CBF antecipa data e Náutico começa o mata-mata de R$ 500 mil em 8 de janeiro

Datas de Náutico x Itabaiana, pela Copa do Nordeste 2018. Crédito: Náutico/twitter (@nauticope)

O confronto contra a Itabaiana é considerado fundamental para a organização financeira do Náutico no primeiro semestre de 2018. O duelo em ida e volta, pela preliminar do Nordestão, vale um adicional de R$ 500 mil ao classificado – que já larga com R$ 250 mil pela participação na fase. E a estreia será já em 8 de janeiro, numa segunda à noite. Enquanto centenas de clubes brasileiros realizam a pré-temporada, já curta devido à Copa do Mundo, o timbu entra em campo à vera, por um lugar no grupo C, com Bahia, Botafogo-PB e Altos-PI.

As datas da seletiva foram, enfim, detalhadas pela CBF, que antecipou em um dia o jogo de ida, no interior sergipano, e adiou em um dia a volta, confirmada para um sábado à tarde na Arena Pernambuco – embora a vontade do timbu, insatisfeito com a gestão estádio, fosse atuar no Gileno de Carli, no Cabo.

Os ajustes atenderam ao pedido do Esporte Interativo, que vai exibir os jogos.

Desta forma, eis o novo calendário do Náutico em 2018…

De 31 a 66 partidas oficiais em 4 torneios
Copa do Nordeste (08/01 a 10/07) – de 2 a 14 jogos (até 5 fases)
Estadual (19/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)

Arena PE registra 14% de ocupação em 30 partidas oficiais do Trio de Ferro em 2017

Visão interna da Arena Pernambuco, a partir do anel superior. Foto: Arena Pernambuco/twitter (@arenapernambuco)

A quinta temporada da Arena Pernambuco foi a mais esvaziada em termos de público e renda no futebol, considerando os jogos oficiais dos grandes clubes da capital. Embora tenha recebido o mesmo número de partidas que o ano anterior neste contexto, 30, o borderô contabilizou uma queda de 44 mil torcedores, ou 18% a menos. A taxa de ocupação dos assentos vermelhos expõe de forma clara o cenário, com apenas 14%, reflexo da média de 6.690 – e olhe que o recorde de público, entre clubes, foi batido.

Pela primeira vez o empreendimento foi administrado do começo ao fim do ano pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, que buscou soluções alternativas no entorno para o movimentá-lo (Domingo na Arena, Som na Arena e Arena games), além de eventos religiosos (um deles com 50 mil pessoas). No futebol propriamente dito, no entanto, a conta ficou difícil de fechar. Basta dizer que em 2014, com o Todos com a Nota ainda em execução, o faturamento do estádio foi de 14 milhões de reais, contando apenas o Trio de Ferro, enquanto em 2017 não chegou sequer a 3 milhões,

Nos quatro primeiros anos de operação do estádio em São Lourenço, nas gestões da Odebrecht e do governo, o resultado financeiro foi sempre negativo, com déficit de R$ 29,7 milhões em 2013, de R$ 24,4 milhões em 2014, de R$ 19,0 milhões em 2015 e de R$ 7,0 milhões em 2016. Improvável um quadro diferente no próximo balanço, a ser divulgado em junho.

Neste ano, a Arena Pernambuco registrou o pior público total, a pior média de público, a pior taxa de ocupação, a pior arrecadação, a pior média de renda e o pior tíquete médio. Apenas um dado escapou: número de jogos.

Balanço de público e renda do Trio de Ferro mandando seus jogos na Arena Pernambuco de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

A conturbada relação entre Náutico e Arena, mesmo com a gestão pública, resultou no menor calendário anual – desconsiderando 2013, com a operação iniciando em junho. Tanto que o alvirrubro chegou a jogar quadro vezes no Lacerdão, em Caruaru. Se em 2016 o time brigou pelo acesso, com jogos acima de 20 mil pessoas, desta vez a lanterna na Série B derrubou a presença da torcida, pela primeira vez abaixo de 10% de ocupação.

O balanço de público e renda do Náutico mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Em junho, o governo do estado anunciou um pacote de 5 jogos com o Santa Cruz, numa sequência disputada na Série B. Foi o maior número de apresentações do clube desde 2014, mas a média de 6.374 torcedores ficou abaixo do dado até então registrado no Arruda – com 10.331 pessoas nos quatro jogos anteriores da competição. O tricolor não quis estender a parceria.

O balanço de público e renda do Santa Cruz mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Assim como o rival coral, o Sport também teria firmado um acordo de cinco jogos na arena, mas acabou jogando apenas duas vezes – desconsiderando a Taça Ariano Suassuna, amistosa. Num desses jogos, no revés diante do Palmeiras, em 23 de julho, foi estabelecido o maior público entre clubes: 42.025. Embora a arrecadação tenha sido boa (maior que a soma dos 23 jogos do Náutico), o leão optou por voltar à Ilha por questão técnica.

O balanço de público e renda do Sport mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

A abaixo, a quantidade de jogos no Recife com mando do Trio de Ferro – os jogos de América, na Ilha (2x) e no Arruda (1x), e Belo Jardim, na Arena (1x), não estão computados. Vale destacar que em 2013 houve o clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, com 9.669 pessoas e R$ 368 mil de renda. Por fim, a observação de que em 2015 e 2016 ocorreram jogos de portões fechados na Ilha (1x) e na Arena (1x), também desconsiderados.

Número de jogos oficiais do Trio de Ferro no Recife. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Jogador do ano em 2017: Erick (Náutico), Anderson Salles (Santa) e André (Sport)

Erick (Náutico), Anderson Salles (Santa) e André (Sport) em ação em 2017. Fotos: Ricardo Fernandes/DP (Erick e Salles) e Peu Ricardo/DP (André)

Erick, Salles e André, os eleitos do blog em cada clube em 2017. Concorda?

Há 50 anos o Chelsea elege o seu melhor jogador no ano, independentemente do desempenho do time, com direito ao troféu “Player of the Year”. Uma premiação à parte de federações e confederações, que regulam competições mundo afora. Trata-se de um reconhecimento interno do clube, institucional. Na temporada 2017 o meia Eden Hazard foi o escolhido – o belga já havia sido nomeado em 2014 e 2015. Outros clubes ingleses adotam a ideia, como Manchester United e Liverpool, desde 1998 e 2002, respectivamente.

As escolhas costumam ser feitas com o engajamento da torcida, baseadas na opinião de sócios e da comissão técnica. As festas para os anúncios, com transmissões exclusivas, contam com outros prêmios, como a revelação do ano, o gol mais bonito e os novos integrantes para o “hall da fama” particular. 

No futebol pernambucano não há nada do tipo, mas ao menos vale estudar a ideia, que poderia encorpar as ações de marketing. A partir da premiação em vigor nas potências da Premier League, o blog escolheu os principais nomes alvirrubros, tricolores e rubro-negros na década vigente. Uma artilharia, um acesso, uma atuação inesquecível numa decisão, um ano regular ou mesmo o fato de ter sido a exceção num mau momento do clube. Tem de tudo. Obviamente, as três listas estão abertas a críticas e dicas de novos nomes…

Náutico
2011 – Kieza (atacante), goleador da Série B (21 gols), com acesso à elite 
2012 – Kieza (atacante), 13 gols na Série A, levando o time à Sul-Americana
2013 – Maikon Leite (atacante), único destaque em ano horrível (8 gols na A)
2014 – Vinícius (meia), titular o ano inteiro, decisivo para o vice no PE
2015 – João Ananias (volante), pilar defensivo na boa campanha na Série B
2016 – Rony (atacante), 11 gols na Série B e destaque no 5º lugar na B
2017 – Erick (atacante), estreando como profissional, fez 9 gols em 39 jogos

Santa Cruz
2011 – Tiago Cardoso (goleiro), craque do Estadual e decisivo no acesso à C
2012 – Dênis Marques (atacante), artilheiro do PE (15 gols) e da Série C (11)
2013 – Tiago Cardoso (goleiro), destaque no tri do PE e no acesso à Série B
2014 – Léo Gamalho (atacante), 32 gols marcados na temporada
2015 – João Paulo (meia), destaque no título estadual e no acesso à Série A
2016 – Keno (atacante), com velocidade, ganhou o NE e fez 10 gols na A
2017 – Anderson Salles (zagueiro), artilheiro do time (10 gols) num ano ruim

Sport
2011 – Marcelinho Paraíba (meia), o nome da campanha do acesso à elite
2012 – Hugo (meia), apesar do descenso, até recuperou o time (8 gols na A)
2013 – Marcos Aurélio (meia), 32 gols e destaque no acesso à Série A
2014 – Neto Baiano (atacante), destaque nos títulos do Nordestão e do PE
2015 – Diego Souza (meia), 9 gols e 10 assistências no 6º lugar na Série A
2016 – Diego Souza (meia), marcou 14 gols, sendo o artilheiro da Série A
2017 – André (atacante), 16 gols na Série A, o novo recorde do clube

A projeção das cotas da Série A de 2018 a partir modelo da Globo previsto para 2019

A distribuição de cotas do Brasileirão a partir de 2019, segundo a Rede Globo. Crédito: Globo/reprodução

O formato de distribuição de cotas do Campeonato Brasileiro, a partir das vendas dos direitos de transmissão na televisão, mudará em 2019. A edição de 2018 será a última com todos contratos possíveis através da Rede Globo – tv aberta, tv fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet. A partir de 2019, com a entrada do Esporte Interativo na tevê por assinatura, haverá uma divisão, de clubes e receitas. Forçada pela concorrência, a Globo resolveu adotar um sistema semelhante ao da Premier League. A divisão será 40% em parcelas iguais, 30% em rendimento e 30% em audiência, em vez de 50%, 25% e 25% da liga inglesa. Conforme informado pela empresa em 24 de março de 2017, o modelo valerá por seis edições, englobando a transmissão aberta – o PPV segue à parte. Hoje, 21* clubes estão acordados com a emissora para o período, incluindo NáuticoSanta Cruz e Sport.

Embora clubes como Santos e Inter tenham firmado com o Esporte Interativo, a tendência é que todos sigam com a Globo no sinal aberto. Logo, a regra deve ser geral. Como curiosidade, o blog simulou as cotas da Série A de 2018 com o futuro modelo. O montante de “cotas fixas” é de R$ 1,346 bilhão, já com a ampliação do ‘piso’, de R$ 23 mi para R$ 28 milhões, a partir do acordo feito pelo Ceará, informado pelo repórter Mário Kempes, de Fortaleza – o blog considerou este valor para os demais ‘não cotistas’ oriundos da segundona. Nesta projeção, a única ressalva é a receita do SporTV, incorporada ao montante, mas que seria repassada apenas aos contratados da Globo, claro. Portanto, em vez do atual sistema de (oito) castas, com um hiato de R$ 142 milhões entre a maior cota (Flamengo e Corinthians) e a menor (América, Ceará e Paraná), a diferença máxima seria de R$ 79 milhões, numa redução de 44%. E seria justamente o máximo possível, entre o atual campeão/maior cotista (Corinthians) e 4º lugar da Série B/menor cota (Paraná).

* América-MG, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Brasil-RS, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Inter, Londrina, Náutico, Ponte Preta, São Paulo, Sport, Santa, Vasco, Vila Nova e Vitória.

A projeção de cotas do Brasileiro de 2018 com o modelo a ser adotado a partir de 2019. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

No quadro, o blog projetou a cota conferindo os seguintes valores na divisão por classificação em 2017: 20x para o campeão (ou seja, 20 x R$ 1.922.857, o valor base), 19x para o vice, 18x para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o 4º da Série B, com 1x. Já na coluna de audiência, o valor considerado foi 30% da verba que cada clube receberá de fato, pois trata-se da única fonte de informação para definir a atual visibilidade de cada um neste momento.

Lembrando que essa demonstração é referente apenas às cotas fixas. É importante reforçar isso pois há o rateio de meio bilhão de reais no PPV, através do Premiere, até então calculado pelo número de assinantes apurado em pesquisa do Datafolha. Esta receita é repartida apenas entre os 16 ‘cotistas da TV’, com os demais somando o valor do PPV já no acordo pontual para a temporada, caso do Vozão. Em 2015, o Sport, com 1,4% dos assinantes, teve um ‘bônus’ de R$ 6,75 milhões. O Fla, com 19,2%, recebeu R$ 68 mi. E aí deve estar o grande segredo sobre a mudança no formato, pois o impacto econômico do PPV segue ascendente no bolo – mantendo Fla e Timão bem à frente. Em 2019, a previsão é de que apenas este contrato represente 33,2% do total, ou 650 milhões de reais. Imagine em 2024…

A projeção de cotas do Brasileiro de 2018 com o modelo a ser adotado a partir de 2019. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Sem sustos, Real Madrid vence o Grêmio e conquista o 6º título mundial. Recorde

Final do Mundial de Clubes de 2017: Real Madrid 1 x 0 Grêmio. Foto:  David Ramos/Fifa (via Getty Images)

O controle do jogo foi absoluto. A vitória magrinha, por 1 x 0, engana em relação à superioridade técnica do Real Madrid sobre o Grêmio na final do Mundial de Clubes. Não por acaso, o croata Luka Modric acabou recebendo a bola de ouro do torneio. O camisa 10 do gigante espanhol dominou o meio-campo, ocupando espaço e trabalhando bem a bola. Com a organização, não deu sossego a Luan, o principal nome do campeão da Libertadores, que errou uma infinidade de passes, evitando qualquer chance de reação – que não houve, pois o time gaúcho não finalizou uma vez sequer na barra de Navas.

O Real cumpriu a agenda em Abu Dhabi. Não foi brilhante e o seu gol saiu numa falha da barreira gremista, com Barrios e Luan abrindo na falta cobrada por Cristiano Ronaldo, decisivo como sempre. Bastou. Sob a organização da Fifa, esta foi a terceira “Copa do Mundo de Clubes” do time da capital. Lembrando que em 27 de outubro a Fifa reconheceu a Copa Intercontinental como Mundial. Ou seja, ao longo da história, finalmente respeitada, o time merengue somou a sexta conquista, recorde. Com já detinha a marca, o hexa ampliou a vantagem sobre o Milan, o segundo na lista de maiores vencedores.

Como se não bastasse, o Real chegou a 24 títulos internacionais: 6 Mundiais, 12 Ligas dos Campeões, 2 Copas da Uefa e 4 Supercopas Europeias. É o clube com mais títulos internacionais oficiais, com quatro taças à frente do rival catalão. Quanto ao Grêmio, o Mundial de 1983 mantém o orgulho…

Os títulos merengues:*
1960 – Real Madrid x Peñarol (0 x 0 e 5 x 1)
1998 – Real Madrid x Vasco (2 x 1)
2002 – Real Madrid x Olimpia (2 x 0)
2014 – Real Madrid x San Lorenzo (2 x 0)
2016 – Real Madrid x Kashima Antlers (4 x 2)
2017 – Real Madrid x Grêmio (1 x 0)

Os multicampeões mundiais:*
6 – Real Madrid (60, 98, 02, 14, 16, 17)
4 – Milan (69, 89, 90, 07)
3 – Peñarol (61, 66, 82) , Nacional (71, 80, 88), Boca Juniors (77, 00, 03), São Paulo (92, 93, 05), Internazionale (64, 65, 10), Bayern de Munique (76, 01, 13) e Barcelona (09, 11, 15)
2 – Santos (62, 63), Independiente (73, 84), Ajax (72, 95), Juventus (85, 96), Porto (87, 04), Manchester United (99, 08) e Corinthians (00, 12)

* Copa Intercontinental (1960-2004) e Mundial da Fifa (2000-2017)

Final do Mundial de Clubes de 2017: Real Madrid 1 x 0 Grêmio. Foto: Fifa/twitter (@FIFAcom)

As estreias de Sport, Salgueiro, Santa Cruz e Náutico na Copa do Brasil de 2018

O sorteio da Copa do Brasil de 2018. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Um sorteio na sede da CBF, no Rio de Janeiro, definiu todos os caminhos da Copa do Brasil de 2018 até a terceira fase, com 80 clubes disputando dez vagas. Entre os participantes nesta largada, quatro pernambucanos, com Sport (1º), Salgueiro (2º) e Santa Cruz (3º) classificados via campeonato estadual e Náutico via ranking nacional. Todos os representantes locais estreiam fora de casa. Com a manutenção do modelo com jogos únicos nas duas primeiras fases, os quatro têm a vantagem do empate na primeira – na segunda, o mando foi definido por sorteio, com a previsão de pênaltis como desempate e a expectativa de termos um inédito Clássico das Emoções.

Lembrando que a CBF fez uma mudança drástica para os duelos em ida e volta, programados a partir da terceira fase: não há mais gol qualificado para o visitante. Em caso de igualdade em pontos e saldo, pênaltis. Chegando à quarta fase haverá um novo sorteio para os confrontos, com os cinco últimos classificados compondo as oitavas de final, a quinta fase, enfim com os oito participantes da Libertadores e com outros três pré-classificados, Bahia (Nordestão) e Luverdense (Copa Verde) e América-MG (Série B).

Confira o chaveamento completo em uma resolução melhor aqui.

Possíveis adversários:

Sport (campeão pernambucano)
1ª fase – Santos-AP (fora)
2ª fase – Ferroviário-CE ou Confiança-SE (casa)
3ª fase – Itabaiana-SE, Joinville-SC, São Raimundo-RR ou Vila Nova-GO

Salgueiro (vice-campeão)
1ª fase – Novoperário-MS (fora)
2ª fase – Fluminense ou Caldense-MG (fora)
3ª fase – Ceilândia-DF, Avaí-SC, Interporto-TO ou Juventude-RS

Santa Cruz (3º lugar)
1ª fase – Fluminense-BA (fora)
2ª fase – Náutico-PE ou Cordino-MA (casa)
3ª fase – Aparecidense-GO Botafogo-RJ, Aimoré-RS ou Cuiabá-MT

Náutico (via Ranking da CBF)
1ª fase – Cordino-MA (fora)
2ª fase – Santa Cruz-PE ou Fluminense-BA (fora)
3ª fase – Aparecidense-GO, Botafogo-RJ, Aimoré-RS ou Cuiabá-MT

Distância aérea na estreia:
2.164 km – Novoperário (Campo Grande) x Salgueiro (Salgueiro)
2.009 km – Santos (Macapá) x Sport (Recife)
1.180 km – Cordino (Barra do Corda) x Náutico (Recife)
648 km – Fluminense (Feira de Santana) x Santa Cruz (Recife)

Em 2017, apenas o Sport conseguiu avançar. Na verdade, passou por quatro adversários, caindo nas oitavas. O Santa também parou nas oitavas, mas estreou já neste fase – o blog contabilizou a campanha como um caso à parte. Voltando à primeira rodada, alvirrubros e sertanejos foram derrotados como visitantes, ambos por 1 x 0, se despedindo com a cota mínima.

Desempenho na 1ª rodada da Copa do Brasil (1989-2017):

Sport
23 participações
20 classificações (87%; última em 2017 – CSA/AL)
3 eliminações (13%; última em 2016 – Aparecidense/GO)

Salgueiro
4 participações
2 classificações (50%; última em 2015 – Piauí/PI)
2 eliminações (50%; última em 2017 – Sinop/MT)

Santa Cruz
23 participações
16 classificações (69%; última em 2016 – Rio Branco/ES)
6 eliminações (26%; última em 2012 – Penarol/AM)
1 pré-classificação às oitavas (em 2017)

Náutico
22 participações
17 classificações (77%; última em 2015 – Brasília/DF)
5 eliminações (23%; última em 2017 – Guarani de Juazeiro/CE) 

Total*
75 participações
57 classificações (76%)
17 eliminações (22%)
1 pré-classificação às oitavas (em 2016)
* Incluindo as participações de Central (2) e Porto (1)

O chaveamento da Copa do Brasil de 2018. Crédito: CBF/site oficial

Fifa suspende o presidente da CBF, que logo recebe apoio da FPF. Sem surpresa

Sedes da Fifa (Zurique, Suíça), CBF (Rio de Janeiro) e FPF (Recife)

Há tempos o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, evita viagens para o exterior, com a Seleção Brasileira atuando sem o seu representante máximo presente. Um vexame internacional ao qual o dirigente se submete para não sofrer sanções enérgicas do FBI, que em 2015 deflagrou uma investigação internacional sobre corrupção na cúpula da Fifa, num esquema de lavagem de dinheiro que funcionava há pelo menos 24 anos – não por acaso, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, segue preso em Nova York. Demorou, mas a Fifa resolveu punir o atual mandatário da confederação.

Começou com a abertura de um processo administrativo na Fifa, com o resultado saindo agora. São 90 dias de suspensão de todas as atividades no futebol. O cartola está obrigado a deixar a presidência da CBF. E o ato logo repercutiu no cenário local, ainda que de maneira constrangedora. Pouco depois do comunicado divulgado no site da fifa, direto de Zurique, a Federação Pernambucana de Futebol emitiu uma nota oficial de apoio ao dirigente. A seguir, trechos entre aspas e observações do blog.

1) “A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) recebeu com muita surpresa a notícia da suspensão do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, por 90 dias. Período esse em que o mandatário ficará impedido de realizar qualquer atividade ligada ao futebol”

Surpresa? Mesmo após dois anos da operação do FBI e do indiciamento do dirigente por corrupção sob benefício de US$ 6,5 milhões em propina?

2) “O presidente da FPF, Evandro Carvalho, manifesta solidariedade a (…) Del Nero e informa que nenhum movimento contrário ao presidente da CBF deve ser realizado, já que essa decisão é injustificável e trata-se de uma manobra política da Fifa com o intuito de interferir no processo eleitoral da CBF” 

Como sempre, federações estaduais operam em conchavo, à parte da razão. Se a manobra da Fifa é política, o que dizer desta?

3) “‘Pernambuco mantém um alinhamento e sua integral participação junto ao presidente Marco Polo Del Nero’, disse Evandro Carvalho”

Alinhamento e integral participação, sem surpresa. Afinal, as federações conseguem ser superavitárias mesmo com campeonatos deficitários e filiados capengando, tendo sempre o apoio da CBF para a manutenção dos calendários locais. Foi assim com a FPF, que, segundo o último balanço, teve a sua maior receita, mesmo com o Estadual tendo o pior público em 13 anos.

As projeções não oficiais para uniformes da Under Armour no Sport, já a caminho

Mockups de uniformes da Under Armour no Sport. Crédito: Marcela Santiago/twitter (@timossim)

Em 2018, no Brasileirão, o Sport terá uma nova fornecedora de material esportivo. Possivelmente, com o maior patrocínio da história do clube. De acordo com o globoesporte.com, o leão fechou um contrato de quatro temporadas com a Under Armour, recebendo R$ 12 milhões em cada ano. Ou seja, R$ 48 milhões! Cifra sem precedentes no futebol nordestino.

À parte do caixa do clube, a marca norte-americana, ainda buscando o seu espaço no país, inclusive inaugurando lojas, chega com a responsabilidade de substituir a Adidas, que produziu 15 modelos em quatro temporadas, tendo forte aceitação na torcida. No período, o Sport subiu de patamar nas vendas, figurando no top ten entre os times brasileiros por diversas vezes, segundo listas divulgadas por empresas como Centauro e Netshoes. Esta última apresentou em setembro um ranking de camisas de futebol de e-commerce, com o leão figurando em 5º lugar, atrás de Corinthians, Palmeiras, Flamengo e São Paulo – justamente os quatro clubes mais populares do país.

Mockup de uniforme da Under Armour no Sport. Crédito: Publick Comunicação Visual/reprodução

O acordo deve ser oficializado pelo clube em janeiro, com o contrato passando a valer a partir de junho de 2018. Como de praxe, torcedores e designers, não ligados à UA, criaram vários mockups, termo usado para modelos de demonstração. Utilizando traços das linhas recentes da fabricante às cores e características do Sport, as projeções dão uma ideia do que vem por aí.

No alto, os uniformes imaginados pela rubro-negra Marcela Santiago
No centro, um padrão feito pela agência Publick – Comunicação Visual
Abaixo, os uniformes imaginados pelo rubro-negro Eduardo Silva

Até o momento, sete modelos na web. Curtiu algum?

Fabricantes de uniformes do Sport no século XXI
2001/2007 – Topper
2008/2013 – Lotto (Itália)
2014/2017 – Adidas (Alemanha)
2018/2021 – Under Armour (EUA)

Mockups de uniformes da Under Armour no Sport. Crédito: Eduardo Silva/twitter (@eduardo__sds)

14 representantes do Brasil nas copas da Conmebol em 2018. Na história, 40 clubes

Troféus da Libertadores e da Copa Sul-Americana

A decisão da Copa Sul-Americana de 2017, com o título do Independiente sobre o Flamengo, em pleno Maracanã, definiu a armada brasileira para os torneios continentais de 2018. Ao todo, 14 clubes do país obtiveram vagas nas disputas da Conmebol, sendo oito na Taça Libertadores e seis na Sula, através da classificação final do Brasileirão. Caso o Fla tivesse erguido a taça, o Sport teria herdado a vaga na Sula. No entanto, desta vez o Nordeste será representado pelo Bahia, de volta após um hiato de três temporadas.

Representantes do país em 2018
Libertadores: Corinthians, Palmeiras, Santos, Grêmio, Cruzeiro e Flamengo na fase de grupos; Vasco e Chapecoense na 2ª preliminar

Sul-Americana: Atlético-MG, Botafogo, Atlético-PR, Bahia, São Paulo e Flu

A confederação sul-americana de futebol já organizou diversos torneios interclubes, com descontinuações ao longo dos anos, como Supercopa, Copa Conmebol e Mercosul. Portanto, considerando os dois torneios em vigor, o 40 clubes do Brasil já tiveram o gostinho de participar, incluindo o Trio de Ferro do Recife. Nesta conta, com Liberta (1960 a 2018) e Sula (2003 a 2018), foram 28 times na principal competição e 35 na segunda. Ou seja, 23 clubes já jogaram nas duas frentes – quadro abaixo, com participações e títulos.

Voltando a 2018, vale lembrar que os participantes da Libertadores também poderão disputar a Sul-Americana no mesmo ano – os dois melhores entre os eliminados na Pré-Liberta e os oito terceiros colocados na fase de grupos.

Ranking de participações na Libertadores (1960-2018) e na Sul-America (2002-2018). Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Os calendários de Náutico, Santa Cruz e Sport em 2018, variando de 31 a 66 jogos

Calendário

O calendário de jogos oficiais no Recife será mais enxuto na temporada 2018. Reflexo da desistência do Sport na Copa do Nordeste e do rebaixamento de Náutico e Santa à Série C, limitando bastante o número de partidas. Mesmo que o leão alcance a decisão no Estadual e na Copa do Brasil, por exemplo, a sua agenda teria 14 jogos a menos em relação a 2017 (66 x 80). Pela primeira vez desde 2013, quando o regional foi retomado pela CBF, o clube está fora tanto do Nordestão (desistência) quanto da Sul-Americana (não obteve a vaga). Nesta temporada, somando as cotas e bilheterias dos dois torneios, o rubro-negro arrecadou R$ 9,24 milhões em vinte jogos. O desfalque será grande no caixa. Já alvirrubros e tricolores saíram de uma tabela de 38 jogos, pela segundona, para uma competição reduzida e flutuante, largando com vinte apresentações a menos. O ano efetivo dos dois pode acabar já em setembro. Só será estendido caso cheguem longe na copa nacional.

Em 2018, o calendário oficial, descontando amistosos, prevê 338 dias de ação, de 9 de janeiro (estreia alvirrubra na fase preliminar da Lampions League) a 12 de dezembro, no finalíssima da Sula. Abaixo, os cronogramas possíveis dos sete pernambucanos inscritos em competições nacionais.

Sport (de 49 a 66 partidas em 2018, em 3 torneios)
Estadual (17/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série A (15/04 a 09/12) – 38 jogos (fase única)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 80 jogos (32v, 20e, 28d)

Santa Cruz (de 35 a 64 partidas em 2018, em 4 torneios)
Copa do Nordeste (16/01 a 10/07) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases)
Estadual (18/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 64 jogos (21v, 20e, 23d)

Náutico (de 31 a 66 partidas em 2018, em 4 torneios)
Copa do Nordeste (09/01 a 10/07) – de 2 a 14 jogos (até 5 fases)
Estadual (19/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 59 jogos (16v, 14e, 29d)

Salgueiro (de 35 a 64 partidas em 2018, em 4 torneios)
Estadual (21/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Copa do Nordeste (16/01 a 10/07) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 39 jogos (20v, 7e, 12d)

Central, Belo Jardim e Flamengo (16 a 30 jogos em 2018, em 2 torneios)
Estadual (17/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série D (22/04 a 05/08) – de 6 a 16 jogos (até 6 fases)
Total em 2017:
Central – 22 jogos (6v, 4e, 12d)
Belo Jardim – 16 jogos (5v, 2e, 9d)
Flamengo – 16 jogos (7v, 5e, 4d)

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