Ranking Feminino da CBF em 2017 com Vitória (2º), Sport (22º) e Náutico (30º)

Ranking Nacional Feminino de 2017, com pontuação válida para 2018. Crédito: CBF/reprodução

A CBF divulgou a 6ª versão do ranking de clubes do futebol feminino, cuja lógica é a mesma do masculino, pontuando as últimas cinco temporadas, com pesos distintos, com vantagem para os anos mais recentes. A lista conta com 82 clubes – ou 138 a menos que a lista masculina. É interessante ressaltar a diferença uma vez que a confederação brasileira criou a Licença de Clubes, um documento que chancela as participações dos clubes em competições oficiais – com prazos escalonados, sendo o primeiro na Série A, em 2018. No Trio de Ferro, apenas o Santa Cruz ainda não atende à exigência, com o Sport presente na 1ª divisão feminina de 2018 e o Náutico na 2ª divisão. No entanto, voltando ao ranking feminino, a melhor posição é a da Acadêmica Vitória, vice-líder há quatro temporadas, sempre atrás do São José, de São Paulo.

Confira os critérios de pontuação do ranking feminino clicando aqui.

Líderes do ranking
2012 – 6.100 pontos (São Francisco-BA)
2013 – 9.800 pontos (São José-SP)
2014 – 12.560 pontos (São José-SP)
2015 – 14.520 pontos (São José-SP)
2016 – 15.440 pontos (São José-SP)
2017 – 13.040 pontos (São José-SP)

Top Ten do Nordeste em 2017 (lista válida para 2018)
1º) Vitória-PE (11.882 pontos; 2º lugar geral)
2º) São Francisco-BA (11.594 pts; 3º)
3º) Caucaia-CE (7.872 pts; 11º)
4º) Viana-MA (6.780 pts; 15º)
5º) Tiradentes-PI (6.136 pts; 17º)
6º) Vitória-BA (4.444 pts; 21º)
7º) Sport-PE (4.264 pts; 22º)
8º) Botafogo-PB (4.256 pts; 23º)
9º) União-AL (3.020 pts; 28º)
10º) Náutico-PE (2.792 pts; 30º)

A evolução no ranking das principais forças pernambucanas:

Vitória
2012 – 3º (5.370), campeão PE
2013 – 3º (9.200), Série A1 (5º) e campeão PE
2014 – 2º (11.768), Série A1 (7º) e campeão PE
2015 – 2º (13.070), Série A1 (14º) e campeão PE
2016 – 2º (13.752), Série A1 (10º) e campeão PE
2017 – 2º (11.882), Série A1 (13º) e vice PE

Sport
2012 – 37º (880), vice PE
2013 – 22º (2.200), vice PE
2014 – 15º (4.760), Série A1 (19º) e vice PE
2015 – 20º (3.728)
2016 – 27º (2.696)
2017 – 22º (4.264), Série A1 (9º) e campeão PE

Náutico
2012 – não aparece na lista
2013 – não aparece na lista
2014 – 27º (2.280), Série A1 (17º)
2015 – 28º (2.324), vice PE
2016 – 31º (2.268)
2017 – 30º (2.792), Série A2 (15º)

Leia sobre a decisão do último título pernambucano da categoria aqui.

Sport, Náutico e Vitória emplacam 10 das 22 convocadas da lista regional do Brasil

Emily Lima durante o primeiro treino da "convocação de observação", com atletas do Sul e Sudeste, em 02/2017. Foto: Kin Saito/CBF

Emiliy Lima assumiu o comando da Seleção Brasileira feminina em 2016, após os Jogos Olímpicos do Rio. Imersa no cenário da modalidade, a treinadora paulista, então com 36 anos, sugeriu à direção da CBF a criação de convocações regionais para a seleção principal para períodos de observação – à parte das poucas estrelas, como Marta e Cristiane. Então, em 2017, o calendário trouxe quatro momentos pontuais de treinamento na Granja Comary, em Teresópolis, com listas distintas em relação aos estados.

Para isso, a comissão avaliou durante quase um ano os 19 campeonatos estaduais em vigor, com 150 times envolvidos, além das Séries A1 e A2 do Brasileiro. Neste caso, com Sport e Acadêmica Vitória na primeira divisão e Náutico na segunda. E o trio, que já disputou o Estadual de 2017, se destacou na segunda convocação regional do ano, com sete estados nordestinos. Eis a divisão dos 22 nomes: PE 10, RN 5, CE 3, BA 2, AL 1 e PB 1.

Do futebol local foram chamadas Lorena (goleira), Bruna (zagueira), Indryd (meia) e Juliana (atacante) do Sport; Débora (zagueira), Mayara (meia) e Ana (atacante) do Náutico; Stefane (goleira), Joyce (lateral) e Paloma (meia) do Vitória. Na visão do blog, a ideia é interessante, pois dialoga com a categoria, ainda semi-amadora, produzindo uma grande peneira nacional.

Da primeira convocação, sete jogadoras tiveram oportunidades em amistosos.

1ª convocação (6 a 10 de fevereiro): ES, MG, PR, RJ, RS, SC e SP

Corinthians (7), Santos (5), Flamengo (3), Rio Preto-SP (3), Kindermann-SC (2), América-MG (1), Ponte Preta (1), Foz Cataratas-PR (1), Vila Nova-ES (1) e 2 atletas sem clube

2ª convocação (21 a 26 de agosto): AL, BA, CE, PB, PE, RN e SE

Sport (4), Náutico (3), Acadêmica Vitória (3), Vitória-BA (2), Cruzeiro-RN (2), Caucaia-CE (2), Alecrim-RN (2), União Desportiva-AL (1), São Gonçalo-CE (1), Botafogo-PB (1) e União-RN (1)

3ª convocação (2 a 7 de outubro): GO, PI, MA, MS, MT e TO

4ª convocação (6 a 11 de novembro): AC, AM, AP, PA, RO e RR

Com duas divisões, o Brasileiro Feminino tem premiação de R$ 65 mil a R$ 335 mil

Campeonato Brasileiro de futebol feminino. Foto: Robson Fernandjes / ALLSPORTS / CBF

O Campeonato Brasileiro de futebol feminino foi criado pela CBF em 2013, após diversas disputas intermitentes desde 1983. Porém, a categoria vive às margens em termos de investimento. Na prática, conta com o aporte da Caixa Econômica Federal, com R$ 10 milhões/ano. O dinheiro é usado para bancar viagens e hospedagens dos times, além das modestas premiações (quadro abaixo). Para 2017, a confederação criou uma segunda divisão. Agora, são duas séries com 16 clubes e regulamentos semelhantes, com R$ 2,59 milhões na Série A1 e R$ 1,27 milhão na Série A2 – na primeirona estão dois times pernambucanos.

A Acadêmica Vitória, heptacampeã estadual, participa pela 5ª vez seguida. Vice da Copa do Brasil em 2011 e 2013, o tricolor da zona da mata nunca chegou na semi do Brasileiro. Terá a companhia do Sport, que reativa o departamento feminino após dois anos. Curiosamente, após a criação da regra da Conmebol, que passa a exigir times femininos para chancelar vagas internacionais a partir de 2019. O clube, vice da Copa do Brasil em 2008, é um dos sete que também estão no Brasileirão 2017 – aliás, obteve a vaga através deste critério.

Participações pernambucanas no Brasileiro
2013 (20 clubes) – Vitória (5º)
2014 (20 clubes) – Vitória (7º), Náutico (17º) e Sport (19º)
2015 (20 clubes) – Vitória (14º)
2016 (20 clubes) – Vitória (10º)
2017 (16 clubes) – Vitória e Sport

1ª divisão (Série A1)
16 clubes, com dois grupos de oito clubes. Os times jogam dentro dos grupos em turno e returno (14 rodadas), com os quatro melhores de cada avançando às quartas (mata-mata em ida e volta). Os dois últimos são rebaixados à A2.
Calendário mínimo: 14 jogos
Calendário máximo: 20 jogos

2ª divisão (Série A2)
16 clubes, com dois grupos de oito clubes. Os times jogam dentro dos grupos em turno único (7 rodadas), com os dois melhores de cada chave avançando à semi (mata-mata em ida e volta). Campeão e vice sobem à A1.
Calendário mínimo: 7 jogos
Calendário máximo: 11 jogos

Em relação à premiação, a CBF divulgou os valores fase por fase. Além da cota de participação, a entidade também vai dar R$ 10 mil por jogo a cada mandante, para gastos extras, e R$ 5 mil aos visitantes. O blog somou a receita máxima que cada etapa pode gerar aos participantes das duas divisões. No fim, o valor absoluto do campeão brasileiro feminino, status hoje pertencente ao Flamengo.

Premiação do Campeonato Brasileiro de futebol feminino em 2017 (1ª e 2ª divisões). Arte: Cassio Zirpoli/DP

Caixa Econômica nos uniformes pernambucanos, femininos

Campeonato Brasileiro de futebol feminino de 2014

A Caixa Econômica Federal tornou-se o principal patrocinador do futebol brasileiro. É quem mais estampa a marca na Série A, com oito times. Em todas as divisões, o banco paga cotas anuais de R$ 1 milhão a R$ 30 milhões.

Tamanho investimento gerou uma corrida para firmar acordos com a instituição. Contudo, era (é) preciso ter as certidões negativas, organizando as dívidas fiscais (milionárias). Claro, nem todos os clubes conseguiram.

No futebol feminino, por outro lado, a adesão é total. Os vinte participantes do Brasileiro contam com a Caixa como patrocinador-master.

A explicação é a operação financeira da competição. Pela segunda edição seguida, a Caixa investe R$ 10 milhões no campeonato, ajudando a bancar os baixos salários e com os direitos de tevê. Neste ano, três times pernambucanos estão na disputa. O pentacampeão estadual Vitória, o Sport e o Náutico.

Em 2013, o Centro Olímpico-SP foi campeão num torneio de 70 jogos, envolvendo 14 estados. Ao todo foram marcados 253 gols.

Náutico – 2 vezes campeão pernambucano (2005 e 2006)

Time feminino do Náutico no Brasileiro de 2014. Foto: Site oficial do Náutico/assessoria

Sport – 5 vezes campeão pernambucano (1999, 2000, 2007, 2008 e 2009) e uma vez vice-campeão da Copa do Brasil (2008)

Time feminino do Sport no Brasileiro de 2014. Foto: Ney Gomes/Sport

Vitória – 5 vezes campeão pernambucano (2010, 2011, 2012, 2013 e 2014) e duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil (2011 e 2013)

Time feminino da Acadêmica Vitória no Brasileiro de 2014. Foto: Site oficial do Vitória/assessoria