Ba-Vi na Fifa. Qual será o primeiro pernambucano?

Site da Fifa: Bahia x Vitória

Tradicionalíssimo, o clássico soteropolitano entre Bahia e Vitória é apontado por muitos como o maior clássico do Nordeste. Nesta quinta-feira, os torcedores baianos ganharam mais um bom argumento para sustentar essa antiga tese.

O confronto Ba-Vi entrou na exclusiva lista de Rivalidades Clássicas do site da Fifa.

Trata-se do primeiro clássico da região a entrar num grupo com os grandes duelos entre clubes em todo o mundo, como Real Madrid x Barcelona, Arsenal x Manchester United, Boca Juniors x River Plate, Milan x Internazionale etc.

Veja a página dedicada ao Ba-Vi clicando AQUI.

Até hoje já foram publicados 73 clássicos no site da Fifa desde 2009 (veja AQUI).

Outros oito embates  brasileiros listados até agora: Flamengo x Fluminense, Corinthians x Palmeiras, Flamengo x Vasco, Corinthians x São Paulo, Grêmio x Inter, São Paulo x Palmeiras, Cruzeiro x Atlético-MG e Botafogo x Fluminense.

O blog abre, então, a discussão para saber qual clássico pernambucano tem mais chances de entrar no rol da Fifa. Indique e argumente!

Clássico dos Clássicos (Náutico x Sport), Clássico das Emoções (Santa Cruz x Náutico) e Clássico das Multidões (Sport x Santa Cruz)

São Paulo além dos paulistanos

Flamengo vence o Bahia por 2 x 1 na final da Copa SP de Juniores de 2011. Foto: Flamengo/divulgação

A primeira final do futebol brasileiro em 2011 já aconteceu. A manhã de terça-feira reservou a decisão da tradicional Copa São Paulo de Juniores.

Dessa vez, nada de clubes de empresários, montados às pressas e sem qualquer apelo de “camisa”. A finalíssima foi disputada entre Flamengo e Bahia.

Em pleno aniversário da capital paulista, agora com 457 anos, o estádio do Pacaembu registrou a presença de quase 25 mil pessoas, com portões abertos.

Curiosos? Torcedores de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos? Nada disso. Foram torcedores legítimos do Fla e do Tricolor de Aço de Salvador, reconhecidamente os dois times “forasteiros” com mais torcedores na maior cidade do do país.

Um visual de clássico. Com mais gente até do que alguns jogos do próprio Paulistão…

No vídeo abaixo também vale destacar o clima de “final” da competição (vencida pelo Mengo, por 2 x 1), que caiu em desuso no futebol brasileiro após a implantação dos pontos corridos. Pode ser mais justo, ok. Mas que qualquer final anima, anima!

Artimanhas de um campeão

Livro: Futebol: Paixão e CatimbaPost em homenagem ao primeiro campeão brasileiro de futebol. Agora, oficialmente.

O Esporte Clube Bahia.

Campeão da Taça Brasil de 1959, primeiro torneio nacional a indicar um representante do país à Taça Libertadores da América (veja AQUI). Agora, unificado à Série A.

Na campanha, 14 jogos, com 9 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. Bateu o Santos na finalíssima, disputada no Maracanã.

No campo, a história é conhecida. E no extracampo? Nos bastidores…

Aí, é preciso ler ao ótimo livro “Futebol: Paixão & Catimba”, publicado em 1973, com frases do notável e folclórico dirigente do Tricolor de Aço, Osório Vilas Boas.

Como nem todas as histórias mostram um lado positivo do “Baêa”, o livro foi censurado durante muito tempo pelo clube.

Em um dos episódios, o cartola explica o mata-mata contra o Sport, no caminho para o título da Taça Brasil. Era uma melhor de 3. Na primeira, em Salvador, Bahia 3 x 2.

Na segunda, na Ilha do Retiro, com João Havelange na tribuna de honra, o Leão atropelou, por 6 x 0. Aí, ele narra a história até a vitória na negra, por 2 x 0, na Ilha.

Basta dizer que, na véspera do jogo, o dirigente pagou várias rodadas de cerveja para os jogadores do Sport… O time entrou cambaleando. Deu no que deu!

O livro completo está disponível na internet. Veja AQUI.

História fora do Eixo

Jogo de ida da final da Copa Sul-americana: Goiás 2x0 Independiente/ARG. Foto: Conmebol/divulgação

Uma observação um pouco além da Copa Sul-americana.

Na noite de quarta-feira, o Goiás venceu o Independiente, da Argentina, no jogo de ida da Copa Sul-americana e se aproximou do seu primeiro título internacional.

Mais. Este triunfo por 2 x 0 no Serra Dourada – na foto, Rafael Moura comemora o primeiro gol – deixou o Alviverde do Centro-Oeste com uma enorme chance de se tornar o primeiro clube fora do eixo Rio-SP-RS-MG (o chamado “G-12” do futebol brasileiro, veja abaixo) a conquistar um título oficial além das fronteiras do país.

Daí, o questionamento do post…

Qual foi o feito mais importante considerando apenas clubes de fora do G-12?

Caso o Goiás seja o campeão, o título da Copa Sul-americana seria o principal?

Abaixo, os títulos nacionais e as principais campanhas internacionais fora do G-12.

  • Campeonato Brasileiro – 1978 (Guarani), 1985 (Coritiba), 1987 (Sport), 1988 (Bahia) e 2001 (Atlético-PR)
  • Copa do Brasil – 1991 (Criciúma), 1999 (Juventude), 2004 (Santo André), 2005 (Paulista) e 2008 (Sport)
  • Taça Brasil – 1959 (Bahia)
  • Taça Libertadores (vice) – 2002 (São Caetano) e 2005 (Atlético-PR)
  • Copa Conmebol (vice) – 1999 (CSA)
  • Copa Sul-americana (campeão ou vice) – 2010 (Goiás)

G-12: São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos (SP); Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo (RJ); Grêmio e Internacional (RS); Cruzeiro e Atlético (MG).

Último ato profissional em 2010…

Jogadores do Santa Cruz desembarcam no Aeroporto de Salvador. Foto: Jamil Gomes, Santa Cruz/divulgação

Que a Copa Pernambuco é semiamadora, todo mundo sabe.

Ainda que a organização seja quase desse nível, o Campeonato do Nordeste de 2010 é uma competição de futebol profissional. Antes de juntar os cacos, lá vai o Tricolor.

Assim, o Santa Cruz deverá jogar a sua partida como profissional nesta terça-feira, em Feira de Santana, no interior baiano, encerrando a sua participação na 1ª fase.

A delegação coral já desembarcou na Bahia, com muitos rostos jovens e desconhecidos, como mostra a foto acima, no Aeroporto de Salvador.

Às 20h30, a Cobra Coral terá o clássico nordestino contra o Bahia. Às moscas?

O time até está focado no triunfo no estádio Joia da Princesa, mas a situação do Tricolor é crítica. Apenas uma grande combinação de resultados classifica os corais.

Veja a classificação do Nordestão, com clubes entre 11 e 14 jogos, AQUI. Em 17º lugar com 18 pontos, o Santa precisa vencer o Bahia para sonhar com a semifinal.

Depois, vai ter que secar Treze, CRB, Náutico e Ceará.

Abaixo, uma tentativa de explicação para as chances tricolores de classificação:

05/10 – América/RN x CRB – empate
07/10 – Sergipe x Náutico – empate ou vitória do Sergipe
20/10 – Vitória x Ceará – empate ou vitória do Vitória
27/10 – Ceará x Sergipe – empate ou vit. do Sergipe (se o Ceará ganhar do Vitória)
27/10 – Náutico x Vitória – empate ou vit. Vitória (se o Náutico bater o Sergipe)
27/10 – Treze x América/RN – vitória do América
17/11 – Vitória x Treze – vitória do Vitória

Matematicamente, o Santa também tem condições de ultrapassar o Vitória, hoje com 20 pontos. Porém, o rubro-negro baiano ainda vai jogar 3 vezes. Caso some um pontinho, já ficará na frente dos tricolores, pelo número de vitórias.

Chega logo, 2011…

Mano viu

Série B-2010: Sport 1 x 2 Bahia. Ciro, bem marcado e sem movimentar muito, pouco fez na derrota leonina na Ilha do Retiro. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

A “dica” havia sido dada pelo blog na sexta-feira (veja AQUI).

E, de fato, o técnico Mano Menezes assistiu ao clássico Sport x Bahia.

Não esteve na Ilha do Retiro, apesar da notícia ter sido ventilada. O comandante da Seleção Brasileira viu a vitória do Tricolor de Aço pela televisão, em um hotel no bairro de Stella Maris, em Salvador (veja AQUI).

Mano viajou discretamente para a capital baiana para conferir no Barradão ao jogo Vitória x Fluminense. Se não veio à Ilha, pelo menos não ignorou a partida.

Do lado do Sport, no entanto, o treinador não viu muita coisa.

Teoricamente, Ciro seria o principal nome a ser observado. Mas o atacante Ciro chegou a quatro partidas sem marcar um gol.

Esse jejum até acontece, ok. O que não deve ter agradado em nada ao treinador – que mira no jogador de 21 anos mais um candidato ao ataque na Olimpíada de 2012 – foi a postura de Ciro, que não se apresentou para o jogo.

Facilmente rendido na marcação, o artilheiro da Série B, com 13 gols, não se mexia.

Ciro não se deslocava e, justamente por isso, só era acionado com no mínimo dois marcadores por perto. Assim, restava pouco espaço para finalização. Pior. Acabou sendo substituído, e sem tanto apoio da torcida naquele momento do 2º tempo. A impaciência já era grande com os erros da equipe.

No gol rubro-negro, o principal jogador do Sport na temporada. Magrão, 33 anos. Técnica apuradíssima, mas a idade o impede de almejar a Canarinha.

Ovacionado já na entrada para o aquecimento no gramado, cerca de 20 minutos antes de a bola rolar, o goleiro teve uma atuação discreta no sábado. Não falhou nos gols. Porém, justamente diante do rival nordestino ele não operou milagres.

No lado do ascendente Bahia, a maior promessa era o ala-esquerdo Ávine, de 22 anos. Franzino, 1,71m  64 quilos, o jogador vem municiando bastante o setor ofensivo. Com contrato até junho de 2011, já tem muita gente de olho em pré-contratos.

Mas, assim como Mano, Ávine não veio ao Recife. Segue se recuperando de uma torção. Torceu, também, pela TV. E viu os jovens baianos aproveitarem a oportunidade no desfalcado time titular. Bahia 2 x 1.

O Clássico do Nordeste foi bem disputado, com estádio cheio e tudo mais. Para Mano, um bom programa no sábado à tarde, descansando no hotel. Como “trabalho” para garimpar possíveis selecionáveis, ainda não foi desta vez…

Brocou

Série B-2010: Sport 1 x 2 Bahia. Tricolor de Aço "broca" o Leão em plena Ilha, acabando com série invicta de 12 jogos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

No papel, a história parecia pronta para os leoninos.

Com oito desfalques no time titular e mais dois até mesmo no banco de reservas, restava ao Bahia se fechar na Ilha do Retiro e tentar acertar alguns contragolpes.

Dito e feito.

Mas o Tricolor Aço foi além. Acertou duas vezes.

Numa falha gritante de posicionamento pelo lado direito do Sport, zona de Renato, o Bahia abriu o placar, com Diego Corrêa driblando Magrão e tudo mais…

No minuto final do primeiro tempo, Daniel Paulista mandou um míssil de fora da área. Um prêmio justo ao centésimo jogo do volante com a camisa rubro-negra. Era o empate e o alento para os últimos 45 minutos.

Apesar da lista cheia de rabiscos na hora de escalar a equipe, o técnico tricolor, Márcio Araújo, ainda contava com um cérebro em campo.

Morais. Baixinho, rápido e com excelente visão de jogo, cadenciando a partida.

O Bahia, apenas com Morais no meio-campo, soube “brocar” o Sport, como se fala em Salvador, com “o” mesmo.

E saiu dos pés de Morais o segundo do Tricolor de Aço. Bahia 2 x 1.

Os rubro-negros criaram chances na primeira etapa e nem isso na segunda. O ataque não dominava a bola e o setor de criatividade parecia offline.

Muita marcação, pressão e frustração.

Em plena Ilha, neste sábado, a vitória de um visitante completamente desfigurado. Cai a invencibilidade de 12 jogos do Leão na Segundona.

O resultado manteve o Sport fora do G4 e deixou o Bahia quatro pontos acima do limite, numa posição mais confortável.

A Série A te espera, Bahia…

Olho na Ilha, Mano

Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira. Foto: CBF/divulgação

Mano Menezes.

Desde que o técnico gaúcho assumiu o comando da Seleção Brasileira, uma notícia bastante corriqueira é a sua quase onipresença em estádios brasileiros.

Mano acompanha com afinco aos times locais. Os astros e as promessas.

Já passou pelo Morumbi, Maracanã, Pacaembu, Engenhão, entre outros.

Esse “trabalho” não fica restrito ao treinador do Brasil.

Existe uma linha paralela para cobrir ainda mais partidas, com as presenças do assistente-técnico Sidnei Lobo e do analista de desempenho Rafael Vieira.

Em todas essas partidas, porém, existe algo em comum.

Foram jogos válidos pela Série A. Exclusivamente na elite.

Portanto, Mano… Por que não inovar ainda mais? Seria uma atitude condizente com a postura moderna de um técnico que já domina a rede do Twitter (veja AQUI).

Assista in loco a um confronto da Série B do Campeonato Basileiro.

Quer uma dica?

Sport x Bahia, sábado, 15h50, na Ilha do Retiro.

Os únicos clubes com títulos nacionais do Nordeste. Confronto direto focando uma vaga no G4 da competição. Jogo com as duas maiores torcidas da região.

Expectativa acima de 30 mil torcedores. Experiência e renovação nas duas camisas no gramado. Caso você não possa viajar ao Recife, encaminhe seus auxiliares.

Ou, então, veja na talevisão mesmo. Só não ignore o maior Clássico do Nordeste…

Sport x Bahia no Arruda?

Estádio do Arruda. Foto: André Albuquerque/Diario de Pernambuco

Sport x Bahia. Próximo sábado, às 15h50, com transmissão ao vivo para o país.

Após colocar 30 mil torcedores em dois jogos seguidos, a torcida rubro-negra vive a expectativa de quebrar o recorde de público a Série B de 2010.

Curiosamente, o recorde foi estabelecido no mesmo jogo, mas em Salvador. No dia 29 de maio, o estádio de Pituaçu recebeu 32.157 pessoas na vitória baiana por 2 x 0.

A carga de ingressos na Ilha do Retiro será de 32.500. Fora as pessoas que entram sem pagar, como autoridades, jornalistas, crianças e idosos (cerca de 8% do público).

Ou seja, existe a possibilidade de um público de 35 mil torcedores.

Número digno de um confronto direto pelo G4 da Segundona.

Mas, por que não 60.000 pessoas?

Em fóruns sobre o clube, torcedores do Sport vêm discutindo sobre a possibilidade de levar a partida para o Arruda. Os leoninos querem bater a marca de 50.879 torcedodores do rival Santa Cruz, na Série D, contra o Guarany.

Na teoria, o jogo contra o Bahia poderia, sim, levar mais de 50 mil ao Mundão. Com isso, a média leonina subiria para 18.573 pessoas em 12 jogos (hoje é de 15.716).

Mas existe uma série de impasses, como proprietários de cadeiras e camarotes, tempo útil para agendar a partida, estacionamento do clube etc. Na prática, não vai mudar.

Mas fica, pelo menos, a ideia…

Rubro-negro, você aprovaria a mudança de Sport x Bahia para o Arruda?

O sonho está acabando

Sonho

O fim do primeiro tempo no ABC Paulista era quase um sonho.

Digno do tal “carro-chefe” do Brasileiro da Série B de 2010.

Vitória parcial do Sport por 2 x 0 sobre o Santo André em uma rodada que também ajudava, com o empate entre Portuguesa e Bahia, no Canindé.

Jogando na Grande São Paulo, o Leão havia marcado com Igor e Ciro, em um confronto equilibrado até então, mas com a sorte de duas finalizações certas.

Até aquele momento, a diferença do pentacampeão pernambucano em relação ao G4 da Segundona caía para seis pontos.

Mas com uma zaga em uma fase tão ruim fica mesmo difícil acordar com uma realidade semelhante àquela do sonho. E a realidade, como sabemos, é um pouco mais cruel…

O suposto triunfo se transformou em uma ilusão numa tarde de sábado.

O Santo André pressionou bastante na etapa final. Ao todo, teve 17 escanteios, contra apenas 3 do time pernambucano.

Mesmo com o gol de cabeça, o capitão Igor seguia jogando o mesmo futebol abaixo da crítica das últimas rodadas. Hoje, culminou com uma expulsão.

Tudo bem que a sua falta saiu após um contra-ataque dado por Ciro, fominha lá na frente. Erros em sequência. Algo que não resulta em algo diferente de um tropeço.

Bola na área o tempo todo… Magrão espalmando no canto direito, no canto esquerdo, no alto… Só não dá para salvar sempre. E ele não conseguiu. O Ramalhão chegou ao empate aos 41 minutos, já com a neblina tomando conta do estádio.

Ali, 2 x 2. No Canindé, o Bahia atropelou e fez 4 x 2 na Lusa.

Consequência? O Sport acaba a 17ª rodada da Série B a 9 pontos do G4.

O time não perde há seis jogos. São 2 vitórias e 4 empates. Somou 10 pontos. Caminhada muito tímida, com o freio de mão puxado.

Hoje, o Sport está muito longe da volta à elite. O sonho está acabando.