Classificação da Série B 2017 – 32ª rodada

A classificação da 32ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesporte2

Empates em 0 x 0 e agonia ampliada. A rodada para os pernambucanos começou com o insosso empate sem gols do alvirrubro, lá em Caxias do Sul. Um resultado que manteve bem distante o sonho de permanência na segundona. Com o ABC vencendo três das últimas quatro partidas, agora ambos têm a mesma pontuação, com a lanterna sendo algo mais próximo do Náutico do que a 16ª posição – hoje a dez pontos de distância. No sábado, os tricolores empataram mais um jogo em casa, desta vez num confronto direto contra a queda. O Santa segue em 18º lugar, mas a diferença para o primeiro time fora do Z4 da Série B do Brasileiro aumentou de cinco para seis pontos.

Na briga pela liderança, o Ceará venceu o Internacional em Porto Alegre e ficou a três pontos de distância. O alvinegro cearense ainda não confirmou o acesso, mas vem em ótima fase e tem seis pontos de vantagem sobre o 5º lugar. Na prática, é, hoje, o time nordestino mais próximo da Série A de 2018.

Resultados da 32ª rodada
Juventude 0 x 0 Náutico
Paraná 1 x 0 Vila Nova
Figueirense 3 x 1 CRB
Oeste 1 x 0 Brasil de Pelotas
Paysandu 1 x 0 Criciúma
Boa Esporte 2 x 2 América-MG
Internacional 0 x 1 Ceará
ABC 3 x 0 Londrina
Santa Cruz 0 x 0 Luverdense
Goiás 1 x 1 Guarani 

Balanço da 32ª rodada
5V dos mandantes (12 GP), 4E e 1V dos visitantes (5 GP)

Agenda da 33ª rodada (horários do Recife)
31/10 (18h30) – Goiás x Criciúma (Serra Dourada), SporTV*
31/10 (20h30) – Paraná x Oeste (Durival Britto)
03/11 (18h15) – Internacional x CRB (Beira-Rio), SporTV*
03/11 (18h15) – Juventude x Ceará (Alfredo Jaconi)
03/11 (20h30) – ABC x Luverdense (Frasqueirão), SporTV*
03/11 (20h30) – Paysandu x Vila Nova (Mangueirão), SporTV*
04/11 (15h30) – Figueirense x Brasil (Orlando Scarpelli), SporTV*
04/11 (16h30) – Guarani x América-MG (Brinco de Ouro)
04/11 (16h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda), Globo*
04/11 (16h30) – Boa Esporte x Londrina (Dilzon Melo)
* Considerando as transmissões para o Recife, fora o Premiere (PPV)

Santa Cruz empata com o Luverdense no Arruda e chega a 8 rodadas de jejum

Série B 2017, 32ª rodada: Santa Cruz 0 x 0 Luverdense. Foto: Peu Ricardo/DP

Após a convocação durante a semana, 10.520 tricolores marcaram presença no Arruda, no primeiro dos dois jogos seguidos em casa, em um momento chave para a campanha coral. Vencendo Luverdense e Náutico, o Santa alimentaria uma chance real de permanência. Mas, a esta altura da competição, falta futebol. No frustrante empate em 0 x 0, o ataque coral foi praticamente nulo. No primeiro tempo, o trio formado por Bruno Paulo, Grafite e Ricardo Bueno (mais uma vez caindo pela direita) foi incapaz de organizar uma jogada efetiva, com a bola queimando próxima à grande área adversária. E olhe que o time do Mato Grosso veio querendo jogo, finalizando bastante de fora da área – parecia orientação técnica -, com destaque para o meia Marcos Aurélio, ex-Sport. Ou seja, jogo aberto, mas bem fraco.

Na etapa complementar, como havia ocorrido em Pelotas, há uma semana, Martelotte trocou o ataque, primeiramente com André Luís no lugar de Grafite (outra vez travado) e, já na reta final, Bruno Paulo por Pitbull. O tricolor ainda acertaria duas bolas na trave, uma numa falta cobrada por Anderson Salles e outra pelo remanescente do trio original, Bruno, já nos descontos. Porém, ficou nisso, com o time somando oito rodadas sem vitória. Pesa.

Série B 2017, 32ª rodada: Santa Cruz 0 x 0 Luverdense. Foto: Filipe Assis/DP

Ampliando o recorte, a cobra tem 1 vitória nas últimas 17 rodadas. Vem num ritmo de pontuação de lanterna, incompatível com a meta de permanência na Série B. Está a seis pontos do 16º, o primeiro fora do Z4, mas, na prática, precisa tirar sete pontos, pois teria menos vitórias que os concorrentes acima em caso de igualdade. Daqui a uma semana, o último Clássico das Emoções de 2017. Definitivo para um dos dois rivais. Ou até mesmo para ambos…

O jejum de vitórias do tricolor na Série B (8 jogos; 5E e 3D)
22/09 (25ª) – Santa Cruz 1 x 1 Londrina (Estádio do Café, PR)
26/09 (26ª) – Santa Cruz 0 x 0 Ceará (Arruda)
30/09 (27ª) – Santa Cruz 0 x 2 Internacional (Beira-Rio, RS)
07/10 (28ª) – Santa Cruz 0 x 1 América-MG (Arruda)
14/10 (29ª) – Santa Cruz 1 x 2 Figueirense (Orlando Scarpelli, SC)
17/10 (30ª) – Santa Cruz 2 x 2 Oeste (Arruda)
21/10 (31ª) – Santa Cruz 1 x 1 Brasil de Pelotas (Bento Freitas, RS)
28/10 (32ª) – Santa Cruz 0 x 0 Luverdense (Arruda)

Série B 2017, 32ª rodada: Santa Cruz 0 x 0 Luverdense. Foto: Peu Ricardo/DP

Mundial de Clubes reconhecido pela Fifa a partir da Intercontinental. E sempre foi

Os troféus dos campeões mundiais de clubes: Intercontinental, Copa Toyota e Mundial da Fifa (2000 e 2005-2016)

A Copa Intercontinental foi criada num acordo entre a Confederação Sul-Americana, atual Conmebol, e a Uefa, em 1960. O objetivo era medir forças entre os clubes dos continentes mais desenvolvidos do futebol na época. Na Europa, havia a Copa dos Campeões, atual “Liga”, já com quatro edições. Portanto, surgiu aqui a Taça Libertadores. O regulamento era bem simples, com o duelo entre os campeões em jogos de ida e volta. Pelo título mundial.

E o vencedor sempre foi tratado como campeão mundial interclubes, inclusive no velho mundo, onde há uma meia verdade sobre o desdém. Foi assim até 1979, com duas edições canceladas por falta de acordo entre as datas (1975 e 1978). Em 1980, solucionando o impasse, as entidades firmaram um acordo com a federação japonesa, com o patrocínio da montadora Toyota, com a disputa de jogo único, em dezembro. Dali até 2004, o campeão recebeu duas taças, a Copa Intercontinental e a Copa Toyota, ambas valorizadas.

Em 2000, como se sabe, a Fifa organizou pela primeira vez o “Mundial de Clubes”, ignorando o passado. E olhe que, por diversas vezes, a própria entidade avalizou a disputa anterior como mundial – no youtube é possível conferir as placas da Fifa nos jogos disputados no estádio em Tóquio. Desde 2005, com a descontinuação da Copa Intercontinental, o Mundial de Clubes passou a ocupar o calendário, já com os demais continentes, cuja presença é, sim, justa. Porém, não apagou quatro décadas de glórias…

Tanto que a própria Fifa, enfim, reconheceu a antiga disputa como Mundial, com o mesmo peso do seu torneio. Embora apenas por barganha política, legitimou o que Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo sempre foram.

Obs. O blog já considerava a Copa Intercontinental.

Os campeões chancelados pela Fifa (Intercontinental + Mundial de Clubes)

5 – Real Madrid (1960, 1998, 2002, 2014 e 2016) 

4 – Milan (1969, 1989/1990 e 2007) 

3 – Peñarol (1961, 1966 e 1982) , Nacional (1971, 1980 e 1988), Boca Juniors (1977, 2000 e 2003), São Paulo (1992/1993 e 2005), Internazionale (1964/1965 e 2010), Bayern de Munique (1976, 2001 e 2013) e Barcelona (2009, 2011 e 2015) 

2 – Santos (1962/1963), Independiente (1973 e 1984), Ajax (1972 e 1995), Juventus (1985 e 1996), Porto (1987 e 2004), Manchester United (1999 e 2008) e Corinthians (2000 e 2012) 

1 – Racing (1967), Estudiantes (1968), Feyenoord (1970), Atlético de Madrid (1974), Olimpia (1979), Flamengo (1981), Grêmio (1983), River Plate (1986), Estrela Vermelha (1991), Vélez Sarsfield (1994), Borussia Dortmund (1997) e Internacional (2006)

Luxemburgo deixa o Sport com 40% de aproveitamento em 150 dias de trabalho

Sul-Americana 2017, quartas de final: Sport 0 x 2 Junior Barranquilla. Foto: Roberto Ramos/DP

Da apresentação na véspera da estreia contra o Botafogo, num empate que eliminou o Sport da Copa do Brasil, à derrota para o Junior Barranquilla, também na Ilha, praticamente despachando o leão da Sul-Americana, foram 150 dias. A passagem efetiva de Vanderlei Luxemburgo no comando rubro-negro. Consagrado como o técnico com mais títulos brasileiros, cinco, Luxa buscava no Recife a retomada da carreira, após seguidos trabalhos ruins no Sul-Sudeste, onde viu o seu tradicional mercado fechar. No Sport, seguiu a cartilha do encaixe com resultados imediatos (chegou ao G6 do Brasileirão), com mudanças paulatinas a partir de indicações (a insistência em Wesley), a ausência de alternativas táticas na equipe (cada vez mais cruzamentos), o atrito com o grupo e, por fim, a derrocada do rendimento no futebol.

Ao todo foram 34 jogos, com um aproveitamento mediano de 40%, incluindo um título pernambucano, com apenas uma partida, aquela polêmica em Salgueiro. Pesou contra o treinador o acúmulo de tropeços, com apenas 1 vitória nas últimas 13 rodadas da Série A, numa campanha inviável. Ele até deixou o comando com o clube fora do Z4, mas bastante pressionado.

Assume Daniel Paulista, de novo. Em 2016 e 2017, a oito rodada do fim.

Além do ‘loop’ sobre o interino, também fica claro que o momento da saída de Luxa foi mais uma decisão errada da direção. A demissão já cabia há semanas, desde o 5 x 0 sofrido em Porto Alegre, quando o ambiente interno implodiu após a coletiva do treinador – em vez disso, foi anunciada a sua ‘renovação contratual’. Saiu apenas quando ficou irreversível, no caso da Sula. Já havia sido assim com Falcão (semi do Nordestão 2016) e Ney Franco (final do Nordestão 2017). Ou seja, o trabalho é questionável já na gestão…

Luxemburgo no Sport (de 30/05 a 26/10)
34 jogos
11 vitórias
8 empates
15 derrotas
39 gols marcados
42 gols sofridos
40,1% de aproveitamento
1 título pernambucano

Podcast – A análise da derrota do Sport para o Junior Barranquilla, na Ilha

Sul-Americana 2017, quartas de final: Sport 0 x 2 Junior Barranquilla. Foto: Conmebol/site oficial

O Sport foi derrotado no jogo de ida das quartas da Sula, num resultado bem difícil de ser revertido fora de casa. Sobretudo pela diferença na preparação das equipes, com o time colombiano mostrando técnica e organização. Em uma gravação exclusiva, o 45 minutos comentou o jogo na Ilha do Retiro (o que faltou no trabalho de Luxemburgo?), se estendendo às análises individuais (Mena, André ou Samuel Xavier, quem foi o pior em campo?). Estou neste debate com os jornalistas Fred Figueiroa e Lucas Fitipaldi. Ouça!

26/10 – Sport 0 x 2 Junior Barranquilla (52 min)

Sport é dominado pelo Junior e amarga derrota em casa pelas quartas da Sula

Sul-Americana 2017, quartas de final: Sport 0 x 2 Junior Barranquilla. Foto: Conmebol/site oficial

O cartel do Junior Barranquilla era excelente. Na liga colombiana, aparece em 3º lugar. Na copa nacional, é finalista, tendo empatado o jogo de ida, fora de casa. No ataque, conta com dois jogadores convocados para a última partida do país nas Eliminatórias. Para completar, havia perdido apenas um dos últimos seis jogos. Sem dúvida, um nível de confiança bem acima do Sport. Mas não só nisso. Havia bastante organização, o grande diferencial da técnica equipe vista no Recife. Confrontando tudo isso uma atmosfera pulsante. A torcida rubro-negra fez a sua parte, proporcionando o maior público do clube em cinco participações na Sul-Americana. Com o apoio de 21 mil torcedores, cabia ao Sport tentar desarticular o bem armado adversário. Não deu.

Do começo ao fim, o Junior foi superior, propondo o jogo. Se na Série A até as equipes mais qualificadas costumam atuam de forma reativa, o que se viu aqui foi um time com boas triangulações, num ritmo rápido, forçando bastante a defesa leonina, falha há tempos. O placar em branco na primeira etapa foi até aceitável, uma vez que o meio-campo estava perdido – Rodrigo, escalado no lugar do machucado Rithely, só fazia cercar, marcando mal. Nas laterais, Samuel Xavier e Mena deram o espaço necessário ao adversário, com o chileno fazendo a sua pior partida no clube, com erros técnicos primários.

Sul-Americana 2017, quartas de final: Sport 0 x 2 Junior Barranquilla. Foto: Aníbal Monteiro/cortesia

Na etapa complementar, descontando a bola no travessão de Lenis, no único acerto de uma insistente jogada (lançamento da defesa e casquinha de Diego Souza para os atacantes), a frieza do visitante deu resultado. Mantendo a velocidade, seguiu perigoso. A partir das esperadas falhas de cobertura do leão, sobretudo em cruzamentos rasteiros, saíram os gols de González, 0 x 2. Graças a Magrão, não virou goleada. De toda forma, o resultado praticamente apaga o sonho internacional do Sport em 2017. Certeza mesmo, após o apito final, foi a saída de Vanderlei Luxemburgo após a fraca apresentação…

Os maiores públicos do Sport como mandante na Copa Sul-Americana
21.343 – Sport 0 x 2 Junior (COL), em 26/10/2017 (Ilha, quartas)
17.575 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR), em 23/10/2013 (Arena PE, oitavas)
16.125 – Sport 2 x 0 Náutico (BRA), em 20/08/2013 (Ilha, 16 avos)
13.582 – Sport 3 x 0 Danubio (URU), em 06/04/2017 (Ilha, 32 avos)
8.201 – Sport 4 x 1 Bahia (BRA), em 27/08/2015 (Ilha, 16 avos)
7.726 – Sport 1 x 1 Huracán (ARG), em 23/09/2015 (Ilha, oitavas)
7.694 – Sport 2 x 0 Arsenal (ARG), em 06/07/2017 (Ilha, 16 avos)
6.570 – Sport 0 x 1 Santa Cruz (BRA), em 31/08/2016 (Arena PE, 16 avos)
6.254 – Sport 3 x 1 Ponte Preta (BRA), em 13/09/2017 (Ilha, oitavas)
6.025 – Sport 0 x 1 Vitória (BRA), em 28/08/2014 (Ilha, 16 avos)

10 jogos; 5V, 1E e 4D (53%); 16 GP e 9 GC; Público médio de 11.109

Sul-Americana 2017, quartas de final: Sport 0 x 2 Junior Barranquilla. Foto: Conmebol/site oficial

De Rau a Caça-Rato, a confiança do Santa Cruz para deixar a Série C no passado

Gols de cabeça de Rau (1998) e Caça-Rato (2013), salvando o Santa

Em 1998, diante de 55 mil pessoas, o Santa Cruz venceu o Volta Redonda com um gol do zagueiro Rau aos 46 do segundo tempo, 3 x 2. Nos descontos, empurrado pela torcida, o tricolor escapou do rebaixamento à Série C.

Em 2013, tentando encerrar um calvário de seis anos no porão do futebol nacional, o Santa venceu o Betim por 2 x 1, com o gol decisivo marcado pelo atacante Flávio Caça-Rato. Cabeçada que fez o Arruda explodir. Eram 60 mil vozes. Fica claro que no aperreio o tricolor sempre jogou nos braços do povo.

Com 15 jogos disputados como mandante na Série B de 2017, a cobra coral tem uma média de apenas 7.790 torcedores, com renda de R$ 63 mil. Daí, a convocação do clube para outro momento difícil, tentando evitar um novo descenso à terceira divisão. Restam quatro jogos no Recife, dois seguidos, agora. E o rendimento positivo em casa é vital. É a hora do “tudo ou nada”…

28/10 – Santa Cruz x Luverdense
04/11 – Santa Cruz x Náutico
14/11 – Santa Cruz x Paraná
25/11 – Santa Cruz x Juventude

Assista ao vídeo de convocação lançado pela TV Coral.

Náutico x Itabaiana, o duelo de R$ 500 mil em plena pré-temporada nacional de 2018

A fase preliminar da Copa do Nordeste de 2018. Crédito: CBF/reprodução

Depois de protelar bastante, finalmente a CBF confirmou as datas da fase preliminar entre Náutico e Itabaiana, pela Copa do Nordeste de 2018. O alvirrubro, que herdou a vaga após a desistência do Sport, terá que entrar em campo durante a pré-temporada nacional. Literalmente.

Eis o início da temporada oficial segundo CBF
04/12/2017 a 02/01/2018 – Férias (30 dias)
03/01/2017 a 16/01/2018 – Pré-temporada (14 dias)
17/01/2018 – Copa do Nordeste e Campeonato Pernambucano

Para Náutico e Itabaiana, naturalmente, essa agenda foi desconsiderada.

Se o time sergipano já está parado há um tempão, desde 25 de junho, quando acabou eliminado na primeira fase da Série D, o clube de Rosa e Silva tem calendário até 25 de novembro. Ou seja, mais cinco meses de desgaste. Agora, na prática, terá apenas 5 dias de preparação pós-férias. Até o jogo de ida em Itabaiana, em 9 de janeiro. Três dias depois, a volta no Recife.

Ainda que as férias alvirrubras sejam antecipadas, o período de treinamento para a disputa regional tende a ser ínfima. E aí está a bronca: o jogo vale demais para o próximo planejamento. Quem passar participará do grupo C da Lampions, que terá também Bahia, Botafogo-PB e Altos-PI. Com três jogos como mandante, mais chance de fazer caixa num provável ano escasso.

E há, sobretudo, a cota de participação. Pela preliminar, cada clube recebe R$ 250 mil. Quem ficar com a vaga na fase de grupos recebe mais R$ 500 mil.

Com 4 presidentes em 2016/2017, Náutico termina com o vice do Conselho à frente

Os presidentes do Náutico no biênio 2016/2017: Marcos Freitas, Ivan Brondi, Gustavo Ventura e Ivan Pinto da Rocha. Fotos: DP e Náutico/divulgação

Ao todo, o biênio 2016/2017 do Náutico terá quatro presidentes executivos. Um período marcado por uma soma inacreditável de erros, com investimentos ruins, seguidas mudanças na direção de futebol e resultados catastróficos no futebol. Certamente, é um dos momentos políticos mais turbulentos da história timbu. Começando pela eleição, com uma corrente política ganhando o executivo (Marcos Freitas presidente, Ivan Brondi vice) e outra levando o conselho deliberativo (Gustavo Ventura presidente, Ivan Pinto da Rocha vice). Faz parte da democracia e das regras alvirrubras. Contudo, com a extrema paixão (e vaidade) envolvida, o resultado passou longe de dar certo.

Começou com Marcos Freitas, que venceu a eleição mais acirrada do futebol pernambucano, com 10 votos de diferença num universo de 1.544 válidos. Perto de completar um ano, renunciou ao mandato, quando já estava afastado por problemas de saúda. Entrou Ivan Brondi, hexacampeão como jogador e um dos responsáveis pelo início da estruturação do centro de treinamento. Após quase conseguir o acesso à Série A, Brondi acabou criticado pelo trabalho no Estadual, quando permitiu uma folha impagável de R$ 1 milhão. Após um lamentável episódio de tentativa de agressão, abdicou da função.

Então, chegou a vez dos conselheiros. Começou com Ventura, remanescente do MTA, do biênio 2014/2015. Após menos de dois meses, com o time quase rebaixado à terceira divisão, pediu licença devido a compromissos de trabalho. E aí o clube caiu no colo do advogado Ivan Pinto da Rocha, que há dois anos dificilmente imaginaria essa situação. Mas a fila andou. Em tese, só voltará a andar em 4 de janeiro de 2018, na posse de Edno Melo, o mesmo candidato derrotado por apenas dez votos em 15 de dezembro de 2015…

Presidentes do Náutico no biênio 2016/2017
04/01/2016 a 15/12/2016 – Marcos Freitas (347 dias)
16/12/2016 a 29/08/2017 – Ivan Brondi (257 dias)
30/08/2017 a 25/10/2017 – Gustavo Ventura (57 dias)
26/10/2017 a 03/01/2018 – Ivan Pinto da Rocha (70 dias)

Renúncias dos presidentes alvirrubros em 20 anos
04/1997 – Márcio Borba, desgaste político
12/2000 – Fred Oliveira, desgaste político
01/2003 – Sérgio Aquino, acordo político*
12/2016 – Marcos Freitas, por problemas de saúde
08/2017 – Ivan Brondi, após sofrer ameaças
* Para o biênio 2002/2003, ficou acertado que Sérgio Aquino presidiria o primeiro ano e Eduardo Araújo o segundo

Gustavo Ventura, presidente do Náutico em 2017, e Edno Melo, presidente eleito para 2018. Foto: Léo Lemos/Náutico (@nauticope)

Podcast – A análise do empate do Náutico em Caxias do Sul. Sem futebol de reação

Série B 2017, 32ª rodada: Juventude 0 x 0 Náutico. Foto: Juventude/site oficial

O empate do Náutico no Alfredo Jaconi não adiantou muito na luta contra o rebaixamento, num momento em que apenas vitórias seguidas poderiam mudar o panorama. Em uma gravação exclusiva, o 45 minutos comentou o jogo nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais (Ávila foi o pior? Ou Dico?) e à situação na tabela da Série B. Estou neste debate com os jornalistas João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça!

24/10 – Juventude 0 x 0 Náutico (23 min)