Os 20 clubes da Copa do Nordeste 2018, com 11 já garantidos na fase de grupos

Os 20 clubes da Copa do Nordeste de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A composição da Copa do Nordeste de 2018 está quase pronta. Ao menos, já saíram os nomes dos 20 clubes classificados. Uma pendenga na justiça atrasou o campeonato maranhense, que só agora definiu os seus finalistas, Sampaio e Cordino. Como cada clube ganhou um turno, ambos asseguraram vaga na 15ª edição do torneio regional. Entretanto, com a reformulação da Lampions, ainda não é possível dizer para qual etapa cada um se classificou.

O próximo Nordestão terá a mesma quantidade de participantes estabelecida em 2015, vinte, mas agora terá uma fase preliminar envolvendo oito times, com os vencedores dos quatro mata-matas avançando à fase de grupos, com doze já assegurados. Ou seja, apenas o campeão maranhense tem vaga nesta segunda fase, com o vice tendo que largar no “Pré-Nordestão”. A decisão no Maranhão está marcada para os dias 15 e 21 de junho. E essa definição tem relação direta com o Santa, que disputará a primeira fase nordestina, uma vez que os oito clubes serão divididos em dois potes no sorteio, de acordo com o Ranking da CBF – no pote 1, o tricolor enfrentará um time do 2. Se o Cordino for campeão estadual, o pote 2 teria CSA, Parnahyba, Itabaiana e Fluminense de Feira de Santana. Caso o Sampaio fique com a taça, o pote 2 teria Parnahyba, Itabaiana, Flu e Cordino.

Devido ao ranking nacional vigente, divulgado em dezembro de 2016, Sport, Vitória, Bahia e Ceará já estão assegurados como cabeças de chave no sorteio dos grupos. Caso passe da etapa preliminar, o Santa Cruz ficaria no pote 2 do novo sorteio, junto a ABC, CRB, já confirmados neste patamar. Os demais dependem dos classificados do “pré”. A premiação da próxima Copa do Nordeste deve chegar a R$ 23 milhões, num aumento de 24% em relação a edição de 2017, vencida pelo Baêa. Os estreantes da vez são Parnahyba e Cordino – até hoje, 53 clubes já participaram do regional.

Fase preliminar (8 clubes, passando 4)
Santa Cruz (3º de PE) – 26º no Ranking da CBF
Treze (vice da PB) – 69º
Globo (vice do RN) – 77º
CSA (vice de AL) – 90º
Panahyba (vice do PI) – 100º
Itabaiana (vice de SE) – 117º
Fluminense de Feria (3º na BA) – 131º
Vice do MA (indefinido)

Fase de grupos (16 clubes, com 4 grupos de 4)
Sport (finalista do PE) – 17º
Vitória (campeão na BA) – 20º
Bahia (vice na BA) – 21º
Ceará (campeão no CE) – 23º
ABC (campeão no RN) – 31º
CRB (campeão em AL) – 37º
Botafogo (campeão na PB) – 46º
Salgueiro (finalista do PE) – 49º
Confiança (campeão em SE) – 56º
Altos (campeão no PI) – 136º
Ferroviário (vice no CE) – s/r
Campeão do MA (indefinido)

A definir (fase de grupos, campeão estadual; fase pré, vice)
Sampaio Corrêa (finalista do MA) – 36º
Cordino (finalista do MA) – s/r

Dados dos participantes da Copa do Nordeste 2018:

Alagoas
CRB (campeão alagoano): 13 participações, com 1 vice
CSA (vice): 11 participações, com 2 semifinais 

Bahia
Vitória (campeão baiano): 13 participações, com 4 títulos, 3 vices e 2 semis
Bahia (vice): 13 participações, com 3 títulos, 3 vices e 3 semifinais
Fluminense de Feira (3º lugar): 6 participações, com 1 vice 

Ceará
Ceará (campeão cearense): 12 participações, com 1 título, 1 vice e 2 semis
Ferroviário (vice): 2 participações, com 2 fases de grupos 

Maranhão
Sampaio Corrêa (finalista estadual): 3 participações, com 3 fases de grupos
Cordino (finalista estadual): estreante

Paraíba
Botafogo (campeão paraibano): 13 participações, com 1 semifinal
Treze (vice): 7 participações, com 1 semifinal 

Pernambuco
Sport (finalista estadual): 12 participações, com 3 títulos, 2 vices e 4 semis
Salgueiro (finalista estadual): 3 participações, com 2 quartas de final
Santa Cruz (3º lugar): 11 participações, com 1 título e 3 semifinais 

Piauí
Altos (campeão piauiense): 1 participação, com 1 fase de grupos
Parnahyba (vice): estreante 

Rio Grande do Norte
ABC (campeão potiguar): 12 participações, com 1 vice e 1 semifinal
Globo (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos 

Sergipe
Confiança (campeão sergipano): 9 participações, com 9 fases de grupos
Itabaiana (vice): 2 participações, com 1 quartas de final

O chaveamento da Copa do Brasil 2017, das quartas de final até a 29ª decisão

Chaveamento da Copa do brasil 2017. Crédito: Copa do Brasil/twitter (@CopadoBrasil)

A CBF sorteou o chaveamento definitivo da 29ª edição da Copa do Brasil. Além dos confrontos das quartas de final, com bons duelos, o caminho até o título de 2017. De cara, quatro duelos com história no torneio, com destaque para Palmeiras x Cruzeiro, que já decidiram o título em duas oportunidades.

As datas-base para os confrontos são as seguintes: ida em 28 de junho e 5 de julho, volta em 26 julho e 9 de agosto. A CBF só vai confirmar as datas a partir dos emparelhamentos (confrontos e tabela) da Liberta e da Sula, nas quais apenas o Cruzeiro está ausente entre os oito restantes na copa nacional. Por sinal, o sorteio sul-americano está agendado para 14 de junho, no Paraguai.

Em termos de premiação na Copa do Brasil, a vaga à semifinal vale R$ 1,5 milhão. Até aqui, Galo, Fogão, Fla, Peixe, Verdão, Furacão e o Tricolor Gaúcho arrecadaram R$ 2,245 milhões cada, pois estrearam apenas nas oitavas. Já o Cruzeiro, com cotas de seis fases, soma R$ 5,3 milhões,

Quem é o maior favorito nas quartas de final? E o maior candidato à zebra?

Atlético-MG 0 x 3 Botafogo
2007 – Botafogo (quartas)
2008 – Botafogo (quartas)
2013 – Botafogo (oitavas)

Mando de campo: Independência (ida) e Nilton Santos (volta)

Flamengo 0 x 1 Santos
2000 – Santos (quartas)

Mando de campo: Maracanã/Luso Brasileiro (ida) e Vila Belmiro (volta)

Grêmio 2 x 1 Atlético-PR
1996 – Grêmio (oitavas)
2013 – Atlético-PR (semifinal)
2016 – Grêmio (oitavas)

Mando de campo: Arena do Grêmio (ida) e Arena da Baixada (volta)

Palmeiras 2 x 1 Cruzeiro
1996 – Cruzeiro (final)
1998 – Palmeiras (final)
2015 – Palmeiras (oitavas)

Mando de campo: Allianz Parque (ida) e Mineirão (volta)

Número de classificações à semifinal
12 – Grêmio (5 títulos)
11 – Flamengo (3 títulos)
8 – Cruzeiro (4 títulos)
7 – Palmeiras (3 títulos)
5 – Santos (1 título)
4 – Atlético-MG (1 título)
3 – Botafogo (1 vice)
1 – Atlético-PR (1 vice)

Pitaco do blog na semifinal: Atlético-MG x Flamengo e Grêmio x Cruzeiro.

Na estreia de Luxa, Sport empata com o Botafogo e é eliminado da Copa do Brasil

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Sport 1x1 Botafogo. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Com problemas defensivos crônicos e com Rogério expulso mais uma vez, a reação do Sport acabou sendo insuficiente. Num campo pesadíssimo na Ilha, o rubro-negro até conseguiu igualar o marcador, com Durval, mas não saiu disso. O empate em 1 x 1 com Botafogo resultou na eliminação na Copa do Brasil. À vera, o leão perdeu a vaga no jogo de ida, no Rio, quando tomou a virada com um jogador mais, com Diego Souza desperdiçando um pênalti.

No Recife, uma vitória simples bastaria, mas com onze minutos o clube carioca já havia aberto o marcador – numa cena recorrente nos últimos jogos na Ilha, com o time tendo sistematicamente que buscar uma reversão. E vale o registro que foi um golaço. Durval saiu jogando muito mal, entregando a bola nos pés do adversário. Ex-Santa e muito bem no Fogão, João Paulo recuperou deu um ótimo passe, por cima, para Roger, ex-Sport. O atacante deu um corte humilhante em Matheus Ferraz e tocou por cima de Magrão. A partir dali, só a virada, para ao menos levar a disputa aos pênaltis – no que teria sido um interessante duelo Gatito x Magrão. Com 62% de posse de bola, o leão lutou e até criou algumas chances na primeira etapa, mas seguiu desorganizado – e ainda viu o Bota ter um gol muito mal anulado. Estreante na noite, o técnico Vanderlei Luxemburgo fez a sua primeira mudança aos 30 minutos. Colocou Lenis no lugar de Everton Felipe, para explorar a ponta. Acertou no substituto, mas errou o alvo. Rogério já estava mal em campo.

Aos 13 da segunda etapa, o atacante receberia o vermelho. Foi a segunda expulsão seguida em um jogo decisivo, na sequência da final regional na Fonte Nova. Acredite, o Sport melhorou depois. Chegou ao empate com o capitão, após escanteio cobrado Fabrício, e pressionou bastante na bola área (27 x 4!), sobretudo após a entrada de Marquinhos. Efetivamente, porém, não teve uma grande chance. Uma sucessão de erros recorrentes, em 2017, definiu a queda nas oitavas, num confronto cujo início foi até animador…

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Sport 1x1 Botafogo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Os campeões estaduais do Nordeste dentro do prazo da CBF em 2017: ABC, Botafogo, Ceará, Confiança, CRB e Vitória

O dia 7 de maio marcou o encerramento dos campeonatos estaduais, país afora, seguindo o calendário oficial da CBF. Alguns terminaram até antes, enquanto outros precisaram extrapolar o prazo. No Nordeste, seis dos nove estados conheceram os seus campeões de 2017. As exceções foram Maranhão, com um imbróglio jurídico, Pernambuco, com a decisão adiada para 18/06 por falta de datas, e Piauí, ainda em andamento no returno. Abaixo, a turma que já levantou a taça, mirando agora o Brasileirão.

Entre os pitacos do blog sobre os campeões de 18 finais, apenas oito acertos: Vitória, Ceará, Brasiliense, Paysandu, Botafogo, Flamengo, ABC e Chapecoense. Ainda falta uma na lista, justamente a do Cornélio de Barros.

ABC campeão potiguar de 2017. Foto: ABC/divulgação

ABC (54º título no RN) – 18 jogos; 13 vitórias, 3 empates e 2 derrotas
O alvinegro de Natal foi o primeiro a comemorar no país, em pleno feriado de 1º de maio. Empate sem gols no Frasqueirão, segurando a vantagem obtida na ida contra o Globo, quando fez 1 x 0. O troféu do recordista de títulos estaduais foi erguido pelo capitão Oswaldo, o zagueiro emprestado pelo Sport.

Botafogo campeão paraibano de 2017. Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Botafogo (28º título na PB) – 22 jogos; 16 vitórias, 2 empates e 4 derrotas
O Belo esteve nas últimas cinco finais paraibanas. Após o bi em 13/14, foi vice em 15/16, voltando a erguer a taça diante do Treze. Fez o resultado em Campina Grande (2 x 3), empatando na capital, em um Almeidão lotado.

Ceará campeão cearense de 2017. Foto: Ceará/divulgação

Ceará (44º título no CE) – 16 jogos; 12 vitórias, 3 empates e 1 derrota
Em 2016, não chegou nem à semifinal, custando a vaga no Nordestão. Desta vez, o foco foi total. Na decisão, o Vozão venceu o Ferroviário duas vezes, evitando a partida extra. Destaques para o campeoníssimo técnico Givanildo Oliveira e para o atacante Magno Alves, rendendo aos 41 anos.

Confiança campeão sergipano de 2017. Foto: Confiança/divulgação

Confiança (21º título no SE) – 21 jogos; 13 vitórias, 5 empates e 3 derrotas
O time proletário tropeçou no Batistão, mas foi buscar a taça no interior, lá em Itabaiana. Venceu com um gol de Thiago Silvy aos 27 minutos do segundo tempo. Foi o 3º título em 4 anos. Valeu também a volta à Lampions.

CRB campeão alagoano de 2017. Foto: Federação Alagoana de Futebol (FAF)/divulgação

CRB (30º título em AL) – 19 jogos; 12 vitórias, 6 empates e 1 derrota
O Galo da Pajuçara sagrou-se tricampeão ao vencer o CSA nos dois jogos da decisão no Rei Pelé, com o falastrão Neto Baiano comandando a festa. Após boa Série B na última temporada, o clube manteve o domínio local.

Vitória campeão baiano de 2017. Foto: Vitória/divulgação

Vitória (29º título na BA) – 14 jogos; 11 vitórias e 3 empates
Sob comando interino de Wesley Carvalho na decisão, o leão da barra foi campeão invicto pela 4ª vez, sendo o 12º título estadual numa final contra o Bahia. Como foi a primeira decisão baiana com torcida única, por questão de segurança, todos os 30 mil espectadores comemoraram no fim.

Sport perde de virada do Botafogo, com um jogador a mais e pênalti desperdiçado

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Botafogo 2x1 Sport. Foto: Vitor Silva/SS Press/Botafogo

O Sport teve tudo para construir uma boa vantagem no Engenhão. Vencia o Botafogo por 1 x 0, num golaço de Samuel Xavier, jogava com um a mais e tinha a posse de bola. Estava sob controle. Entretanto, o time rubro-negro acabou confundindo isso com ‘facilidade’. Justamente no primeiro jogo contra um adversário de Série A nesta temporada, já em sua 28ª apresentação. Sem criatividade à frente, numa rotação abaixo do adversário – que também vem numa maratona -, o leão acabou tendo que digerir um duro revés, 2 x 1.

Em tese, o resultado da ida das oitavas da Copa do Brasil deixa o time vivo para a volta na Ilha, só em 31 de maio, mas a forma como aconteceu deixa o sinal amarelo ligado. Jogando de forma inteligente, não tinha como sofrer um contragolpe com três botafoguenses diante de dois leoninos, os zagueiros. Essa exposição cabia ao próprio Bota, que mesmo em desvantagem não se lançou ao ataque, talvez consciente do problema causado na expulsão de Bruno Silva, aos 42 minutos. Imagine, então, esse lance acontecendo não uma, mas duas vezes na segunda etapa. Em ambos, em erros do Sport. No primeiro, um recuo errado de Lenis para Rithely, que foi desarmado facilmente. No segundo, a bola perdida na entrada da área carioca (isso mesmo). Segundos depois, em ambos, Guilherme avançou pela esquerda, apenas acompanhado por Matheus Ferraz, sem direito a bote. Com tanto espaço, o atacante mandou para as redes de Magrão.

Um gol sofrido aos 11 e outro aos 37. No meio disso, um pênalti desperdiçado por Diego Souza (grande defesa de Gatito Fernández, já com histórico na Liberta) e uma bola na trave de Matheus Ferraz. E incontáveis passes curtos sem objetividade, diferente do que se esperava para o time titular, numericamente em vantagem no campo durante 55 dos 97 minutos. Ainda é digno de registro, claro, o trabalho de Ney Franco, que não alterou a postura da equipe no segundo tempo, além das trocas, as duas primeiras após os amarelos sofridos (Fabrício/André e Ronaldo/Rodrigo). Poderia ser coincidência, mas no Clássico dos Clássicos ocorreu o mesmo. E a contrapartida com as mudanças, domingo e quarta, foi um time pior.

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Botafogo 2x1 Sport. Foto: Vitor Silva/SS Press/Botafogo

Oitavas da Copa do Brasil de 2017 com Atlético-PR x Santa e Botafogo x Sport

Oitavas de final da Copa do Brasil de 2017. Crédito: CBF/facebook

A CBF sorteou os oito confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil de 2017, com nove campeões entre os 16 participantes. Por sinal, finalmente ocorreu a estreia dos 11 pré-classificados, incluindo o tricolor, somados aos cinco clubes oriundos das quatro fases anteriores, entre eles o rubro-negro. No Rio, as bolinhas determinaram Atlético-PR x Santa e Botafogo x Sport.

O sorteio foi dirigido, com a divisão de dois potes, com os times presentes na Libertadores no pote A e os demais, incluindo os dois pernambucanos, no pote B. Logo, apenas duelos A x B. No viés local, saíram duelos inéditos.

A última participação do estado nas oitavas havia sido em 2013, com o Salgueiro. Já uma dupla presença não ocorria desde 2010, justamente com os rivais das multidões. Indo além disso no torneio é preciso voltar a 2008, quando o leão caminhou bastante, até o título nacional. Ao todo, o futebol pernambucano já chegou sete vezes às quartas, com Sport (5) e Náutico (2).

Qual é a chance de repetir a classificação às quartas em 2017?

Quem estreia na 5ª fase, o caso coral, recebe R$ 1,05 milhão, sem direito às cotas anteriores. O Sport, que eliminou por CSA, Sete de Dourados, Boavista e Joinville, já soma R$ 3,88 milhões. A classificação às quartas vale R$ 1,195 milhão. Na próxima fase haverá um novo (e definitivo) sorteio, com pote único.

Mando de campo nos confrontos:
Santa Cruz (ida, 10/05, 21h45)  x Atlético-PR (volta, 31/05, 19h30)
Grêmio (ida, 17/05, 21h45) x Fluminense (volta, 31/05, 19h30)
Flamengo (ida, 10/05, 19h30) x Atlético-GO (volta, 24/05, 21h45)
Palmeiras (ida, 17/05, 21h45) x Internacional (volta, 31/05, 21h45)
Botafogo (ida, 26/04, 21h45) x Sport (volta, 31/05, 21h45)
Santos (ida, 26/04, 19h30) x Paysandu (volta, 10/05, 21h45)
Cruzeiro (ida, 03/05, 21h45) x Chapecoense (volta, 31/05, 21h45)
Paraná (ida, 10/05, 21h45) x Atlético-MG (volta, 24/05, 21h45)

Os rankings de dívidas fiscais dos clubes brasileiros com a Previdência e a União

Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN)

O Sportv divulgou um interessante levantamento sobre as dívidas dos clubes brasileiros junto à Previdência, colhendo dados diretamente na Procuradora Geral da Fazenda Nacional, a PGFN. Somando todos os times, chega-se a R$ 800 milhões – o rombo previdenciário do país é de R$ 450 bi. A lista traz os quatro grandes do futebol carioca entre os cinco primeiros colocados, deixando claro como a gestão no Rio foi mal tratada durante muito tempo.

Entretanto, o ranking é extenso, com o Trio de Ferro do Recife presente, com Náutico 9º, Santa 13º e Sport 19º. Essas dívidas serão parceladas no acordo com o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, o Profut. O programa, sancionado pelo governo federal em 5 de agosto de 2015, tem como objetivo refinanciar as dívidas fiscais dos clubes em até vinte anos, com a primeira parcela sendo paga em 2018.

As maiores dívidas com a Previdência (abril/2017)
1º) R$ 83.863.163  Flamengo 
2º) R$ 54.950.505  Atlético-MG
3º) R$ 49.785.558  Fluminense
4º) R$ 45.667.430  Botafogo
5º) R$ 41.757.794  Vasco
6º) R$ 41.722.323 – Corinthians
7º) R$ 37.356.576 – Portuguesa
8º) R$ 34.474.615 – Guarani
9º) R$ 22.572.074 – Náutico
10º) R$ 16.878.668 – Vitória

As dívidas dos principais clubes do NE com a Previdência (abril/2017)
1º) R$ 22.572.074 – Náutico
2º) R$ 16.878.668 – Vitória
3º) R$ 14.907.200 – Santa Cruz 
4º) R$ 13.741.000 – Bahia 
5º) R$ 9.633.404 – Sport
Subtotal – 77,7 milhões de reais

A reportagem assinada por Fred Justo focou nas dívidas previdenciárias. Porém, a dívida com o poder público é bem maior. No futebol pernambucano, por exemplo, existem pendências de tributos federais, FGTS, INSS e demandas com a Justiça do Trabalho e com a Prefeitura do Recife.

Nesta escala ampla, o banco Itaú BBA esmiuçou os últimos balanços oficiais dos clubes, resultando no relatório Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros de 2016Para fins de avaliação, o banco utilizou “todas as dívidas fiscais registradas no passivo exigível a longo prazo”, que em tese abarcam todos os tributos renegociados. Assim, a dívida fiscal absoluta dos 27 clubes analisados chegou a 3,2 bilhões de reais (lista abaixo). O Botafogo, por exemplo, teria R$ 490 milhões a mais em relação ao ranking acima.

As maiores dívidas fiscais do futebol brasileiro (julho/2016)
1º) R$ 535 milhões – Botafogo
2º) R$ 347 milhões – Flamengo
3º) R$ 268 milhões – Vasco
4º) R$ 258 milhões – Atlético-MG
5º) R$ 237 milhões – Fluminense
6º) R$ 190 milhões – Corinthians
7º) R$ 167 milhões – Cruzeiro
8º) R$ 166 milhões – Santos
9º) R$ 146 milhões – Bahia
10º) R$ 124 milhões – Coritiba

As dívidas fiscais dos principais clubes do NE (julho/2016)
1º) R$ 146 milhões – Bahia
2º) R$ 115 milhões – Náutico
3º) R$ 47 milhões – Sport
4º) R$ 26 milhões – Santa Cruz
5º) R$ 25 milhões – Vitória
Subtotal – 359 milhões de reais

Neste emaranhado, ainda há outro ranking. Há dois anos, a ESPN apresentou um relatório sobre as dívidas dos clubes na União (abaixo), também apurado junto à PGFN, mas sem detalhar a área. Vale destacar que a partir de 2018 o clube que disputar a Série A “não poderá ter dívidas perante a administração pública”, segundo a recém-criada Licença de Clubes da CBF. A regularização de todos os pagamentos – obtendo as certidões negativas – já seria suficiente para o cumprimento do item 30, que também será aplicado nas demais séries de forma escalonada: B (2019), C (2020) e D (2021). Haja Profut…

As maiores dívidas com a União (fevereiro/2015)
1º) R$ 284,2 milhões – Atlético-MG 
2º) R$ 235,0 milhões – Flamengo 
3º) R$ 215,4 milhões – Botafogo 
4º) R$ 186,5 milhões – Corinthians 
5º) R$ 173,9 milhões – Fluminense 
6º) R$ 148,8 milhões – Vasco 
7º) R$ 129,6 milhões – Internacional 
8º) R$ 101,9 milhões – Guarani 
9º) R$ 73,8 milhões – Palmeiras 
10º) R$ 68,6 milhões – Portuguesa

As dívidas dos principais clubes do NE com a União (fevereiro/2015)
1º) R$ 59,1 milhões – Sport
2º) R$ 50,3 milhões – Vitória

2º) R$ 45,6 milhões – Náutico
3º) R$ 42,4 milhões – Santa Cruz
4º) R$ 21,7 milhões – Bahia
Subtotal – 219,1 milhões de reais

Obs. Com a diferença de um ano em cada lista, obviamente é possível a mutação da dívida, para mais ou para menos.

Os patrocínios privados e estatais dos clubes da Série A de 2017, via Ibope

Patrocinadores dos clubes da Série A de 2017. Fonte: Ibope-Repucom

A dois meses do início do Campeonato Brasileiro de 2017, o Ibope-Repucom fez um levantamento com todos os patrocinadores fixos dos vinte clubes da elite. Ao todo, são 38 marcas estampadas nos uniformes (master, manga, ombro e barra) e 8 fornecedoras de material esportivo, considerando o critério do instituto: “A análise abrange apenas patrocínios de camisa, sem patrocínios pontuais”.

A marca mais presente é, de forma disparada, a da Caixa Econômica Federal, exposta em 16 clubes, incluindo os três nordestinos. Sport, Bahia e Vitória devem ganhar na faixa de R$ 6 milhões/ano, o mesmo montante desde 2014. Entre os patrocinados da Caixa, quatro só contam com a instituição bancária na camisa – o Flu também tem uma marca, a Frescatto, mas com o master vago.

Sobre as fabricantes, a Umbro tomou a dianteira da Adidas (7 x 5), com a Nike, outra gigante global, representada apenas pelo Corinthians – que, coincidência ou não, detém o maior acordo anual. Já o Leão da Ilha  segue com a Adidas pelo 4º ano, mas com a cifra ainda não detalhada no balanço financeiro. Enquanto Timão, Fla e São Paulo ganham mais das fabricantes que dos patrocinadores regulares, o Palmeiras vai totalmente na contramão, com a Crefisa valendo quase 4x a verba da Adidas. No atual campeão brasileiro, a empresa (de uma conselheira do alviverde) paga por espaços na parte frontal, costas e ombros.

A seguir, os valores dos contratos já divulgados (ou estimados) na imprensa…

Maiores contratos com fornecedoras de material esportivo em 2017:
1º) R$ 40,0 milhões/ano – Corinthians/Nike (2016-2025)
2º) R$ 35,0 milhões/ano – Flamengo/Adidas (2013-2022)

3º) R$ 27,0 milhões/ano – São Paulo/Under Armour (2015-2019)
4º) R$ 20,0 milhões/ano – Palmeiras/Adidas (2017-2018)
5º) R$ 17,0 milhões/ano – Grêmio/Umbro (2015-2018)
6º) R$ 14,5 milhões/ano – Vasco/Umbro (2014-2017)
7º) R$ 13,0 milhões/ano – Botafogo/Topper (2016-2018)
7º) R$ 13,0 milhões/ano – Atlético-MG/Topper (2017-2020)
9º) R$ 10,0 milhões/ano – Cruzeiro/Umbro (2016-2019)

Nº de clubes por fornecedoras de material esportivo:
7 – Umbro
5 – Adidas
2 – Topper e Under
1 – Numer, Nike, Kappa e Puma

Maiores contratos de patrocínio-master em 2017:
1º) R$ 72,0 milhões – Palmeiras (Crefisa – privado)
2º) R$ 30,0 milhões – Corinthians (Caixa)
3º) R$ 25,0 milhões – Flamengo (Caixa)*
4º) R$ 15,7 milhões – São Paulo (Prevent Senior – privado)
5º) R$ 15,0 milhões – Santos (Caixa)
6º) R$ 12,9 milhões – Grêmio (Banrisul)
7º) R$ 12,5 milhões – Cruzeiro (Caixa)
7º) R$ 12,5 milhões – Atlético-MG (Caixa)
9º) R$ 9,0 milhões – Vasco (Caixa)
* O contrato prevê até mais R$ 5 milhões por desempenho esportivo

Nº de clubes por patrocínio-master:*
16 – Caixa Econômica
1 – Banrisul, Crefisa e Prevent Senior
* O Fluminense é o único com o espaço vago

Confira o levantamento do Ibope-Repucom numa resolução melhor aqui.

Patrocinadores dos clubes da Série A de 2017. Fonte: Ibope-Repucom

Série C com acesso nas quartas de final pelo 6º ano. A notícia foi não ter mudança

Quartas de final da Série C. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Série C passou a ter um calendário mais longo em 2012, com 18 rodadas na primeira fase. No ano anterior, por exemplo, foram apenas oito, com os clubes eliminados ficando sem jogos em 18 de setembro. Na reformulação, a etapa foi esticada até o fim de outubro. Entretanto, apesar do longo classificatório, seria preciso avançar em um mata-mata para conquistar o acesso. Ainda que o título seja o bônus, valia mesmo passar das quartas de final. Até hoje.

Após o drama do Fortaleza, com eliminações no Castelão para Macaé, Brasil de Pelotas e Juventude, esperava-se um regulamento priorizando a “regularidade” na fase final, em dois quadrangulares. No conselho técnico do Brasileiro, na sede da CBF, no Rio, a mudança era tida como “certa”. Pois foi um curioso caso no qual a notícia foi a ausência de novidade. A CBF alegou o alto custo do torneio (sem grande receita de TV) e os clubes mantiveram a regra vigente.

Portanto, a terceira divisão terá a mesma fórmula pelo 6º ano seguido, com dois grupos de dez times, com jogos dentro das chaves (ida e volta, 18 ao todo). Os quatro melhores de cada grupo avançam às quartas, com cruzamento olímpico.

Será que o Castelão vai encher de novo?

Relembre os mata-matas: 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.

Desempenho nas quartas de final (2012-2016)
Acessos – SP 3; PA, GO, MG e RS 2; SC, CE, MA, MT, PE, RJ, AL, PR e RN 1
Eliminações – CE e RJ 4; PB, MG, AL e SP 2; MT, RS, PE e SE 1

Em 2017 são 8 nordestinos (incluindo o Salgueiro), ou 40% do torneio.

Santa Cruz negocia João Paulo com o Botafogo, na 30ª venda milionária de PE

João Paulo em ação no Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Após duas temporadas vestindo a camisa do Santa Cruz, João Paulo acertou com o Botafogo, rendendo R$ 3 milhões ao clube pernambucano. Trata-se da 30ª venda milionária do futebol local, considerando o Plano Real, desde 1994.

Considerando a moeda nacional, foi a maior transação da história tricolor, a 6ª no geral. Porém, na conversão com o dólar, o jogador fica atrás dos atacantes Pantera (1996) e Gilberto (2011), entre os corais, e 16º entre todos os nomes. A ressalva é importante por causa da cotação do real, tendo peso maior ou menor no mercado ao longo dos anos – apesar de o euro ser a moeda mais utilizada hoje em dia no futebol internacional, o blog opta pelo dólar uma vez que a moeda europeia só foi criada em 1999, sendo impossível calcular valores anteriores.

Os números de João Paulo ainda podem aumentar consideravelmente, uma vez que o clube coral detinha 100% dos direitos econômicos e negociou apenas 60%. Ao todo, o meia valeria na prática R$ 5 milhões. Em caso de venda total, JP subiria para 3º (real) e 7º (dólar). O dado final será mensurado pelo desempenho no alvinegro carioca. Longe do Arruda, mas ainda rendendo…

Sobre as negociações milionárias no estado (R$):
Nº de jogadores vendidos (30): Sport 15, Náutico 9, Santa Cruz 5, Porto 1
Nº de jogadores comprados (7): Sport 6, Náutico 1

Abaixo, a lista de atletas negociados. O levantamento considera as receitas obtidas pelos clubes locais, à parte de percentuais de investidores.