Em pleno estádio Cornélio de Barros, no Sertão. ABC 3 x 0.
Mesmo com uma das maiores folhas de pagamento de sua história, de cerca de R$ 130 mil, o Salgueiro faz péssima campanha no Brasileiro da Série C.
São dois empates e duas derrotas pelo grupo B.
O único representante pernambucano na Terceirona é o lanterna em uma chave composta com cinco clubes.
E o último lugar, após oito rodadas, será rebaixado para a 4ª divisão de 2011.
O Carcará ainda tem quatro voos nesta Série C. Está na hora do bote, porque se o cenário não mudar, vai faltar ração para o pássaro na próxima temporada.
E aí o prejuízo será muito maior na gaiola da Série D…
Mas não seriam 4…? Seriam. Caso fosse a Copa do Mundo. Antes da África do Sul, a bola vai rolar mesmo é na Copa do Nordeste.
O pontapé inicial será nesta terça, e já com um clássico estadual. O choque potiguar entre ABC e América, no estádio Frasqueirão, em Natal, abre a 9ª edição do Nordestão.
Desde a esvaziada edição de 2003 que a Liga do Nordeste vinha tentando retomá-lo. Conseguiu após um acordo com CBF, que se livrou de uma multa de R$ 25 milhões por ter tirado o competição do calendário.
O regional já volta com transmissão da TV Esporte Interativo. O período, porém, está longe de ser o ideal. Por mais que os dirigentes digam o contrário, a verdade é que o regional vai “competir” com a Copa do Mundo em interesse do público. Ainda mais com as principais forças da região utilizando times mistos! Serão 15 torcidas na reedição.
De Pernambuco, Timbu e Cobra Coral querem um título inédito. O Náutico com um expressinho e o Santa Cruz com a sua força máxima, numa prévia da Série D. Ao Sport, o papel de desertor. Medida desagregadora? Talvez. Mas pelo menos a posição do clube foi claríssima: a prioridade é a Série B. Que seja, então…
Boa sorte aos clubes pernambucanos, mas, sobretudo, boa sorte ao Nordestão!
Enquete: Até qual fase Pernambuco chegará no Nordestão de 2010?
Abaixo, números de 2001 (capa da revista Placar) e 2002, as mais bem sucedidas, e com o mesmo formato deste ano. Saiba mais sobre as edições anteriores AQUI.
Média de público
2001 – 8 mil (Série A: 11.401)
2002 – 11 mil (Série A: 12.866)
Faturamento
2001 – R$ 11 milhões
2002 – R$ 15 milhões
Cota de TV (média) por clube
2001 – R$ 600 mil
2002 – R$ 750 mil
Após as quatro primeiras rodadas da Série B, o blog ensaia o primeiro post matemático da competição. Uma Segundona de opostos, com o Náutico no alto, em 2º lugar (10 pontos), e com o Sport afundado, na 18ª colocação (1 ponto). Quais são as primeiras projeções para essas campanhas?
Para tentar obter essa resposta, fiz um levantamento com os quatro primeiros jogos de todos os 16 clubes que conseguiram o acesso à elite nacional e também os 16 que foram rebaixados à Terceirona desde 2006, quando foi implantado o sistema de pontos corridos com 20 clubes na Série B, subindo 4 e caindo 4 a cada edição.
Timbu: a campanha alvirrubra, com 83,3% de aproveitamento, é a 4ª melhor na era dos pontos corridos. Só ficou abaixo de times que conseguiram 100%. Na parte inferior da tabela, o time já somou 4 pontos a mais do que os “melhores” rebaixados.
Leão: campanha pífia em todos os sentidos. Com apenas 1 ponto (8,3%), o Rubro-negro tem um retrospecto pior do que 11 equipes que também caíram. Só ficou acima dos 5 times que foram derrotados 4 vezes. Mais: nunca um clube que somou apenas 1 ponto nas 4 primeiras rodadas conseguiu subir.
Clubes que conseguiram o acesso à Série A (2006/2009)
12 pontos – Sport (2006), Corinthians (2008) e Guarani (2009)
9 pontos – Vitória (2007) e Vasco (2009)
8 pontos – Atlético-MG (2006) e Barueri (2008)
7 pontos – Náutico (2006) e Atlético-GO (2009)
6 pontos – Ipatinga (2007), Coritiba (2007) e Avaí (2008)
4 pontos – Santo André (2008)
3 pontos – América/RN (2006) e Portuguesa (2007)
2 pontos – Ceará (2009)
Clubes que foram rebaixados à Série C (2006/2009)
6 pontos – Paysandu (2006), Guarani (06), Santa Cruz (07) e Criciúma (08)
4 pontos – Paulista (2007), CRB (2008) e Juventude (2009)
3 pontos – São Raimundo (2006), Remo (2007), Marília (2008) e ABC (2009)
0 ponto – Vila Nova (2006), Ituano (2007), Gama (2008), Fortaleza (2009) e Campinense (2009)
No começo parecia boato, mas os amistosos internacionais na região estão mesmo saindo do papel… Pelo menos em algumas capitais. Boas atrações no calendário.
Campeão europeu em 1988 e com 21 títulos holandeses, o tradicional PSV fez dois amistosos em maio. Nos dias 7 e 9, o time de de Eindhoven, onde já brilharam Romário e Ronaldo, empatou em 1 x 1 com Ceará e Vitória (foto), respectivamente (veja AQUI).
Jogos no Castelão, em Fortaleza, e no Barradão, em Salvador. A cota do PSV teria sido de cerca de R$ 230 mil.
Agora, nos próximos dias 27 e 29, quem vem ao Nordeste é o Boca Juniors. Com um time misto, é verdade. Mas, ainda assim, um time forte. E com uma camisa que pesa demais, que encanta! Certamente, vai mexer com as torcidas por lá.
O primeiro confronto será no Frasqueirão, contra o ABC. Depois, novamente no Castelão, mas contra o Fortaleza (veja AQUI). E olhe que o ABC de Natal ainda jogará antes, no dia 23, contra o Opgericht Agow, da Holanda. Clubes estrangeiros sobrevoando o Recife… Mas sem pousar no Aeroporto Internacional dos Guararapes.
Fica uma pergunta simples:
Por que os dirigentes pernambucanos também não tentam marcar amistosos internacionais?
Parabéns a Ceará, Fortaleza, ABC e Vitória, que ousaram. Saíram da mesmice. Enquanto isso, Sport, Náutico e Santa Cruz seguem no marasmo…
A última vez que isso aconteceu no Recife foi em 1997, com a Copa Renner. O torneio, vencido pelo Bahia, contou a presença de Nacional, do Uruguai, e do Cerro Porteño, do Paraguai. Saiba mais sobre aquela competição amistosa AQUI.
A ideia proposta pela Liga dos Clubes de Futebol do Nordeste é excelente. Mas emperra em algo lógico em 2010: a falta de datas.
Caso seja confirmado o acordo com a CBF (que ficaria livre de pagar uma indenização de R$ 15,2 milhões), o regional voltaria ainda nesta temporada (leia a matéria do DP AQUI).
Seriam utilizadas as 10 datas da Copa Sul-Americana (entre 11 de agosto e 8 de dezembro) e outras 9 a partir de maio, entrando até no período da Copa do Mundo.
Sou 100% a favor do Nordestão (fiz até um post em dezembro), mas atropelar um calendário só para emplacar a competição não parece a melhor saída. Se o acordo judicial sair (garantindo 3 edições), a LCFN poderia esperar até 2011. Sem Copa do Mundo, com tempo para captar patrocinadores, acordos vantajosos com a TV…
Tudo bem que a empresa TopSports já está no páreo para encontrar esses investidores. É provável que encontre, mas a toque de caixa.
Além disso, o Vitória está inscrito na Copa Sul-Americana, pois acabou em 13º lugar na última Série A do Brasileiro. 😯
Uma sugestão: Por que não realizar um torneio enxuto neste ano? Ou nos moldes de 1997, com mata-mata durante toda a competição (8 datas), ou como em 2000, com 4 grupos de 4 times e mata-mata a partir das quartas de final (12 datas).
Abaixo, alguns números das edições de 2001 (capa da revista Placar) e 2002, as mais bem sucedidas, e com o formato proposto pela liga para uma reedição. Veja mais sobre todas as edições do Nordestão, entre 1994 e 2003, AQUI.
Média de público
2001 – 8 mil (Série A: 11.401)
2002 – 11 mil (Série A: 12.866)
Faturamento
2001 – R$ 11 milhões
2002 – R$ 15 milhões
Cota de TV (média) por clube
2001 – R$ 600 mil
2002 – R$ 750 mil
Nos últimos tempos, as campanhas contra torcidas mistas no Nordeste vêm ganhando força. Trata-se de uma tentativa de inverter o fluxo de torcidas para clubes do eixo Sul-Sudeste, especialmente os 5 integrantes da primeira casta do Clube dos 13: Flamengo, Corinthians, São Paulo, Vasco e Palmeiras.
Alguns clubes nordestinos já vêm se mexendo contra isso. Um deles foi o CRB, de Maceió, que lançou a campanha “Meu único time”, já que na capital alagoana é comum torcer por um clube local (CRB ou CSA) e outro “nacional”. No passado (hoje distante), até mesmo o Recife já foi assim.
A campanha é válida, mas sem apelação, como a faixa que virou moda nos jogos do Flamengo na região, quando o time da casa leva uma bandeira com a mensagem “vergonha do Nordeste”, apontando para a torcida do time carioca.
Abaixo, um vídeo idealizado na campanha do CRB, com a sugestão até de camisas dos maiores clubes com o slogan “Nordestino de coração torce pelo time da sua região”. O vídeo teve mais de 1.000 visualizações em apenas 1 dia no YouTube.
Desde já, a minha opinião: cada um torce pelo time que quiser… Não é menos ou mais nordestino por isso. Porém, sou a favor de “torcida única”. Torcer por 2 times é ir contra a lógica do futebol. Até porque os times podem se enfrentar um dia… 😎
Ps. Para alcançar esse objetivo, seria bom formar bons times, jogar a Série A com mais frequência e disputar um título importante de vez em quando. Sem nada disso, fica difícil competir. Viver apenas da rivalidade não é suficiente. Fato.
Curiosidade: 3 times extintos aparecem no vídeo sobre Pernambuco (Flamengo, Torre e Tramways), todos eles campeões estaduais. O Central não foi lembrado!
Está lá no wikipedia: O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 metros de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.
Outra opção sobre tal palavra é a referência direta a um tradicional bairro de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Trata-se de um dos principais polos comerciais da cidade, localizado na zona leste, e onde fica, inclusive, um shopping center.
O bairro é também a sede do simpático Alecrim Futebol Clube, o 3º maior campeão potiguar, com 7 títulos. Bem longe dos dois grandes da cidade, o América, com 32 troféus, e o ABC, com 50… 😯
A torcida do Alviverde praticamente sumiu do mapa. Sobraram simpatizantes. As taças ficaram enferrujadas. A última delas foi erguida em 1986, no bicampeonato potiguar. Desde então, ostracismo. Foram 16 anos longe até mesmo das competições nacionais.
E assim teria sido também em 2009… A equipe ficou na modestíssima 8ª colocação no Estadual, longe das 2 vagas do Rio Grande do Norte para a Série D, mesmo considerando que ABC e América já estavam garantidos na Série B. No entanto, a deficitária Série D não interessou a 5 times em posições acima do Alecrim. Sem ‘nada’ pra fazer no segundo semestre, os dirigentes do Alecrim toparam.
E em pouco mais de dois meses, o Alecrim atingiu um status invejável na 4ª divisão.
O Alecrim é o Nordeste na Série D! 😀
O clube é um dos 8 finalistas da competição. O mata-mata das quartas de final vai valer uma vaga na Série C do ano que vem. O time vai enfrentar o Uberaba/MG. Primeiro em Minas (20/09), depois em casa (27/09).
Sobre o time, duas curiosidades relacionadas ao futebol pernambucano:
1) Garrincha (ele mesmo, bicampeão mundial com a Seleção em 58/62) já jogou no Alecrim uma vez, em 4 de fevereiro de 1968, contra o Sport. Vitória leonina por 1 x 0, diante de 6 mil pessoas em Natal, que foram ver o camisa 7 de pernas tortas, com 35 anos na época.
2) O craque do time nesta Série D é Maurício Pantera, revelado pelo Santa Cruz. O atacante já foi até tema de post no blog (veja AQUI). Porém, o valor da multa rescisória do jogador de 36 anos é de apenas R$ 10 mil. Valor modesto, mas que condiz com o público que acompanha aos jogos no Machadão. O time tem apenas a 27ª média de público (456 pessoas), entre 39 participantes. Pouco.
Fica a torcida pelo Alecrim, a última unidade de batalha do futebol nordestino no porão do futebol brasileiro.
De férias forçadas a uma classificação para a Série C? Surreal.
1996 – Maurício Pantera deixa o Santa Cruz rumo ao Compostela, da Espanha. Valor da transação internacional: R$ 1,3 milhão.
2009 – Maurício Pantera deve deixar o Alecrim e acertar com ABC (ambos de Natal/RN). Valor da transação municipal: R$ 10 mil.
Aos 22 anos, o atacante era a maior revelação do Tricolor depois de Rivaldo (exagero?). Tanto que foi o primeiro jogador do clube negociado por mais de R$ 1 milhão. Maurício, que ganhou o apelido pela ‘garra’ em campo, havia sido o artilheiro da Série B de 1996, com 13 gols. E olhe que o Santa sequer chegou nas finais.
Não se adaptou ao frio europeu e retornou rapidamente ao Brasil. Passou por Grêmio e Sport, ainda na Primeira Divisão (veja AQUI). Depois, caiu em desgraça e virou um andarilho da bola.
Os anos passaram… Aquela força ofensiva mostrada no Santa – onde chegou a marcar um gol de bicicleta na Copa SP de Juniores antes daquela Série B – nunca mais voltou.
Aos 36 anos, Pantera ganha uma nova grande chance. Grande para a pretensão de quem parecia não ter mais ambição. Caso deixe o Alecrim e acerte com o rival ABC, o atacante saltará da Série D para a Série B.
América e ABC disputaram o grande clássico potiguar na noite de sábado, pela Série B. O jogo foi realizado no estádio Machadão, diante de 16.899 torcedores.
O Mecão ganhou do ABC – maior com campeão estadual do Brasil, com 50 taças – por 1 x 0, gol de Sandro Hiroshi, aos 5 minutos do 2º tempo.
A partida marcou o último clássico no Machadão, palco mais tradicional de Natal e inaugurado em 1972 (veja mais AQUI). Em 10 de setembro deste ano, o estádio e o ginásio Machadinho (que fica ao lado) serão demolidos. No local será erguida a Arena das Dunas, projeto aprovado pela Fifa para a Copa do Mundo de 2014. 😎
O novo estádio (ilustração) está orçado em R$ 300 milhões e terá capacidade para 45 mil pessoas, contra 32 mil do Machadão. Um centro comercial também deverá ser erguido ao lado da arena.
No returno da Série B, o jogo será disputado no novo estádio Frasqueirão, que pertence ao velho rival ABC.
Agora, a diretoria do América se mexe para saber onde o time jogará nas 4 próximas temporadas, já que o clube não tem estádio. Existem 4 opções até o momento. Confira abaixo:
1) Reforma do estádio Juvenal Lamartine, que pertence à Federação do RN, e que foi inaugurado há 81 anos. A capacidade é de apenas 5 mil pessoas.
2) Doar parte do terreno do Centro de Treinamento à prefeitura de Parnamirim (vizinha de Natal), que construiria um estádio para o América.
3) Construir um estádio em Macaíba (que também fica na Grande Natal)
4) Jogar no estádio do rival mesmo… 😯
Post com a colaboração da torcedora ‘americana’ Julie Andrade
1) O Central é o clube com o maior estádio particular do interior do Nordeste. O Sete de Setembro também é dono de um estádio de tamanho bem razoável, além do fato de representar uma das maiores cidades do Agreste.
2) O Porto tem um dos centros de treinamento mais modernos da região, que faz inveja até mesmo a Sport, Santa Cruz e Náutico.
3) O Salgueiro é a verdadeira paixão do município sertanejo, que acompanha em peso aos jogos do Carcará. O mesmo acontece em Santa Cruz do Capibaribe, onde é comum ver centenas de torcedores chegando de bicicleta ao estádio Otávio Limeira para assistir aos treinos do Ypiranga.
4) O Vitória (hoje Acadêmica Vitória) armou boas equipes nos anos 90 e chegou a brigar por várias fases do Estadual.
Tudo bem… Mas como é que até hoje (desde 1915) JAMAIS um clube do interior venceu o Pernambucano? 😯 Em todos os outros 8 estados da região pelo menos um time do interior já teve o gostinho de erguer a taça. Essa “resistência” local me parece um bom atraso.
Esse questionamento sobre os títulos do interior foi motivado pela notícia da final do 1° turno do Campeonato Potiguar.
O futebol do Rio Grande do Norte vive um momento bom, com os dois clubes maiores clubes de Natal (ABC e América) na Série B e com a garantia de receita o ano inteiro. Apesar disso, nenhum dos dois está na decisão. A inédita final da primeira etapa potiguar será entre Assu e Santa Cruz.
O Santa Cruz representa a cidade de mesmo nome, que tem apenas 34 mil habitantes e está localizada a 115 quilômetros da capital. Já o Assu (Associação Sportiva Sociedade Unida ) representa… Açu! O município de 52 mil habitantes está a 208 quilômetros de Natal, no Vale do Açu.
A final do 1° turno será em duas partidas. A primeira neste domingo, às 17h, no estádio “Iberezão”, em Santa Cruz, enquanto o segundo jogo será na próxima quarta-feira, às 20h30, no “Edgarzão”, em Açu.
Ao campeão do 1° turno: vagas na final do Estadual, na nova Série D e na Copa do Brasil de 2010. Vale muito! 😀
Nota: Espero que uma final assim aconteça em breve por aqui também… O máximo no estado foram os vice-campeonatos de Porto (1997 e 1998) e Central (2007). Pouco.