Timemania encerra 2017 com o Santa Cruz no top 20 e Sport e Náutico no top 40

Ranking final da Timemania em 2017. Crédito: Caixa Econômica Federal/site oficial (reprodução)

O último sorteio da Timemania em 2017 ocorreu em Medianeira, no oeste do Paraná, em 30 de dezembro. No concurso de nº 1.126, que teve o Corinthians como clube sorteado, o prêmio principal de R$ 3,1 milhões, para o acerto de sete números, acumulou. Assim, encerrou-se também a 10ª temporada da loteria federal criada para abater as dívidas dos times brasileiros com o poder público. E neste último sorteio, uma virada decisiva para a divisão de receitas.

Os três clubes pernambucanos cadastrados na Timemania registraram mais de 8,1 milhões de apostas, num aumento de 66% em relação ao acumulado passado (4,9 mi). Destaque para o Santa. Com uma forte campanha de engajamento nos últimos dias, o clube liderou a quantidade de apostas no derradeiro sorteio, com 111 mil, tirando uma considerável diferença de 53 mil apostas sobre o Avaí, que fechava o top 20. Assim, conseguiu, pelo quarto ano seguido, terminar no grupo principal, com direito aos maiores repasses.

Através das 237.915.690 apostas contabilizadas, com cada cartela custando R$ 2, a arrecadação bruta foi de R$ 475.915.680. Foi a maior até hoje, registrando um acréscimo de 72%, ou 199 milhões de reais a mais nas lotéricas. Assim, o repasse para os clubes também foi recorde – pela regra da loteria, 20% do montante é repassado para os clubes 80 clubes inscritos, de acordo com o número de apostas. No gráfico abaixo, o histórico de colocações (nos âmbitos nacional e regional) dos sete maiores times da região.

Divisão da receita repassada aos clubes e as respectivas cotas de 2017:
65% (grupo 1, do 1º ao 20º lugar) – R$ 61,8 milhões (R$ 3,0 milhões cada)
25% (grupo 2, do 21º ao 40º lugar) – R$ 23,7 milhões (R$ 1,1 milhão cada)
8% (grupo 3, do 41º ao 80º lugar) – R$ 7,6 milhões (R$ 190 mil cada)
2% (grupo 4, com os 18 clubes fora da cartela) – R$ 1,9 mi (R$ 105 mil cada)

Ao todo, seis clubes nordestinos ficaram na primeira casta da loteria em 2017, os mesmos do último ano. Assim, vão abater R$ 3.093.451 em dívidas tributárias em 2018, cada um – ou R$ 257 mil mensais. Neste bolo, segue o ABC, que também mantém um trabalho de engajamento. Enquanto isso, Sport e Náutico ficaram mais uma vez no segundo escalão, no top 40.

Arrecadação da Timemania e a receita dos clubes (entre parênteses):
2012 – R$ 256 milhões (R$ 51,2 mi)
2013 – R$ 251 milhões (R$ 50,3 mi)
2014 – R$ 425 milhões (R$ 85,0 mi)
2015 – R$ 338 milhões (R$ 67,6 mi)
2016 – R$ 276 milhões (R$ 55,3 mi)
2017 – R$ 475 milhões (R$ 95,1 mi)

Abaixo, o número de apostas do G7 a cada ano ano. Desde 2009, o Trio de Ferro termina abaixo dos rivais baianos e cearenses – talvez pelo fato de o público ser formado não só por torcedores, mas por apostadores regulares, independentemente do modelo. Não por acaso, as três metrópoles têm populações simulares (4 milhões de habitantes) e dados aproximados numa comparação agregada. Com 8,1 milhões de apostas (soma de tricolores, rubro-negros e alvirrubros), o Recife teve 569 mil a menos que Salvador e 98 mil a mais que Fortaleza. De toda forma, a 14ª colocação nacional do Fortaleza há nove anos seguidos, por exemplo, é um mérito do clube, fato.

Número de apostas dos maiores clubes do Nordeste na Timemania de 2006 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Videocast – Qual é o G4 do Nordeste?

No futebol nordestino, quais são os quatro maiores clubes? O debate é histórico na região, que conta com sete times de grande porte nas cidades do Recife, Salvador e Fortaleza e listas (e ordens) diferentes a cada década.

Entrando neste vespeiro, sem direito a ‘muro’, o 45 minutos analisou a formação do “G4 do Nordeste”, em um vídeo de 33 minutos. Para isso, consideramos rankings, da CBF e da Placar, títulos, torcida mensuradas em pesquisas e rivalidades, entre Náutico, Santa e Sport; Bahia e Vitória; Ceará e Fortaleza. Filtrando tudo, chegamos a um veredito. Obviamente, a discussão segue…

Nesta gravação, estou com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Assista!

Timemania encerra 2016 com o Santa Cruz no top 20 e Sport e Náutico no top 40

Ranking final da Timemania em 2016. Crédito: caixa.gov.br (reprodução)

O último sorteio da Timemania em 2016 ocorreu em Picos, no interior piauiense, na noite do dia 31 de dezembro. No concurso que teve o Brasiliense como clube sorteado, o prêmio principal de R$ 10,8 milhões, para o acerto de sete números, acumulou. Assim, encerrou-se também a 9ª temporada da loteria federal criada para abater as dívidas dos times brasileiros com o poder público.

Os três clubes pernambucanos cadastrados registraram mais de 4,9 milhões de apostas, numa queda de 14% em relação ao acumulado passado (5,8 mi) – e já havia caído 19% na comparação anterior. Em contrapartida a esta queda, o Santa Cruz conseguiu, pelo terceiro ano seguido, figurar no top 20, a “elite” do ranking de apostas. E isso vale bastante, pois do faturamento absoluto da loteria – cujo montante até hoje não atingiu o imaginado pelos organizadores -, 20% é repassado para os 80 clubes inscritos de acordo com o número de apostas.

Divisão da receita repassada aos clubes e as respectivas cotas em 2017:
65% (grupo 1, do 1º ao 20º lugar) – R$ 36,0 milhões (R$ 1,8 milhão cada)
25% (grupo 2, do 21º ao 40º lugar) – R$ 13,8 milhões (R$ 692 mil cada)
8% (grupo 3, do 41º ao 80º lugar) – R$ 4,4 milhões (R$ 110 mil cada)
2% (grupo 4, com os 18 clubes fora da cartela) – R$ 1,1 milhão (R$ 61 mil cada)

Ao todo, seis nordestinos ficaram na primeira casta em 2016 e vão poder abater R$ 1,8 milhão em dívidas tributárias, cada um, em 2017. Neste bolo, a surpresa é o ABC, embora a direção mantenha um trabalho contínuo de engajamento junto à torcida – já havia sido top 20 antes. Enquanto isso, Sport e Náutico ficaram no segundo escalão, no top 40. A seguir, o histórico de colocações (nos âmbitos nacional e regional) dos sete times mais tradicionais do Nordeste.

A arrecadação bruta da Timemania foi de R$ 276.942.364, com 138.471.182 apostas em todo o país (cada cartela custa R$ 2). Muito? Pois esse dado é 18,3% menor que o apurado em 2015. Em cifras, R$ 62 milhões a menos nas lotéricas. Por isso, o repasse para os clubes será o menor em três temporadas.

Arrecadação da Timemania e a receita dos clubes (entre parênteses):
2012 – R$ 256 milhões (R$ 51,2 mi)
2013 – R$ 251 milhões (R$ 50,3 mi)
2014 – R$ 425 milhões (R$ 85,0 mi)
2015 – R$ 338 milhões (R$ 67,6 mi)
2016 – R$ 276 milhões (R$ 55,3 mi)

Abaixo, o número de apostas a cada ano dos maiores clubes do Nordeste. Desde 2009, o Trio de Ferro termina a temporada abaixo dos rivais baianos e cearenses. Talvez (repetindo, “talvez”) pelo fato de o público ser formado não só por torcedores, mas por apostadores regulares, independentemente do modelo. Não por acaso, as três metrópoles, com populações semelhantes (na casa de 4 milhões), registram dados aproximados, caso a comparação seja agregada.

Com 4,9 milhões de apostas (soma de tricolores, rubro-negros e alvirrubros), o Recife teve 350 mil a menos que Salvador e 300 mil a mais que Fortaleza. Contrasta com o cenário individual. De toda forma, a 14ª colocação nacional do Fortaleza há oito anos seguidos, por exemplo, é um mérito do clube, fato.

Número de apostas dos maiores clubes do Nordeste de 2008 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Flamengo com 22,4% dos nordestinos. Os sete maiores clubes da região têm 19,5%

Pesquisa de torcidas no Nordeste em 2013. Crédito: Pluri Consultoria

É na região Nordeste onde o Flamengo confirma a sua massa de torcedores como a maior do futebol no país.

O Mengo tem 22,4% da preferência dos nordetinos, segundo estudo produzido pela Pluri Consultoria. Os dados nacionais da pesquisa já haviam sido divulgados. Agora, mensurando os números através de 21 mil entrevistados, uma rodada de novas informações sobre cada região (veja aqui).

O percentual divulgado sobre o time carioca é considerável, ainda mais se for levado em conta que os sete clubes mais populares do Nordeste, sendo três pernambucanos, dois baianos e dois cearenses, somam 19,5%. Sport, Bahia, Santa Cruz, Vitória, Náutico, Ceará e Fortaleza. Nem assim.

Mais do que focar esse número, é preciso avaliar se a diferença vem crescendo ou diminuindo. Há uma década os três estaduais passaram a ser exibidos na tevê com sinal aberto. Antes, era campeonato carioca (e paulista) goela abaixo.

Essa inversão na mídia local já foi suficiente para estancar as torcidas de fora?

De acordo com a última projeção levantada pelo Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012, o Nordeste tem 53.907.144 habitantes.

Ou seja, o Flamengo conta com 12.075.200 torcedores só na região.

Já os sete maiores times da região agregam 10.511.893.

Nordestão no Padrão Fifa e sob olhar da Fifa

Projeto da Arena Castelão. Crédito: Arena Castelão/divulgação

Uma rodada dupla no Castelão, em Fortaleza, deve marcar a exposição nacional da renovada Copa do Nordeste neste ano. De lambuja, um viés internacional…

Ainda que estejam agendados para a terceira rodada do torneio regional, em 27 de janeiro, Fortaleza x Sport e Ceará x Bahia terão uma presença ilustre na arquibancada.

No novíssimo estádio alencarino de 64.165 lugares, o primeiro da Copa do Mundo de 2014 a ser inaugurado, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, assistirá à primeira partida com o “Padrão Fifa” no Brasil, considerando as doze arenas.

“Em 27 de janeiro, estarei de volta ao Brasil para assistir pessoalmente ao jogo inaugural do Estádio Castelão, em Fortaleza.” 

Declaração em seu artigo mensal no site da Fifa sobre a preparação do país (veja aqui).

Valcke conhecerá algumas das mais apaixonadas torcidas da região e um dos maiores estádios do país. Espera, claro, ver uma organização no nível exigido pela entidade.

Sobre o nível técnico do futebol nos 180 minutos diante do francês… A conferir.

Jérôme Valcke, o secretário-geral da Fifa, na Suíça. Foto: Fifa/divulgação