A maior Eurocopa da história, a caminho do 15º campeão. Alguma camisa nova?

Campeões da Europa de 1960 a 2012. Crédito: Euro (@UEFAEURO)

A 15ª edição da Eurocopa, em 2016, é a maior da história do torneio, com 24 seleções. Com a França de país-sede pela terceira vez, após 1960 (a primeira, com apenas quatro times na fase final) e 1984, a chamada “Copa do Mundo sem Brasil e Argentina” reúne a nata do futebol no velho continente.

No sorteio dirigido, ficaram no pote 1 França, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Portugal e Bélgica. A Itália, em eterna crise (mas sem nunca deixar de ser favorita), caiu no pote 2, com outras boas equipes ainda mais abaixo, como Suécia, Irlanda e Turquia. Acima, os uniformes de todos os campeões europeus, desde a Союз Советских Социалистических Республик (a abreviação CCCP), o equivalente a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)

Nas últimas duas décadas, apenas um campeão inédito, com a surpreendente conquista da Grécia em 2004, diante dos portugueses, donos da casa e treinados por Felipão. A organização da Euro divulgou os uniformes de todos os campeões. Há espaço para uma camisa nova no pódio desta edição?

Campeões da Euro
1960 – União Soviética (extinta)
1964 – Espanha
1968 – Itália
1972 – Alemanha Ocidental (unificada)
1976 – Tchecoslováquia (extinta)
1980 – Alemanha Ocidental (unificada)
1984 – França
1988 – Holanda
1992 – Dinamarca
1996 – Alemanha
2000 – França
2004 – Grécia
2008 – Espanha
2012 – Espanha

Confira o retrospecto dos 18 países que já alcançaram ao menos a semifinal…

Os países que já ficaram entre os quatro melhores na Eurocopa de 1960 a 2012. Crédito: Wikipedia

Os torneios olímpicos de futebol no Rio

Sorteio dos torneios olímpicos de futebol em 2016. Crédito: twitter.com/Brasil2016

Os torneios olímpicos de futebol em 2016, tanto masculino quanto feminino, foram definidos em sorteio no Maracanã, palco da decisão dos Jogos do Rio de Janeiro, com a Seleção Brasileira buscando o inédito ouro nas duas categorias. Tem cinco pratas ao todo. Entre os homens, na mais que conhecida obsessão da Canarinha, o time Sub 23 ficou num grupo fácil, com Iraque, África do Sul e Dinamarca. Para o evento, que será realizado em seis cidades (apenas Salvador no Nordeste), o time deverá contar com Neymar, liberado pelo Barcelona. O craque será um dos três convocados acima do limite de idade.

O degrau mais alto do pódio vem passando pertinho há algumas Olimpíadas. As cinco medalhas foram conquistadas nas últimas oito edições, com três pratas (1984, 1988 e 2012) e dois bronzes (1996 e 2008). Até hoje, 18 seleções conseguiram o ouro olímpico no futebol, incluindo os rivais Uruguai e Argentina, ambos bicampeões (1924/1928 e 2004/2008). Logo, o Brasil só aparece em 19º lugar no quadro de medalhas (abaixo). O regulamento no Rio é o mesmo das últimas edições, com quatro grupos de quatro times, nos quais os dois melhores avançam. Na sequência, quartas de final, semifinal e final. É a chance.

Grupos do torneio olímpico masculino de futebol de 2016. Crédito: twitter.com/Brasil2016

Tabela da seleção masculina na 1 fase:
04/08 – Brasil x África do Sul (Mané Garrincha, 16h)
07/08 – Brasil x Iraque (Mané Garrincha, 22h)
10/08 – Brasil x Dinamarca (Salvador, 22h) 

Já no torneio feminino, onde a Seleção também bateu na trave, são doze países, divididos em três chaves. Ou seja, além dos dois melhores de cada grupo, os dois melhores terceiros lugares avançam ao mata-mata. Ainda liderado por Marta, o time verde e amarelo tem como missão chegar ao menos na semifinal. Nas cinco edições realizadas desde Atlanta, em 1996, as mulheres brasileiras só caíram nas quartas uma vez, justamente na última edição, em Londres.

Grupos do torneio olímpico feminino de futebol de 2016. Crédito: twitter.com/Brasil2016

Tabela da seleção feminina na 1ª fase:
03/08 – Brasil x China (Engenhão, 16h)
06/08 – Brasil x Suécia (Engenhão, 22h)
09/08 – Brasil x África do Sul (Manaus, 22h)

Palcos selecionados: Maracanã, Engenhão, Mané Garrincha, Arena Corinthians, Mineirão, Fonte Nova e Arena da Amazônia. Sobre ingressos, veja aqui.

Eis o quadro de medalhas dos finalistas do torneio masculino de 1900 a 2012…

Quadro de medalhas no torneio masculino de futebol de 1900 a 2012. Crédito: Wikipedia/reprodução

Eis o quadro de medalhas dos finalistas do torneio feminino de 1996 a 2012…

Quadro de medalhas no torneio feminino de futebol de 1900 a 2012. Crédito: Wikipedia/reprodução

O maior público da Arena Pernambuco e a maior renda (conhecida) do estado

Eliminatórias da Copa 2018, em 25/03/2016: Brasil x Uruguai. Foto: João de Andrade Neto/DP

O jogo entre Brasil e Uruguai registrou o recorde de público da Arena Pernambuco, com 45.010 torcedores, sendo 43.898 pagantes e 1.112 gratuidades. Esse borderô correspondeu a 97,3% da capacidade máxima do estádio. Para isso, contabilizaram todas as entradas, inclusive de pessoas que acabaram nem entrando. A noite ainda reservou outro recorde. A bilheteria foi a maior da história da futebol do estado, arrecadando R$ 4.961.890 (tíquete médio de R$ 113). Para a marca ser reconhecida é preciso desconsiderar os torneios da Fifa em 2013 e 2014, com oito jogos na arena, uma vez que as rendas não foram divulgadas.

É até possível que alguns jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo tenham gerado mais dinheiro, pois a maioria dos ingressos foi comercializada a partir de R$ 180 – a carga com desconto foi bem enxuta. Portanto, levando em conta as arrecadações “abertas”, o clássico sul-americano superou outro jogo válido pelas Eliminatórias da Copa, Brasil 2 x 1 Paraguai, em 10 de junho de 2009. Naquela noite, o Arruda recebeu 55.252 pagantes, proporcionando R$ 4.322.555 (média de R$ 78), destinando 10% para o Santa Cruz.

Bilheteria à parte, esta foi a 9ª vez que um público na Arena passou da casa de 40 mil espectadores, em mais de cem jogos realizados em São Lourenço. Foram oito jogos entre seleções e apenas um entre clubes (Sport x São Paulo). Até hoje, nenhum ocupou 100% dos 46.214 lugares – dado pra lá de incomum, pois algumas partidas tiveram lotação máxima, com a quantidade de assentos reduzida por questões de segurança.

Maiores públicos da Arena Pernambuco
45.010 – Brasil 2 x 2 Uruguai (25/03/2016)

41.994 – Sport 2 x 0 São Paulo (19/07/2015)
41.876 – Alemanha 1 x 0 Estados Unidos (26/06/2014)
41.705 – Espanha 2 x 1 Uruguai (16/06/2013)
41.242 – Costa Rica (5) 1 x 1 (3) Grécia (29/06/2014)
41.212 – México 3 x 1 Croácia (23/06/2014)
40.489 – Itália 4 x 3 Japão (16/06/2013)
40.285 – Costa Rica 1 x 0 Itália (20/06/2014)
40.267 – Costa do Marfim 2 x 1 Japão (14/06/2014)

Calculando as cotas das Série A e B de 2016 a partir do modelo da Bundesliga

Bundesliga, a liga de futebol da Alemanha

Segue o debate sobre a divisão de cotas de televisão no Campeonato Brasileiro, cuja polarização entre Flamengo e Corinthians ganha mais força a partir do novo contrato, de 2016 a 2018. Após a projeção da Série A no estilo da Premier League, mais um cenário baseado em um mercado de sucesso, agora através da Bundesliga. Se no Brasil a divisão de receitas é basicamente por audiência e na Inglaterra é um misto de audiência, desempenho e igualdade, na Alemanha vale apenas o desempenho no campeonato nacional, considerando os resultado dos últimos cinco anos. Ou seja, 100% rendimento técnico.

O quadro elaborado por Tiago Nunes projeta como ficaria a situação no Brasil. E conta tanto a Série A quanto a Série B, uma vez na terra dos atuais campeões mundiais a cota é negociada pela própria federação. O contrato de quatro anos, que está na última temporada (2016/2017), prevê 625 milhões de euros por edição, sendo 80% do bolo para a primeira divisão e 20% para a segunda. A distribuição das receitas é um pouco complicada, pontuando cada colocação, com 36 para o campeão, 35 para o vice, até o último lugar da segundona, com 1 pontinho. Lá são 18 times por divisão. Logo, aqui se considerou 40 times (ou seja, 40 pontos para o campeão, 39 para o vice etc). Além disso, cada ano ganha um peso, multiplicando por 5 o mais recente e por 1 o mais antigo.

As cotas das Séries A e B através do modelo da Bundesliga, da Alemanha. Crédito: Tiago Nunes/@TiagoJNunes (www.sapoticast.com)

Nas últimas cinco temporadas, portanto, o melhor desempenho seria o do Corinthians, com 551 pontos, o que renderia ao clube paulista R$ 78,2 milhões em 2016, ou R$ 39,1 milhões a mais que a menor cota da elite, enquanto na realidade a diferença é de R$ 150 mi. Já o Flamengo, o outro expoente, teria apenas a 10ª maior cota, inferior, por exemplo, à do Atlético-PR. Irreal.

Obs. A disparidade técnica na Alemanha vem de outras fontes de receita do Bayern de Munique, como patrocínios, produtos licenciados, sócios etc.

Confira o gráfico inspirado na Bundesliga em uma resolução maior aqui.

As cotas fixas de TV (sem luvas e ppv) em 2015:

Sport 
Oficial – R$ 35 milhões
Premier League – R$ 61,7 milhões
Bundesliga – R$ 55,6 milhões

Santa Cruz
Oficial – R$ 20 milhões*
Premier League – R$ 39,5 milhões
Bundesliga – R$ 39,1 milhões
* Especulação

Náutico
Oficial – R$ 5 milhões
Premier League – não disponível
Bundesliga – R$ 16,7 milhões 

Corinthians 
Oficial – R$ 170 milhões
Premier League – R$ 103,2 milhões
Bundesliga – R$ 78,2 milhões

Flamengo
Oficial – R$ 170 milhões
Premier League – R$ 86,3 milhões
Bundesliga – R$ 59,7 milhões

Da sala de Mia Jawdat, em Zurique, todas as negociações internacionais do futebol

Sede do TMS, na Fifa. Crédito: Fifa/facebook

Em uma pequena sala na sede da Fifa, em Zurique, Mia Jawdat coordena a equipe de estatísticas das “janelas do futebol”, através do Transfer Matching System (TMS), o sistema eletrônico da entidade, criado em 2011, para registrar oficialmente todas as negociações internacionais. Contando com os demais departamentos, o quadro não chega a 50 funcionários. De lá da Suíça, todas as 13 mil transferências anuais (legais) do futebol são guardadas e analisadas.

Existem duas janelas (períodos) de negócios entre os países filiados a cada ano, entre dezembro e fevereiro e entre junho e agosto, com as devidas exceções provocadas pelo fuso horário. O calendário europeu, com o intervalo entre competições no meio do ano (2014/2015, 2015/2016 etc) faz com que a “janela de verão” (deles) seja a mais movimentada, sobretudo no Big 5, termo usado pelo próprio TMS para definir Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália.

Dados internacionais entre 1º de junho e 31 de agosto, antes do #deadlineday:

2015
5.816 jogadores negociados
US$ 2,7 bilhões em 936 vendas (16% dos atletas)

2014
6.013 jogadores negociados
US$ 2,8 bilhões em 945 vendas (15% dos atletas)

E olhe que o último dia da janela é o justamente o principal, com mais de 400 transferências internacionais, em acordos firmados no apagar das luzes. Uma a cada 3 minutos! Em 2014 isso correspondeu a 500 milhões de dólares movimentados em apenas 24 horas (ainda não saiu o quadro de 2015).

Balanço do Fifa TMS sobre a janela brasileira em 2015. Crédito: Fifa TMS/twitter

No Brasil, o saldo histórico é o de cash recebido. Este ano, por exemplo, a diferença entre gasto e receita foi de US$ 85 milhões! Em relação à chegada de jogadores (527, ou 148 a mais que a saída), a explicação se deve ao formato dos acordos, com 63% sem contrato com outros clubes (logo, mais baratos).

No momento em que se “paga” pelo empréstimo ou se formaliza a compra dos direitos econômicos, os atletas brasileiros seguem imbatíveis. No cenário mundial, foram 622 transferências internacionais, 286 a mais que a segunda nacionalidade mais procurada, a francesa. São alguns dos números guardados lá no escritório de vendas e marketing do TMS, comandado por Mia.

Número de jogadores transferidos internacionalmente (01/06 a 31/08 de 2015), divididos pelas nacionalidades. Crédito: Fifa/TMS

Universo paralelo sobre o Mineirazo termina com Brasil 1 x 0 Alemanha

Há exatamente um ano, em 8 de julho de 2014, a Seleção Brasileira sofria a maior derrota de sua centenária história, estatística e moralmente. O revés na semifinal no Mineirão, com 7 x 1 a favor da Alemanha, marcou para sempre a história do futebol. Um resultado tão elástico que os próprios torcedores brasileiros passaram a tirar uma onda da situação.

Num trabalho de edição primoroso, o perfil Zekiel79, no Youtube, refez o vídeo da partida, terminando com uma incrível atuação do goleiro Júlio César diante dos germânicos e o meia Oscar definindo a vitória verde e amarela no finzinho, rumo à decisão da Copa do Mundo, com direito à narração da BBC britânica.

A derrota fica, mas no esporte ainda é possível levar no bom humor.

Afinal, estamos há 365 dias sem sofrer um gol da Alemanha…

Podcast 45 (149º) – Vitória do Santa Cruz, derrota do Náutico, 7 x 1 e torcida do Fla

O programa foi gravado logo após a rodada cheia da Segundona, a 11ª. Começamos o 45 minutos falando da surpreendente derrota do Náutico em Mogi Mirim, com Rivaldo em campo. Em seguida, a terceira vitória seguida do Santa Cruz, se fortalecendo para o Clássico das Emoções na Arena Pernambuco. Os resultados mudaram o favorito no sábado? Opinamos. Depois, o programa seguiu para a polêmica declaração do presidente do Flamengo, dizendo ter a maior torcida em 24 dos 27 estados, o que incluiria Pernambuco. Por último, relembramos o “7 x 1”, com o maior vexame da Seleção, completando um ano.

Confira o ingráfico com as principais atrações do programa aqui.

Neste podcast de 1h28m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2015 – 11ª rodada

Classificação do Brasileirão 2015 após 11 rodadas. Crédito: Superesportes

Após três rodadas seguidas na liderança, o Sport deixou a ponta do Brasileirão, mesmo pontuando fora de casa. No início da rodada, Atlético-MG, Fluminense e Grêmio apareciam como concorrentes diretos, obrigando o time pernambucano a vencer. Como o Leão empatou com o Avaí, às 11h, bastava um triunfo de um desses times no domingo para mudar a classificação. Dito e feito. No jogo das 16h, o Grêmio venceu o Santos na Vila Belmiro e às 18h30 o Atlético bateu o Inter no Beira-Rio. Por outro lado, o Leão, também com 23 pontos e em 3º pelo critério de vitórias (7 x 6), completou 11 rodadas no G4, desde a abertura.

Para seguir no pelotão de cima, terá pela frente um grande desafio, o líder Galo. Em vez do Independência, o time mineiro levou a partida para o Mineirão. A última vitória rubro-negra sobre o adversário em Belo Horizonte foi justamente lá, em 2000, num histórico 6 x 0 com cinco gols de Leonardo. Outra curiosidade: a partida será disputada no aniversário do fatídico jogo Brasil 1 x 7 Alemanha.

A 12ª rodada do representante pernambucano
08/07 (22h00) – Atlético-MG x Sport (Mineirão)

Histórico em BH pela elite: 2 vitórias leoninas, 5 empates e 9 derrotas.

O cinturão mundial do futebol, desde 1872

"Campeonato Mundial Oficioso de Futebol"

No boxe, a disputa pelo título mundial parte de uma premissa simples e tradicional. Há um campeão, detentor do cinturão de uma associação, que coloca o status em jogo a cada luta. Ganhando ou empatando, segue como campeão. Em caso de derrota, o cinturão passa a ter um novo dono, e assim sucessivamente. Vamos então a um exercício de ficção. E se o futebol adotasse a ideia? Oficialmente, a Fifa jamais cogitou. Desde 2003, porém, existe um levantamento do tipo. Tudo começou, na verdade, em 1967, quando a Escócia venceu a Inglaterra em Wembley por 3 x 2. No mesmo palco, um ano antes, o English Team havia conquistado a sua única Copa do Mundo. Provocando, os vizinhos (e rivais) alegaram tomada de posse do título mundial. A partir dessa polêmica, o jornalista Paul Brown resolveu colocar a ideia no papel, na revista Four Four Two, mas voltando ainda mais no tempo. Para produzir o banco de dados, ele levou em conta como “disputa de título” o primeiro jogo internacional oficial, coincidentemente, um amistoso entre Inglaterra e Escócia no distante 30 de novembro de 1872.

Considerando aquela partida no Scotland Cricket Ground, em Glasgow, assistida por quatro mil espectadores, o título mundial oficioso entre seleções ficou em jogo nada menos que 898 vezes até o início da Copa América de 2015, incluindo três jogos em Pernambuco. Acredite, o Brasil chegou à disputa no Chile como “atual campeão”. Durante o Mundial de 2014, o Uruguai chegou com a marca, mas acabou perdendo o “cinturão” para a surpreendente Costa Rica, no Castelão. Os costa-riquenhos mantiveram o título contra Itália (1 x 0, na Arena Pernambuco), Inglaterra (0 x 0) e Grécia (1 x 1, também em São Lourenço da Mata), até cair diante da Holanda, nos pênaltis. A Laranja Mecânica ficou pouquíssimo tempo, passando a vez já na fase seguinte, ao ser eliminada pela Argentina na semifinal.

E os hermanos, como se sabe, foram superados pela Alemanha. Assim, os germânicos conseguiram um feito raro neste contexto, ao ganhar a Copa do Mundo e a Copa Alcock. Sim, o troféu do “UFWC” tem nome, em homenagem ao inglês que instigou o primeiro amistoso internacional da história. Entretanto, passado o Mundial, a Alemanha perdeu da própria Argentina na “revanche” em Dusseldorf. E o Brasil? Pois é. O time de Dunga ganhou o Superclássico das Américas por 2 x 0, em Beijing, vencendo mais sete vezes até o campeonato sul-americano. Até hoje, 50 países se revezaram no Unofficial Football World Championship, incluindo zebraças como Antilhas Holandesas (1963), Zimbábue (2005) e Coreia do Norte (14 jogos entre 2011 e 2013!).

O maior campeão mundial não oficial da história é a Escócia, com 86 vitórias. Explica-se. Até a Copa do Mundo de 1950, os quatro países que integram a Grã-Bretanha só jogavam entre si, na Home International Championship. Tropeços contra seleções “forasteiras” ocorreram poucas vezes, com o cinturão voltando rapidamente para o quarteto. A situação só mudou em Belo Horizonte, no estádio Independência, com uma das maiores surpresas da história do Mundial, com o time amador dos Estados Unidos vencendo a Inglaterra por 1 x 0. Curiosamente, os norte-americanos perderam o título não oficial no Recife, na partida seguinte da Copa de 1950. Numa Ilha do Retiro com 8 mil pessoas, incluindo o então presidente da Fifa, Jules Rimet, o Chile fez 5 x 2, mantendo a série durante dois anos, até perder da Canarinha em Santiago (no “primeiro título” verde e amarelo). Pentacampeão mundial oficial, o Brasil figura apenas em 6º no ranking oficioso, atrás de Escócia, Inglaterra, Argentina, Holanda e Rússia, incluindo os dados da extinta União Soviética.

Ranking mundial "não oficial" de Seleções até 12/06/2015

Os cinco momentos mais marcantes da Arena Pernambuco em 2014

A Arena Pernambuco anunciou os seus cinco grandes momentos em 2014. Copa do Mundo, Náutico, Santa Cruz, Sport e futebol americano figuram na lista. Abaixo, um resumo desses momentos marcantes bo estádio em São Lourenço da Mata, que neste ano recebeu 729 mil pessoas em 47 partidas de futebol, e mais 7 mil no futebol americano.

Concorda com a lista? Comente.

Arena Pernambuco na Copa do Mundo de 2014. Foto: Arena Pernambuco/divulgação

1) Copa do Mundo – Foram cinco partidas em junho, com direito a uma apresentação da seleção que conquistaria o Mundial, a Alemanha. O time de Müller e Schweinsteiger venceu os EUA por 1 x 0. Uma curiosidade sobre o jogo foi o recorde de público estabelecido, de 41.876 espectadores, mesmo com o dilúvio que caiu na cidade. A última partida foi pelas oitavas de final, quando a carismática Costa Rica eliminou a Grécia nos pênaltis.

Final do Pernambucano de 2014, Sport campeão. Foto: Arena Pernambuco/divulgação

2) Campeonato Pernambucano – A primeira final da história do Estadual na arena foi logo a da 100ª edição da competição. O título foi disputado entre Náutico e Sport, com 30 mil pessoas presentes na arquibancada – até então o maior público entre clubes. O zagueiro Durval marcou o gol da vitória e, consequentemente, do título leonino. No palco, ele ainda teve a honra de erguer mais um troféu em sua passagem no Rubro-negro.

Torcedor 1 milhão da Arena PE. Foto: Arena Pernambuco/divulgação

3) Torcedor 1 milhão – A Arena Pernambuco atingiu a marca de 1 milhão de torcedores em todas as suas partidas, desde a sua abertura em 2013, Clássico das Emoções em 8 de novembro, que terminou sem gols. O alvirrubro Gilmar Cavalcanti foi com a sua esposa ao jogo e teve o bilhete premiado, ganhando uma camisa autografada do clube.

Aniversário de 15 anos na Arena PE. Foto: Arena Pernambuco/divulgação

4) Festa de Aniversário – João Paulo, um adolescente de 15 anos, comemorou o seu aniversário de forma bem incomum. Pela primeira vez, o estádio foi alugado para uma festa assim, mostrando a gama de eventos possíveis por lá. Em uma festa surpresa bancada pelo pai, o torcedor do Santa Cruz pôde convidar os amigos para conhecer todas as dependências do estádio e até bater uma pelada no impecável gramado.

Final da Superliga do Nordeste de futebol americano. Foto: Arena Pernambuco/divulgação

5) Futebol Americano – O maior público do futebol americano no Brasil, somente. A final da liga nordestina entre Recife Mariners e João Pessoas Espectros reuniu 7.056 torcedores, pintando de azul as cadeiras da arena, numa referência às cores do time pernambucano. Num evento inédito no estádio, os paraibanos acabaram faturando o título, por 38 a 12.