Santa perde de virada do CRB, chega a seis derrotas seguidas e segue no Z4

Série B 2017, 22ª rodada: Santa Cruz 1 x 2 CRB. Crédito: Premiere/reprodução

O Santa voltou a decepcionar, numa curva descendente cada vez mais perigosa. O time somou a sexta derrota seguida, igualando a pior série do Náutico, quando no Z4. É o q que parece ocorrer com o tricolor, cujo rendimento em campo é bastante irregular. No Arruda, perdeu a terceira seguida com o mesmo script. Diante de Paysandu, Criciúma e CRB fez 1 x 0 e sofreu o 1 x 2. Desta vez, o entrou em campo beneficiado pela derrota do Goiás, fazendo com que uma simples vitória sobre o rival alagoano o tirasse do Z4. O fato de também ter sido o primeiro jogo de Grafite no Mundão, em sua quarta passagem, também contribuiu para o público. Acima da média coral na competição, mas ainda longe do ideal: 8.110 espectadores.

O técnico Givanildo Oliveira apostou no meia João Paulo, centralizando o Grafa, com Bruno Paulo e André Luís nas pontas. Manteve Ricardo Bueno no banco, cuja utilização foi posta em dúvida desde o retorno do camisa 23. E, de fato, a estrutura tática já era a mesma com Bueno. Contudo, o coletivo segue ruim, mesmo com os testes. É um time deserto no meio-campo, cujo setor foi travado pela boa participação do volante Rodrigo Souza, ex-Náutico. Mais organizado, o CRB só não aproveitou as chances na primeira etapa pelas duas furadas do atacante Edson Ratinho, uma pra finalizar e outra pra cruzar.

Série B 2017, 22ª rodada: Santa Cruz x CRB. Foto: Roberto Ramos/DP

Mesmo mal, o Santa abriu o placar, a partir de um erro do CRB, com Nininho esperto. Dominou a bola e cruzou para Grafite que, em posição adiantada, balançou as redes. O ídolo coral chegou a 48 gols em 110 partidas, somando todas as passagens. Ainda faria outro, também adiantado, mas desta vez anulado pela arbitragem. No segundo tempo, a chuva apertou demais. A condição do gramado estava melhor, mas ficou bem pesado e com algumas poças. Curiosamente, quem se adaptou logo foi o visitante. Ou seja, passes mais altos e arremates de longe, como no golaço de Tony, aos 14.

O tricolor acusou o golpe, exalando nervosismo. Giva mudou nove minutos depois, de forma dupla. Saíram os dois pontas e entraram Bueno e Léo Lima. Ou seja, mais um meia para dar qualidade ao último passes e dois atacantes de área. Embora o zagueiro alagoano Adalberto tenha falhado bisonhamente duas vezes na entrada da área, os corais não aproveitaram. No finzinho, todas as boas chances passaram a ser do CRB, como uma falta no travessão de Neto Baiano. Aos 43, o ex-atacante do Sport iniciaria a jogada decisiva, cruzando para Marion, que, na linha de fundo, devolveu de cabeça para Chico, que completou para o gol vazio, 1 x 2. Assim, aumentou para sete o jejum de vitórias do Santa e aumentou a incerteza sobre a capacidade de reação…

O jejum de vitórias do tricolor na Série B
21/07 – Santa Cruz 1 x 1 Boa
29/07 – Paraná 4 x 0 Santa Cruz

01/08 – Santa Cruz 1 x 2 Paysandu
05/08 – Juventude 2 x 1 Santa Cruz
08/08 – Santa Cruz 1 x 2 Criciúma
19/08 – Guarani 2 x 0 Santa Cruz
26/08 – Santa Cruz 1 x 2 CRB

Série B 2017, 22ª rodada: Santa Cruz x CRB. Foto: Roberto Ramos/DP

Roberto Fernandes, o 5º treinador do Náutico em 2017, o 5º perfil diferente

Os 5 técnicos do Náutico em 2017. Fotos: Diario de Pernambuco

Pela 4ª vez em uma década Roberto Fernandes assume o comando do Náutico. O técnico já esteve em diferentes momentos do clube, com destaque para a estreia, em 2007, com uma recuperação sensacional no returno do Brasileirão, evitando a queda. Repetiria isso em 2008 e ainda voltaria em outras oportunidades, mas sem o mesmo rendimento. Agora, um encontro em baixa, tanto do técnico, que estava no Confiança de Sergipe, quanto do próprio Náutico, com o rebaixamento à Série C se aproximando.

Com a missão bem indigesta, para não dizer inglória, o treinador de 46 anos deve chegar focado em arrumar a casa para 2018, quando o time deverá ter a volta do estádio dos Aflitos, no segundo semestre, além de uma temporada nacional mais escassa em termos de direitos de transmissão. Sendo o 5º técnico timbu em 2017, Roberto Fernandes terá 20 jogos até o fim do ano, já descontando a partida comandada pelo eterno interino Levi Gomes.

Se essa visão de reorganização já havia sido aplicada ao antecessor, Beto Campos, por qual motivo seria diferente agora? Resta torcer pelo bom senso em Rosa e Silva, cuja pressão vem findando trabalhos de apenas 10 jogos…

Roberto Fernandes (2007, 2008/2009 e 2010/2011; apto. de 53,2%)
104 jogos
47 vitórias
25 empates
32 derrotas

Os técnicos anteriores do alvirrubro em 2017:

Dado Cavcalcanti (7 jogos no PE, NE e Copa do Brasil; apto. de 33,3%)
2 vitórias
1 empate
4 derrotas

Foi a aposta para a montagem do elenco. Apesar das indicações, não conseguiu encaixar o time, sem transição durante a rápida passagem.

Milton Cruz (12 jogos no PE e NE; apto. 52,7%)
5 vitórias
4 empates
3 derrotas 

Taticamente, foi o melhor nome do ano e os resultados deixam isso claro. Mostrou-se competitivo na semifinal estadual, com um time veloz.

Waldemar Lemos (8 jogos no PE e Série B; apto. de 12,5%)
0 vitória
3 empates
5 derrotas 

Trabalha mais o lado psicológico da equipe, servindo quase sempre como bombeiro. Taticamente, pouco apresenta, além das improvisações.

Beto Campos (9 jogos na Série B. apto. de 22,2%)
1 vitória
3 empates
5 derrotas

Campeão gaúcho em 2017, ele chegou como indicação para remontar a defesa, o setor mais criticado do time. Até melhorou um pouco, mas mexeu mal no ataque.

Milton Cruz deixa o Náutico, que terá 3º treinador em apenas 126 dias no ano

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar. Náutico 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

A crise financeira no Náutico, numa soma de má administração e falta de resultados no campo, tendo como consequência o distanciamento da torcida, vai comprometendo toda a temporada. Caiu na primeira fase tanto na Copa do Brasil quanto no Nordestão. No Pernambucano, foi eliminado na semifinal e agora já pena para obter a vaga na próxima Lampions. Cinco horas após a derrota alvirrubra diante do Santa, na arena, no jogo de ida pelo 3º lugar, Milton Cruz e a direção decidiram encerrar o vínculo. Eis o comunicado:

“O técnico Milton Cruz deixou o comando do Timbu na noite desde sábado, após uma reunião com a diretoria. As duas partes chegaram a um acordo devido a readequação financeira que o clube passará na temporada (…)”

Portanto, o clube já demitiu dois técnicos em 126 dias, com 19 jogos oficiais disputadas em 2017 – o 20º teve o comando interino de Levi Gomes, que venceu o Belo Jardim, no hexagonal. Milton Cruz aceitara o convite, em 19 de fevereiro, após receber o aval de Muricy Ramalho. Porém, em Rosa e Silva, não encontrou lastro econômico, com atrasos na folha e falta de perspectiva sobre reforços. Naturalmente, deixa o mesmo cenário ao sucessor, que terá pela frente o campeonato mais importante do ano, a Série B…

O Náutico em 2017, somando Estadual, Nordestão e Copa do Brasil:

Milton Cruz (52,7%)
12 jogos
5 vitórias
4 empates
3 derrotas

Dado Cavalcanti (33,3%)
7 jogos
2 vitórias
1 empate
4 derrotas

Náutico perde em Juazeiro e é eliminado na 1ª fase da Copa do Brasil pela 5ª vez

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: Guarani de Juazeiro 1 x 0 Náutico. Imagem: Rede Globo/reprodução

O Náutico entrou numa curva descendente que vem custando caro neste início de temporada. São apenas sete jogos oficiais, ok, mas o time sofreu a 4ª derrota seguida. No revés diante do Guarani de Juazeiro, por 1 x 0, após rebote de Tiago Cardoso, somou também a 4ª partida sem marcar gols. A consequência do futebol inoperante é a primeira eliminação em 2017, ainda em fevereiro. 

O resultado no interior cearense encerrou um dos principais caminhos para a captação de receitas – além do moral junto à torcida. Pela participação na primeira fase da Copa do Brasil, o alvirrubro recebeu R$ 250 mil. A cota da etapa seguinte renderia, como se esperava, mais R$ 315 mil ao clube. Nada feito, como já havia sido em 2016, diante de outro interiorano da região.

Ao todo, em 22 participações na copa, esta foi a 5ª eliminação do Náutico na primeira fase. Somente em 2013 o clube tinha um argumento concreto, pois jogou com os reservas para poder ir à Copa Sul-Americana – que condicionava a vaga à eliminação precoce no torneio nacional. Nas demais, todas contra nordestinos, o time entrou como favorito. Agora, com Dado Cavalcanti por um triz (de fato, a equipe não rende), o clube de Rosa e Silva conseguiu a proeza de ser eliminado nos “128 avos de final”, devido à ampliação do torneio.

Eliminações do Náutico na 1ª fase da Copa do Brasil
1992 – Sergipe (2 x 1 e 0 x 2)
2001 – ABC (2 x 2 e 0 x 2)
2013 – Crac-GO (1 x 3 e 1 x 1)
2016 – Vitória da Conquista (0 x 0 e 1 x 1)
2017 – Guarani de Juazeiro (0 x 1) 

Atualização: Dado Cavalcanti entrou o cargo e não treina mais o timbu…

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: Guarani de Juazeiro 1 x 0 Náutico. Imagem: Rede Globo/reprodução

Resumo da 3ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Sport 1 x 0 Belo Jardim, Náutico 0 x 2 Salgueiro e Central 2 x 4 Santa Cruz. Fotos: Ricardo Fernandes/DP (Ilha) , Rafael Martins/DP (Arena, Náutico), Ricardo Fernandes/DP (Arena, Santa)

Sport e Salgueiro empataram em 0 x 0 no Sertão e seguem empatados na classificação do hexagonal do Pernambucano de 2017. Quatro gols marcados e nenhum sofrido. Ainda assim, a liderança é rubro-negra, graças ao critério de expulsões. O time da Ilha ainda não recebeu o vermelho, enquanto os sertanejos tiveram uma expulsão, justamente na última rodada. A 3ª rodada demorou oito dias para ser finalizada, somente após a vitória leonina na Ilha.

Por sinal, foram três jogos no Grande Recife, devido à “inversão” oficializada, com o Central como mandante na Arena Pernambuco. No mesmo local, o Salgueiro venceu o Náutico. Ainda assim, ao todo, apenas 5.319 torcedores. As três partidas foram exibidas no pay-per-view. Ao menos as redes balançaram. Se na rodada passada saiu um mísero gol, desta vez foram nove.

Nos nove jogos realizados nesta fase do #PE2017 saíram 17 gols, com média de 1,8. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Éverton Santos lidera com 2 gols.

Hoje, as semifinais seriam Sport x Náutico e Salgueiro x Santa Cruz.

Náutico 0 x 2 Salgueiro – Mesmo com um jogador a menos durante todo o segundo tempo inteiro, o Carcará foi mais eficiente, usando contragolpes.

Central 2 x 4 Santa Cruz – Num jogo atípico, com três gols corais nos últimos sete minutos, o atual bicampeão virou o jogo e venceu a primeira . 

Sport 1 x 0 Belo Jardim  – Atuando com o time reserva, o Leão jogou muito mal. Falhou bastante na criação de jogadas, terminando com André inoperante.

Destaque: Everton Santos. O atacante tricolor marcou dois gols na rodada, abrindo o placar e virando o jogo. Assumiu a artilharia isolada.

Carcaça: Jailson. Determinante para a derrota centralina. Perdeu a chance de fazer 3 x 1 e depois cometeu a falta infantil que deu início à reação tricolor.

Próxima rodada
18/02 (16h30) – Santa Cruz x Sport, Arruda (Globo NE)
19/02 (20h00) – Salgueiro x Central, Cornélio de Barros
20/02 (20h30) – Belo Jardim x Náutico, Arruda (Premiere)

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 3ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 3 rodadas. Crédito: FPF/reprodução

Já ameaçado no Nordestão, Náutico sofre dois gols no fim e perde do Campinense

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Campinense 2 x 0 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico (divulgação)

Em 2014 e 2015, o Náutico foi eliminado de forma precoce no Nordestão. Em ambos os casos na fase de grupos, com 6 e 8 pontos, respectivamente. Em 2017, na terceira participação nesta volta do regional, o alvirrubro largou muito bem, goleando o Uniclinic. Um adversário frágil, com a ressalva feita já naquele momento. Mas, ainda assim, esperava-se um desempenho melhor nos jogos seguintes, contra Santa Cruz e Campinense, finalistas da última edição. Longe disso, com duas derrotas como visitante, quase sem acossar os adversários.

Em 180 minutos, um futebol burocrático, distante da intensidade necessária para a vitória. Após as derrotas no clássico e pelo Estadual, esta contra o Salgueiro, o timbu perdeu a 3ª consecutiva na temporada, com gols aos 43 e 49 do segundo tempo. Em Campina Grande, até teve posse de bola, como queria Dado Cavalcanti, mas não verticalizou o jogo. Marco Antônio e Maylson pouco produziram na criação. Lá atrás, Tiago Cardoso, após uma série de falhas, fazia boa atuação, com a raposa paraibana insistindo nos arremates de fora da área.

Se vencer estava difícil, o empate serviria (considerando a volta na arena), mas a expulsão de Rodrigo Souza, aos 35 da etapa final, expôs o time. E o Campinense abriu o placar bem ali, na meia lua. Renatinho (ex-Santa) mandou de longe e acertou o ângulo. O alvirrubro ainda ficou a um triz do empate, numa cabeçada de Alison, mas o atual vice-campeão definiu num contragolpe, com Léo Ceará, 2 x 0. O resultado deixou um problemão com Dado, já pressionado pelos resultados e pela queda de produção da equipe. Se no Pernambucano a classificação não sofre ameaça, na Lampions será preciso se reinventar para somar ao menos sete pontos, uma margem sem segurança, diga-se.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Campinense 2 x 0 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico (divulgação)

Invicto, Salgueiro vence o Náutico na Arena e assume liderança do Estadual

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Náutico 0x2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

O Salgueiro já disputou nove jogos no Campeonato Pernambucano de 2017, somando a fase preliminar e o hexagonal do título, e se mantém invicto, com sete vitórias e dois empates. Liderou a primeira fase e agora também assumiu a ponta da etapa principal, ainda que de forma provisória. Na partida que abriu a desmembrada 3ª rodada, o Carcará superou o Náutico em plena Arena Pernambuco, 0 x 2. E olhe que marcou os dois gols no segundo tempo, com Valdeir e Álvaro, atuando com um a menos. O zagueiro Rogério havia recebido (merecidamente) o segundo amarelo pouco antes do intervalo.

Se aproveitando da queda de produção alvirrubra, que já vinha de uma derrota no clássico, o Salgueiro marcou bem e aproveitou as oportunidades criadas nos contragolpes. Difícil não enxergar justiça no placar. Tanto que os poucos torcedores alvirrubros presentes, apenas 1.369, vaiaram bastante o time. Ainda com a bola rolando, o alvo foi Tiago Cardoso, com começo difícil no novo clube. Já havia vacilado nos dois gols sofridos diante do Santa, no Estadual e no Nordestão, e agora foi mal novamente. No segundo gol, fechou o ângulo, mas a bola, sem força, passou entre suas mãos, decretando o revés do mandante.

Quanto ao Carcará, volta ao Sertão somando sete pontos, já tendo enfrentado dois dos grandes clubes. O caminho para a 4ª semifinal estadual consecutiva parece aberto para a maior força do interior nos últimos anos.

Salgueiro no Pernambucano 2017
1ª fase – 6 jogos, 5 vitórias e 1 empate
Hexagonal – 3 jogos, 2 vitórias e 1 empate

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Náutico 0x2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

Santa vence o Náutico no clássico pelo Nordestão com falha de Tiago Cardoso

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

No segundo Clássico das Emoções em uma semana, o Santa Cruz arrancou a vitória (a 200ª na história) num duelo de poucas oportunidades. Agora pela Copa do Nordeste, o atual campeão regional fez o placar mínimo, 1 x 0, contando com uma baita colaboração do outrora ídolo e agora goleiro alvirrubro Tiago Cardoso – que já havia ido mal no gol de falta que resultou no empate pelo Estadual.

Após um primeiro tempo fraco tecnicamente, no Arruda, com muitos passes errados, excesso de força na marcação e quase nenhum arremate, o jogo recomeçou mais aceso. Com mais cara de Santa, buscando jogadas pelos lados, tentando impor mais velocidade, à medida em que o sol ia sumindo. Com oito minutos, Thomás fez boa jogada pela esquerda, já na área, e se aproveitou da péssima saída de TC1, que deixou o gol vazio para tentar travar. A bola foi tocada com tranquilidade para Éverton Santos, que só empurrou. Foi o primeiro do atacante, variando o poder ofensivo, inicialmente centrado em Léo Costa.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Em desvantagem, Dado Cavalcanti mexeu em dose dupla. Acionou os atacantes Erick e Alison, nos lugares de Rodrigo Souza e Dudu. O time ficaria mais leve, mas com menos pegada. Depois, ainda colocaria Marco Antônio (finalmente) no lugar de João Ananias. De fato, era preciso se expor para buscar algo, o que não ocorreu, com o timbu encontrando dificuldades para a entrar na área rival. Limitou-se a cruzar bolas, cortadas pela zaga, com Júlio César sem trabalho.

No fim, ainda escapou de levar o segundo gol em contragolpes, com os corais falhando bastante na articulação – foi mal tanto com André Luís, no primeiro tempo, quanto com Barbio, com nova chance no segundo. Não fez falta, terminando com uma justa e importantíssima vitória tricolor neste parelho grupo na Lampions. Ainda sobre o jogo, vale o registro, lamentável, sobre a presença de público, com 5.086 torcedores. Somando com o confronto anterior, apenas 9.708 pessoas num duelo que completa um século nesta temporada.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Entre idas e vindas, a partida aconteceu em Caruaru. E o Náutico venceu o Central

Pernambucano 2017, 2ª rodada: Central 0x1 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico (divulgação)

Inicialmente, Central x Náutico seria no Lacerdão. Com o gramado vetado e sem autorização da PM para abrigar duas torcidas no Antônio Inácio, o jogo foi transferido para a Ilha. Com a chiadeira da Patativa, diante da clara inversão (de cidade), voltou ao Antônio Inácio, com torcida única. Indo atrás dos seus direitos, via Estatuto do Torcedor, o Timbu conseguiu uma autorização judicial para ter duas torcidas. Para isso, carga reduzida, com 4.000 ingressos ou 54% da capacidade oficial, de 7.307 lugares. Ufa! No fim, apenas 2.060 espectadores (28%), embora a arquibancada tenha registrado boa presença. Sem incidentes.

E quanto ao futebol? Tecnicamente, o primeiro tempo foi lamentável. Só disposição, com baixa qualidade nas finalizações. Foram três chances incríveis desperdiçadas. Duas com o Central, aos 6 e 16, ambas cara a cara com Tiago Cardoso. Na primeira, o goleiro defendeu o chute de Vágner Rosa; na segunda, Gildo furou! No lado alvirrubro, Giva errou o chute dentro da pequena área.

Acredite, o (irregular) gramado não foi o maior culpado, sendo inocentado pelos próprios jogadores nas entrevistas no intervalo. Na segunda etapa, a partida seguiu truncada, com muitas bolas esticadas. Aos 19, Dado Cavalcanti acionou Anselmo, mas o autor do gol no clássico teve atuação bem discreta. O lance decisivo da noite acabou tendo outros personagens. A dez minutos do fim, o prata da casa Erick fez uma grande jogada na ponta direita, cruzando na pequena área, com Maylson marcando de peixinho e decretando a primeira vitória alvirrubra no Estadual, 0 x 1 em Caruaru. Sem mais polêmicas.

Pernambucano 2017, 2ª rodada: Central x Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico (divulgação)

Náutico e Santa empatam na Arena com arbitragem ruim e emoção só no finzinho

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

O primeiro dos vários clássicos entre alvirrubros e tricolores em 2017 guardou as emoções para os minutos finais, após uma tarde de muitos erros, dos dois times e do árbitro Péricles Bassols, que escapou de ser o principal personagem do jogo. Até os 44 minutos do segundo tempo, o empate seguia em branco, com pouquíssimas oportunidades efetivas – até então, uma para cada lado, ainda na primeira etapa, com o agora alvirrubro Tiago Cardoso espalmando um belo chute de Léo Costa e o agora tricolor Júlio César evitando um gol contra. Então, surgiu um lançamento preciso para Anselmo, com o centroavante dominando rápido, ganhando do marcador e batendo rasteiro para abrir o placar para o Náutico.

Seria o gol da vitória, com o ritmo do confronto àquele altura. Nos descontos, com o cronômetro já passando de 48, numa falta na entrada da área, Léo Costa mandou para as redes – o camisa 10 marcou os três gols corais na temporada, somando Asa Branca, Nordestão e Estadual. Empate em 1 x 1 e apito final. Quase um “alívio” para Bassols, o árbitro importado pela FPF nesta edição.

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

Durante o jogo, o carioca falhou bastante na questão disciplinar, sobretudo aos 39 minutos, quando expulsou Dudu e Jaime. Dudu, correto. Para Jaime, cabia um amarelo. Na confusão, Rodrigo Souza também poderia ter sido advertido. E o causador de tudo, André Luís, com uma cotovelada em Dudu, passou ileso. Aos 20 da etapa complementar, outra polêmica, com um pênalti não assinalado em André Luís, claramente puxado (e desequilibrado) por Páscoa. Sim, o mesmo atacante tricolor que sequer deveria estar em campo.

Sem objetividade ofensiva, a partida foi ganhando contornos violentos, com faltas duras e pouca repreensão. Muita conversa e um amarelo aqui, outro ali. De certa forma, justificou o baixíssimo público presente, com apenas 4.622 torcedores, o menor em 17 clássicos realizados na Arena Pernambuco – quatro pessoas a menos que o “recorde” anterior, um Clássico das Emoções em 2015. Neste ponta-pé inicial do Pernambucano do Santa, em busca do tri, e do Náutico, querendo encerrar o jejum desde 2004, ficou o desejo por um pouco mais emoção nos próximos duelos, não só no apagar das luzes.

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP