O Sport é neutralizado pelo Palmeiras em derrota diante de 42 mil pessoas na Arena

Série A 2017, 16ª rodada: Sport 0 x 2 Palmeiras. Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

O Palmeiras veio ao Recife com vários desfalques, entre suspensões e lesões. Na lista, nomes como Borja, Willian, Felipe Melo, Mina e Michel Bastos. É num momento assim que o tão propalado elenco qualificado é posto à prova. Com uma proposta de jogo eficiente, a equipe tende a manter um padrão competitivo. Na Arena Pernambuco, o Palmeiras foi tudo isso. Embora esta nova passagem de Cuca ainda sofra críticas devido ao início “irregular” na Série A, para os padrões do atual campeão, e resultados complicados nos mata-matas, Libertadores e Copa do Brasil. Estudioso, o treinador observou bem as apresentações recentes do Sport, vivendo o seu melhor momento.

A equipe equipe pernambucano roda bastante a bola, explorando as pontas, com mais eficiência pelo lado esquerdo. Para isso, tem dois volantes em alta rotação, na interceptação e na progressão do jogo. Neste domingo, sob olhares de 42.025 torcedores, no novo recorde envolvendo clubes, o rubro-negro não conseguiu impor esse estilo. Teve 58% de posse, sem precisão.

Série A 2017, 16ª rodada: Sport 0 x 2 Palmeiras. Foto: Cassio Zirpoli/DP

O time paulista não deixou o Sport jogar, com uma marcação alta e uma recomposição forte. Não parecia possível manter aquela intensidade por 90 minutos, mas o resultado construído no primeiro tempo facilitou o trabalho no segundo tempo, com o time mais precavido. Com o volante Thiago Santos colado em Diego Souza do início ao fim, pressionando o meia a cada toque na bola e a cada disputa aérea, o leão perdeu bastante de sua criatividade.

Sem conseguir furar a defesa rival, o Sport insistiu cedo nas bolas esticadas. Ao todo, segundo o Footstats, foram 41 lançamentos! Acertou apenas 12, com 29% de aproveitamento. Ao tentar algo diferente, com passes efetivos dos volantes, foi punido imediatamente. Aos 34, Rithely tentou de letra e o vacilo resultou num escanteio. Na cobrança no primeiro pau, Bruno Henrique cabeceou e encobriu Agenor. Nos descontos, Patrick, com três alviverdes à frente, também errou, com Keno, ex-Santa, contra-atacando e finalizando para o 2 x 0 definitivo. No segundo tempo, Luxa promoveria três mudanças, com o time demonstrando vontade – demais até, com Rithely, André e DS tomando o terceiro amarelo. Porém, o buraco já estava grande. Derrota justa.

Sport x Palmeiras no Recife, pelo Brasileiro (20 jogos)
6 vitórias do Leão
5 empates
9 vitórias do Porco

Série A 2017, 16ª rodada: Sport 0 x 2 Palmeiras. Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Sport perde do líder Palmeiras, na Ilha, e emperra no Z4, em 11 das 13 rodadas

Série A 2016, 13ª rodada: Sport 1 x 3 Palmeiras. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Uma vitória simples alçaria o Sport ao 14º lugar, o que corresponderia ao melhor momento do time na tabela. A bronca era ter neste contexto justamente o líder, o Palmeiras. Ainda que os paulistas tivessem vencido apenas uma vez como visitante – os outros oito triunfos foram em casa -, o conjunto do time bancava o favoritismo, somado a destaques individuais como Gabriel Jesus, já cobiçado pelo Barcelona e atual artilheiro do Brasileirão. Empurrado por 26 mil torcedores, na noite do 79º aniversário da Ilha do Retiro, o time se doou em campo. Lutou, demais mas esbarrou na disparidade técnica do confronto.

Quando ganhou moral na partida, no empate com Gabriel Xavier, aos 13 minutos do segundo tempo, acabou sofrendo um duro revés numa falha clara de Rithely. O volante, que já não havia acompanhado Erik no primeiro gol, perdeu a bola que resultou no 10º gol de Gabriel. Pulmão do time, Rithely destrava o jogo Sport no meio-campo. Tanto na marcação quanto na busca por espaço no ataque, sendo peça-chave. O próprio jogador reconheceu a má atuação, determinante. Passa. Pior é ter o recorrente desempenho de Serginho, trotando na segundo etapa, marcando à distância e errando passe de dois metros.

Ao perder o meio, a derrota por 3 x 1 se torna compreensível, tendo outros desempenhos abaixo, como Agenor (inseguro) e Edmílson, que já faz o que se esperava (à parte do “Edmito” no início). Ou seja, quase nada. Não finalizou, saindo bastante da área e de suas características. Já Diego Souza, marcado além da conta, pouco conduziu a bola, se limitando a toques de prima (alguns, eficientes). No apito final, o 18º lugar foi mantido, com 12 pontos em 13 rodadas, a mesma pontuação de 2009, quando foi lanterna. Apesar da “reação”, a realidade mostra que a equipe só saiu do Z4 duas vezes. Hoje, segue lá…

Série A 2016, 13ª rodada: Sport 1 x 3 Palmeiras. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Galo forte, vingador e gigante da América

Libertadores 2013, final: Atlético-MG 2x0 Olimpia. Foto: Conmebol/divulgação

O jejum de grandes conquistas vinha desde 1971.

Ainda com registros em preto e branco na televisão. Presos na velha geração.

Suplantado por um sem número de taças dos grandes rivais.

Faltava mesmo um brilho intenso ao Atlético Mineiro, ávido para reafirmar o status de grande, de gigante do futebol nacional.

Veio, com todo o drama de um clube conhecido como Galo Doido.

Sobretudo, veio numa esfera maior, internacional, no sonho de consumo de todos os clubes do país, com a Taça Libertadores da América, inédita.

Um desempenho beirando a perfeição na primeira fase, com futebol de encher os olhos e a melhor campanha do torneio.

Libertadores 2013, final: Atlético-MG 2x0 Olimpia. Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Também passou sem sustos pelo São Paulo. A partir daí, uma guinada, com a raça tomando conta da arrancada, suada, sofrida.

Foi assim contra Tijuana, Newell´s Old Boys e Olimpia que o Atlético transformou a campanha em uma das mais vibrantes na história do futebol brasileiro, que viu surgir o seu décimo campeão continental.

Na final, no velho palco, no novíssimo Mineirão. Triunfo nos pênaltis contra o copeiro time paraguaio, dono de uma senhora vantagem.

Eram dois gols, fato só revertido uma vez. Agora, duas. O Galo devolveu o 2 x 0 e viu como nos mata-matas anteriores Victor salvar nos pênaltis.

Mérito da azeitada máquina com Ronaldinho, Bernard e companhia.

Todos sob o comando do supersticioso Cuca, o azarado, o quase, o isso, o aquilo.. Agora, o campeão. E eterno para os atleticanos… Glorificado.

Libertadores 2013, final: Atlético-MG 2x0 Olimpia. Foto: Conmebol/divulgação

Pernambucanos na torcida continental pelo Galo

Atlético Mineiro e Olimpia, finalistas da Taça Libertadores da América 2013. Crédito: montagem sobre fotos da Conmebol

A finalíssima da Taça Libertadores da América desta temporada será no estádio Mineirão, que abrigará o último jogo do torneio pela terceira vez. Já havia sido o palco da decisão em 1997 e 2009, ambas com o Cruzeiro. Desta vez, com o local plenamente reformado, será com o Atlético-MG, que tentará reverter uma desvantagem de dois gols a favor do Olimpia.

Caso vença o time paraguaio por dois gols de diferença, independentemente do placar, o jogo irá para a prorrogação. Apenas uma goleada garante o título ao Galo no tempo normal. Apesar do cenário complicado, torcedores de Náutico, Santa Cruz e Sport demonstram confiança no inédito título para o clube mineiro.

Ao todo, a enquete realizada pelo blog teve 1.207 votos, com ampla maioria favorável ao Atlético, alcançando 68,10% das participações (822). Já o torcedores locais mais confiantes no Olimpia somaram 385 votos (31,90%)

Quem será o campeão da Taça Libertadores da América de 2013?

SportRubro-negro – 610 votos
Atlético-MG – 57,37%, 350 votos
Olimpia – 42,62%, 260 votos

Santa CruzTricolor – 310 votos
Atlético-MG – 84,83%, 263 votos
Olimpia – 15,16%, 47 votos

NáuticoAlvirrubro – 287 votos
Atlético-MG – 72,82%, 209 votos
Olimpia – 27,17%, 78 votos

Lelé da Cuca

A temporada na Série A de 2008 tem sido horrorosa para o técnico Cuca. Apesar de badalado por boa parte da imprensa, o treinador – cujo perfil é conhecido por armar equipes que jogam bonito – não vem conseguindo bons resultados no Brasileirão. E olhe que ele já teve várias chances. E em três clubes diferente. Atualmente, comanda o Fluminense (onde chegou em 17 de agosto), lanterna da competição.

Aos 45 anos, o paranaense Alexis Stival participou de 25 das 27 rodadas da Série A (ficou de fora apenas da 4ª e da 19ª). Ele tem um aproveitamento de 36%. Caso Cuca tivesse treinado um único time no período, hoje ele teria 29 pontos com esse índice, e estaria em 15º lugar. Curiosamente, nas duas rodadas em que ele “folgou”, o clube que o demitiu também perdeu, ambas para o Náutico, que bateu Botafogo (3 x 0) e Santos (1 x 0).

Cuca em 3 momentos em 2008: Botafogo, Fluminense e SantosBotafogo – 3 jogos
4 pontos – 44,4%
1 vitória
1 empate
1 derrota

Santos – 14 jogos
13 pontos – 30,95%
3 vitórias
4 empates
7 derrotas

Fluminense – 8 jogos
10 pontos – 41,6%
2 vitórias
4 empates
2 derrotas

Total – 25 jogos – 27 pontos – 36%
6 vitórias
9 empates
10 derrotas