O discurso de CR7 na conquista da Euro

Quatro meses após a inédita conquista da Eurocopa, a Federação Portuguesa de Futebol divulgou um vídeo de bastidores, com o discurso de Cristiano Ronaldo no vestiário do Stade de France, após a vitória sobre os donos da casa, na prorrogação. O craque do Real Madrid apontou aquele momento, aquele triunfo, como o momento mais feliz de sua carreira. Assista.

“Eu poderia repetir isso 100 vezes. Eu estou muito feliz. Esse é o troféu que estava faltando.”

Portugal, o 10º país campeão da Eurocopa

Torre Eiffel com as cores de Portugal. Foto: @uefaeuro

A Torre Eiffel, no Champ de Mars, em Paris, ganhou as cores portuguesas.

O título da Eurocopa teve toda a entrega possível de Portugal, que bateu a França no Saint-Denis com um gol no segundo tempo da prorrogação, com Éder mandando de fora da área. O favoritismo era todo dos Bleus, com uma campanha melhor, com o artilheiro (Griezmann, 6 gols), com o apoio da torcida e ainda mais com a saída prematura de Cristiano Ronaldo, que sofreu uma entrada dura com apenas 18 minutos de bola rolando na decisão.

E quem esperava o time luso retraído, se enganou. Surpreendeu o adversário, criando chances, ainda que tenha tomado um susto daqueles no último lance do tempo regulamentar, com Gignac acertando a trave. No tempo extra, com os atacantes abertos, foi à frente e arrancou a vitória. 1 x 0 para a história, apagando a frustração de 2004, quando sediou o torneio e perdeu a final da Grécia. Nesse tempo todo, CR7 chorou de tristeza, de dor e, enfim, de felicidade. Uma vitória quase sem sua presença, mas ele mesmo avisou…

“Não somos 11, somos 11 milhões!”

Com a conquista continental, Portugal encerra a busca por um título de primeira linha. Já havia sido semifinalista do Mundial em 1966 e 2006 e em outras quatro vezes terminou entre os quatro melhores no Velho Mundo. Agora, o topo.

Tornou-se o 10º país campeão da Euro. Antes tarde do que nunca.

1º) 1960 – União Soviética (1 no total)
2º) 1964 – Espanha (3)
3º) 1968 – Itália (1)
4º) 1972 – Alemanha (3)
5º) 1976 – Tchecoslováquia (1)
6º) 1984 – França (2)
7º) 1988 – Holanda (1)
8º) 1992 – Dinamarca (1)
9º) 2004 – Grécia (1)
10º) 2016 – Portugal (1)

Eurocopa 2016, final: França x Portugal. Foto: Uefa (@uefaeuro)

Os ídolos no futebol dos brasileiros, do líder Pelé aos estrangeiros Messi e CR7

Pesquisa do Ibope/Repucom, de 2016, sobre o maior ídolo no futebol

O Rei Pelé segue como o maior ídolo no futebol dos brasileiros. É o que aponta uma pesquisa do Ibope produzida em 2016, com respostas espontâneas. Entretanto, o que já foi a suprema maioria da torcida do país hoje representa apenas 13%. O tricampeão mundial (58, 62 e 70), hoje com 76 anos, é seguido de perto por Neymar e Zico, ambos com 10%, numa lista com outras surpresas midiáticas. O argentino Lionel Messi, em 5º lugar, e o português Cristiano Ronaldo, em 7º, são os estrangeiros presentes entre os 14 principais nomes, divulgados pelo diretor-executivo do Ibope-Repucom, José Colagrossi.

A liderança de Pelé e a ascensão de craques do “presente” são sinais das faixas etárias pesquisadas. Com a renovação da população, diminui a parcela de pessoas que viram Pelé, in loco ou na tevê (uma dura concorrência atual).

Obs 1. O quadro mediu a idolatria, com o “melhor jogador” em outra questão.

Obs 2. Entre os brasileiros eleitos pela Fifa como melhor do mundo, só Rivaldo não foi lembrado: Ronaldo 9%, Ronaldinho 3%, Kaká 2% e Romário 2%.

Obs 3. Também chama a atenção as citações de Ceni, Marcos e Sócrates, indicando uma visão clubista em São Paulo, epicentro das pesquisas no país.

Obs 4. Segundo pesquisa do mesmo instituto, em 2013, Pelé seria conhecido por 99,4% da população brasileira, com 82,6% de influência.

Portugal x França, a final da Euro 2016. Um título para a história ou pela história

Cristiano Ronaldo (Portugal) x Antoine Griezmann (França) na final da Eurocopa 2016. fotos: @uefaeuro

Uma potência em busca de uma nova conquista diante do seu povo.
Um coadjuvante de respeito querendo a primeira taça de sua história.

O Stade de France vai abrigar, em 10 de julho, a decisão da Eurocopa 2016, com a França de Antoine Griezmann, o artilheiro desta edição, com 6 gols, e Portugal de Cristiano Ronaldo, o maior goleador da história do torneio, com 9 tentos. As jornadas foram bem contrastantes, com os Bleus superiores em quase todas as apresentações. Apenas no encerramento da fase de grupos, já classificados, pisaram no freio e ficaram num empate sem gols com a Suíça.

No mata-mata, a França avançou com tranquilidade, com direito a um triunfo sobre a atual campeã mundial. Vai em busca do tricampeonato, com a força do “mando”. Disputando torneios oficiais em casa, são 17 jogos de invencibilidade. Não por acaso, é o último anfitrião campeão europeu (1984) e campeão mundial (1998). Mais: venceu o adversário lusitano nos últimos dez jogos, numa série iniciada em 1978! Contra todas essas estatísticas, os portugueses tentam preencher a lacuna de 2004, quando sediaram a Euro e, com a sua melhor geração, deixaram a taça escapar numa zebraça comandada pelos gregos. Presente naquele ano, CR7 chega como protagonista, com três gols em 2016, decidindo a semi contra Gales do companheiro Bale. Foi a primeira vitória categórica de um time recheado de empates, jogando no limite.

A 15ª decisão europeia mantém a tradição de finais distintas na competição. Até hoje, apenas uma repetição, com alemães e tchecos em 1976 e 1996. Ainda assim, há  a ressalva da unificação alemã e da separação tcheca no período.

As campanhas dos finalistas de 2016
França
5 vitórias, 1 empate, nenhuma derrota, 13 GP, 4 GC

Portugal
2 vitórias, 4 empates, nenhuma derrota, 8 GP, 5 GC

Todas as finais da Euro
1ª) 1960 – União Soviética 2 x 1 Iugoslávia (Paris, França)
2ª) 1964 – Espanha 2 x 1 União Soviética (Madri, Espanha)
3ª) 1968 – Itália x Iugoslávia: 1 x 1 (Roma, Itália) e 2 x 0 (Roma, Itália)
4ª) 1972 – Alemanha Ocidental 3 x 0 União Soviética (Bruxelas, Bélgica)
5ª) 1976 – Tchecoslováquia (5) 2 x 2 (3) Alemanha Oc. (Belgrado, Iugoslávia)
6ª) 1980 – Alemanha Ocidental 2 x 1 Bélgica (Roma, Itália)
7ª) 1984 – França 2 x 0 Espanha (Paris, França)
8ª) 1988 – Holanda 2 x 0 União Soviética (Munique, Alemanha)
9ª) 1992 – Dinamarca 2 x 0 Alemanha (Gotemburgo, Suécia)
10ª) 1996 – Alemanha 2 x 1 República Tcheca (Londres, Inglaterra)
11ª) 2000 – França 2 x 1 Itália (Roterdã, Holanda)
12ª) 2004 – Grécia 1 x 0 Portugal (Lisboa, Portugal)
13ª) 2008 – Espanha 1 x 0 Alemanha (Viena, Áustria)
14ª) 2012 – Espanha 4 x 0 Itália (Kiev, Ucrânia)
15ª) 2016 – França x Portugal (Saint-Denis, França)

* Rússia herdou o histórico da União Soviética
** Alemanha herdou o histórico da Alemanha Ocidental

*** República Tcheca herdou o histórico da Tchecoslováquia*
*** Sérvia herdou o histórico da Iugoslávia  

O  campeão europeu deverá enfrentar o Chile, o campeão da Copa América Centenário, num duelo intercontinental promovido pela Conmebol e pela Uefa…

Real Madrid, hendecacampeão da Europa

Champions League, final: Real Madrid x Atlético de Madri (gol de Sérgio Ramos). Foto: Champions League/twitter (@ChampionsLeague)

O Real Madrid é o clube mais vencedor da história do futebol. Sem discussão.

Alcançou o hendecacampeonato da Liga dos Campeões da Uefa.

1956 – Real Madrid 4 x 3 Stade Reims (campeão)
1957 – Real Madrid 2 x 0 Fiorentina (bi)
1958 – Real Madrid 3 x 2 Milan (tri)
1959 – Real Madrid 2 x 0 Stade Reims (tetra)
1960 – Real Madrid 7 x 3 Eintracht Frankfurt (penta)
1966 – Real Madrid 2 x 1 Partizan (hexa)
1998 – Real Madrid 1 x 0 Juventus (hepta)
2000 – Real Madrid 3 x 0 Valencia (octo)
2002 – Real Madrid 2 x 1 Bayer Leverkusen (enea)
2014 – Real Madrid 4 x 1 Atlético de Madri (deca)
2016 – Real Madrid (5) 1 x 1 (3) Atlético de Madri (hendeca)

Há dois anos, em Lisboa, o zagueiro Sérgio Ramos foi no terceiro andar para cabecear e empatar a final da Champions contra o Atlético, no último lance. Dois anos depois, num clássico agora em Milão, o capitão do Real foi novamente um dos nomes da conquista continental. Marcou aos quinze minutos, concluindo o desvio de Bale. Impedido, é verdade. Indicava um jogo sem drama, engano.

Champions League, final: Real Madrid x Atlético de Madri (gol de Sérgio Ramos). Foto: Champions League/twitter (@ChampionsLeague)

Armado por Simeone para compactar o jogo e tentar ser letal, o Atlético acabou retraído, mas nunca duvide desse time. Os colchoneros tiveram uma chance de ouro no primeiro minuto da etapa complementar, num pênalti mandrake, com Pepe sofrendo falta de Fernando Torres, o inverso da marcação. Griezmann acertou o travessão. O lance abateu o time. Mas na reta final, com o jogo já pendendo para o Real, com CR7 e Bale desperdiçando boas chances, Yannick Carrasco, acionado no decorrer da decisão, completou um cruzamento e empatou. Beijou a namorada, Miss Bélgica, na comemoração (isso mesmo).

Na prorrogação, um jogo com os times esgotados. Zidane já havia feito as três mudanças, com os atletas se arrastando, com câimbras. Com uma troca, Simeone deu fôlego ao time, mas não adiantou. A decisão sairia nos pênaltis, pela 11ª vez na história, inédita a ambos. Com cinco cobranças perfeitas, numa série finalizada por Cristiano Ronaldo, o Real fez 5 x 3, manteve a supremacia histórica no clássico (145 x 69) e levou a orelhuda mais uma vez ao Bernabéu.

Depois de La Décima, numa busca de doze anos, já chegou a Undecima.

Agora começa a saga incessante pelo 12º título. Ou “duodecacampeonato”…

Champions League, final: Real Madrid x Atlético de Madri (gol de Sérgio Ramos). Foto: Champions League/twitter (@ChampionsLeague)

Lionel Messi, cinco vezes o melhor jogador de futebol do mundo

Lionel Messi, o melhor do mundo em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2015. Fotos: Fifa/divulgação

“Espero apanhar o Messi já na próxima época.”

Vai ter que esperar alguns anos, Cristiano Ronaldo…

Com um português de raiz, Cristiano Ronaldo havia dito há um ano qual seria o seu objetivo em 2015. Declaração dada com a Bola de Ouro nas mãos, a sua terceira. Caso conquistasse o badalado prêmio mais uma vez, empataria com o seu grande rival no futebol, Lionel Messi.

Com cinco títulos na temporada, comandando o Barcelona e o brilho de sempre, após se recuperar de uma grave lesão, o gênio argentino não deixou margem alguma para dúvidas na escolha do melhor jogador do mundo na temporada. Chegou a cinco nomeações, recorde absoluto.

Após as premiações de 2009 a 2012, La Pulga volta ao topo de fato e de direito. Sim, porque mesmo nos dois anos em que o craque português foi o escolhido o público parecia cético quanto à realidade nos gramados. Seja definindo ou dando o último passe, Messi participou diretamente de 78 gols em 61 jogos no ano (1,27). Ao todo, foram 61 jogos, 52 gols e 26 assistências.

De poucas palavras, Messi disse que ainda pode melhorar.

“Já se passou muito tempo desde 2009. Eu cresci e aprendi algumas coisas. Nos crescemos e aprendemos em todos lugares. Eu ainda estou tentando melhorar o meu jogo.” 

Imagine quando isso acontecer!

Ranking de premiações do “melhor do mundo” (1991-2015):
8 – Brasil (Ronaldo 3, Ronaldinho 2, Romário 1, Rivaldo 1 e Kaká 1)
5 – Argentina (Messi 5)
4 – Portugal (Cristiano Ronaldo 3, Luís Figo 1)
3 – França (Zidane 3)
2 – Itália (Baggio 1 e Cannavaro 1)
1 – Alemanha (Matthäus)
1 – Holanda (Van Basten)
1 – Libéria (Weah)

Também presente na festa em Zurique, Neymar figurou pela primeira vez entre os três melhores, o que não ocorria com um brazuca desde 2007. Com 62 jogos, 45 gols e os mesmo cinco títulos do amigo argentino, Neymar deu o primeiro passo para quebrar a hegemonia Messi/CR7, que já dura oito anos…

Lionel Messi, o melhor do mundo em 2009, 2010, 2011 e 2012. Fotos: Fifa/divulgação

O futebol relembrado no estilo dos videogames Master System e Nintendo

Master System e Nintendo, os consoles de 8-bits nas décadas de 1980 e 1990

A nostalgia de quem jogou videogame na virada das décadas de 1980 e 1990 passa diretamente pelos consoles Master System e Nintendo, de 8-bits, na chamada “terceira geração”. Antecederam plataformas de sucesso como Mega Drive e Super Nintendo, de 16-bits. O estilo pixelizado dos gráficos contrasta frontalmente com as imagens dos modelos mais modernos, o Playstation 4 e o Xbox One, mas fez parte da história, sobretudo com os cartuchos Super Futebol e Goal!, de apenas 1 mega. A partir disso, o perfil 8bit-Football refez cenas clássicas do futebol. Além de episódios marcantes, três curiosas lembranças pernambucanas: Carlinhos Bala se destacando no Sport no título da Copa do Brasil, o raríssimo feito de Rivaldo e seu filho, balançando as redes no mesmo jogo, e Caça-Rato marcando o gol do acesso com 60 mil pessoas no Arruda.

Confira 16 imagens no estilo 8-bits. Clique no texto azul e veja a foto original.

Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi, os finalistas da Bola de Ouro de 2015.

Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi, os finalistas da Bola de Ouro de 2015. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball

O goleiro Fernando Prass converte o último pênalti, dando o título da Copa do Brasil de 2015 ao Palmeiras, diante do Santos.

Fernando Prass converte o último pênalti, dando o título da Copa do Brasil 2015 ao Palmeiras em cima do Santos. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Corinthians campeão brasileiro em 2015, com o goleiro Cássio à frente.

Corinthians campeão brasileiro em 2005, com o goleiro Cássio. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Pai e filho marcando gols num mesmo jogo. O craque pernambucano Rivaldo e o filho Rivaldinho conseguiram pelo Mogi, na Série B de 2015.

Pai e filho marcando gols num mesmo jogo. O craque pernambucano Rivaldo e o filho Rivaldinho, na Série B em 2015. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

No empate com a Lazio, também em 2015, o atacante Totti marcou dois gols, comemorando o segundo com uma “selfie”.

No empate com a Lazio, o atacante Totti marcou dois gols, comemorando o seguindo com um "seflie". Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

No início de 2015, Aubameyang e Marco Reus comemorando como Batman e Robin no Borussia Dortmund.

Aubameyang e Marco Reus comemorando como Batman e Robin no Borussia Dortmund. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

O gol de cabeça de Flávio Caça-Rato, explodindo o Arruda em 2013, no acesso do Santa Cruz à Série B, contra o Betim.

O gol de cabeça de Flávio Caça-Rato, explodindo o Arruda em 2013, no acesso do Santa Cruz à Série B, contra o Betim. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Em 2010, Joseph Blatter anuncia o Catar como sede do Mundial de 2022.

Blatter anuncia o Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Carlinhos Bala em ação pelo Sport na Copa do Brasil de 2008.

Carlinhos Bala atuando no Sport na Copa do Brasil de 2008. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

A histórica cabeçada do craque francês Zinedine Zidane no italiano Materazzi em plena final da Copa do Mundo de 2006.

A histórica cabeçada de Zidane em Materazzi na final da Copa do Mundo de 2006. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Materazzi, da Internazionale, e Rui Costa, do Milan, no jogo paralisado por causa dos sinalizadores jogados no campo, em 2005.

Materazzi (Inter) e Rui Costa (Milan) no jogo paralisado por causa dos sinalizadores no campo em 2005. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Curva no gol de falta de Roberto Carlos pela Seleção, contra a França, em 1997.

Roberto Carlos marca de falta no jogo entre Brasil x França, em 1997. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Em 1995, num amistoso entre Inglaterra e Colômbia, em Londres, o folclórico goleiro Higuita fez a antológica defesa “escorpião”

Em 1995, num amistoso entre Inglaterra e Colômbia, em Londres, o folclórico goleiro Higuita fez a antológica defesa "escorpião". Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

De barriga, Renato Gaúcho deu o título carioca ao Tricolor no Fla-Flu de 1995.

Renato Gaúcho marca de barriga o gol do título carioca do tricolor no Fla-Flu de 1995. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Eric Cantona, astro do Manchester United, dando uma voadora num torcedor do Crystal Palace na Premier League de 1995.

Eric Cantona, do Manchester United, dando uma voadora num torcedor do Crystal Palace. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Taffarel comemora o chute pra fora de Baggio, no tetra do Brasil em 1994.

Festa de Taffarel após o pênalti desperdiçado por Baggio na final do Mundial de 1994. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

As chuteiras dos jogadores inscritos na Champions League 2015/2016

As marcas de chuteiras mais utilizadas pelos jogadores da Liga dos Campeões da Uefa 2015/2016. Fonte: Boots DB

No mercado da bola, os jogadores têm direito a assinar contratos particulares com as fabricantes de material esportivo independentemente do vínculo do clube. Os maiores exemplos internacionais são Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Com o Barcelona vestindo Nike, Messi é o principal garoto-propaganda da Adidas. Já CR7 vive uma situação inversa, utilizando produtos da Nike, à parte do Real Madrid, o principal time do catálogo da Adidas.

A partir disso, o site Football Boots DB mapeou as chuteiras de todos os atletas presentes da Liga dos Campeões da Uefa 2015/2016. Ao todo, 677 jogadores com algum tipo de patrocínio firmado foram listados, com os modelos calçados por cada um. Sem surpresa alguma, as duas marcas citadas dominam o mercado, com 88% dos profissionais no torneio europeu.

A Nike lidera entre as marcas (53%) e os modelos utilizados (Mercurial, com 21%), com a rival alemã na vice-liderança nos dois quesitos, 35% e 17% (modelo “X”), respectivamente. Número de jogadores patrocinados: Nike 359, Adidas 240, Puma 54, Mizuno 8, New Balance 7, Joma 4, Under Armour e Lotto 2, Umbro 1. No post, os quadros de marcas (acima) e modelos (abaixo).

Os modelos das chuteiras utilizadas pelos jogadores da Liga dos Campeões da Uefa 2015/2016. Fonte: Boots DB

As capas dos games Fifa Football e Pro Evolution Soccer 2016

Capas dos games Fifa 2014 e 2016 e Pro Evolution Soccer 2014 e 2015. Crédito: Arte de Cassio Zirpoli sobre imagens de divulgação

Neymar é a grande estrela da capa do Pro Evolution Soccer 2016, a nova versão da franquia produzida pela Konami, completando 20 anos de história. O craque já havia aparecido na capa de 2012, apenas para o mercado brasileiro, como coadjuvante de Cristiano Ronaldo. Agora, não. Em vez da camisa do Santos, o atacante aparece com o uniforme da Seleção Brasileira, até para não competir com o Fifa Football, da EA Sports, que deve ter Lionel Messi como astro pela quarta vez seguida e cuja capa em preto e branco é apenas a versão inicial, divulgada na pre-order, a compra antecipada pela web (60 dólares + frete).

A última vez em que jogadores de um mesmo time estamparam as capas dos games de futebol mais tradicionais do mundo foi em 2012, com CR7 no PES e Kaká ao lado de Rooney, do Manchester United, no Fifa. Na ocasião, ambos apareceram com o padrão branco do Real Madrid. Em relação às licenças oficiais, a Champions League e a Europa League seguem no PES, após o contrato renovado, de três anos. Já os clubes brasileiros, das Séries A e B, seguem em negociação com as produtoras, devido à indefinição causada pelos nomes dos atletas, segundo a legislação nacional. Nos games de 2015, apenas a Konami conseguiu firmar contratos com times nacionais (21 ao todo).

A ferrenha rivalidade Fifa x PES existe há duas décadas nos videogames, dos consoles de 16 bits (Mega Drive e Super Nintendo) aos modelos mais modernos (PS4 e Xbox One). Abaixo, as capas internacionais desde 2007, lembrando que alguns anos contaram com capas regionalizadas, inclusive no Brasil.

O post será atualizado quando a capa definitiva do Fifa for apresentada.

As capas dos games Fifa Football e Pro Evolution Soccer de 2007 a 2013

O dia em que Bala e Rosembrick tiraram Messi e Cristiano Ronaldo do jornal

Pernambucano 2015, América 1x0 Ypiranga. Foto: João de Andrade Neto/DP/D.A Press

* Por João de Andrade Neto

Um abismo. Na verdade um buraco sem fundo separa as realidades de duas duplas familiares ao torcedor pernambucano. A primeira delas, bem conhecida de qualquer pessoa do planeta minimamente ligada em futebol. Trata-se dos astros Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, que nos últimos sete anos vêm se revezando com o título de melhor jogador do mundo. A outra é de uma abrangência mais local. Carlinhos Bala e Rosembrick, que juntos conquistaram títulos no Santa e no Sport, colecionaram polêmicas e hoje vivem os últimos minutos da carreira sem qualquer glamour defendendo América e Ypiranga. Mas pelo menos uma vez na vida, Bala e Rosembrick podem bater no peito e dizer que deixaram para trás Cristiano Ronaldo e Messi. Por mais surreal que a frase possa soar. A lógica foi invertida nas páginas da edição deste domingo do Diario.

Tudo graças ao enfoque jornalístico, onde, neste caso, o interesse local supera o global. Afinal, a rodada do Pernambucano marcava para os Aflitos o confronto América x Ypiranga. Entre Bala e Rosembrick. Na estreia de ambos por seus clubes. Uma boa pauta, sem dúvida. Ainda mais envolvendo personagens tão polêmicos. Coube a mim  produzir o material do jogo, com entrevista com os jogadores, linha do tempo das carreiras e outras curiosidades.

Edições do Superesportes em 18 de janeiro de 2015. A versão final (Bala e Rosembrick) e o esboço (Cristiano Ronaldo e Messi)

Restava uma coisa. A regularização do novo reforço do América no BID. Ao mesmo tempo, produzi outra matéria sobre a rivalidade de Cristiano Ronaldo e Messi, tendo como gancho o primeiro fim de semana após a entrega da Bola de Ouro da Fifa. Afinal, mal havia recebido o seu terceiro prêmio, o português em seu discurso já mirava a igualdade com os quatro prêmios do argentino. Na sexta-feira, a expectativa era por conta da regularização de Bala. Sem ela, não haveria matéria do confronto com o amigo Rosembrick.

A pauta local (e a página) seria derrubada. E com o passar das horas, e a necessidade do fechamento da edição, a indefinição gerou um dilema. Na hipótese da matéria não ser publicada, o que colocar em seu lugar. A solução veio de bate-pronto. A reportagem sobre Cristiano e Messi, escrita no mesmo tamanho e com condições de ocupar o mesmo espaço editorial, seria deslocada. Perto das 21h, sem a CBF se pronunciar, veio a decisão. A matéria a ocupar a página C2 seria a referente aos craques de Real Madrid e Barcelona. Porém, poucos minutos depois, enfim o nome José Carlos da Silva aparecia no site da CBF, com o aval para que ele fizesse sua estreia. Nova mudança na diagramação do Diario. Dessa vez, a “placa” avisa: saem CR7 e Messi e entram Carlinhos Bala e Rosembrick. Para minha alegria. Afinal, se fosse para escolher, jornalisticamente a vez seria deles. Dificilmente haverá outra.

Obs. No domingo, Messi marcou 3 gols, Cristiano Ronaldo fez 2, Bala fez 1 e Rosembrick passou em branco. O Mequinha venceu por 1 a 0.

* João de Andrade é repórter do Diario de Pernambuco

Messi e Cristiano Ronaldo