Com pênalti mandrake, Santa Cruz cede empate ao Brasil e soma 7 jogos de jejum

Série B 2017, 31ª rodada: Brasil de Pelotas 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil

O técnico Marcelo Martelotte tentou algum diferente em Pelotas, em termos de criação na equipe. Após inúmeros testes, optou por Jeremias, oriundo da base, em sua estreia pelo Santa Cruz. Estaria protegido por três volantes, com Wellington Cézar no primeiro combate e Derley e João Ananias com mais liberdade. À frente, Grafite e Ricardo Bueno. Buscava o ataque sem se expor, jogando no erro do adversário, numa tática que quase deu certo.

Até os 29 minutos do segundo tempo, o tricolor estava em vantagem no campo gaúcho, justamente após um gol marcado num contragolpe, ainda na primeira etapa, com personagens distintos: Bueno cruzando e Ananias finalizando. Foi quando o árbitro Marcos Mateus Pereira, do Mato Grosso do Sul, enxergou pênalti de Yuri, num empurrão. Na visão do blog, os dois jogadores usaram o braço, num disputa por espaço normal. E desta vez não teve aquele ‘lei’ de que pênalti mal marcado não entra. Marlon bateu bem e empatou para o Brasil, 1 x 1. Embora o mandante estivesse melhor naquele momento, desperdiçando chances claras, o tento saiu numa marcação errada.

Série B 2017, 31ª rodada: Brasil de Pelotas 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil

Mesmo assim, já com Pitbull e André Luís acionados na reta final, numa nova (e mais rápida) dupla de ataque, o Santa bem que tentou o desempate, pecando pelo preciosismo diante de uma defesa estática. Fora as cobranças de falta de Anderson Salles, desta vez descalibrado, por cima da barra.

Com o resultado, o time se mantém firme na zona de rebaixamento, chegando a sete rodadas sem vitória. Justamente na reta decisiva da segundona. No geral, considerando a passagem do atual treinador, o aproveitamento é de 29% em nove jogos, com 1V, 5E e 3D. A sete jogos do fim, o tricolor não pode mais esperar. Até porque tem apenas 1 vitória nos últimos 16 jogos…

O jejum de vitórias do tricolor na Série B (7 jogos; 4E e 3D)
22/09 (25ª) – Santa Cruz 1 x 1 Londrina (Estádio do Café, PR)
26/09 (26ª) – Santa Cruz 0 x 0 Ceará (Arruda)
30/09 (27ª) – Santa Cruz 0 x 2 Internacional (Beira-Rio, RS)
07/10 (28ª) – Santa Cruz 0 x 1 América-MG (Arruda)
14/10 (29ª) – Santa Cruz 1 x 2 Figueirense (Orlando Scarpelli, SC)
17/10 (30ª) – Santa Cruz 2 x 2 Oeste (Arruda)
21/10 (31ª) – Santa Cruz 1 x 1 Brasil de Pelotas (Bento Freitas, RS)

Série B 2017, 31ª rodada: Brasil-RS 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Flávio Neves/estadão conteúdo

Náutico é derrotado pelo ABC em Caruaru e permanência na B fica quase impossível

Série B 2017, 31ª rodada: Náutico 1 x 2 ABC. Foto: Léo Lemos/Náutico

Numa caminhada árdua, há meses, o Náutico vem lutando contra uma história completamente desfavorável na era dos pontos corridos na Série B. A oito rodadas do fim, estava a oito pontos de distância do 16º lugar. Em qualquer conta minimamente aceitável, vencer os quatro jogos restantes como mandante seria o ponto de partida. Começando pelo ABC, o lanterninha.

Encerrando o giro em Caruaru, programado em quatro apresentações, o timbu sofreu um duro revés, 1 x 2. A vitória potiguar e os resultados da própria sexta-feira deixaram o time pernambucano com um pé na terceira divisão, onde esteve uma vez, em 1999. Num Lacerdão vazio, cujo horário seria ruim até com o jogo na capital, o time voltou com mais peças em relação ao jogo de Maceió, onde atuou esfacelado. Na zaga, Breno Calixto. No ataque, William. Porém, a aplicação tática deu lugar a uma equipe extremamente afobada, com jogadores querendo decidir sozinho, como Rafinha, insistindo sempre na mesma jogada, afunilando, ficando na marcação. Como exceção, Bruno Mota, que procurou recuar ao meio-campo para tentar trabalhar a bola.

Série B 2017, 31ª rodada: Náutico 1 x 2 ABC. Foto: ABC/instagram (@abcfc)

Tomar um gol aos 22 minutos dificultou qualquer reestruturação. No lance, o zagueiro Tonhão concluiu um cruzamento de Vítor Junior, aquele mesmo, eleito o craque do Estadual em 2007, numa rápida passagem pelo Sport. Sem conseguir mudar o panorama, o Náutico acabou vaiado no intervalo, embora a relação time/torcida tenha acalmado no segundo minuto da retomada, numa penalidade convertida por William. Dali, foram dez minutos intensos, com Bruno acertando o travessão e com o goleiro Edson aparecendo muito bem. Sem a virada, o jogo esfriou, com Roberto Fernandes adotando a postura (correta) de buscar a vitória. Àquela altura, o empate em casa não adiantaria.

Com este risco obrigatório, era preciso atenção máxima, mas Mirando acabou falhando, resultando num contragolpe aos 38 minutos, com Lucas Coelho pegando de prima, fatal. Na revolta da torcida, houve até invasão, com dois ‘torcedores’ passando da conta. Detidos, claro. Quanto ao Náutico, projetando o número mágico de 45 pontos, será preciso vencer 6 dos últimos 7 jogos…

Timbu como mandante com Roberto Fernandes (5V, 0E e 2D, com 71%)
04/08 (19ª) – Náutico 1 x 0 Luverdense (Arena PE)
15/08 (21ª) – Náutico 2 x 0 Figueirense (Arena PE)
06/09 (23ª) – Náutico 1 x 0 Brasil (Arena PE)
23/09 (25ª) – Náutico 0 x 1 Internacional (Lacerdão)
30/09 (27ª) – Náutico 2 x 0 Boa Esporte (Lacerdão)
14/10 (29ª) – Náutico 2 x 0 Guarani (Lacerdão)
20/10 (31ª) – Náutico 1 x 2 ABC (Lacerdão)

Série B 2017, 31ª rodada: Náutico 1 x 2 ABC. Foto: Léo Lemos/Náutico

A pedido da CBF, clubes do país analisam rivais da Seleção na Copa. Sport na lista

Os países selecionados pela CBF para que os analistas dos clubes brasileiros. Crédito: CBF

A preparação da Seleção para a Copa do Mundo de 2018, visando o estudo sobre os países adversários, contará com a participação de 19 clubes brasileiros, incluindo os nordestinos Sport, Bahia e Vitória. A partir da ideia do coordenador Edu Gaspar, aprovada pelo técnico Tite, os analistas de desempenho dos clubes da Série A de 2017 – exceção feita ao Flamengo, que não pôde participar – ficarão responsáveis pela análise de 27 países. Das 32 seleções classificadas ao torneio da Rússia, só ficam fora dessa lista os sul-americanos e o próprio Brasil, com dados detalhados pelo Centro de Pesquisa e Análise (CPA) da Confederação Brasileira de Futebol.

A escolha foi feita mediante sorteio, na CBF. No caso do rubro-negro pernambucano, a bolinha trouxe a Sérvia, centro da antiga Iugoslávia, que, mesmo sendo dissolvida durante décadas, esteve em nove Mundiais. Como Sérvia, duas participações: 2010 e 2018. Na eliminatória europeia, os sérvios lideraram o grupo D, obtendo a vaga direta numa chave com Irlanda, Gales e Áustria. Em Salvador, o departamento de análise do Bahia vai se debruçar sobre o Irã! Já o Vitória espera a definição na África, com três possibilidades: Senegal, Burkina Faso e Cabo Verde. Em vários outros casos os clubes ainda dependem das repescagens para definir o país a ser analisado.

Número de países analisados por cada clube
5 – Centro de Análise da CBF
2 – Atlético-PR, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, São Paulo e Vasco
1 – Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Bahia, Chapecoense, Coritiba, Fluminense, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória

Diego Souza é reconvocado à Seleção Brasileira, mantendo a disputa à Copa

Diego Souza na Seleção Brasileira em 2017. Fotos: dsoficial.com (reprodução)

O meia Diego Souza voltou a ser lembrado por Tite na Seleção Brasileira em 2017. Artilheiro do Brasileirão da temporada anterior, o jogador havia sido chamado para as cinco primeiras partidas do escrete nacional, atuando quatro vezes. No entanto, após uma queda técnica, simultânea ao imbróglio sobre a quase saída para o Palmeiras, DS87 acabou ficando fora das listas seguintes, para quatro partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Com o fim da fase classificatória ao Mundial, com o Brasil classificado como líder, o treinador terá quatro amistosos preparatórios. Começa já agora, num giro na Europa, em Lille, na França, diante do Japão, e em Londres, na Inglaterra, contra os donos da casa. Entre os 25 nomes chamados, o do principal jogador do Sport, que ganha mais duas chances, recolocado-se na disputa de forma até surpreendente neste momento – embora tenha voltado a jogar bem. Vale lembrar que, para a Canarinha, Diego Souza vem sendo chamado como “atacante”, numa briga ferranha com Firmino, que, apesar de se destacar no Liverpool, ainda não brilhou com a camisa verde e amarela.

E essa pode ser a última oportunidade para “testes” na visão de Tite, que quer utilizar os dois amistosos de 2018 (Rússia em 22/03 e Alemanha em 27/03) já com o grupo fechado. Ou seja, com a lista final de 23 nomes…

Obs. Em relação à Série A, o jogador poderá desfalcar o leão contra Botafogo (08/11), Atlético-GO (12/11) e Palmeiras (16/11). Aí, depende da logística.

Diego Souza no Sport em 2017
46 jogos
17 gols
8 assistências

Diego Souza na Seleção em 2017
4 jogos
2 gols

Participação de Diego Souza na Seleção Brasileira em 2017
25/01 – Brasil 1 x 0 Colômbia (titular, 64 minutos)
23/03 – Uruguai 1 x 4 Brasil (reserva, 5 minutos)
28/03 – Brasil 3 x 0 Paraguai (reserva, 6 minutos)
09/06 – Brasil 0 x 1 Argentina (reserva, não entrou)
13/06 – Austrália 0 x 4 Brasil (titular, 94 minutos e 2 gols)

31/08 – Brasil 2 x 0 Equador (não foi convocado)
05/09 – Colômbia 1 x 1 Brasil (não foi convocado)
05/10 – Bolívia 0 x 0 Brasil (não foi convocado)
10/10 – Brasil 3 x 0 Chile (não foi convocado)

10/11 – Brasil x Japão (a disputar)
14/11 – Inglaterra x Brasil (a disputar)

Efeitos infringentes para tentar dividir 87

Charge publicada no Diario de Pernambuco em 20/10/2017. Arte: Samuca/DP

A batalha jurídica sobre o título brasileiro de 1987 tem quase 30 anos. Foi iniciada, na justiça comum, em 10 de fevereiro de 1988. De lá para cá, o Sport obteve sete vitórias nos tribunais sobre o Flamengo, sendo três no caso original (1994, 1997 e 1999) e quatro no novo caso (2011, 2014, 2016 e 2017).

Na fase atual, o rubro-negro carioca nem briga pelo título exclusivo, mas pelo direito de também ser considerado campeão. Com a decisão do STF, o clube entrou com “embargos de declaração com efeitos infringentes”, um recurso técnico para tentar protelar o caso. E aí, divide ou não a taça das bolinhas?

Nos traços de Samuca, a charge no Diario de Pernambuco em 20/10

Podcast – Análise de mais um empate do Sport na Ilha, desta vez contra o Santos

Série A 2017, 29ª rodada: Sport 1 x 1 Santos. Foto: Willliams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport empatou o terceiro jogo seguido como mandante, todos com o mesmo placar. Desta vez, ficou em desvantagem com três minutos, melhorando no segundo tempo, sobretudo após a saída de Wesley – na coletiva, Luxemburgo admitiu que a vaia excessiva ao meia foi um dos motivos, embora não tenha concordado com a crítica. Numa gravação exclusiva, o 45 minutos comentou o jogo nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais (DS jogou bem? E a falha de Magrão?), além da situação na classificação. Estou neste debate com os jornalistas Lucas Fitipaldi e Rafael Brasileiro. Ouça!

19/10 – Sport 1 x 1 Santos (62 min)

Classificação da Série A 2017 – 29ª rodada

A classificação da 29ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

O leão pernambucano empatou na Ilha, diante do peixe, e ampliou a escassez de vitórias no Brasileirão. Nas últimas doze rodadas, venceu em apenas uma! Num outro prisma sobre a campanha, porém, o Sport estancou a série de derrotas, só uma nas últimas cinco apresentações. Sinais para desacreditar e para voltar a acreditar, num cenário que deixa o Sport no limbo da competição após 29 rodadas. Nem cairia e nem conseguiria vaga internacional. Em relação à rodada passada, o clube se manteve em 14º lugar, mas ao menos ampliou a distância sobre a zona de rebaixamento, de dois para três pontos.

Já na briga pelo título brasileiro, embora o Corinthians siga mantendo a confortável distância de nove pontos sobre o vice-líder, neste momento são três times nesta condição (59 x 50). Grêmio, Palmeiras e Santos. Qual deles tem mais chance de tentar mudar o provável desfecho do campeonato?

Resultados da 29ª rodada
Coritiba 1 x 0 Cruzeiro
Atlético-GO 0 x 1 Vasco
Atlético-MG 2 x 3 Chapecoense
Corinthians 0 x 0 Grêmio
Fluminense 3 x 1 São Paulo
Avaí 1 x 1 Botafogo
Vitória 2 x 3 Atlético-PR
Palmeiras 2 x 0 Ponte Preta
Sport 1 x 1 Santos
Flamengo 4 x 1 Bahia 

Balanço da 29ª rodada
4V dos mandantes (16 GP), 3E e 3V dos visitantes (11 GP)

Agenda da 30ª rodada (horários do Recife)
21/10 (16h00) – Vasco x Coritiba (Maracanã)
22/10 (16h00) – Cruzeiro x Atlético-MG (Mineirão)
22/10 (16h00) – Atlético-PR x Sport (Arena da Baixada)
22/10 (16h00) – Bahia x Vitória (Fonte Nova)
22/10 (16h00) – Santos x Atlético-GO (Vila Belmiro)
22/10 (16h00) – São Paulo x Flamengo (Pacaembu), Globo*
22/10 (16h00) – Grêmio x Palmeias (Arena do Grêmio)
22/10 (18h00) – Chapecoense x Fluminense (Arena Condá), SporTV*
22/10 (18h00) – Ponte Preta x Avaí (Moisés Lucarelli)
23/10 (19h00) – Botafogo x Corinthians (Nilton Santos), SporTV*
* Considerando as transmissões para o Recife, fora o Premiere (PPV)  

Histórico de Atlético-PR x Sport em Curitiba, pelo Brasileiro (13 jogos)
1 vitória leonina (2014), 5 empates e 7 derrotas

Sport empata com Santos e soma 7 jogos sem vitória como mandante no Brasileiro

Série A 2017, 29ª rodada: Sport 1 x 1 Santos. Foto: Willliams Aguiar/Sport Club do Recife

Ao empatar com o Santos, em 1 x 1, o Sport alimentou uma estatística incômoda neste Campeonato Brasileiro. Já são sete partidas seguidas sem vencer como mandante, justamente num cenário historicamente favorável ao leão. Nesta sequência atual de participações, iniciada em 2014, o time venceu ao menos dez jogos em casa, Ilha ou Arena. Em 2017, soma apenas cinco resultados positivos, restando quatro jogos. Ou seja, ainda que vença tudo a partir de agora, terminará com o pior desempenho no recorte.

Tentar, o time vem tentando. Embora tenha repetido o placar contra Vasco, Atlético-MG e Santos, foram três jogos em que, na maior parte do tempo, o Sport foi melhor. Contra o peixe, diria até que foi bem incisivo. Tanto que passou da conta, pois tomar dois contragolpes no mano a mano em apenas três minutos é inacreditável. Foram duas finalizações de Ricardo Oliveira, com Magrão salvando na primeira e falhando na segunda. Já seria um compromisso difícil, imagine “largando dos boxes”. E o Sport buscou a bola aérea como solução. Nada menos que 65 cruzamentos. Dado elevadíssimo e pouco eficiente, com apenas 12 acertos (18%), segundo o Footstats.

Série A 2017, 29ª rodada: Sport 1 x 1 Santos. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Organização mesmo, só teve alguma após o intervalo, com a entrada de Juninho no lugar de Wesley (mal outra vez) e Samuel Xavier no de Prata. De cara, Luxa recuou Diego Souza para o meio, onde sempre rende mais – e foi o seu terceiro jogo seguido mostrando bom futebol -, e também puxou Patrick para o setor, embora tivesse continuado com liberdade para atacar.

Esse Sport, mesmo com a posse de bola equilibrada, jogou bastante no campo ofensivo, com o scout de finalizações, entre certas e erradas, apontando 26 x 8. Além da ótima performance de Vanderlei, foram vários desperdícios, alguns com Juninho. Ele foi bem na função de quebrar a linha de defesa adversária, mas concluiu mal, como ocorrera no domingo. Como se tratava de um adversário qualificado, a imposição leonina, recompensada com um gol de Rogério aos 38/2T, quase ruiu nos contragolpes cedidos, com direito a uma chance incrível de Kayke. Ficou o pontinho, grão em grão…

O jejum de vitórias do rubro-negro como mandante na Série A
23/07 (16ª) – Sport 0 x 2 Palmeiras (Arena Pernambuco)
02/08 (18ª) – Sport 2 x 2 Fluminense (Ilha do Retiro)
13/08 (20ª) – Sport 0 x 0 Ponte Preta (Ilha do Retiro)
10/09 (23ª) – Sport 0 x 1 Avaí (Ilha do Retiro)
25/09 (25ª) – Sport 1 x 1 Vasco (Ilha do Retiro)
15/10 (28ª) – Sport 1 x 1 Atlético-MG (Ilha do Retiro)
19/10 (29ª) – Sport 1 x 1 Santos (Ilha do Retiro)

7 jogos; 5 empates e 2 derrotas, 5 GP e 8 GC; -3 SG

Série A 2017, 29ª rodada: Sport 1 x 1 Santos. Foto: Willliams Aguiar/Sport Club do Recife

Inauguração do Arruda acabou um carma antigo do Recife: o recorde de público

Amistoso de inauguração do Arruda, em 04/06/1972: Santa Cruz 0 x 0 Flamengo. Foto: Arquivo/DP

A construção do Arruda, transformando o alçapão num mundão de concreto, mudou o patamar do futebol pernambucano, então asfixiado pela capacidade de público reduzida, na Ilha e nos Aflitos, em relação a praças de porte semelhante, como a Bahia, já com a Fonte Nova. Pesquisando no acervo do Diario de Pernambuco é fácil encontrar queixas da crônica esportiva sobre o duradouro recorde até 1972. Até a inauguração do José do Rego Maciel, ainda com apenas um anel, a maior assistência local havia sido num Clássico das Multidões em 1955, com 34.546 torcedores. Borderô sempre lembrado.

Veio então a abertura oficial do Arruda, com o amistoso entre Santa Cruz e Flamengo. Foram nada menos que 57.688 pagantes e 4.497 não pagantes. Ou seja, mais de 62 mil torcedores assistiram ao empate sem gols, com a marca anterior finalmente descansando. E olhe que esse público deve ter sido bem maior, pois os portões foram arrombados, conforme a reportagem da época, que ouviu o superintendente da FPF, Napoleão Gonçalves.

Amistoso de inauguração do Arruda, em 04/06/1972: Santa Cruz 0 x 0 Flamengo. Foto: Arquivo/DP

“O pessoal da federação não pôde conter a invasão e houve um problema relacionado com o policiamento. Pedimos 180 homens, que chegariam ao estádio às 11h horas. Foram 100, e chegaram às 12h20. O esquema só começou a funcionar integralmente por volta das 14 horas. Cedo, houve um início de invasão, que foi controlada, mas depois ninguém pôde segurar o público.”

Para completar, o texto trazia: “informa Napoleão Gonçalves que calculadamente dez mil pessoas entraram sem pagar no setor de gerais”.

Abaixo, a nota oficial da direção tricolor acerca da capacidade, publicada no dia seguinte. Afinal, ficou a dúvida no ar. Qual seria a lotação máxima do novo estádio? Existem duas respostas, num contexto compreensível para a época: entre 66 mil e 81 mil, variando de acordo com a “taxa de conforto”. Essa taxa mudou tanto em mais de quatro décadas que o estádio, já com o segundo anel, hoje comporta até 55 mil, embora liberado para 50.582.

Amistoso de inauguração do Arruda, em 04/06/1972: Santa Cruz 0 x 0 Flamengo. Foto: Arquivo/DP

Se o recorde de público de 1955 incomodou durante 17 anos, a marca atual, de 1993, não deve virar uma preocupação. Até porque jamais será batida…

A evolução do recorde de público do Arruda*
62.185 – Santa Cruz 0 x 0 Flamengo (04/06/1972, amistoso)
62.711 – Santa Cruz 2 x 0 Náutico (01/08/1976, Estadual)
76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983, Estadual)
76.800 – Brasil 2 x 0 Paraguai (09/07/1989, Copa América)
96.990 – Brasil 6 x 0 Bolívia (29/08/1993, Eliminatórias)
* A partir da inauguração

A evolução da capacidade máxima do Arruda
1972 – 66.040, após conclusão do anel inferior
1982 – 110.000 (+43.960), após a construção do anel superior
1993 – 85.000 (-25.000*)
2001 – 75.000 (-10.000*)
2005 – 65.000 (-10.000*)
2012 – 60.044 (-4.956*)
2015 – 55.582 (-4.462*)
* Redução por medida de segurança

Nota oficial do Santa Cruz sobre a capacidade, publicada no Diario de Pernambuco em 07/06/1972

A premiação do Brasileirão de 2017 vai do campeão ao 16º colocado. Basta não cair

A premiação oficial do Campeonato Brasileiro de 2017. Crédito: CBF/site oficial

A premiação oficial do Campeonato Brasileiro registrou um aumento de apenas 6% entre 2016 e 2017. Passou de R$ 60,0 milhões para R$ 63,7 milhões (quadro acima). Causa surpresa porque a Copa do Brasil, a outra competição de peso organizada pela CBF, passará a pagar, apenas ao campeão, R$ 68,7 milhões, embora já embutido o direito de transmissão, pago à parte no nacional. Portanto, fica a expectativa pela possível reformulação financeira da Série A na próxima temporada – ou em 2019, quando será iniciado o novo acordo com a tevê. Acompanhará essa linha?

Em 2017, como vem acontecendo há alguns anos, todos os times que permanecem na elite são premiados. Repassada pela CBF e bancada pela Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão da competição (de forma exclusiva até 2018), a premiação contempla a classificação final do 1º lugar até o 16º, o primeiro time acima da zona de rebaixamento. Ou seja, uma campanha mediana que evite a queda já garante um aporte de R$ 744 mil em dezembro, com a evolução gradativa colocação por colocação.

A evolução da premiação total da Série A
2010/2011: 0% 
2011/2012: +7,1%
2012/2013: 0%
2013/2014: 0%
2014/2015: +19,3%
2015/2016: +67,5%
2016/2017: +6,3%

Os seis primeiros lugares (consequentemente, os classificados à próxima Taça Libertadores, considerando a composição “G6″) recebem 77,9% de toda a premiação (ou R$ 49,6 mi). O grande campeão nacional de 2016 receberá R$ 1 milhão a mais que o Palmeiras, o vencedor da última competição.

Os clubes nordestinos que receberam premiações
2010 – Ceará/12º (R$ 1 milhão)
2011 – Bahia/14º (R$ 1 milhão)
2012 – Náutico/12º (R$ 500 mil) e Bahia/15º (R$ 200 mil)
2013 – Vitória/5º (R$ 1,4 milhão) e Bahia/12º (R$ 500 mil)
2014 – Sport/11º (R$ 600 mil)
2015 – Sport/6º (R$ 1,4 milhão)
2016 – Sport/14º (R$ 900 mil) e Vitória/16º (R$ 700 mil)

Confira todas as premiações do Brasileirão de 2010 a 2016 clicando aqui.