Noite com 25 pênaltis no Arruda e título do Zalgiris Vilnius

Troféu Chico Science 2015: Santa Cruz x Zalgiris Vilnius. Foto: site oficial do Zalgiris Vilnius

A quantidade de pênaltis em uma só noite no Arruda foi inacreditável.

No tempo normal, com o empate em 1 x 1, o gol lituano foi marcado numa penalidade máxima cobrada por Adi Rocha, o brasileiro do Zalgiris Vilnius.

Durante o amistoso internacional, o técnico coral, Ricardinho, fez sete mudanças, mas não havia como esperar o mínimo de conjunto, mesmo com a semana de trabalho em Chã Grande.

O jeito foi desempatar nos pênaltis o confronto valendo o Troféu Chico Science.

E o empate persistiu durante muito tempo na barra ao lado do canal. Primeiro, igualdade em 4 x 4 nas cinco primeiras cobranças de cada um. Depois, mais seis alternadas para cada time. Todas devidamente convertidas.

Os corais voltaram a desperdiçar com o zagueiro Danny Morais. Coube então a Adi Rocha, novamente. Na primeira série de tiros livres, ele havia perdido. Portanto, ao todo, seria o seu terceiro pênalti…

Assim, a disputa só foi encerrada na 25ª cobrança da noite, 11 x 10.

A conversão garantiu ao bicampeão da Lituânia o seu primeiro título no Brasil. Antes, perdera os seus dois jogos contra Gama e Goiás, pela Granada Cup.

Ao Santa Cruz, a melhor notícia da noite foi o reforço no ataque, com Bruno Mineiro e Anderson Aquino, ambos com passagens nos rivais da capital.

Em relação aos amistosos internacionais, agora só em 2016… sem pênaltis.

Troféu Chico Science 2015: Santa Cruz x Zalgiris Vilnius. Foto: site oficial do Zalgiris Vilnius

A ausência de marketing no Troféu Chico Science

Troféu Chico Science 2015. Fotos Allan Pereira e santinhanewspe/twitter

O Santa Cruz organizou às pressas o amistoso internacional contra o Zalgiris Vilnius, da Lituânia. O clube coral até tentou um acordo com o poderoso Shakhtar Donetsk, mas a agenda ucraniana já estava cheia no país.

Contra o bicampeão lituano, o Tricolor decidiu homenagear um de seus mais ilustres torcedores, Chico Science. O cantor e ícone do manguebeat deu nome ao amistoso, Troféu Chico Science. Uma boa ação de marketing, no papel.

Contudo, faltou trabalhar melhor a ideia. E isso inclui, claro, o troféu escolhido, digno de qualquer loja de material esportivo na cidade, no estilo “honra ao mérito”. Enquanto o rival recifense realizou até coletiva para apresentar a taça amistosa, os corais só apresentaram a peça na beira do campo, no Arruda, perdendo a chance de expor mais a sua marca…

Na base do troféu está escrito:

“Eu vou fazer uma embolada,
Um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado
Bom pra mim e bom pra tu” (A Praieira)

Pois é. Erraram o nome da música na placa. Esse é um trecho de “A Cidade”.

Chico Science e Ariano Suassuna, mitos transformados em taças de Santa e Sport

Chico Science e Ariano Suassuna em encontro na década de 1990. Foto: Arquivo/Fred Jordao/DP

Chico Science e o manguebeat…  Ariano Suassuna e movimento armorial.

Dois dos nomes mais populares e queridos da cultura pernambucana, ainda que Ariano tenha nascido na vizinha João Pessoa. A paixão dos dois pelo estado era tão grande que não havia como ignorar o futebol. Chico, tricolor. Ariano, rubro-negro. Viventes das arquibancadas.

Na década de 1990, os dois viveram o auge nacionalmente, com os álbuns Da lama ao caos e Afrocibederlia e a adaptação da peça teatral O Auto da Compadecida. Entre essas obras, alguns encontros. Sempre ricos de ideias, amigos pessoais.

Hoje, eternizados, ocupam um lugar especial na memória de todos. Na música, na dramaturgia, no teatro, nos movimentos culturais etc. As homenagens são muitas, e o futebol faz parte delas.

Chico já havia sido caricaturado em uma figurinha do álbum do clube coral, enquanto os traços de Ariano inspiraram uma linha de uniformes leoninos.

Agora, um novo passo. Em 2015, em dois amistosos internacionais, Santa Cruz e Sport criaram taças amistosas com os nomes dos ilustres torcedores.

Primeiro, o Leão lançou a Taça Ariano Suassuna, visando o confronto contra o Nacional do Uruguai. O jogo contra o tricampeão da Libertadores foi agendado para a Arena Pernambuco, em 24 de janeiro.

A Cobra Coral não deixou por menos e batizou de Taça Chico Science a partida contra o Zalgiris Vilnius, da Lituânia. Mesmo nomeando a disputa depois, o jogo contra o bicampeão lituano foi marcado mais cedo, dia 22, no Arruda.

Que os troféus instituídos tenham vinda longa na pré-temporada dos rivais das multidões. E que o Náutico também lance o seu. Qual alvirrubro seria homenageado?

Chico Science em Joanesburgo

Chico Science, gênio do ManguebeatSom pernambucano em Joanesburgo.

Nada de frevo… Mas sim o manguebeat.

Inaugurada no domingo, a Casa Brasil já é um dos principais focos da festa brasileira na África do Sul. Lá, a batida forte de Chico Science se faz presente… De maneira instigante.

Na cidade – a única com dois estádios no Mundial de 2010 -, os Ministérios da Cultura e do Turismo do Brasil criaram um centro com 3 mil metros quadrados para divulgar o país.

O objetivo é “antecipar” a próxima Copa do Mundo, em 2014, e também a Olimpíada de 2016, no Rio.

Na entrada da Casa Brasil, que ficará aberta até o fim do Mundial (e onde será divulgado de maneira oficial o logotipo de 2014), o manguebeat toca forte com Coco Dub , do eterno tricolor Chico Science.

Não lembra da música? Relembre. Vale a pena.

Post com a colaboração da repórter do DP Michelle de Assumpção