Ataque funciona, defesa vai mal outra vez e Santa Cruz e Galo empatam em 3 x 3

Série A 2016, 36ª rodada: Santa Cruz 3x3 Atlético-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O Santa Cruz chegou a 40 gols marcados no Campeonato Brasileiro. Em 36 rodadas disputadas, tem o melhor desempenho entre os integrantes da zona de rebaixamento e também marcou mais vezes que Atlético-PR (5º lugar) e São Paulo (13º). Diante do time misto do Galo (focado na final da Copa do Brasil), os dois principais atacantes corais balançaram as redes. De pênalti, Grafite chegou a onze gols. De fora da área, batendo colocado, Keno chegou a dez. Quantos times do país têm uma dupla com 21 gols na elite? Contexto que não bate de forma alguma com a colocação do clube pernambucano, já rebaixado.

Os gols comprovaram, outra vez, o quanto o desnivelamento técnico do elenco foi crucial para o destino, com uma defesa remendada a todo momento (Néris se machucou demais), sendo a mais vazada da competição. Se marcou três vezes no Arruda (o lateral Vítor também deixou o dele), também sofreu três – um deles de Fred, agora artilheiro isolado, com 14 gols. Ao todo, o Santa sofreu 63 gols. Para se ter ideia, o lanterna tomou 55. Nos pontos corridos, costumeiramente os times da parte de cima da classificação contam com defesas melhores que os respectivos ataques. Uma “cozinha” consistente é algo básico.

Após virar o placar, tomar o empate e ficar outra vez em vantagem, os poucos corais presentes (3.221) tiveram que amargar outro tropeço em casa. Numa saída estabanada de Tiago Cardoso, com Hyuri completou, 3 x 3. O goleiro teve um desempenho muito ruim na competição, mas está longe de ser o maior culpado – a (não) qualificação, sim. No geral, o sistema defensivo do campeão nordestino não deu segurança em momento algum. Nos dois jogos restantes, ainda sob comando interino, o tricolor deve começar a fazer testes. Haja vaga…

Série A 2016, 36ª rodada: Santa Cruz 3x3 Atlético-MG. Foto: Atlético Mineiro/twitter (@atletico)

Classificação da Série A 2016 – 35ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 35 rodadas. Crédito: Superesportes

Na quarta-feira, tricolores e rubro-negros saíram frustrados. Em Curitiba, o Santa perdeu do Coritiba e consumou o seu quinto rebaixamento no Brasileirão. Na Ilha, diante de 25 mil pessoas, o Sport foi superado pelo Cruzeiro, com Diego Souza desperdiçando uma penalidade. Em ambos os jogos, 1 x 0.

No caso coral, o descenso já era questão de tempo. A chance de escapar era de 1%. Agora, o clube precisa juntar os cacos para tentar voltar já em 2018. Já os leoninos acabaram ajudados no complemento da rodada, quinta-feira, com a derrota do Vitória, na Vila Belmiro, e o empate do Internacional, no Beira-Rio. Assim, mesmo perdendo, o clube conseguiu melhorar a sua probabilidade de permanência. Restando três jogos, precisa na prática, de uma vitória. Com isso, só cairia caso Vitória e Inter vençam os seus três jogos, o que parece improvável. Já para a Sula, a chance, calculada apenas pelo departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, é de 42,5%.

As sete maiores probabilidades de rebaixamento após 35 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 35 rodadas

As projeções de sucesso nas pontuações finais para evitar o rebaixamento

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 35 rodadas

Sport – soma 43 pontos em 35 jogos (41,0%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 3 rodadas
…ou 33,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 1v-0e-2d e 0v-3e-0d 

Permanência: 99.06% (UFMG), 98.7% (Chance de Gol) e 98.0% (Infobola)

A 36ª rodada dos representantes pernambucanos 

20/11 (16h00) – Atlético-PR x Sport (Arena da Baixada)
Histórico em Curitiba pela elite: 1 vitória leonina, 5 empates e 6 derrotas

20/11 (18h30) – Santa Cruz x Atlético-MG (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 5 empates e 1 derrota

Classificação da Série A 2016 – 34ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 34 rodadas. Crédito: Superesportes

Santa e Sport venceram numa mesma rodada pela segunda vez neste Brasileirão. Curiosamente, contra os mesmos adversários, América e Grêmio, como já havia ocorrido no primeiro turno. Agora, os corais bateram o Coelho no Arruda e os leoninos golearam o tricolor gaúcho em Porto Alegre.

No caso tricolor, em termos de tabela, o resultado serviu apenas para largar a lanterna. No caso leonino, numa disputa viva contra o descenso, a vitória abriu cinco pontos sobre o Z4. Por sinal, nesta 34ª rodada, o Internacional foi o grande derrotado. Perdeu do Palmeiras no Allianz Parque. Revés na conta. Porém, os três concorrentes, Vitória, Coritiba e Sport, venceram, mesmo diantante de adversários brigando por Libertadores.

As dez maiores probabilidades de rebaixamento após 34 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 34 rodadas

Sport – soma 43 pontos em 34 jogos (42,2%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 4 rodadas
…ou 25,0% de aproveitamento
Simulações mínimas: 1v-0e-3d e 0v-3e-1d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 1 ponto em 4 rodadas
…ou 8,3% de aproveitamento
Simulação mínima: 0v-1e-3d

Permanência: 98.0% (Infobola)

Santa Cruz – soma 27 pontos em 34 jogos (26,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura): não é mais possível
Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º): não é mais possível
Única possibilidade: vencer os quatro jogos, chegar a 39 pontos e torcer para que o Vitória perca os seus quatro jogos e que o Inter não some dois pontos

Permanência: 1.0% (Infobola) 

A 35ª rodada dos representantes pernambucanos 

16/11 (20h00) – Coritiba x Santa Cruz (Couto Pereira, Curitiba)
Histórico no Paraná pela elite: 1 vitória coral, nenhum empate e 2 derrotas

16/11 (20h45) – Sport x Cruzeiro (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 7 empates e 5 derrotas

A premiação oficial do Brasileirão de 2011 a 2016, do campeão ao 16º colocado

Troféu do Campeonato Brasileiro da Série A. Foto: CBF/divulgação

A premiação oficial do Campeonato Brasileiro dobrou entre 2014 e 2016. Passou de R$ 30 milhões para R$ 60 milhões (quadro abaixo). Antes, o valor total esteve congelado durante três anos. A receita passou a ganhar fôlego sobretudo na edição vigente, com 67,5% de aumento, com verbas milionárias para 13 times.

Repassada pela CBF e bancada pela Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão da competição (de forma exclusiva até 2018), a premiação contempla do campeão ao 16º lugar, o primeiro time acima da zona de rebaixamento. Ou seja, a simples permanência na elite já vale R$ 700 mil na conta em dezembro, com evolução gradativa colocação por colocação.

Evolução da premiação total da Série A
2016/2015 – 67,5%
2015/2014 – 19,3%
2014/2013 – 0%
2013/2012 – 0%
2012/2011 – 7,1%
2011/2010 – 0% 

Os seis primeiros colocados (consequentemente, os classificados à Taça Libertadores da América, após a nova composição “G6”) recebem 78% de toda a premiação (ou R$ 44,7 mi). O grande campeão nacional de 2016 receberá R$ 7 milhões a mais que o Corinthians, o vencedor da última competição. 

Pernambucanos que receberam premiações
2015 – Sport/6º (R$ 1,4 milhão)
2014 – Sport/11º (R$ 600 mil)
2012 – Náutico/12º (R$ 500 mil)

Obs. Na caixa de comentários, veja as premiações dos clubes de 2010 a 2015.

Premiação oficial do Brasileirão (2016-2011). Arte: Cassio Zirpoli/DP (via infogram)

Probabilidades de título, Libertadores e permanência a 5 rodadas do fim da Série A

Faltando apenas cinco rodadas para o encerramento do Brasileirão, o blog traz as probabilidades calculadas por duas fontes tradicionais no quesito. O Infobola, com dados de Tristão Garcia, professor de engenharia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através do seu departamento de matemática. O Chance de Gol, outro canal popular em probabilidades, não atualizou os seus dados até agora.

Com a classificação atualizada após 33 rodadas, vamos aos três principais pontos para definição da Série A 2016: chances de título (nas mãos do Palmeiras), de vaga na Libertadores (anteriormente, os sites calculavam o “G4”, mas se adaptaram ao “G6” após a ampliação oficializada pela Conmebol) e permanência na elite (ainda sem clubes matematicamente rebaixados).

Na briga para evitar o descenso, o Sport ganhou fôlego após vencer a Ponte e contar com tropeços dos concorrentes diretos, oscilando agora entre 90% e 92%. Quase lá. Já o Santa, em último lugar, aparece com no máximo 1%. 

Em relação à disputa pela Liberta, o Leão aparece com o 14º (e último) percentual de chance, ainda que seja irrisório (0,004%). De forma, também há chance de o G6 virar G7 após a Copa do Brasil, cuja final reúne Grêmio e Galo. Além de um possível título da Chapecoense na Sula, que abriria outra vaga. Apenas curiosidade, pois a luta é a do parágrafo anterior…

Libertadores e Sula simultâneas, com mudança à vista no calendário da CBF

Reunião da Conmebol para decidir o formato dos torneios continentais de 2017. Crédito: Conmebol/twitter (@conmebol)

A Conmebol reformulou os formatos e períodos de disputa de Taça Libertadores e da Copa Sul-Americana, numa mudança que será refletida no futebol brasileiro, cujo calendário oficial já foi divulgado pela CBF. Na sede da entidade, em Assunção, foi decidida (texto abaixo, em espanhol) a ampliação de Liberta, que agora irá de fevereiro a novembro, com 15 semanas a mais de duração (42 ao todo). Ou seja, a definição do representante no Mundial de Clubes acontecerá faltando um mês para o torneio da Fifa. Já a Sula finalmente acontecerá de forma paralela ao principal torneio interclubes do continente, durante seis meses, sendo finalizada em dezembro – como já ocorre. Iniciando antes, a Libertadores emulará a transição da Champions League para a Liga Europa, com os dez eliminados de melhor campanha, antes das oitavas de final, sendo incorporados à Sul-Americana. A partir de agora, então, um clube poderá chegar no fim do ano disputando o Brasileiro, a Copa do Brasil e um torneio internacional. Somente!

Segundo Alejandro Domínguez, o presidente da Conmebol, “as mudanças nos torneios de clubes da Conmebol surgem a partir de uma análise técnica e rigorosa das necessidades e características da América do Sul”.

Com a mudança, deve acabar, aleluia, a escolha dos brasileiros entre seguir na Copa do Brasil e disputar a Sula, que ocorrem juntas a partir das oitavas.

“Os clubes não deveriam ter que decidir entre competir o torneio nacional e o continental”, comentou Domínguez. A declaração parece direcionada à CBF, a única a praticar tal norma. Ou então aos times mistos escalados na Sula…

Com isso, as seis vagas da Sula oriundas do Brasileiro (as demais são via Nordestão e Copa Verde) tendem a ser diretas, do 7º ao 12º lugar, sem a necessidade de uma “fila de espera”, como ocorreu de 2013 a 2016 – com queixa recorrente no blog. Caberá à confederação brasileira, portanto, readequar o seu calendário, possivelmente por completo. De antemão, duas alternativas:

1) Qualquer clube poderia disputar a Copa do Brasil simultaneamente à Libertadores ou à Sul-Americana. Com as decisões em períodos próximos, as datas seriam revistas. Em vez de 3 ou 4 datas por fase, apenas 2, no limite. 

2) Os clubes seriam obrigados a fazer uma escolha prévia, entre a copa nacional e o torneio internacional, sem a necessidade de ir a campo e “perder” para confirmar a vaga. Porém, seguindo a afirmação de Domínguez, essa parece ser a vertente mais fraca.

No viés pernambucano, hoje, o Trio de Ferro precisa ficar atento. O Santa Cruz, na condição de campeão regional, já tem a pré-vaga (ou vaga?) para a Sula de 2017. Já o Sport deve buscar o 12º lugar na Série A para ficar na mesma situação. E o Náutico, caso suba, ficaria numa hipotética fila, aguardando desistências (caso os clubes tenham que optar, conforme a segunda alternativa). Complicado? Demais. É o saldo da mistura entre Conmebol e CBF.

Decisão da Conmebol sobre a Libertadores e a Sul-Americana de 2017

Classificação da Série A 2016 – 27ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 27 rodadas. Crédito: Superesportes

Em duelos contra alvinegros, o Sport venceu o Santos, no sábado, na Ilha, e o Santa Cruz perdeu do Figueirense, em Florianópolis. Enquanto o rubro-negro respirou um pouco, numa rodada onde concorrentes também venceram, os corais afundaram de vez no Brasileirão, vendo a ameaça até da lanterna, hoje nas mãos do América Mineiro (dois pontos).

Sobre o rebaixamento, a cada rodada o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º, hoje o Figueirense. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado, resultaria em 44 pontos, um a mais que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…

As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 27 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 27 rodadas

Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 27 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 27 rodadas

Sport – soma 33 pontos em 27 jogos (40,7%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 13 pontos em 11 rodadas
…ou 39,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 4v-1e-6d, 3v-4e-4d, 2v-7e-2d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 11 pontos em 11 rodadas
…ou 33,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 3v-2e-6d, 2v-5e-4d, 1v-8e-2d  

Permanência: 85.0% (Infobola) e 83.8% (UFMG) 

Santa Cruz – soma 23 pontos em 27 jogos (28,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 23 pontos em 11 rodadas
…ou 69,6% de aproveitamento
Simulações mínimas: 7v-2e-2d, 6v-5e-0d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 21 pontos em 11 rodadas
…ou 63,6% de aproveitamento
Simulações mínimas: 6v-3e-2d, 5v-6e-0d

Permanência: 5.8% (UFMG) e 6.0% (Infobola) 

A 28ª rodada dos representantes pernambucanos 

01/10 (11h00) – Fluminense x Sport (Giulite Coutinho, Rio de Janeiro)
Histórico no Rio pela elite: 4 vitórias leoninas, 4 empates e 11 derrotas

03/10 (20h00) – Santa Cruz x Palmeiras (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 3 empates e 5 derrotas

Recorde de ex-campeões nas quartas de final da Copa do Brasil de 2016: oito times

O mata-mata final da Copa do Brasil de 2016. Crédito: CBF/youtube

Pela primeira vez, em 28 edições, todos os oito clubes classificados às quartas de final da Copa do Brasil chegam com status de “ex-campeões”. No currículo, ao menos uma taça para cada. Ao todo, 18 títulos, que correspondem a 66% de todas as copas já erguidas. Na reta final de 2016 seguem os recordistas Grêmio e Cruzeiro, tetracampeões, o atual campeão Palmeiras e uma surpresa, o Juventude, campeão em 1999 diante de 100 mil botafoguenses no Maracanã.

Curiosamente, o clube gaúcho definiu o último confronto, contra São Paulo. Embora tricampeão mundial. o tricolor paulista jamais conquistou a Copa do Brasil – foi vice em 2000, sofrendo um gol aos 45 minutos do segundo tempo. Ou seja, a zebra (?) garantiu um mata-mata 100% copeiro nesta temporada. Na manhã seguinte ao encerramento das oitavas de final, com a eliminação de nordestinos e cariocas, a CBF sorteou o chaveamento até a decisão. Nas quartas, decidem em casa Juventude, Inter, Palmeiras e Cruzeiro.

Pitacos para as semifinais?
Pelo blog: Atlético-MG x Santos e Palmeiras x Cruzeiro

Títulos da Copa do Brasil entre os quadrifinalistas de 2016
4 – Grêmio (1989, 1994, 1997 e 2001) e Cruzeiro (1993, 1996, 2000 e 2003)
3 – Corinthians (1995, 2002 e 2009) e Palmeiras (1998, 2012 e 2015)
1 – Inter (1992), Juventude (1999), Santos (2010) e Atlético-MG (2014)

Número de clubes campeões nas quartas de final em cada edição*
8 campeões – 2016
7 campeões – nenhuma edição
6 campeões – 1996 e 2015
5 campeões – 2013
4 campeões – 1997, 2004, 2009 e 2014
3 campeões – 1995, 1999, 2000, 2001 e 2010
2 campeões – 1992, 1993, 1994, 2003, 2006, 2008, 2011 e 2012
1 campeão – 1991, 1998, 2002 e 2005
Nenhum campeão – 1989, 1990 e 2007
*Obviamente, a pesquisa sobre os campeões vai até o ano de cada edição

Classificação da Série A 2016 – 26ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 26 rodadas. Crédito: Superesportes

Duas derrotas e rubro-negros e tricolores estacionados. No domingo, à tarde, o Sport perdeu do Coritiba, com uma baita colaboração do goleiro Agenor. À noite, o Santa Cruz perdeu do Santos, levando o terceiro gol aos 41 minutos do segundo tempo. A situação de ambos só não piorou porque os concorrentes diretos foram derrotados na 26ª rodada do Brasileirão, incluindo o Vitória, dentro de casa, e o Inter, superado pelo América Mineiro. Este agora está livre da possibilidade de ter a pior campanha da história dos pontos corridos, pertencente a outro América, o de Natal, com 17 pontos em 2007.

Sobre o rebaixamento, a cada rodada o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º, hoje o Vitória. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado, resultaria em 43 pontos, um a menos que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…

As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 26 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 26 rodadas

Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 26 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 26 rodadas

Sport – soma 30 pontos em 26 jogos (38,5%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 16 pontos em 12 rodadas
…ou 44,4% de aproveitamento
Simulações mínimas: 5v-1e-6d, 4v-4e-4d, 3v-7e-2d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 13 pontos em 12 rodadas
…ou 36,1% de aproveitamento
Simulações mínimas: 4v-1e-7d, 3v-4e-5d, 2v-7e-3d  

Permanência: 77.0% (Infobola) e 73.7% (UFMG) 

Santa Cruz – soma 23 pontos em 26 jogos (29,5%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 23 pontos em 12 rodadas
…ou 63,8% de aproveitamento
Simulações mínimas: 7v-2e-3d, 6v-5e-1d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 20 pontos em 12 rodadas
…ou 55,5% de aproveitamento
Simulações mínimas: 6v-2e-4d, 5v-5e-2d, 4v-8e-0d

Permanência: 11,9% (UFMG) e 11,0% (Infobola) 

A 27ª rodada dos representantes pernambucanos 

24/09 (18h30) – Sport x Santos (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 6 empates e 5 derrotas

25/09 (11h00) – Figueirense x Santa Cruz (Orlando Scarpelli)
Histórico em Floripa pela elite: nenhuma vitória coral, 1 empate e 1 derrota

As torcidas nas capitais brasileiras e o grau de envolvimento, via SPC/CNDL

As maiores torcidas do Brasil nas capitais em 2016. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Um estudo feito em conjunto pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), realizado em todas as capitais do país, mediu o grau de envolvimento do torcedor brasileiro, no acompanhamento das notícias, interesses pessoais, consumo de produtos oficiais e fidelidade no pay-per-view do futebol. O levantamento, claro, mensurou o tamanho das torcidas nas capitais, num raio de ação de quase 50 milhões de pessoas, dividindo até em subcategorias: aficionado, fã e simpatizante.

A pesquisa, aberta a entrevistados acima de 18 anos, traz algumas distorções, como qualquer levantamento. Na visão do blog, a maior é a ausência do Santa Cruz entre os 19 primeiros, abaixo do Náutico, o que não acontecia desde 1983, numa pesquisa da Gallup. O Sport aparece na liderança na região, empatado com o Vitória, que surpreende em Salvador. O fato de a pesquisa ser feita apenas em capitais talvez explique o leão pernambucano à frente de Cruzeiro e Galo, algo que jamais havia acontecido (e soa irreal). No interior mineiro, bem maior que o pernambucano e com maior presença local, a dupla de BH dispara.

Como o quadro do SPC apresenta percentuais dos clubes apenas entre as pessoas que torcem por algum time, o que corresponde a 87%, o blog recalculou todos os dados dentro do universo completo, 100%, incluindo a população à parte do futebol. Finalizando com a projeção absoluta através da estimativa populacional do IBGE, atualizada em 30 de agosto deste ano.

Confira o estudo completo clicando aqui e aqui.

SPC Brasil/CNDL / capitais brasileiras 2016
Período: 2016
Público: 712 (27 capitais)
Margem de erro: 3,9%
População estimada (IBGE/2016): 49.084.883

1º) Flamengo – 18,3% (8.982.533)
2º) Corinthians – 11,6% (5.693.846)
3º) São Paulo – 5,7% (2.797.838)
4º) Vasco – 5,5% (2.699.668)
5º) Palmeiras – 4,3% (2.110.649)
6º) Santos – 3,9% (1.914.310)
6º) Grêmio – 3,9% (1.914.310)
8º) Fluminense – 3,7% (1.816.140)
9º) Botafogo – 3,5% (1.717.970)
10º) Inter – 3,0% (1.472.546)
11º) Sport – 2,6% (1.276.206)
11º) Vitória – 2,6% (1.276.206)
13º) Cruzeiro – 2,3% (1.128.952)
14º) Bahia – 2,2% (1.079.867)
15º) Atlético-MG – 1,7% (834.443)
16º) Coritiba – 1,4% (687.188)
17º) Náutico – 1,3% (638.103)
18º) Fortaleza – 1,1% (539.933)
19º) Paysandu – 0,8% (392.679)

Outros times – 7,5% (3.681.366)
Sem clube – 12,9% (6.331.949)

Quantidade de produtos oficiais comprados por cada torcedor, anualmente:

Como as maiores torcidas do Brasil nas capitais acompanham notícias dos times. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Mídias em que o torcedor acompanha notícias de futebol: 

Como as maiores torcidas do Brasil nas capitais acompanham notícias dos times. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Consumo de pay-pew-view para assistir aos jogos (Brasileiro e Estaduais):

Gasto das maiores torcida do Brasil com pay-per-view em 2016. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

A amostragem da pesquisa por capital:

Amostragem da pesquisa de torcida nas 27 capitais brasileiras em 2016. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)