57 anos. Curiosamente, na última (e até então única) presença a edição também foi especial, no “Campeonato Sul-Americano Extra”, realizado em dezembro de 1959, no Equador.
Naquele ano, em abril, já havia sido disputado o Sul-Americano na Argentina, o que justifica o nome do torneio seguinte. Na ocasião, foram cinco jogadores do Leão: Bria (zagueiro), Édson (zagueiro), Zé Maria (medio-volante), Traçaia (atacante) e Elcy (atacante). O Brasil – representado por Pernambuco, incluindo dez tricolores e sete alvirrubros – terminou na terceira colocação.
Nesse longo hiato, sem jogadores em competições continentais pelas seleções principais, o Sport teve três convocados para as Eliminatórias da Copa (os brasileiros Bosco e Leomar em 1999 e 2001, respectivamente, e o boliviano Arce, em 2009) e um para Copa das Confederações, Leomar em 2001.
Sobre Mark González…
No Chile (2003-2015) 53 partidas, 6 gols
No Sport (2016) 12 jogos, nenhum gol
Mesmo com o histórico de lesões e ainda sem apresentar um bom futebol na Ilha, o gringo foi lembrado pela representatividade na La Roja. Vai à Copa América pela terceira vez, somando 2004 (Peru) e 2007 (Venezuela).
O favoritismo era todo do Santa Cruz, invicto há 18 jogos, com o melhor ataque da competição e diante de um rival combalido, sem poder ofensivo, imerso numa duradoura crise técnica. Mas no futebol o clássico equilibra as ações, e o próprio tricolor, nos primeiros anos de sua retomada, é prova viva disso. Com autoridade, o Sport venceu no Arruda, por 1 x 0, e conquistou a sua primeira vitória na Série A, deixando a última colocação e mostrando um ímpeto que dá alguma esperança para o torcedor nas próximas apresentações.
Mesmo em casa, esperava-se um Tricolor com menos posse de bola, armado para os contragolpes. Vem sendo assim desde a chegada de Milton Mendes. Só não foi outra vez por causa do gol marcado por Edmílson logo aos oito minutos. De bico, Diego Souza deixou o atacante cara a cara com Tiago Cardoso. Ganhou na dividida e mandou para as redes, chegando ao seu primeiro gol no clube em sua terceira finalização – havia chutado duas vezes contra o Corinthians. O antecessor, Vinícius Araújo, passou 213 minutos sem finalizar.
Em vantagem, o Leão ganhou o mínimo de calma necessária para jogar em um campeonato tão disputado. Sem afobação, esperando o rival, que fatalmente sairia de sua característica. Dito e feito, com o tricolor tendo 51,7% de posse na primeira etapa – até então, sempre tinha menos. Se já não parecia ser a noite do Santa, a expulsão do estreante Roberto – o lateral-esquerdo tomou dois amarelos -, aos 26 do segundo tempo, só tornou a situação inglória.
Em todo o jogo, os corais só acertaram a meta de Magrão uma vez. Grafite, de contrato renovado até o fim de 2017, esteve bem cercado por Durval. Do outro lado, um massacre, com dez bolas contra o goleiro coral, que hora salvou, hora apenas torceu, como nas bolas na trave de Gabriel Xavier e Everton Felipe. Lances já na reta final, com o esquema de contra-ataques (do Sport) encaixado e com DS87 ditando ritmo. O placar magro saiu barato para o mandante. No primeiro Clássico das Multidões na elite em quinze anos, o Sport impôs outra marca. Voltou a ficar em vantagem no número de vitórias no Arruda: 51 x 50.
O Náutico oficializou a Topper como fornecedora de material esportivo em 4 de maio. Quase um mês depois, em 1º de junho, finalmente a linha principal de uniformes foi apresentada, em um evento na sede nos Aflitos. A estreia da marca, que volta ao clube após 32 anos, será na sexta rodada da Série B, contra o Joinville, na Arena Pernambuco, substituindo o material da Umbro, cujo contrato foi rescindido. A mudança foi motivada mesmo pelo lado financeiro, pois a linha anterior tinha a aprovação da torcida. A nova camisa alvirrubra vem com o número azul, uma tradição do clube nas décadas de 70 e 80. O contrato com a Topper vai até o fim de 2019.
Confira os detalhes dos dois padrões clicando aqui e aqui.
Torcedor alvirrubro, o que você achou do novo padrão?
Na Fonte Nova, o Náutico empatou com o Bahia e conquistou o seu primeiro ponto na condição de visitante. Apesar disso, a diferença em relação ao G4 aumentou, de 1 para 3 pontos. Agora, em casa, tem a chance de se reaproximar. Na arena, vale lembrar, o alvirrubro marcou os seus oito gols na competição. Lá no topo, Vasco e Atlético perderam o 100%. O time goiano saiu derrotado, enquanto o carioca ao menos empatou, chegando a 32 jogos de invencibilidade.
Em sua terceira partida como visitante, o Náutico passou novamente em branco. Desta vez, porém, pontuou. O 0 x 0 na Fonte Nova acabou sendo um resultado aceitável para o time pernambucano devido ao nível do adversário, o segundo mais rico desta Série B. No entanto, é bem provável que o torcedor alvirrubro que assistiu à partida tenha discordado do blog neste parágrafo.
Afinal, é impossível não lembrar do gol perdido por Rafael Coelho, aos 21 da segunda etapa – antes, Rony também desperdiçara. Ali, o contragolpe saiu certinho, de pé em pé, abrindo pela ponta direita, buscando jogadores desmarcados. Até chegar no camisa 9, com plenas condições de marcar. Isolou a bola, na maior chance timbu. Caso algum seguidor baiano também leia esta postagem, a sensação será oposta, lembrando do lance de Luisinho, ex-Santa.
No rebote de uma cobrança de falta, que explodiu no travessão, o atacante ficou com o gol escancarado. Assim como Rafael Coelho, sequer acertou a meta, cabeceando pra fora. No Bahia, é verdade, o ataque não é um deserto, com o Brocador no elenco – nesta noite em branco. Já o Náutico tem na função do “camisa 9” o seu o maior calo. Fora de casa, vem desperdiçando seguidas chances. Ganhou um ponto até agora. Pelas chances criadas, poderia ter mais.