Sem intensidade, o Sport não passa pelo Coruripe e fica pressionado no regional

Copa do Nordeste 2015, 2ª rodada: Sport x Coruripe. Foto: Marlon Costa/FPF/assessoria

A apresentação do Sport foi muito, muito ruim.

Apontado como principal favorito ao título do Nordestão de 2015, o Leão iniciou o torneio perdendo em São Luís. Na segunda rodada, voltou à Ilha do Retiro após 100 dias mandando seus jogos apenas na Arena Pernambuco. A arquibancada da velha casa pintada, melhoras no gramado… mas faltou futebol.

Na verdade, vem faltando. A sonora vaia após a vitória sobre o Náutico, no domingo, pelo Estadual, foi um aviso. A torcida está insatisfeita com o rendimento do time, abaixo do potencial técnico. Contra o Coruripe, cuja folha não passa de R$ 100 mil (1/20 do gasto leonino), o time ficou no 0 x 0.

O senso comum apontaria o resultado como “nota”. Mas, nesta noite, essa nota foi apenas do Sport, pois os alagoanos criaram as melhores chances, exigindo duas ótimas defesas de Magrão. Na reta final, o Coruripe chegou a colocar o rubro-negro na roda, com a bola de pé em pé. A marcação só observava.

Vale ressaltar que Eduardo Batista montara o Leão com o quarteto ofensivo formado por Diego Souza, Régis, Élber e Samuel. Em ação no primeiro tempo, a formação não funcionou. Esperava-se mais tabelas, mas o Sport insistiu nas laterais, sem intensidade – Patric faz muita falta no lado direito.

Diego Souza e Élber saíram no intervalo, entrando Joelinton e Mike. Um pouco mais de movimentação e só. No fim, a Ilha, um tanto vazia, vaiou o time de novo.

A situação do Sport vai se complicando no grupo B. De favorito a vexame?

Copa do Nordeste 2015, 2ª rodada: Sport x Coruripe. Foto: Marlon Costa/FPF/assessoria

Título brasileiro de 1987 sob análise para entrar no Supremo Tribunal Federal

Sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília

O caso referente ao título de campeão brasileiro de 1987 irá passar por um juízo de admissibilidade de prequestionamento e repercussão geral.

Simplificando o juridiquês: é preciso preencher esses requisitos para que o maior imbróglio da história do futebol nacional chegue ao Supremo Tribunal Federal. A mais alta instância do poder judiciário do país julga apenas matérias constitucionais. Daí a necessidade de avaliar o “peso” do polêmico caso, que se arrasta na justiça comum desde 14 de janeiro de 1988.

Em 16 de abril de 2001 expirou o prazo para recurso do Flamengo sobre a sentença da Justiça Federal, de 2 de maio de 1994, o que transformou o caso em transitado em julgado, a favor da conquista exclusiva do Sport.

Num ato administrativo à parte de qualquer respeito à coisa julgada, em 21 de fevereiro de 2011 a CBF proclamou os dois rubro-negros campeões, de torneios paralelos. Logo, o Sport entrou com uma ação de respeito à sentença original, reiniciando a confusão, que foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pelas divergências fundamentadas na lei federal.

Em 8 de abril de 2014, a terceira turma do STJ julgou por 4 votos a 1 novamente a favor do Leão. No mesmo dia, o departamento jurídico do Flamengo anunciou a intenção de estender a disputa até o STF. Dito e feito. O Mengo protocolou um recurso extraordinário, possível somente na última competência (veja aqui).

O caso está batendo à porta. Cabe à última instância do Brasil decidir pela continuidade… Do STF não passa.

O Nordestão de maior faturamento da história

Revista Placar em 2001. Crédito: Gabriel Accetti/twitter/reprodução

A Copa do Nordeste foi remodelada em 2001, quando ganhou mais datas e despertou um grande interesse do mercado. Em abril daquele ano, a revista Placar estampou em uma capa a manchete “o melhor campeonato do Brasil”. O auge como ‘produto’ viria em 2002, com o regional sendo realizado num período de 113 dias, com 126 partidas e faturamento de R$ 15 milhões, com crescimento de 36% sobre a edição anterior. Claro, foi transmitido na televisão, tanto em sinal aberto quanto pago. Contudo, numa decisão inexplicável da CBF, para não dizer outra coisa, o torneio foi retirado do calendário oficial logo depois.

A copa ainda seria realizada duas vezes às margens da confederação brasileira, em 2003 e 2010. Ficou no limbo até o milionário acordo judicial que ratificou a sua volta chancelada, em 2013. Desde então, vem crescendo nos âmbitos esportivo (quatro arenas), técnico (20 clubes) e financeiro (novos contratos).

Agora, em 2015, a Copa do Nordeste deverá ter a maior receita de sua história.

2001 – R$ 11 milhões (94 dias)
2002 – R$ 15 milhões (113 dias)
2013 – R$ 20 milhões (45 dias)
2014 – R$ 23 milhões (70 dias)
2015 – R$ 29 milhões (85 dias)

A expectativa para esta temporada, de acordo com os organizadores, é a soma de bilheteria dos jogos, cotas de tevê e patrocinadores. Apenas em premiações, as cotas de participação chegam a R$ 11,14 milhões. O tempo de disputa também subiu, em duas semanas, agora presente nos nove estados. Evolução prevista no contrato do torneio, cujo acordo prevê a realização até 2022.

Em relação ao futebol pernambucano, o ganho é considerável. Nos últimos dois anos, agregando cotas e rendas dos times locais, o montante foi de R$ 8,96 milhões (abaixo, os dados de cada um). Consolidado no calendário futebolístico e servindo de exemplo para outros regionais, o Nordestão pode não ser, hoje, o melhor campeonato do Brasil, mas é, certamente, o melhor da região.

2013
Santa Cruz – R$ 1,43 milhão
Sport – R$ 1,09 milhão
Salgueiro – R$ 549 mil

2014
Sport – R$ 3,17 milhões
Santa Cruz – R$ 1,63 milhão
Náutico – R$ 1,10 milhão

Em 2015 o estado será representado por Sport, Náutico e Salgueiro.

Taça do Nordestão faz escala no Diario de Pernambuco durante tour de 5 mil km

Taça da Copa do Nordeste 2015 na redação do Diario de Pernambuco. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A redação do Diario de Pernambuco recebeu a ilustre visita da taça da Copa do Nordeste. A nova versão, com nove anéis dourados e pesando oito quilos, está circulando num tour por todos os estados da região.

No Recife, o troféu de 2015 foi exibido em um shopping center e na estação central do metrô, com torcedores tirando fotos ao seu lado.

Além da ação promocional junto ao público geral, a taça também foi levada pela organização, do Esporte Interativo, a veículos de imprensa da capital. No DP, ficou exposta no centro da redação principal.

Trazida em uma caixa de madeira alcochoada, o objeto de desejo do futebol nordestino ficou em um púlpito estilizado. Assim, jornalistas de outras editorias, Superesportes à parte, também aproveitaram a chance.

Entre eles, alvirrubros, rubro-negros e tricolores.

Nos 53 dias programados para o tour, a taça irá percorrer 5.118 quilômetros. Resta saber se voltará ao Recife…

Taça da Copa do Nordeste 2015 na redação do Diario de Pernambuco. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

As novas normas de transferência e registro no futebol brasileiro

Registro de atletas no boletim informativo diário (BID), direitos econômicos fatiados, prazos de transferências etc. Nas últimas temporadas, com um volume de dinheiro envolvido cada vez maior, o futebol brasileiro foi sofrendo uma metamorfose no campo das negociações de jogadores.

Com o objetivo de reorganizar o enorme volume de transações, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), através do seu departamento de registro e transferência, criou o novo o Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol, já devidamente adaptado às novas normas da Fifa.

A principal novidade no documento é o fim dos contratos de jogadores “fatiados” a partir de maio de 2015. Com isso, apenas os clubes poderão deter os direitos econômicos, afastando grupos de investidores.

Final da Copa do Brasil sem gol qualificado

Copa do Brasil. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

O “gol qualificado” foi instituído na Copa do Brasil já em sua primeira edição, em 1989. Ou seja, em caso de igualdade no número de pontos e no saldo de gols, o critério seguinte no confronto seria o maior número de gols marcados na casa do adversário. Só em caso de novo empate a disputa iria para os pênaltis.

Agora, após 26 edições, a CBF alterou o regulamento. A entidade tirou o valor do gol fora de casa, mas somente na decisão, que corresponde à sétima fase do torneio. O objetivo é “aumentar a emoção” da final, sobretudo para a tv.

Como curiosidade, vale dizer que cinco finais poderiam ter tido um desfecho diferente caso a regra tivesse sido implantada desde o início. Assim, teriam sido estendidas às penalidades – o que, diga-se, jamais aconteceu.

Em 11 de junho de 2008, por exemplo, Sport e Corinthians teriam cobrado pênaltis na Ilha do Retiro. O “gol do título”, apelido dado por Carlinhos Bala ao tento de Enilton aos 45 do segundo tempo no jogo de ida, no Morumbi, não teria pesado ao Leão de forma direta para a taça. No caso, só igualaria o saldo.

1991 – Criciúma x Grêmio (0 x 0 e 1 x 1)
1992 – Internacional x Fluminense (1 x 0 e 1 x 2)
1997 – Grêmio x Flamengo (0 x 0 e 2 x 2)
2008 – Sport x Corinthians (2 x 0 e 1 x 3)
2011 – Vasco x Coritiba (1 x 0 e 2 x 3)

Em todos os casos, o título foi obtido com um golzinho a mais fora de casa. Eis os campeões: Criciúma, Inter, Grêmio, Sport e Vasco.

Apesar da mudança, ela não é inédita no futebol. O mesmo já ocorre na Taça Libertadores e na Copa Sul-Americana, sem o gol qualificado somente nas finais. Contudo, nas duas disputas a igualdade após os 180  minutos leva a uma prorrogação de 30 minutos. Só depois vem a série de pênaltis.

Você é a favor da mudança no regulamento? A CBF acertou ao retirar o gol qualificado da final ou deveria ter feito em todas as fases do torneio?

Pernambucanos derrubaram 81 times e caíram 63 vezes na copa nacional

Copa do Brasil. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

As estreias pernambucanas na Copa do Brasil de 2015 estão definidas.

Sport x Cene-MS, Náutico x Brasília e Salgueiro x Piauí. O Santa Cruz, 4º lugar no Estadual, acabou mesmo de fora (veja aqui).

Até hoje, os clubes pernambucanos já disputaram 144 confrontos na história da Copa do Brasil, iniciada em 1989. Confira abaixo o retrospecto completo dos times locais, com sucesso e decepção a cada 180 minutos de bola rolando.

O atual troféu, inspirado na Liga dos Campeões da Uefa, foi instituído há dois anos. Reveja os outros oito modelos de taças de 1989 a 2012.

Sport – 20 participações (156 pontos, 54,1%)
96 jogos (152 GPC e 98 GC, +54)
44 vitórias
24 empates
28 derrotas
32 classificações e 19 eliminações (62,7% de aproveitamento nos confrontos)

Título – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1992 e 2003
Quartas de final – 1998
Oitavas de final – 1991, 1993, 2007 e 2010
16 avos de final – 1995, 1997, 1999, 2001, 2002, 2004, 2012
32 avos de final – 2000, 2011, 2013 e 2014
Eliminações na 1ª fase: 2000 e 2011

Náutico – 19 participações (128 pts, 52,0%)
82 jogos (128 GP e 107 GC, +21)
37 vitórias
17 empates
28 derrotas
24 classificações e 19 eliminações (55,8% de apt. nos confrontos)

Semifinal – 1990
Quartas de final – 2007
Oitavas de final – 1989, 1993, 2003, 2006, 2008, 2009 e 2011
16 avos de final – 1992, 1995, 2000, 2002, 2005, 2010 e 2012
32 avos de final – 2001 e 2014
64 avos de final – 2013
Eliminações na 1ª fase: 1992, 2001 e 2013

Santa Cruz – 21 participações (112 pts, 47,8%)
78 jogos (105 GP e 101 GC, +4)
32 vitórias
16 empates
30 derrotas
20 classificações e 21 eliminações (48,7% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 1990, 1991, 1994, 1997, 2004, 2005 e 2010
16 avos de final – 1996, 2001, 2002, 2006, 2011 e 2014
32 avos de final – 1999, 2000, 2003, 2007, 2008, 2009, 2012 e 2013
Eliminações na 1ª fase: 1999, 2003, 2007, 2008, 2009 e 2012

Salgueiro – 1 participação (9 pts, 37,5%)
8 jogos (8 GP e 9 GC, -1)
1 vitória
6 empates
1 derrota
3 classificações e 1 eliminação (75% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 2013

Central – 2 participações (6 pts, 33,3%)
6 jogos (4 GP e 9 GC, -5)
1 vitória
3 empates
2 derrotas
2 classificações e 2 eliminações (50% de apt. nos confrontos)

16 avos de final – 2008 e 2009

Porto – 1 participação (0 pt, 0%)
2 jogos (0 GP e 3 GC, -3)
2 derrotas
1 eliminação e nenhuma classificação (0% de apt. nos confrontos)

32 avos de final – 1999
Eliminações na 1ª fase: 1999

Pernambuco – 64 participações (411 pts, 50,3%)
272 jogos (397 GP e 327 GC, +70)
115 vitórias
66 empates
91 derrotas
81 classificações e 63 eliminações (56,2% de apt. nos confrontos)

Título – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1990, 1992 e 2003
Quartas de final – 1998 e 2007
Oitavas de final – 1989, 1990, 1991 (2), 1993 (2), 1994, 1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 (2), 2011 e 2013
16 avos de final – 1992, 1995 (2), 1996, 1997, 1999, 2000, 2001 (2), 2002 (3), 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 (2) e 2014
32 avos de final – 1999 (2), 2000 (2), 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013 (2) e 2014 (2)
64 avos de final – 2013
Eliminações na 1ª fase: 1992, 1999 (2), 2000, 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013

Vice-campeonato estadual, torneio seletivo, ranking nacional e a confusão das vagas na Copa do Brasil

Copa do Brasil. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Pernambuco terá apenas três representantes na Copa do Brasil de 2015.

Sport (campeão), Náutico (vice) e Salgueiro (3º lugar) se classificaram através do campeonato estadual de 2014.

Havia a expectativa de que o Santa também conseguisse a sua vaga, mas através do ranking da CBF. O Tricolor seria o último dos dez times agraciados pela lista. Para isso, o Vitória teria que entrar como vice-campeão baiano.

Mas acabou não sendo o caso…

Espertamente, a federação baiana distribuiu as duas vagas obrigatórias na competição local usando o próprio ranking da CBF a seu favor. Vamos explicar.

Com Bahia e Vitória bem colocados no novo ranking, a necessidade de entrar via Estadual é baixa. Então, não haveria motivo, em tese, para a FBF dar uma vaga ao vice – só o lugar do campeão é obrigatório, enxerga a entidade.

Assim, a federação da Boa Terra deu uma vaga ao melhor time da primeira fase, a Jacuipense, valorizando a disputa sem os grandes. Um detalhe polêmico: o regulamento da Copa do Brasil aponta que os estados com duas ou mais vagas precisam classificar os campeões e vices-campeões (!!!).

Segue o caso com a terceira vaga baiana, sequer utilizada no estadual. Foi para um torneio seletivo, fato que também ocorre no Ceará. Por aqui, seria algo como a Copa Pernambuco valer um lugar na Copa do Brasil, o que nunca ocorreu.

Assim, o estado da Bahia conseguiu emplacar quatro clubes entre os 86 participantes do mata-mata nacional, sendo um deles pelo ranking.

E a FPF seguiu com três, também porque o Tricolor está numa colocação ruim no ranking nacional. Afinal, ficou atrás até do ASA…

As participações dos times pernambucanos na Copa do Brasil (1989/2015):

Santa Cruz e Sport – 21
Náutico – 20
Central e Salgueiro  – 2
Porto – 1

Ranking da CBF em 2014 coloca em ordem Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda

Ranking Oficial da CBF de 2014

A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a atualização de seu ranking de clubes, apresentado anualmente,  em dezembro. A lista de 2014 conta apenas os torneios da entidade, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil.

Esta é a 3ª versão do formato, contemplando os últimos cinco anos, com pesos diferentes, com vantagem para os mais recentes. Veja o sistema aqui.

Na nova tabela, o Sport ultrapassou o Náutico e assumiu a ponta entre os clubes do estado – são oito pernambucanos presentes. O Leão será o único nordestino na elite em 2015, mas mesmo assim segue abaixo de Bahia, Vitória e Ceará, numa consequência das campanhas ruins em 2011 e 2012.

De volta à Série B, o Tricolor enfim somou uma gama maior de pontos no ranking, mas ainda insuficiente para estabelecer uma bola colocação. O preço disso deve ser a ausência na Copa do Brasil de 2015, pois ficou abaixo das dez vagas garantidas pelo ranking oficial do país.

Demais times pernambucanos: Salgueiro (49º, 2.672 pts), Central (87º, 581 pts), Porto (115º, 387 pts), Ypiranga (123º, 357 pts) e Petrolina (176º, 153 pts).

A evolução dos grandes clubes do Recife:

Sport
2012 – 19º (8.284)
2013 – 24º (6.740)
2014 – 20º (6.970)

Náutico
2012 – 22º (8.036)
2013 – 21º (7.557)
2014 – 26º (6.470)

Santa Cruz
2012 – 48º (2.704)
2013 – 45º (3.091)
2014 – 36º (3.930)

Confira a lista completa da CBF, com 230 equipes, clicando aqui.

87 estrelas douradas nacionais

Campeões nacionais de elite no Brasil de 1959 a 2014. Arte: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O futebol brasileiro em 2014 pertence ao estado de Minas Gerais. Os dois gigantes de BH faturaram os dois principais títulos nacionais da temporada. Na Série A, o compacto e bem armado Cruzeiro voltou a ser campeão. Na Copa do Brasil, o Atlético mostrou-se copeiro mais uma vez, como na Libertadores. Na decisão, bateu justamente o arquirrival, no maior clássico mineiro da história.

Com as duas principais taças do país definidas, hora de atualizar o tradicional levantamento do blog com os maiores campeões nacionais de elite, numa atualização que já dura seis anos. Com o tri da Série A, o Cruzeiro – maior vencedor fora do eixo Rio-SP – empatou com o Corinthians, com oito troféus cada. Dividem a 4ª colocação da lista. Já o Galo voltou a erguer um troféu nacional após 43 anos. Foi a sua segunda conquista.

Como de praxe, as competições levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), a Série A (1971/2014), a Copa do Brasil (1989/2014) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Todos esses campeonatos têm em comum as vagas nas Taça Libertadores da América (saiba mais aqui).

Portanto, existem 22 campeões nos 87 torneios organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista aponta os vencedores reconhecidos pela entidade que organiza o futebol brasileiro.

As variadas conquistas foram somadas sem distinção. O blog entende que as competições têm pesos bem diferentes, obviamente, mas a diferença nas posições envolvendo clubes com o mesmo número de títulos foi estabelecida pelo último troféu, com vantagem para o mais antigo.

11 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998 e 2012; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
8 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005 e 2011; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).