Os embates nas urnas do futebol pernambucano

Eleições no Náutico, Santa Cruz e Sport desde 2000. Fotos: Diario de Pernambuco (DP/D.A Press)

Historicamente, as eleições presidenciais nos grandes clubes pernambucanos sempre focaram mandatos de dois anos no comando executivo. Durante décadas o sistema funcionou desta forma, de biênio em biênio. Somente em 2014 houve uma mudança, no Arruda, com a implantação do triênio.

Em relação ao formato da disputa, o último a adotar a eleição direta, com a participação de todos os sócios, foi o Náutico. Até 2011, apenas os membros do Conselho Deliberativo podiam votar.

Paralelamente à modernização dos estatutos, os clubes vêm convivendo com seguidos embates políticos. Se até os anos 1990 a formação do “consenso” era quase uma regra no processo eleitoral, hoje em dia o bate-chapa se tornou quase inerente às urnas nos Aflitos, no Arruda e, sobretudo, na Ilha do Retiro, que já contou até com urnas eletrônicas, com 21 equipamentos em 2000. Em Caruaru o consenso também vem passando longe.

Confira os dados das eleições com mais de uma chapa inscrita, com pleitos históricos do passado e todos os embates desde 2000, com percentuais dos votos válidos, e os curiosos nomes das candidaturas…

Última atualização em 06/12/2017

Eleição presidencial do Náutico. Fotos: Diario de Pernambuco (DP/D.A Press)

Náutico

1978 – 160 votos (apenas conselheiros)
João de Deus (Situação) – 108 votos (67,5%)
Virgínio Cabral de Melo (Oposição) – 52 votos (32,5%)

1979 – dado desconhecido
João de Deus (União e Trabalho) – vencedor
José Ventura (Movimento de Restauração Alvirrubro)

2009 – 160 votos (apenas conselheiros)
Berillo Albuquerque (Náutico Acima de Tudo) – 121 votos (75,62%)
Paulo Alves (Náutico Para Todos) – 39 votos (24,37%)

2011 – 1.632 votos
Paulo Wanderley (Náutico de Primeira) – 1.139 votos (69,79%)
Marcílio Sales (Movimento Transparência Alvirrubra) – 475 votos (29,10%)
Paulo Henrique (Renovação) – 18 votos (1,10%)

2013 – 2.146 votos
Glauber Vasconcelos* (Movimento Transparência Alvirrubra) – 1.575 votos (73,39%)
Marcílio Sales (Alvirrubros de Coração) – 458 votos (21,34%)
Alexandre Homem de Melo (Renovação) – 70 votos (3,26%)
Alberto de Souza (Náutico pra frente) – 43 votos (2,00%)

2015 – 1.544 votos
Marcos Freitas* (Náutico de Todos) – 777 votos (50,32%)
Edno Melo (Vermelho de Luta, Branco de Paz) – 767 votos (49,67%)

Eleição presidencial do Santa Cruz. Fotos: Diario de Pernambuco (DP/D.A Press)

Santa Cruz

1975 – 1.387
José Nivaldo de Castro (Situação) – 1.195 votos (86,15%)
José Marcionilo Lins (Oposição) – 192 votos (13,84%)

2004 – 1.337 votos
Romerito Jatobá (Santa 10) – 895 votos (66,94%)
Antônio Luiz Neto (Santa União) – 442 votos (33,05%)

2006 – 1.405 votos
Edson Nogueira* (Competência e Credibilidade) – 731 votos (52,02%)
Alberto Lisboa (Santa Renovação) – 674 votos (47,97%)

2010 – 1.435 votos
Antônio Luiz Neto (Continuação e Avanço) – 1.134 votos (79,02%)
Sérgio Murilo (Santa Cruz de Corpo e Alma) – 301 votos (20,97%)

2012 – 1.787 votos
Antônio Luiz Neto (Força da União e Avanço) – 1.636 votos  (91,55%)
Joaquim Bezerra (Ética e Profissionalismo) – 151 votos (8,44%)

2017 – 1.252 votos
Constantino Júnior (Construindo com a Força da União) – 812 votos (64,85%)
Albertino dos Anjos (Muda Santa Cruz) – 250 votos (19,96%)
Fábio Melo (Santa Cruz do Povo) – 190 votos (15,17%)

Eleição presidencial do Sport. Fotos: Diario de Pernambuco (DP/D.A Press)

Sport

1974 – 2.997 votos
Jarbas Guimarães (Situação) – 2.308 votos (77,01%)
José Joaquim (Oposição) – 689 votos (22,98%)

1978 – 2.403 votos
José Moura (Situação) – 2.091 votos (87,01%)
Arsênio Meira (Oposição) – 312 votos (12,98%)

1986 – 2.224 votos
Homero Lacerda* (Oposição) – 1.381 votos (62,09%)
Wanderson Lacerda (Situação) – 843 votos (37,90%)

2000 – 2.816 votos**
Luciano Bivar (Rumo ao Hepta) – 1.805 votos (64,09%)
Wanderson Lacerda (Verdade Rubro-negra) – 1.011 votos (35,90%)
* Ainda foram registrados mais 719 votos impugnados e 13 nulos

2002 – 1.696 votos
Severino Otávio (Sport é Paz) – 1.478 votos (87,14%)
Alfredo Bertini (Renovação) – 147 votos (8,67%)
Geraldo Carvalho (Recuperação) – 71 votos (4,18%)

2006 – 1.817 votos
Milton Bivar (Lealdade e Tradição) – 1.560 votos (85,85%)
Alfredo Bertini (Por Amor ao Sport) – 257 votos (14,14%)

2008 – 3.456 votos
Silvio Guimarães (Continuidade e Trabalho) – 2.614 votos (75,63%)
Homero Lacerda (União e Pelo Sport Tudo) – 842 votos (24,36%)

2010 – 1.957 votos
Gustavo Dubeux (Sport Unido) – 1.922 votos (98,21%)
Oposição, sem nome definido (Transparência Sport) – 35 votos (1,78%)

2012 – 3.441 votos
Luciano Bivar (Sport de Verdade) – 1.971 votos (57,27%)
Homero Lacerda (Sport Vencedor) – 1.470 votos (42,72%)

2014 – 1.818 votos
João Humberto Martorelli (União e Vitória) – 1.542 votos (84,81%)
Bruno Reis (Sport Pode Mais) – 276 votos (15,18%)

2016 – 4.063 votos
Arnaldo Barros (Avança Sport) – 2.509 votos (61,75%)
Wanderson Lacerda (Por um Sport campeão) – 1.554 votos (38,24%)

Eleição do Central no Lacerdão. Imagens: TV Asa Branca/reprodução

Central

2009 – 189 votos
João Tavares* (Central para Todos) – 123 votos (65,1%)
Cícero Moreira (Tradição com Responsabilidade) – 66 votos (34,9%)

2013 – 230 votos
Chico Noé* (Unidos pelo Central com Transparência) – 115 votos (50,0%)
Sivaldo Oliveira (União, Força e Compromisso) – 103 votos (44,7%)
Lícius Cavalcanti (Coração Avinegro – 12 votos (5,2%)

2015 – 17 votos
Lícius Calcante (Puro Sangue) – 14 votos
Alexandre César (Coração Alvi-Negro) – 3 votos***
*** Impugnados

* Vitória da oposição

Algoz improvável afunda o Santa Cruz em Fortaleza

Série C 2013: Fortaleza 2 x 0 Santa Cruz. Foto: Nodge Nogueira/www.fortalezaec.net

O jogo no caldeirão do PV seria duríssimo, mas cabia ao Santa Cruz superar o desafio e manter sem desespero a chance de classificação à próxima fase, que já é de cara o duelo direto pelo acesso. Qualquer outro resultado no Ceará deixaria o tricampeão pernambucano em situação delicada, pois a sua pontuação não dá margem para tropeços. Então, vamos ao pior cenário, o real…

A derrota para o Fortaleza na noite deste domingo, por 2 x 0, deixou a Cobra Coral na 8ª colocação em uma chave com 11 times. Pífio. Em relação à pontuação, o clube ainda está a três pontos da zona de classificação, mas também está a outros três da zona de rebaixamento.

Pesa contra a falta de sequência de bons resultados na terceirona. Na capital cearense, a equipe – novamente sem DM9 – só suportou o 1º tempo, em uma partida até certo ponto franca. Na etapa complementar, um improvável algoz.

Contestado no Sport, o atacante Ruan, de apenas 19 anos, acabou emprestado ao Fortaleza para ganhar cancha. Lá, até este domingo, ainda não havia se firmado. Na verdade, vinha esquentando o banco, com a camisa 19.

Acabou entrando no decorrer do jogo, no lugar do ídolo local, Assisinho. E aos 2 minutos, Ruan abriu o placar, afundando o Tricolor na classificação. Logo depois, numa chance daquelas, mas Renatinho acabou acertando o travessão.

A esperança foi dissipada de vez aos 13 minutos, novamente com Ruan, que acertou um belo chute, levando o time da casa à liderança. Faltam seis jogos para o Santa. A pressão só aumenta. E não só pela classificação…

Série C 2013: Fortaleza 2 x 0 Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

Engajamento da torcida coral para zerar a dívida do clube

Projeto "Santa Cruz Sem Dívidas". Crédito: Facebook/reprodução

A dívida do Santa Cruz é gigantesca. Na atual situação do clube, quase impagável. De acordo com o balanço de 2012, a soma dos passivos circulante e não circulante chegou a R$ 71.536.863. Não há bilheteria, patrocínio ou arrecadação com sócios que reduza esse rombo sequer a médio prazo. Mas há o possível engajamento de uma torcida enorme, presente.

Torcedores tricolores criaram um grupo de ação para quitar a dívida coral junto à Receita Federal. À parte da direção, sem qualquer vínculo. Tudo através de doações de R$ 20 com boletos diretamente para a receita, via documentos de arrecadação de receita federal (DARF).

A ideia Santa Cruz Sem Dívidas foi inspirada no projeto Vasco Dívida Zero, que já abateu R$ 639 mil do passivo do clube carioca nos mesmos moldes. No caso tricolor foi criada até uma página no facebook para explicar todo o processo e compartilhar a ideia. Em dez dias, mais de 1.500 pessoas já aderiram à página.

Saiba como colaborar com o projeto tricolor clicando aqui.

Projeto "Santa Cruz Sem Dívidas". Crédito: Facebook/reprodução

A novela de uma saída anunciada no Arruda

Sandro, comandando o Santa Cruz em 2013. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Sandro Barbosa balançava há tempos no comando técnico do Arruda.

A campanha irregular do Santa Cruz na Série C só fazia aumentar a pressão sobre o treinador, que chegou a anunciar a sua saída.

Foi demovido da ideia e permaneceu. Trabalhou em mais uma partida e a equipe voltou a ser derrotada fora de casa. Nesta terça, a tarde no Tricolor foi agitada.

A imprensa, através da rádio CBN, anunciou a saída do técnico, via twitter. Curiosamente, Sandro comandava um treino neste exato momento.

Em seguida, os jornalistas foram apurar a informação. A diretoria do Santa Cruz negou. Pouco tempo depois a mensagem na rede social foi apagada. Porém, havia mesmo fumaça sobre a história. E aí entra outro personagem nessa novela, o presidente do tricampeão estadual, Antônio Luiz Neto.

Atendeu três vezes aos telefonemas do Diario de Pernambuco. Nas duas primeiras, rechaçou completamente a possibilidade, inclusive desconhecendo a reunião, entre Sandro e demais diretores de futebol do clube.

Na terceira, já com as resenhas esportivos bancando a saída do técnico, cedeu.

17h40  – “Desconheço essa história sobre a saída de Sandro”.

18h17 – “Se tivesse (decisão sobre a saída), não teria como eu não saber”.

18h32 – “Ele (Sandro) não caiu. Pede para sair e a gente aceitou”.

Há uma semana, o mandatário coral afirmou que Sandro seria um dos melhores treinadores do Brasil. Hoje, tentou esconder o quanto pôde a sua saída…

Veremos se após tantas idas e vindas, o Santa conseguirá sair do canto.

A relação extraoficial de dirigentes e torcidas organizadas

Presidente de Náutico (Paulo Wanderley), Santa Cruz (Antônio Luiz Neto) e Sport (Luciano Bivar), com símbolos de Fanáutico, Inferno Coral e Torcida Jovem

A relação das torcidas organizadas com as direções dos clubes de futebol é quase umbilical. As primeiras aglomerações organizadas de torcedores surgiram em Pernambuco na década de 1970, num cenário completamente diferente, inclusive pela estrutura de comunicação da época.

Acredite, as torcidas dividiam o mesmo espaço nas arquibancadas. O objetivo era cantar mais alto, levar mais sacos de papel picado e bandeiras.

É difícil precisar o momento exato em que essas torcidas ganharam um poder além da conta, mas foi nos anos 1990. Um fenômeno de norte a sul. Ganharam espaços nos estádios, salas nas sedes dos clubes, caminho livre.

Foram ganhando dinheiro com produtos de suas próprias marcas, elevando o status entre os torcedores, sobretudo os mais jovens, em busca de uma identidade. E os gritos do clube foram abafados pela autoexaltação.

Aos poucos, 50 viraram 500, que viraram 5 mil e hoje são 50 mil.

No Recife não foi diferente. Disputas internas acabaram os grupos menores, incorporados à Fanáutico (20 mil), Inferno Coral (80 mil) e Torcida Jovem (90 mil). Uma massa humana assim, num processo democrático, pode ser utilizada de inúmeras formas. Nos jogos, determina a pressão ou apoio a um jogador ou dirigente na arquibancada. Nas eleições, uma conta exata de votos.

Conscientes disso, os diretores locais abraçaram as organizadas, alheios aos problemas causados pelas mesmas, responsáveis por 800 crimes em cinco anos, segundo o Ministério Público. Brigas, roubos, depredação etc.

Tudo via uma contrapartida extraoficial, de apoio financeiro por apoio maciço nas urnas, com mensalidades quitadas faltando poucos dias para o pleito.

Contudo, no palanque o tom até de presidentes é de apoio à presença das uniformizadas nas partidas, dentro e fora de casa. Tratam casos de violência como pontuais, por mais que a sensação seja onipresente em relação aos episódios envolvendo os supostos integrantes dessas facções.

Vestir uma camisa ou colocar um boné de uma organizada pode até gerar o apoio segmentado de parte da torcida a um dirigente.

Na maioria do público, o ato não parece ser encarado da melhor forma.

Os dirigentes também sabem disso. Mas enquanto isso não influenciar nas urnas, dentro e fora dos clubes, não deverá fazer muita diferença…

A rotina de manchetes do tricampeão Santa Cruz

Capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes do dia 13 de maio de 2013

Ao campeão, a festa, as manchetes e a versão da história.

No Santa Cruz, tem sido rotina nas últimas temporadas estampar as capas do Diario de Pernambuco com o troféu na mão.

A capa do jornal e, claro, o caderno Superesportes. Nas bancas desta segunda, mais um exemplar. Confira as capas numa resolução maior aqui e aqui.

Capas do Diario de Pernambuco e do Superesportes de 14 de maio de 2012

Dias 16 de maio de 2011, 14 de maio de 2012 e agora em 13 de maio de 2013.

No post, as seis capas envolvidas no tricampeonato dos corais. Edições de grande circulação, uma tradição no futebol pernambucano.

Qual foi a melhor capa, tricolor? Comente.

Capas do Diario de Pernambuco e do Superesportes de 16 de maio de 2011

Presidentes campeões no futebol pernambucano

Camisas retrô de Santa Cruz, Sport e Náutico. Crédito: camisasdefutebolretro.com

O título pernambucano de futebol em 2013 será emblemático para o presidente campeão. Se o tricolor Antônio Luiz Neto conquistar o tricampeonato, será o primeiro mandatário com três títulos estaduais no Santa Cruz. Atualmente, ele divide a ponta com dois títulos com mais cinco gestores.

No Sport, Luciano Bivar já é o maior ganhador de campeonatos estaduais do clube, com cinco troféus. Contudo, se vencer o sexto, se igualará ao maior campeão geral do Pernambucano, o alvirrubro Eládio de Barros Carvalho, que empresta o nome aos Aflitos. Não foi o presidente do hexa do Timbu (ganhou só o primeiro ano, em 1963), mas venceu cinco torneios na década de 1950.

Por outro lado, se forem somadas as conquistas oficiais além da fronteira local, Luciano Bivar já seria o maior vencedor, com sete. Confira a lista completa dos presidentes campeões de Sport (45 taças), Santa Cruz (26) e Náutico (21).

Sport – 23 presidentes campeões

5 títulos
Luciano Bivar (1997, 1998, 1999, 2000 e 2006)

4 títulos
Wanderson Lacerda (1991, 1992, 1994 e 1996)

3 títulos
Adelmar da Costa Carvalho (1955, 1956 e 1958)

2 títulos
Manoel José Guimarães (1916 e 1917), Hermenegildo da Silva Loyo (1923 e 1924), Luiz da Rosa Oiticica (1941 e 1942), Severino Pereira de Albuquerque (1961 e 1962), Jarbas Guimarães (1975 e 1977), José Antônio Alves de Melo (1981 e 1982), Milton Bivar (2007 e 2008) e Silvio Guimarães (2009 e 2010)

1 título
Arnaldo da Silva Loyo (1920), Roberto Rabello (1925), Raphael Addobati (1928), José de Andrade Médicis (1938), Renato Silveira (1943), João Elysio de Lauria (1948), José Lourenço Meira de Vasconcelos (1949), José Dhália da Silveira (1953), José Moura (1980), Homero Lacerda (1988) e Severino Otávio (2003)

Considerando os demais títulos oficiais além do Estadual, o Sport tem mais seis: Luciano Bivar (Série B 1990 e Nordestão 2000), Eduardo Cardoso (Torneio Norte-Nordeste 1968), Homero Lacerda (Série A 1987), Wanderson Lacerda (Nordestão 1994) e Milton Bivar (Copa do Brasil 2008).

Santa Cruz – 20 presidentes campeões

2 títulos
Carlos Afonso de Melo (1931 e 1932), Odivio Duarte (1957 e 1959), Aristófanes de Andrade (1969 e 1970), James Thorp (1971 e 1972), José Neves (1986 e 1987) e Antônio Luiz Neto (2011 e 2012)

1 título
Alcides Lima (1933), Virgílio Borba Júnior (1935), Jaime Galvão (1940), José Fulgino (1946), Edgar Beltrão (1947), Gastão de Almeida (1973), José Nivaldo de Catro (1976), Mariano Pedro Mattos (1978), Rodolfo Aguiar (1979), Vanildo de Oliveira Ayres (1983), Dirceu Menelau (1990), Alexandre Mirinda (1993), Luiz Arnaldo (1995) e Romerito Jatobá (2005).

Náutico – 14 presidentes campeões

6 títulos
Eládio de Barros Carvalho (1950, 1951, 1952, 1954, 1960 e 1963)

2 títulos
Luiz Carneiro de Albuquerque (1967 e 1968) e Josemir Correia (1984 e 1985)

1 título
Victorino Maia (1934), Aroldo Fonseca (1939), Neto Campelo Júnior (1945), Wilson Campos (1964), Fernando Wanderley (1965), Manuel Cesar de Moraes (1966), João de Deus (1974), Antônio Amante (1989), André Campos (2001), Sérgio Aquino (2002) e Ricardo Valois (2004)

Balanço financeiro coral apresenta queda na bilheteria e aumento nos patrocínios

Balanço financeiro do Santa Cruz em 2012

Pela segunda temporada seguida a prestação de contas do Santa Cruz foi publicada no site oficial da FPF, acessível a qualquer um desde 26 de março de 2013. Deveria ser uma prática dos rivais, que costumam divulgar os balanços financeiros em jornais, sem produzir um arquivo digital.

No caso tricolor, a receita operacional de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2012 foi de R$ 13,1 milhões, sofrendo uma queda de 23% em relação ao balanço anterior (R$ 17,1 mi), mesmo jogando a Série C em vez da D. A arrecadação no borderô pesou bastante para a redução.

Em 2011, o Tricolor teve três jogos com cerca de um milhão de reais de bilheteria (São Paulo, Sport e Treze) e a venda dos direitos econômicos do atacante Gilberto por R$ 2 milhões. No ano passado ninguém foi negociado.

Na planilha apresentada pelos corais, o destaque é o avanço no ganho com patrocínios e publicidade, chegando a R$ 313 mil mensais. A dívida coral, somando os passivos circulante e não circulante, subiu 2,5% e chegou a R$ 71.536.863. Confira a íntegra do documento aqui.

Edição especial do clássico com a arquibancada dividida ao meio

Torcidas de Santa (Arruda) e Sport (Ilha). Fotos: Ricardo Fernandes/DP/D.A. Press

Até a década de 1990 era comum ver o Arruda, a Ilha do Retiro e o estádio dos Aflitos divididos ao meio nos grandes clássicos recifenses.

Tentando contornar a insegurança, a CBF articulou no seu regulamento geral de competições uma limitação para a torcida visitante de apenas 10%.

Em 2009, o então presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, decidiu que os clássicos no estado teriam que ter uma divisão diferente.

Estabeleceu 80% para mandante e 20% para o visitante.

“Eu não quero essa história de ‘torcida única’ nos estádios no Pernambucano não. Isso acontece no Campeonato Brasileiro, mas aqui nós colocaremos 20%”.

A medida segue em vigor até hoje.

Como se sabe, o Estadual poderá terminar em uma partida extra (veja aqui).

No dia 19 de maio, caso seja necessária a terceira partida para o título de 2013, no Arruda ou na Ilha do Retiro, a divisão do público será meio a meio.

A decisão foi tomada pelo atual mandatário da federação, Evandro Carvalho, junto aos presidentes de Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, e Sport, Luciano Bivar.

Portanto, 50% para tricolores e 50% para rubro-negros.

No Mundão, 27.500 ingressos para cada um. Na Ilha, 16.250 bilhetes.

A arrecadação na bilheteria, claro, seria compartilhada pelos rivais.

Seria um clássico como nos velhos tempos. Se a polícia militar fizer bem o seu trabalho de contenção e o público também colaborar, será uma baita festa.

Sem sustos, o Santa Cruz encaminha o rentável confronto contra o Internacional

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Santa Cruz x Guarani-CE. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Superior na ida e na volta, o Santa Cruz ganhou lá e cá. Nos 180 minutos de futebol em Juazeiro do Norte e no Arruda, o time coral despachou o Guarani e se credenciou ao duelo contra o Internacional pela Copa do Brasil.

O time de Diego Forlán, Leandro Damião e Andrés D’Alessandro será o primeiro clube de ponta do país a pisar no Arruda em dois dois anos.

O último que o Santa Cruz enfrentou na competição foi o São Paulo, em 2011. Na ocasião, endureceu o confronto, ganhando no Recife e perdendo em Barueri.

Ou seja, a expectativa agora é de público e renda positivos no Mundão. Ao bicampeão pernambucano, sem as cotas privilegiadas dos tradicionais rivais, jogos de grande apelo aparecem como essenciais.

No duelo contra os são-paulinos, o público pagante foi de 39.860 pessoas, proporcionando uma renda bruta de R$ 943 mil. Não deve chegar a tanto contra o Colorado, mas não espere um Arruda às moscas…

Ainda mais se o time mantiver a ascensão na temporada. Na noite desta quarta-feira, na vitória por 2 x 0 sobre o rubro-negro cearense, com R$ 92 mil no borderô, o time atuou desfalcado de Natan e Renatinho, o que obrigou Martelotte a reposicionar o time no 4-4-2, abrindo mão dos três meias de ligação.

Com a dupla do barulho na frente, Dênis Marques e Flávio Caça-Rato, o Tricolor definiu o confronto logo no primeiro tempo. Gols de DM9, de pênalti, e Everton Sena, de cabeça, que acabaram com qualquer fantasma da primeira fase.

Abriram as portas para um jogo que gere receita, prioridade máxima no Mundão.

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Santa Cruz x Guarani-CE. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press