Aprovação na Série A reabre o caminho para campos sintéticos em Pernambuco. Devido ao custo, só um alvo: o Lacerdão

Modelo de grama sintética em estudo na FPF. Foto: Fred Figueiroa/DP

A decisão unânime sobre a utilização do gramado sintético no Brasileirão é em caráter definitivo, segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, presente no arbitral da competição. Com isso, reabre a possibilidade de campos artificiais em centros periféricos, à parte da Série A. Em Pernambuco, devido à histórica crise hídrica, agravada por uma das maiores secas do século, o problema no interior, somado à falta de receita, é recorrente – em 2017 resultou em vetos no hexagonal, com Belo Jardim e Central jogando fora. Ao blog, o mandatário afirmou que a decisão traz uma situação nova ao futebol local, baseada no custo. Originalmente, a ideia era promover a instalação em três mesorregiões, a Zona da Mata (Vitória), o Agreste (Caruaru) e o Sertão (Serra Talhada). Assim, haveria um raio de alcance a cidades próximas, em caso de campos de grama natural sem condições. Porém, pelo regulamento aprovado, um campo sintético só pode receber um jogo de futebol profissional caso seja do “nível 5” – o grau máximo escalonado pela Fifa.

Embora seja sintético, esse gramado contém uma mistura com material orgânico, para tirar a percepção ‘emborrachada’ das primeiras versões – acima, a amostra exposta na federação. Também demanda irrigação, devido à temperatura e à resistência, embora numa escala muito menor. Trata-se do piso instalado na Arena da Baixada, do Atlético-PR, o único palco da Série A 2018 neste contexto – Fonte Nova e Allianz Parque podem ser os próximos.

O custo deste modelo? Aí está o motivo do ‘refinamento’ da ideia…

R$ 2.783.000, somando a aquisição do campo e a instalação.

Para Evandro, num primeiro momento, só é possível projetar um campo no interior – com investimentos externos. No caso, o Lacerdão, em Caruaru. Pelo tamanho do estádio (19.478 lugares), pelo porte econômico da cidade (356 mil habitantes) e pela localização estratégica, com clubes num raio de 85 km (Belo Jardim, Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Ypiranga).

Existem dois caminhos:

1) Via Ministério do Esporte
Através de projetos de fomento, mesmo num campo privado, poderia haver o repasse do governo federal. Em Pernambuco, a FPF vem firmando parcerias com prefeituras. Já foram aprovados dois projetos de modernização de estádios municipais: o Valdemar Viana, em Afogados (R$ 590 mil), e o Laura Bandeira, em Paudalho (R$ 585 mil). Os dois empreendimentos estão listados no Portal da Transparência. No caso do campo do Central, o local poderia ser utilizado – além de jogos profissionais – em ações de inclusão, numa lógica semelhante aos centros de treinamento financiados pelo ministério

2) Via Fifa
Pelo contrato de organização da Copa do Mundo de 2014, o Brasil teria direito, após o evento, a um aporte de US$ 100 milhões para obras de infraestrutura e capacitação. O tal ‘Legado da Copa’. Com a bronca da entidade na justiça, quase todo o dinheiro segue na Suíça. Apenas 8,7 mi foram liberados – segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a liberação pode ocorrer, finalmente, em 2018. Portanto, haveria, em disputa por projetos, cerca de 91,3 milhões de dólares (ou R$ 289 milhões). Em tese, bastaria a Pernambuco conseguir 1% disso para viabilizar o campo em Caruaru.

Explicação de Evandro Carvalho sobre a escolha prévia do Lacerdão
“Nunca deixamos de discutir ou ventilar a possibilidade. Mas agora, com a decisão definitiva, que ficará no Regulamento Geral de Competições da CBF, podemos seguir. Temos dois caminhos e hoje, na nossa visão, precisamos de um estádio no interior com regularidade. E seria muito bom para nós, e até para estados vizinhos, se um estádio como o do Central pudesse receber um gramado artificial. Porque haveria a garantia de 10 anos e a possibilidade de jogos seguidos, sem danificar o campo.”

Obviamente, o Trio de Ferro também poderia optar pela mudança no piso (no Arruda, na Ilha e nos Aflitos), mas, a princípio, através de outras parcerias.

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Central 1 x 1 Sport. Foto: Tetto Drone, via Caruaru no Face (cortesia)

Os dez clubes na disputa por apenas uma vaga na 1ª divisão do Pernambucano 2018

Os clubes da Série A2 de 2017. Grupo A: Cabense, Centro, Ferroviário do Cabo, Íbis e Vera Cruz; Grupo B: Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Sete de Setembro. Montagem: Cassio Zirpoli/DP

A segunda divisão do Campeonato Pernambucano de 2017 terá apenas 54 jogos, entre setembro e novembro. Desde 1995, a competição sempre promoveu os dois primeiros colocados, mas desta vez apenas o campeão alcançará o acesso à elite. A medida visa a redução gradativa no número de participantes da primeira divisão, que em 2018 já terá onze times.

Confira a tabela da segundona, a partir de 17 de setembro, clicando aqui.

Pela o regulamento, os dez participantes foram divididos em dois grupos, A (Cabense, Centro, Ferroviário, Íbis e Vera Cruz) e B (Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Sete), jogando dentro das chaves em ida e volta. Ao todo, oito partidas para cada. Os quatro melhores de cada grupo avançam para o mata-mata, com quartas de final, semifinal e final em jogos de ida e volta. Ou seja, 14 partidas de mata-mata, dando alguma emoção à esvaziada disputa.

Em relação aos estádios, o regulamento determina uma capacidade mínima de 1.000 espectadores. Entre os palcos liberados pela FPF, apenas Ademir Cunha e Carneirão atenderiam à capacidade para o mata-mata da elite. Porém, precisariam passar por uma vistoria mais detalhada sobre o gramado.

Lista de participantes (cidade), estádios e capacidade
Associação Desportiva Cabense (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459
Centro Limoeirense de Futebol (Limoeiro) – José Vareda, 5.000
Chã Grande Futebol Clube (Chã Grande) – Barbosão, 3.400
Sociedade Esportiva Decisão Futebol Clube (Bonito) – Arthur Tavares, 4.000
Ferroviário Esporte Clube do Cabo (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459
Íbis Sport Club (Paulista) – Ademir Cuna, 12.000
Pesqueira Futebol Clube (Pesqueira) – Joaquim de Brito, 1.800
Clube Atlético do Porto (Caruaru) – Antônio Inácio, 6.000
Sete de Setembro Esporte Clube (Garanhuns) – Gigante do Agreste, 6.356
Vera Cruz Futebol Clube (Vitória de Santo Antão) – Carneirão, 10.911 

Distâncias nas estradas a partir do Recife
17 km – Paulista (Grande Recife)
35 km – Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife)
53 km – Vitória de Santo Antão (Zona da Mata)
82 km – Limoeiro (Agreste)
84 km – Chã Grande (Zona da Mata)
135 km – Caruaru (Agreste)
141 km – Bonito (Agreste)
220 km – Pesqueira (Agreste)
231 km – Garanhuns (Agreste)

Na sua opinião, quem é o favorito para o título da Série A2?

Reunião para a Série A2 do Pernambucano 2017. Foto: FPF/divulgação

Estádio vazio e borderô cheio, agora na versão júnior

Pernambucano Sub 20 de 2014, nos Aflitos, Arruda, Ilha do Retiro e Salgueiro. Fotos: Site Oficial da FPF

Os estádios vazios acompanhados de bons públicos no borderô, através dos ingressos do Todos com a Nota, migraram para outra competição pernambucana. Do campeonato profissional para o júnior.

O programa estatal Todos com a Nota contempla oito competições oficiais, num acordo com a FPF. Em 2013, o governo injetou R$ 13 milhões no futebol local.

O Estadual Sub 20 segue com contrato válido para 2014.

No caso, cada partida tem uma carga de 1.000 ingressos subsidiados ao custo de R$ 3. Todos os bilhetes vêm sendo trocados, de acordo com os borderôs oficiais, disponíveis no site oficial da FPF. No mesmo endereço eletrônico é possível conferir imagens das partidas.

Aqui, oito exemplos, todos da segunda rodada. No papel, 8 mil pessoas foram aos jogos dos juniores, com dados já publicados, gerando uma arrecadação de R$ 24 mil, com verba integral via TCN. Nas fotografias, entretanto, só foi possível encontrar cinco torcedores, todos no Arruda.

Náutico 6 x 1 Chã Grande
Santa Cruz 1 x 1 Vitória
Sport 8 x 0 Ypiranga
Salgueiro 2 x 2 Pesqueira
América 3 x 0 Vera Cruz
Atlético 3 x 2 Central
Serra Talhada 1 x 0 Belo Jardim
Porto 4 x 0 Jaguar 

A secretaria da fazenda do governo do estado vem recebendo as notas fiscais das partidas. Só falta encontrar os torcedores que estão fazendo essas trocas…

Perambucano Sub 20 de 2014: jogos no Ademir Cunha, Camaragibe, Serra Talhada e Caruaru. Fotos: Site Oficial da FPF

O alto grau de dependência do Todos com a Nota, com ou sem público

Pernambucano 2014, 8ª rodada: Náutico 3x5 Santa Cruz, Central 1x0 Salgueiro e Sport 1x0 Porto. Fotos: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press (Arena), Júnior Porto/divulgação (Lacerdão) e Regis Trumpete/Youtube (Ilha)

Faltam apenas 14 jogos para o fim do centésimo Campeonato Pernambucano. Agora, somente a fase principal, com o hexagonal do título, segue em disputa. O outro hexagonal, o do rebaixamento, foi encerrado. Nas 30 partidas desta etapa, com estádios quase vazios, a troca do Todos com a Nota foi um sucesso. Na verdade, foi “perfeita”, pois todos os 120 mil bilhetes (sendo 4 mil por partida) foram trocados e contabilizados no borderô. Mesmo sem presença efetiva.

Não por acaso, o TCN representa 84% do público geral Estadual de 2014, segundo os dados do borderô, publicados no site da FPF. Se o levantamento considerar apenas o hexagonal principal, esse índice cai para 65%, mostrando um pouco mais independência.

A média atual é a menor das últimas sete edições. Porém, deve melhorar com o mata-mata. Abaixo, confira os dados atualizados da competição, separados pela fase principal e com o torneio completo.

1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante)
Total: 63.308
Média: 15.827
Taxa de ocupação: 26,35%
Contra intermediários (3) – T: 34.596 / M: 11.532

2º) Sport (4 jogos como mandante)
Total: 54.083
Média: 13.520
Taxa de ocupação: 40,99%
Contra intermediários (3) – T: 36.030 / M: 12.010

3º) Náutico (5 jogo como mandante)
Total: 41.203
Média: 8.240
Taxa de ocupação: 17,83%
Contra intermediários (3) – T: 16.736 / M: 5.578

4º) Salgueiro (12 jogos como mandante)
Total: 94.695
Média: 7.891
Taxa de ocupação: 79,58%

5º) Central (12 jogos como mandante)
Total: 89.928
Média: 7.494
Taxa de ocupação: 38,47%

6º) Porto (11 jogos como mandante)
Total: 62.722
Média: 5.702
Taxa de ocupação: 29,27%

Capacidade oficial dos estádios: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478) e Cornélio de Barros (9.916).

Geral – 126 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 682.188
Média: 5.414 pessoas
TCN: 578.918 (84,86% da torcida)
Média: 4.594 bilhetes
Arrecadação total: R$ 5.628.929
Média: R$ 44.674

Fase principal – 24 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 247.042
Média: 10.293 pessoas
TCN: 160.692 (65,04% da torcida)
Média: 6.695 bilhetes
Arrecadação total: R$ 3.099.562
Média: R$ 129.148

Confira todas as médias desde 1990 clicando aqui.

Veja também as médias de Náutico, Santa e Sport desde 2005 aqui.

Mais de 500 mil torcedores no Estadual, no papel. Visualmente, nem tanto

Pernambucano 2014, 5ª rodada: Sport 3x0 Santa Cruz, Náutico 0x2 Salgueiro e Central 2x1 Porto: Fotos: Daniel Leal (Ilha) e Celso Ishigami (Arena), ambos do DP/D.A Press, e TV Criativa/reprodução (Caruaru)

As três partidas oficiais do hexagonal principal do campeonato estadual atraíram 29.485 pessoas nesta quinta rodada, segundo o borderô oficial publicado no site oficial da FPF. Na prática, o dado foi menor.

Na Arena Pernambuco, o sistema de som anunciou em alto e bom som – inclusive na transmissão ao vivo pela tevê – a presença de 1.801 torcedores. No papel, posteriormente, o dado subiu para 4.159 pessoas, numa prática denunciada já algumas vezes pelo blog (veja aqui).

Entretanto, seguindo os dados oficiais da federação – confusos ou não -, o público total do centésimo Campeonato Pernambucano de futebol passou de meio milhão de torcedores, com uma média de 5.193 pessoas em 102 jogos.

Os bilhetes subsidiados do Todos com a Nota correspondem a 86% do total.

1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante)
Total: 36.721
Média: 18.360
Taxa de ocupação: 30,57%
Contra intermediários (1) – T: 8.009 / M: 8.009

2º) Sport (3 jogos como mandante)
Total: 43.066
Média: 14.355
Taxa de ocupação: 43,52%
Contra intermediários (2) – T: 25.013 / M: 12.506

3º) Salgueiro (11 jogos como mandante)
Total: 87.149
Média: 7.922
Taxa de ocupação: 79,89%

4º) Central (10 jogos como mandante)
Total: 73.636
Média: 7.363
Taxa de ocupação: 37,80%

5º) Náutico (3 jogo como mandante)
Total: 18.196
Média: 6.065
Taxa de ocupação: 13,12%
Contra intermediários (2) – T: 9.412 / M: 4.706

6º) Porto (10 jogos como mandante)
Total: 55.310
Média: 5.531
Taxa de ocupação: 28,39%

Capacidade oficial dos estádios: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478) e Cornélio de Barros (9.916).

Geral – 102 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 529.738
Média: 5.193 pessoas
TCN: 455.702 (86,02% da torcida)
Média: 4.427 bilhetes
Arrecadação total: R$ 3.979.326
Média: R$ 39.013

Fase principal – 15 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 155.181
Média: 10.345 pessoas
TCN: 97.476 (62,81% da torcida)
Média: 6.498 bilhetes
Arrecadação total: R$ 1.833.818
Média: R$ 122.254

Confira todas as médias desde 1990 clicando aqui.

Veja também as médias de Náutico, Santa e Sport desde 2005 aqui.

A volta dos públicos fantasmas no Campeonato Pernambucano

Pernambucano 2014, em 08/12/2013: América 2X2 Serra Talhada. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Uma velha prática se mantém no Campeonato Pernambucano.

A centésima edição do Estadual, em 2014, começou de forma pouco usual ainda nesta temporada, mas apenas com os nove clubes intermediários.

Após duas rodadas, o público registrado é excelente. Em tese.

As oito partidas tiveram 48.057 pessoas, segundo o borderô oficial. A média ficou em 6.007 torcedores, superior inclusive à competição de 2013, cujo dado foi de 5.448 presentes, incluindo os clássicos e as finais.

Como ocorre há tempos, o número vem sendo turbinado pela campanha promocional do governo do estado, o Todos com a Nota.

Já foram trocados 45.500 ingressos subsidiados, o que corresponde a 94,6% de todos os torcedores. Analisando apenas a planilha de dados, trata-se de  algo louvável. No entanto, um rápido olhar também nos jogos, nos estádios, mostra que o dado parece bem longe da realidade, com o uso de forma contestável.

Bons públicos e estádios vazios? A conta não bate.

A explicação vem do sistema de repasse da verba da campanha. Os clubes (e a federação) só precisam informar à organização do TCN – e, consequentemente, à receita – o volume de ingressos trocado por notas fiscais, sem a necessidade de expor todos os torcedores como presentes nas partidas. Se vão 5 ou 5 mil, pouco importa. O repasse será apenas pela troca, de forma legal.

Na capital o sistema já é digital, necessitando de cartões magnéticos exclusivos para a solicitação dos ingressos. Curiosamente, nem todos os jogos de Náutico, Santa Cruz e Sport têm as cargas promocionais esgotadas. Já no interior, com o formato de troca presencial na véspera, na própria bilheteria do estádio, é comum a troca total. Estatisticamente, seria improvável que absolutamente que todas as entradas do TCN colocadas à disposição fossem contabilizadas nos públicos. A FPF explica que os times intermediários têm apoio de empresas locais, cujos funcionários exercem a ação.

Ou seja, um ato dentro de todas as brechas da lei, mas sem que o ingresso seja mesmo usufruído pelo público, na principal função social da campanha.

Pernambucano 2014, em 08/12/2013: Porto 1x1 Central. Imagem: TV Asa Branca/Globo/reprodução

Aqui, então, temos três exemplos de jogos do novo torneio com bons públicos no papel, mas visivelmente aquém dos números à disposição no site da FPF.

No único jogo na região metropolitana, América e Serra Talhada empataram no Ademir Cunha às moscas. Havia gente em apenas um lado da arquibancada, abaixo das cabines de rádio, e ainda assim em número reduzido.

Situação semelhante em Caruaru, também na rodada de abertura, onde houve o maior público, com cerca de oito mil pessoas no clássico entre Porto e Central. A torcida se concentrou em dois setores, nas arquibancadas da Rua Campos Sales e atrás de uma das barras, mas sem qualquer lotação, por mais que a arrecadação tenha apontado 40% ocupação no estádio de 19.478 lugares.

No Carneirão, no duelo entre Chã Grande – com o mando de campo, apesar da localização – e Vitória, as arquibancadas também ficaram bem vazias. Na última aferição de capacidade de público encomendada pela FPF, no início do ano, o estádio Severino Cândido Carneiro foi liberado para receber até 10.911 pessoas. Pelas imagens, o público teria ocupado 46% do espaço. Não, não ocupou. In loco, somente 168 pessoas assistiram ao jogo, conforme o anúncio do sistema de som do estádio, numa nova norma da FPF, mas sem qualquer registro posterior – borderô, site etc. Para não comprometer os dados oficiais, obviamente.

1ª rodada
08/12/13 – Porto 1 x 1 Central – 7.973 pessoas (7 mil do TCN). Fotos e borderô
08/12/13 – América 2 x 2 Serra – 5.123 pessoas (5 mil do TCN). Fotos e borderô
08/12/13 – Salgueiro 3 x 0 Ypiranga – 7.484 pessoas (7 mil do TCN)
08/12/13 – Chã G. 0 x 1 Vitória – 5.062 pessoas (5 mil do TCN). Fotos e borderô

2ª rodada
11/12/13 – Vitória 0 x 0 Salgueiro – 5.087 pessoas (5 mil do TCN)
11/12/13 – Ypiranga 0 x 2 Porto – 4.917 pessoas (4,5 mil do TCN)
11/12/13 – Serra Talhada 1 x 2 Pesqueira – 5.158 pessoas (5 mil do TCN)
11/12/13 – Central 3 x 1 Chã Grande – 7.253 pessoas (7 mil do TCN)

Surpreso com essas informações? Não deveria, pois o blog denunciou a mesma situação no futebol local em 4 de fevereiro deste ano, sendo inclusive a manchete do Diario de Pernambuco no dia seguinte. Relembre aqui.

Na época, o presidente Evandro Carvalho garantiu ter afastado um dos delegados responsáveis pelas partidas e disse que haveria uma maior fiscalização nos estádios, com pessoal e novas catracas (veja aqui).

O tempo passou e o modus operandi, ao que parece, continua em vigor.

Pernambucano 2014, em 08/12/2013: Chã Grande 0x1 Vitória. Imagens: Bruno Freitas/Youtube

Octogonal da Morte – Parte VII

Jogos da 7ª rodada do octogonal do rebaixamento do PE2013: Pesqueira 6x1 Central, Chã Grande 1x2 Porto, Salgueiro 2x0 Belo Jardim e Petrolina 2x1 Serra Talhada. Crédito: Rede Globo/reprodução

Definidos os dois rebaixados para a segunda divisão do futebol do estado em 2014. O Belo Jardim, que caiu na rodada passada, recebeu a companhia do Petrolina, relegado neste sábado na 7ª e última rodada do octogonal do rebaixamento do Campeonato Pernambucano.

A classificação desta fase vale para a tabela geral, considerando do 5º lugar (Central) ao 12º (Belo Jardim). Vale também uma curiosidade envolvendo os dois clubes que disputaram esta fase extra do Estadual. O regulamento previa que apenas a pontuação octogonal definiria o descenso.

Contudo, caso os dados fossem agregados ao segundo turno, o campeonato de fato, a ordem seria esta: 1º Pesqueira 28 pontos (8 vitórias), 2º Central 26 pts (8v), 3º Salgueiro 25 pts (7v), 4º Porto 23 pts (6v), 5º Chã Grande 21 pts (6v), 6º Petrolina 20 pts (5v), 7º Serra Talhada 18 pts (6v) e 8º Belo Jardim 14 pts (3v).

Os representantes na Série D serão Salgueiro, Ypiranga, Central.

Pesqueira 6 x 1 Central – Campeãa da fase por antecipação e garantida no Brasileiro, a Patativa relaxou. Acabou perdendo o voo para a Águia, sem Balotelli.

Chã Grande 1 x 2 Porto – No Carneirão, o Tricolor do Agreste jogou a sua vida e se salvou, com gols de Lalá e Joelson, principal nome do time na campanha.

Salgueiro 2 x 0 Belo Jardim – Uma partida sem qualquer atrativo, com um time no Brasileiro e salvo e outro rebaixado. Pio e Canga marcaram os gols da tarde.

Petrolina 2 x 1 Serra Talhada – A Fera até fez a sua parte, vencendo com gols de Cleitinho e Julinho, mas pecou pelos vários erros ao longo do campeonato.

Geral (atualizado no domingo) – O Estadual terminou com 138 partidas. Foram 379 gols, com média de 2,74. O alvirrubro Elton foi o artilheiro, com 17 gols.

Classificação do octogonal do rebaixamento do Pernambucano 2013 após 7 rodadas. Crédito: Superesportes

Octogonal da Morte – Parte VI

Pernambucano 2013, octogonal do rebaixamento: Central 1x0 Chã Grande. Crédito: Rede Globo/reprodução

Faltando apenas uma rodada para o fim do octogonal do rebaixamento do Estadual, a única lacuna da disputa e a segunda vaga para a segunda divisão do ano que vem – Porto ou Petrolina. Na rodada deste meio de semana foi definido o primeiro rebaixado, o Belo Jardim. Tristeza no Agreste. Mas pertinho dali, em Caruaru, teve festa, com a classificação do Central à Série D. A última participação alvinegrano Brasileiro havia sido em 2010.

Porto 2 x 1 Pesqueira – Na terça, o Gavião ganhou de virada, com gols de Jefferson e Joelson. Ainda corre risco de queda, mas ajudou o rival alvinegro.

Central 1 x 0 Chã Grande – De pênalti, aos 29 minutos, Andrezinho marcou o gol que recolocou a Patativa no Campeonato Brasileiro. Meta cumprida.

Belo Jardim 0 x 1 Petrolina – No jogo, um dos dois seria rebaixado, ou até ambos. Mas a Fera surpreendeu, com Viola, aos 47 do 2º tempo. Sobrevida.

Serra Talhada 2 x 0 Salgueiro – Anderson e Tete marcaram os gols da terceira vitória do Cangaceiro. Sem risco de queda, mas sem vaga nacional.

Confira a tabela do octogonal clicando aqui.

Geral – O Estadual chegou a 132 partidas. Desde o 1º turno foram 359 gols, com média de 2,71. O alvirrubro Elton segue isolado na artilharia, com 17 gols.

Classificação do octogonal do rebaixamento do Pernambucano 2013 após 6 rodadas. Crédito: Superesportes

Octogonal da Morte – Parte V

A quinta rodada no octogonal, com jogos no sábado e no domingo, livrou matematicamente quatro clubes do perigo do descenso à Série A2 do Campeonato Pernambucano. Salgueiro, Pesqueira, Central e Chã Grande já podem respirar aliviados. A próxima rodada terá o duelo Belo Jardim x Petrolina, que pode rebaixar um dos dois. Ou até ambos em caso de empate…

Pesqueira 5 x 1 Belo Jardim – Mais um goleada da Águia, com onze gols em duas partidas, permanência garantida, mesmo sem jogar “casa” no torneio todo.

Chã Grande 0 x 2 Salgueiro – Os gols no segundo tempo de Alexson e Yerien garantiram o Carcará na elite. Presente na Série D, agora não aspira mais nada.

Porto 0 x 0 Petrolina – No sábado à noite, em Caruaru, o Gavião perdeu uma grande chance de se livrar. Deu uma sobrevida ao time do São Francisco.

Central 3 x 1 Serra Talhada – No único jogo no domingo, Jonathan Goiano marcou 3 vezes, chegou a 14 gols, e pediu a e pediu a música no Fantástico.

Confira a tabela do octogonal clicando aqui.

Geral – O Estadual chegou a 128 partidas. Desde o primeiro turno foram 352 gols, com média de 2,7. Elton ampliou a sua artilharia, agora com 17 gols.

Classificação do octogonal do rebaixamento do Pernambucano 2013 após 5 rodadas. Crédito: Superesportes

Octogonal da Morte – Parte IV

Pernambucano 2013, 4ª rodada do octogonal do rebaixamento: Salgueiro 3x1 Central, Petrolina 1x6 Pesqueira, Serra Talhada 2x0 Porto e Belo Jardim 1x2 Chã Grande. Crédito: Rede Globo/reprodução

O feriado pelo Dia do Trabalhador resultou numa incomum rodada à tarde em plena quarta-feira. Bom para os times do interior, que economizaram nas despesas com os estádios. Na 4ª rodada do octogonal que irá definir os dois rebaixados do Estadual, Belo Jardim e Petrolina se complicaram na tabela. Enquanto isso, Central, Chã Grande, Pesqueira e Serra Talhada terão uma disputa ferranha pela vaga na 4ª divisão nacional nas últimas três rodadas.

Salgueiro 3 x 1 Central – A Patativa tinha 100% de aproveitamento até então. Foi trucidada pelo Carcará e acabou empatado com o Chã Grande.

Petrolina 1 x 6 Pesqueira – O atacante Jonathan Balotelli, 23 anos, deve ser a revelação do PE2013. Nesta tarde, marcou três gols, chegando a 12. Artilharia?

Serra Talhada 2 x 0 Porto – Alisson e Kássio marcaram os gols que deixaram o Cangaceiro quase livre da queda e o Gavião sob grande risco de descenso.

Belo Jardim 1 x 2 Chã Grande – Foi a segunda vitória consecutiva da Raposa como visitante nesta fase. Divide a liderança e já mira a inédita vaga na Série D.

Confira a tabela do octogonal clicando aqui.

Geral – O Estadual chegou a 122 partidas. Desde o primeiro turno foram 337 gols, com média de 2,76. Elton segue na artilharia isolada, com 16 gols. Ainda terá mais dois jogos para ampliar o número, na disputa pelo terceiro lugar entre Náutico e Ypiranga.

Classificação do octogonal do rebaixamento do Pernambucano 2013 após 4 rodadas. Crédito: Superesportes