Ele queria ser jogador de futebol

Harley, jogador de vôlei de praia

Rio de Janeiro – Aos 35 anos, Harley Marques ostenta um currículo invejável no vôlei de praia da atualidade. Até porque ganhou quase tudo! Foi eleito o melhor jogador do mundo em 2008 e 2009. Ganhou o Circuito Mundial no ano passado. Neste ano, ficou com o vice. Por outro lado, ganhou o título brasileiro da temporada.

E na noite desta segunda-feira, recebeu o Prêmio Brasil Olímpico como melhor atleta do país na modalidade em 2009. Ok, o cara se garante…

Mas ele queria mesmo era jogar futebol profissional! 😯

Há exatamente 20 anos, Harley se destacava como meia-direita do time juvenil do Taguatinga Esporte Clube, do Distrito Federal, onde nasceu. Passou logo no primeiro teste na peneira do clube.

Ali, o vôlei nem passava pela cabeça de Harley, que gostava mesmo era de fazer gols.

“Eu era até bom, muito rápido, coisa que me ajuda até hoje. Eu fazia os meus ‘golzinhos’, mas aí fui crescendo demais. Naquela época, os treinadores de futebol não gostavam muito de jogadores altos, como hoje em dia. Me mandaram jogar vôlei”.

O brasiliense demorou a seguir o conselho. Harley só começou a jogar vôlei aos 18 anos. Logo depois, chegaria na sua altura final: 1,93m. Há 10 anos morando no Rio de Janeiro, Harley definitivamente abandonou os gramados. Agora, só joga na areia de Copacabana e do Posto 9 de Ipanema, as suas quadras preferidas.

A paixão pelo futebol, porém, permanece forte fora das quatro linhas, como Harley deixou claro durante a entrevista com o blogueiro. Agora então…

Harley é torcedor do Flamengo, campeão brasileiro. Daqueles que frequentam o Maracanã sempre. E ainda gosta de “descobrir novos torcedores” flamenguistas.

“Eu queria ter jogado no Flamengo, ao lado do Zico. Pena que não deu (risos). Falando sério, a torcida do Flamengo faz valer a pena até o jogo mais chato. Pode ser a pior partida, mas se for para escutar a galera cantando, eu vou. E já levei vários gringos para o Maraca. Eles ficam loucos!”

Curiosidade: Como chegará em 2016 com 41 anos de idade, Harley já diz estar se planejando para participar dos Jogos Olímpicos no Rio. “Vou focar os bastidores, na parte técnica. Quero fazer parte da festa”.

Para seguir Harley no twitter, clique AQUI.

15 anos sem férias

Rio 2016

Rio de Janeiro – Durante a entrega do Prêmio Brasil Olímpico, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, deu alguns números sobre a “missão” para transformar o Rio de Janeiro em cidade-sede dos Jogos de 2016.

500 pessoas envolvidas na candidatura olímpica.

2002, início do projeto, com a inscrição da candidatura para os Jogos Pan-Americanos de 2007.

2017, início das “férias” da equipe que coordena o projeto Rio-2016.

Ou seja, são 15 anos num mesmo projeto… De uma candidatura panamericana até a realização de uma Olimpíada. Haja tempo! 😎

Para organizar isso foi necessário conseguir “alguns” votos para as duas eleições (Pan de 2007 e Olimpíadas de 2016). E Nuzman até que viajou…

1.000 horas, o tempo de voo de Nuzman visitando países em busca de votos para a cidade carioca.

500.000 milhas, a distância percorrida pelo presidente do COB.

Commander in chief

César Cielo, Lula e Sarah MenezesRio de Janeiro – Na noite que consagrou o nadador César Cielo e a judoca Sarah Menezes como os melhores atletas brasileiros do ano (veja AQUI), quem roubou a cena no Prêmio Brasil Olímpico foi o presidente da República.

Após 42 atletas e inúmeras personalidades, chegou a vez do presidente Luís Inácio Lula da Silva receber a sua premiação no palco do Maracanãzinho. Seria a última pessoa a pisar lá.

Nada menos que o título de “Personalidade Olímpica de 2009”.

O presidente Lula voltou a usar a gravata com as cores do Brasil. Um modelo idêntico àquele utilizado no dia em que o Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, em Copenhague, na Dinamarca. Lula, aliás, diz ter 18 gravatas como aquela, as “gravatas da sorte”.

Como um verdadeiro showman, Lula revelou todos os bastidores possíveis dos momentos que antecederam aquele histórico 2 de outubro, quando Rio se tornou a primeira cidade da América da Sul a virar sede das Olimpíadas.

Foram 28 minutos de um verdadeiro stand-up comedy, surreal para a figura de um chefe de estado, mas possível para alguém que sempre quebrou protocolos formais.

No hotel na Dinamarca, o presidente chegou a chamar o seu médico particular para atender o governador do Rio, Sérgio Cabral. Segundo o presidente, Cabral ia “explodir”. A receita do doutor foi simples: “chore, governador”.

O objetivo era apenas aliviar a tensão. Marca maior do anúncio oficial.

O presidente comentou sobre a estrutura do hotel. Simples, segundo ele (“Não tinha nada de suíte presidencial ou governamental”). E a TV só tinha canais dinarmaqueses (“Era bom que eu não entendia nada que estava passando”).

Durante as reuniões no hotel, ficou decidido o script da entrada da comitiva brasileira na sessão do Comitê Olímpico Internacional. A tática: todos sorrindo, acenando, mostrando alegria. Mas não foi bem assim… 😯

“Ninguém abanou a mão. O nervosismo era demais. Entramos como se fosse uma guerra. A coisa estava tensa”.

E a descrição das candidatas adversárias? Com direito a um desdém hilário dos críticos.

“O pessoal (do contra) dizia: Imagine se o Brasil vai ganhar. Madri é uma cidade mais bonita. Madri é uma cidade fantástica. Tem não sei quantos mil anos… Tóquio! O imperador está lá em Tóquio. Essa sabedoria milenar… O Brasil não se enxerga? Vai disputar com Chicago? Não sabe que é a terra do HOMEM? Fui ficando nervoso”.

Ao se referir a Barack Obama, presidente dos EUA, Lula arrancou ainda mais gargalhadas dos mais de 4 mil presentes no Maracanãzinho.

“Pra piorar, o homem veio. No Força Área um. Mostraram mais o avião do Obama do que eu quando cheguei. E olha que era só o avião, ele nem tinha saído ainda! E a MULHER do homem já estava em Copenhague, e eu sozinho”.

Ao falar da vitória – e dizer que se não sofreu um ataque cardíaco naquele momento da vitória, não sofrerá nunca mais -, o presidente arrumou tempo para um tom sério, de cobrança. Consciente de que não só Rio de Janeiro como o Brasil ainda têm muito o que fazer nos próximos anos.

No fim, Lula mostrou a sua já conhecida autoconfiança com a seguinte frase:

“O Brasil não é o país do ‘cara’. O Brasil é o país dos caras”.

Você pode assistir ao vídeo completo com o discurso do presidente AQUI.

Os melhores e a gravata

COBO Maracanãzinho será o palco da grande celebração do esporte brasileiro na noite desta segunda, com a entrega do Prêmio Brasil Olímpico. Diga-se de passagem que o nadador César Cielo tem 99,9% de chance de vencer, com todos os méritos possíveis de um campeão e recordista mundial nos 50m e 100m nado livre (saiba mais AQUI).

Além dos prêmios principais, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) também vai entregar os troféus para os destaques de 42 modalidas esportivas.

Uma ressalva: ‘mandaram’ o blogueiro para essa parada no Rio de Janeiro, com direito a terno e gravata. Como nó de gravata (exigência da cerimônia) nunca foi o meu forte, peguei umas dicas com o vídeo abaixo.

Falo sério. 😯

Pela quantidade de visualizações (mais de 120 mil), fica claro que muita gente fez o mesmo para aprender a dar um “simples” nó…

1 dia que valeu por 2016

Rio de Janeiro

O Cristo Redentor é um dos maiores símbolos do Rio de Janeiro. Um monumento consagrado e eleito em 2007 como uma das sete maravilhas do mundo moderno. Tudo começou em 1931, quando a obra da estátua foi finalizada no alto do morro do Corcovado. Uma vista espetacular que mudaria a história do Rio. A Cidade Maravilhosa, então capital do Brasil, não tinha mais do que 1,5 milhão de habitantes, quatro vezes menos do que a população divulgada pelo IBGE neste ano.

Mas mesmo naquele Rio bem diferente em relação à infraestrutura, reconhecimento internacional e segurança (neste caso, era melhor), o sonho carioca de receber uma edição dos Jogos Olímpicos já era bem real. Ao lado de outras 12 cidades, o Rio de Janeiro se inscreveu pela primeira vez para receber as Olimpíadas de Verão. O objetivo era organizar os Jogos de 1936. Seriam cinco anos que poderiam transformar a metrópole fluminense.

Era também a primeira vez que a América do Sul postulava o maior evento esportivo da era moderna, e logo em dose dupla, pois Buenos Aires também se inscreveu no Comitê Olímpico Internacional. O desejo de ambas, porém, acabou rapidamente. Berlim ganhou a disputa. Estava dada a largada para os Jogos de Adolf Hitler, mas que seriam, na verdade, do negro norte-americano Jesse Owens, vencedor de quatro medalhas de ouro. Aquela edição, por sinal, foi o início do gigantismo em Olimpíadas.

Alheio a isso, o Rio de Janeiro cresceu, perdeu o status de capital federal em 1960 (após a construção de Brasília) e continuou sendo o principal polo de atração turística do país (recebe cerca de 1,5 milhão de visitantes estrangeiros por ano), além de ser um dos maiores centros econômicos e culturais do Brasil. Mas não adiantou muito, pois apesar das grandes metrópoles, o continente sul-americano não conseguiu acompanhar as candidaturas europeias, norte-americanas e asiáticas.

Mesmo longe dos índices técnicos exigidos pelo COI, o sonho continuou vivo na Baía de Guanabara. Em 2004, a cidade voltou com o slogan em “2004, Rio candidato”. Apesar do grande apoio popular, o Rio sequer passou da primeira fase. Nesta disputa, Buenos Aires alcançou a final pela 1ª vez, mas foi batida pela mítica Atenas, na Grécia. Depois, novo fracasso brasileiro, desta vez para os jogos de 2012. Com uma candidatura mais fraca em relação à anterior, o Rio entrou com uma postulação puramente política na disputa que consagrou Londres, sede dos próximos Jogos.

Agora, em sua 4ª tentativa, o Rio de Janeiro finalmente conseguiu avançar para a fase decisiva na seleção para cidade-sede dos Jogos de 2016. Mais do que isso… Numa apresentação sóbria e emocionante, o Rio ganhou, nesta sexta, uma batalha duríssima contra cidades mais fortes economicamente. Chicago, Tóquio e Madri, todas em países que já haviam recebido os Jogos. Esse 2 de outubro foi histórico. O Rio ganhou uma responsabilidade sem igual. Será o centro esportivo do mundo daqui a 7 anos.

Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016… Aí vamos nós!

Haja dinheiro. Haja trabalho. Haja esporte. 😎

O Rio quer

Após dois dias “sumido”, devido a uma matéria para o Diario, estou de volta ao blog. Apesar da viagem não ter sido relacionada a uma pauta de Esportes, no fim dela ainda houve um gancho sobre o assunto.

Ontem à noite, eu estava no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, esperando o voo para o Recife (foram seis horas 😯 ). No saguão do aeroporto é impossível não perceber a campanha da capital carioca para se tornar sede dos Jogos Olímpicos de 2016, feito ainda inédito para a América do Sul.

Rio 2016São cartazes por todos os lados, a maioria deles em inglês. No entanto, a mensagem que marca a campanha é em português mesmo (com apoio total no site oficial da candidatura do Rio). Confira:

“Eu quero!” 😀

Abaixo, as mensagens em inglês que ilustram todo o saguão do aeroporto que passa por reformas para se tornar o 10º melhor do mundo.

“Here we are n the Olympics spirit. Look how much preparation is going on.” (Aqui estamos no espírito olímpico. Olhe quanta preparação está acontecendo)

“Live your passion.” (Viva sua paixão)

“If the city is so wonderful, imagine how the Olympics and the Paraolympics will be?” (Se a cidade é tão maravilhosa, imagine como as Olimpíadas e Paraolimpíadas serão?)

Obs. Faltam 107 dias para o anúncio oficial da cidade-sede de 2016 (em 2 de outubro). Nesta quarta, porém, as quatro cidades postulantes (Rio, Tóquio, Madri e Chicago) apresentam os seus projetos aos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Lausanne, na Suíça.

Cada candidata terá 45 minutos para apresentar o projeto à comissão. E das 107 pessoas com direito a voto, 90 estarão em Lausanne. Portanto… Boa sorte, Rio!

Ps. Eu também quero… 😎