Seleção desenterra recorde da PM

Eliminatórias da Copa-1993: Brasil 6 x 0 Bolívia

Um efetivo recorde, de 1.600 PMs. Este será o total de policiais militares durante o mega-esquema de segurança montado para o jogo da Seleção Brasileira, na próxima quarta-feira, contra o Paraguai.

Um fato que foi noticiado com destaque pelos jornais do Recife nesta quinta-feira, pois foi o dobro da marca anterior, de 800 oficiais (nos jogos dos Sport na Libertadores), segundo a assessoria da PM.

Tudo bem, a marca é recorde. Mas o efetivo máximo anterior foi bem próximo disso.

Exatos 1.500 policiais, em 1993. Curiosamente, no mesmo Arruda, com a mesma Seleção Brasileira. Também pelas Eliminatórias e diante do líder. Na ocasião, a Bolívia (foto). E também as mesmas medidas de segurança, como o isolamento de 200 metros antes do estádio e a proibição de ambulantes no entorno do Arruda.

Para checar a informação, basta clicar AQUI, no link do acervo digital do Diario com as edições daquela época.

Abaixo, outras curiosidades sobre a cobertura daquele jogo realizado em 29 de agosto de 1993 (um domingo).

1) Basta ler o título da matéria sobre a venda de ingressos para estudantes para entender: “Estudantes vivem dia de cão” (veja AQUI) Igual a 2009… 😯

2) A piscina do vestiário da Seleção (e do Santa Cruz), que acabou ser reformada para receber a delegação do Brasil, foi construída justamente para aquela partida de 93. Custou US$ 15 mil. Ou seja: a exigência de luxo é antiga mesmo.

3) Ao contrário dos 55 mil bilhetes colocados à venda desta vez, foram comercalizados 64 mil ingressoas há quase 16 anos. Isso porque a Fifa reduziu a capacidade em 70%, para evitar superlotação. Não adiantou… Acredite se quiser, mas o público daquele histórico 6 x 0 sobre a Bolívia foi de 96.990 pessoas (veja AQUI). Nada menos que o recorde do Arruda.

Foto: Arquivo/DP

“Bolívia 3” – semifinal definida

San JoséLa Paz x San José

Bolívar x Real Potosí

O San José segurou o empate sem gols com o Oriente Petrolero, em Santa Cruz de la Sierra, na noite desta quarta-feira, e ficou com a última vaga da semifinal do Playoff da Bolívia, que irá apontar o 3º representante do país na Libertadores de 2009.

Classificado, o representante de Oruro (foto) irá agora para La Paz, onde enfrentará o time da casa de mesmo nome no estádio Hernando Siles, no próximo domingo.

Vale lembrar que o campeão do Playoff boliviano enfrentará o 4º lugar do Brasileirão – em janeiro – por uma vaga no grupo do Sport na Libertadores.

“Bolívia 3” – Playoff na semifinal

Oriente Petrolero x San JoséOs jogos do último final de semana definiram três dos quatro semifinalistas do Playoff da Bolívia, que irá apontar o possível representante do país no grupo do Sport na Libertadores. Antes, o “Bolívia 3” fará um mata-mata contra o 4º lugar da Série A (hoje seria o Cruzeiro).

Pelo Playoff, Bolívar e Real Potosí irão se enfrentar em uma das chaves. Os dois times eliminaram Jorge Wilstermann e Real Mamoré (eu avisei que esse era fraco 😀 ), respectivamente. Já o La Paz, que tirou o tradicional Blooming nos pênaltis, ainda aguarda o adversário. Nesta quarta-feira, às 20h30 (horário do Recife), Oriente Petrolero e San José irão decidir a última vaga. A partida será em Santa Cruz de la Sierra, que – ao contrário de outras grandes cidades bolivianas – fica no nível do mar.

No primeiro jogo, no estádio Jesús Bermúdez, em Oruro, o San José aproveitou o mando de campo e venceu por 4 x 2 (foto), em 29 de novembro. O resultado só não foi melhor porque Hoyos marcou o segundo gol dos “refineros” nos descontos. Como o sistema é semelhante ao da Copa do Brasil, o Oriente precisará de uma vitória por 2 x 0 (ou 3 x 1) para avançar.

Jogo de ida: San José 4 x 2 Oriente PetroleroSão esperados mais de 20 mil torcedores para a partida. O time de Santa Cruz terá a volta do meia argentino Aguirre, que cumpriu suspensão automática no jogo de ida.

Títulos nacionais
18 – Bolívar
5 – Oriente Petrolero
2 – San José
1 – Real Potosí

Obs. As melhores colocações do La Paz foram os vice-campeonatos do Clausura/2007 e do Apertura/2008

15 anos da Redenção

Arruda superlotado para jogo da Seleção em 1993. Goleada sobre a Bolívia por 6 x 0!Em 29 de agosto de 1993, o estádio do Arruda recebeu o maior público de sua história. Foram 96.200 torcedores. Apaixonados por Sport, Santa Cruz e Náutico, mas que naquela tarde, há 15 anos, se uniram em prol da Seleção Brasileira, que teria uma partida complicadíssima contra a Bolívia.

O adversário era o líder do grupo B das Eliminatórias para a Copa de 1994, e contava com o craque Etcheverry, “El Diablo”. Um tropeço no Recife poderia deixar o Brasil com um pé fora do Mundial, pela primeira vez.

O time verde e amarelo até havia vencido o último jogo, mas a torcida vaiou a equipe no Morumbi, após o 2 x 0 sobre o Equador. Veio então o jogo no Recife. Carga de ingressos mais que esgotada. E nenhum torcedor brasileiro saiu triste. Goleada inesquecível, por 6 x 0 (fotos), com cinco gols apenas no primeiro tempo. Tomara que hoje à noite, contra a mesma Bolívia, no Rio, o Brasil volte a dar alegrias como nesse jogo.

Raí e Zinho comemoram um dos 6 gols do Brasil naquela tarde históricaBrasil 6 x 0 Bolívia (29/08/1993)

Local: Arruda. Árbitro: Oscar Velasquez (Paraguai). Gols: Raí aos 12, Muller aos 19, Bebeto aos 22, Branco aos 35 e Ricardo Gomes aos 44 minutos do primeiro tempo; Bebeto aos 13 do segundo. Cartão vermelho: Dunga. Cartões amarelos: Bebeto (B); Sandy e Juan Peña. Público: 96.200 torcedores (75 mil pagantes).

Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Branco; Mauro Silva, Dunga, Raí e Zinho (Palhinha);  Bebeto (Evair) e Muller. Técnico: Carlos Alberto Parreira

Bolívia: Trucco; Miguel Rimba, Quintetos, Marco Sandy e Cristaldo; Borja, Melgar, Baldivieso e Marco Antonio Etcheverry (Juan Peña); Erwin Sanchez e Ramallo (Alvaro Peña). Técnico: Xavier Azkagorta

Retrospecto geral – 24 jogos
18 vitórias do Brasil
2 empates
4 vitórias da Bolívia
86 gols do Brasil
26 gols da Bolívia

Último confronto: Bolívia 1 x 1 Brasil (9 de outubro de 2005, em La Paz)

Obs. O blogueiro, então com 12 anos, estava em um dos últimos degraus do anel superior do Arruda naquele jogo. Me lembro pouco dos gols, mas bastante da festa antes, durante e depois da partida.