Podcast (205º) – Especial Treinadores com Gilmar Dal Pozzo, do Náutico

Gilmar Dal Pozzo, técnico do Náutico em 2016. Foto: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press

Em um hora de gravação, no CT Wilson Campos, Gilmar Dal Pozzo teve uma conversa franca sobre o Náutico. Abrindo a série especial do 45 minutos com os treinadores do grandes da capital, ele revelou bastidores de 2015, com a reta final da Série B sem dinheiro e com a diretoria perdendo a credibilidade, e as dificuldades na montagem de 2016. Analisou as novas peças e a mudança na gestão (a eleição em dezembro atrapalhou o planejamento). Da carreira como goleiro, comentou do início com o técnico Tite, em três clubes gaúchos, à decisão do Estadual de 2006, quando Lecheva perdeu o pênalti do título do Santa em cima do Sport. A revelação: ele pediu para bater a 5ª cobrança.

“Estou em busca de um título estadual. Escolhi o Náutico porque sei que o time tem condição.”

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Podcast 45 – Eleição e técnico do Náutico, Tiago no Santa e desmanche do Sport

Num formato experimental, mais curto, mas com atualização quase diária, o 45 minutos gravou a edição 196 em pouco mais de meia hora. Na pauta, mais dinâmica, avaliamos os primeiros movimentos da nova gestão do Náutico após a eleição vencida por Marcos Freitas (Dal Pozzo não fica). No Santa, a importância da negociação com o goleiro Tiago Cardoso (técnica, gratidão, investimento). No Sport, o caminho para a remontagem após as prováveis saídas de Diego Souza, Marlone, Élber e André (este já confirmado).

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

Podcast 45 (193º) – Públicos, cotas e elencos de Náutico, Santa e Sport

A 193ª edição do 45 minutos já entrou no clima de “pós-temporada” no futebol pernambucano, mesmo faltando uma rodada para o fim da Série A – uma vez que zerou a chance de o Sport ir à Libertadores. Além do desempenho técnico no Brasileiro, analisamos os números nas arquibancadas, com as médias (campeonato por campeonato) de Náutico, Santa e Sport em seus mandos em 2015. Na sequência, um debate sobre as cotas mínimas de cada clube em 2016, com projeções mínimas de R$ 6 milhões (Timbu), R$ 21 milhões (Santa) e R$ 42 milhões. Por fim, as possíveis (e necessárias) mudanças nos elencos.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

A 38ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 38 rodadas. Crédito: Superesportes

Acabou a Série B, em sua edição na era dos pontos corridos, sempre com vinte times. Vice-campeão, o Santa Cruz repetiu as colocações de Sport (2006) e Náutico (2011). Entretanto, em relação à pontuação, os corais estabeleceram a melhor marca. O Santa venceu o Vitória, pela 38ª rodada, e chegou a 67 pontos. O atual campeão pernambucano chegou ao terceiro vice-campeonato de sua história na Segundona (1999, 2005 e 2015). Enquanto isso, o Náutico venceu o Bragantino fora de casa e terminou em 5º lugar. A pontuação alvirrubra, 63 pontos, costuma terminar em acesso – basta lembrar que em 2011 o Sport subiu com 61 -, mas o G4 acabou acima da média.

Lá embaixo, numa arrancada espetacular, o Ceará venceu o Macaé no Castelão, com 47 mil torcedores, e evitou um rebaixamento que parecia certo – e que seria o primeiro do clube à Série C. Festa do campeão do Nordeste.

Série B 2015
Subiram: Botafogo, Santa Cruz, Vitória e América-MG
Caíram: Macaé, ABC, Boa Esporte e Mogi Mirim

Náutico termina em 5º lugar, lamentando erros no gramado e na administração

Série B 2015, 38ª rodada: Bragantino 0x2 Náutico. Foto: FáBIO MORAES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Mesmo somando 63 pontos, o Náutico acabou alijado do acesso devido à elevada média de pontos do G4 nesta temporada. Com essa campanha, o Alvirrubro teria subido em 2006, 2007, 2011, 2013 e 2014. É mesmo para lamentar. É verdade que a felicidade nos gols de Daniel Morais e Biteco foi espontânea, mas somente pelo trabalho realizado no interior paulista, com seriedade. Mesmo sem chances na derradeira rodada, o Timbu se apresentou melhor que o Bragantino e venceu por 2 x 0. O sorriso parou aí.

Em 5º lugar, a apenas dois pontos da zona de classificação, fica a lembrança por preciosos pontos desperdiçados. Claro, alguns resultados positivos surpreenderam, como as vitórias fora de casa sobre Paysandu e Vitória, mas como não lembrar da derrota para o lanterna Mogi ou do empate na arena com o CRB? Este último numa semana em que a própria diretoria atrapalhou, com a polêmica sobre a mudança de mando – que posteriormente sequer ocorreu, numa saia justa. E assim, sem motivo algum para o sorriso do torcedor, termina o ano esportivo do Náutico. No campo político, lembremos, ainda haverá a eleição. Falando nisso, a gestão de Glauber Vasconcelos termina onde começou, na Série B. Na segunda tentativa, um desempenho até melhor

2015 – 63 pontos (55%), 5º lugar
2014 – 50 pontos (43%), 13º lugar 

A evolução na tabela e uma leve base para 2016 – com receitas já comprometidas e com os rivais na elite -, não apagam os erros administrativos, como os seguidos atrasos salariais, rusgas na comunicação, para a irritação dos treinadores, ausência de um patrocinador forte, entre outras lacunas básicas. Faltou muito mais que dois pontos…

Série B 2015, 38ª rodada: Bragantino 0x2 Náutico. Foto: FáBIO MORAES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Náutico vence o Bahia, mas não evita 2015 frustrante e incertezas sobre 2016

Série B 2015, 37ª rodada: Náutico x Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O público na Arena Pernambuco foi pequeno, mas ainda assim acima do que se imaginava. Com o Náutico quase sem chances de acesso, o borderô com 1.666 espectadores surpreendeu, mesmo sendo ínfimo. Era uma gente esperançosa, que teimou e, corretamente, não largou o Náutico. Uma torcida que, no sábado, ao menos teve a alegria de vencer o clássico nordestino contra o Bahia. E só.

Aos alvirrubros, infelizmente, o 1 x 0, com Fabiano Eller pegando um rebote aos 17 minutos, foi insuficiente. No intervalo a esperança até se mantinha, com o Santa passando em branco em Itu. Depois, a cada gol coral, com o público informado via rádio e tevês nos celulares, ficou o desapego a 2015. A lanterna no hexagonal pernambucano, a eliminação na primeira fase do Nordestão e a brusca queda de rendimento na Série B após cinco vitórias nas seis primeiras rodadas. Inegavelmente, um ano negativo, somando ao caos administrativo e com uma eleição presidencial em dezembro, com o MTA em xeque.

A reformulação no Náutico, num enfraquecimento ampliado com os dois rivais na elite, deve ser grande em 2016. A princípio, só terá Estadual e Série B, com uma boa chance de ir à Copa do Brasil via ranking da CBF. Somando tudo, com boa vontade, R$ 6 milhões em cotas. Pouco. O jejum desde 2004 só aumentará a pressão da torcida, que precisará se fazer mais presente para mudar o cenário.

Série B 2015, 37ª rodada: Náutico 1x0 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A 36ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 36 rodadas. Crédito: Superesportes

A 36ª rodada foi excelente para o tricolores. Além da categórica vitória do Santa Cruz sobre o Botafogo no Engenhão, por 3 x 0, os resultados ajudaram, com a derrota do Sampaio Corrêa e o empate do Náutico com o CRB, na Arena. O campeão pernambucano manteve a 4ª colocação e chegou a 61 pontos, quatro acima do 5º lugar. A duas rodadas do fim, isso significa que uma simples vitória recolocará a Cobra Coral na elite do futebol nacional. Tem duas chances, contra Mogi Mirim, que mudou o seu mando para Itu, e o Vitória, virtualmente classificado. Já o Náutico precisará vencer seus dois jogos e torcer para o Santa somar apenas um – ou então terá que decidir no saldo, onde hoje está bem atrás. A Série B de 2015 está quase decidida…

No G4, um carioca (classificado), um mineiro, um baiano e um pernambucano.

A 37ª rodada dos representantes pernambucanos
21/11 (16h30) – Náutico x Bahia (Arruda)
21/11 (16h30) – Mogi Mirim x Santa Cruz (Novelli Júnior, Itu)

No meio da polêmica na Arena, Náutico não passa pelo CRB e G4 fica distante

Série B 2015, 36ª rodada: Náutico 1x1 CRB. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

No meio da polêmica entre mandar o jogo na Arena ou no Arruda, o principal era fomentar o jogo contra o Bahia, vencendo o CRB. Sem isso, a discussão entre a direção do Náutico e o consórcio seria inócua, criando apenas brechas para ações judiciais dos dois lado. Dal Pozzo bem que tentou manter a pilha no time, falando à imprensa sobre o foco nos alagoanos. Em campo, entretanto (e infelizmente), o Náutico não fez uma boa apresentação, ficando no 1 x 1.

O empate deixou o time de Rosa e Silva em uma situação delicada na Série B. Para não depender do saldo de gols, onde fatalmente levaria desvantagem, o Timbu agora precisa ganhar os últimos dois jogos e torcer para o Santa Cruz somar apenas um ponto. Enquanto os alvirrubros jogarão com Bahia (casa) e Bragantino (fora), os tricolores terão pela frente Mogi Mirim (fora) e Vitória (casa). Complicou bastante.

Neste sábado, com a torcida depositando a última dose de confiança, o Timbu parou num CRB desfalcado de Zé Carlos, o artilheiro da Série B com 18 gols – e que havia deixando o seu na vitória regatiana no primeiro turno. Sem Zé, coube a Pery marcar, de fora da área. Como ocorreu contra o Macaé, o zagueiro Ronaldo Alves até empatou de cabeça, mas a vitória, com o time afobado, não veio. No fim, o árbitro ainda deu seis minutos de acréscimo, somente para aumentar o drama do Náutico. Nesta Série B, o final parece fadado.

Série B 2015, 36ª rodada: Náutico 1x1 CRB. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A 35ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 35 rodadas. Crédito: Superesportes

Foi a última “terça-feira cheia” da Série B em 2015. Uma noite repleta de emoção. No topo da tabela, o Botafogo ganhou mais uma e sacramentou a volta à primeira divisão. Vai agora pelo título, que escapou em 2003, quando também disputou a segundona (subiu como vice). Em relação aos pernambucanos, melhor para o Tricolor. O Santa Cruz venceu o Oeste e se consolidou na 4ª colocação, agora de forma isolada, com 58 pontos. O Timbu segue na briga, mas com mais pressão. O Náutico empatou com o Macaé, fora de casa, e caiu para a 6ª colocação, ainda pertinho do G4 – está a dois pontos.

Mais. Três concorrentes diretos se deram mal. O Bahia empatou em casa com o ABC (rebaixado) e o Paysandu ficou no 1 x 1 com o lanterna Mogi Mirim. Já o Bragantino foi arrasado pelo Ceará (3 x 0), que vai ensaiando uma permanência incrível. São cinco vitórias seguidas, todas sob o comando de Lisca.

No G4, um carioca (classificado), um mineiro, um baiano e um pernambucano.

A 36ª rodada dos representantes pernambucanos
14/11 (16h30) – Náutico x CRB (Arena Pernambuco)
14/11 (16h30) – Botafogo x Santa Cruz (Nilton Santos, Rio de Janeiro)

Jogando mal, Náutico empata em Macaé e fica no limite na disputa pelo acesso

Série B 2015, 35ª rodada: Macaé  1x1 Náutico. Crédito: macaeesporte.com.br

Aos 48 minutos do segundo tempo, o Macaé cobrou um escanteio pela esquerda e Marino desviou mal. O volante mandou a bola para a própria barra, mas a trave evitou o pior, no susto final dos alvirrubros no Rio de Janeiro, no empate em 1 x 1. O Náutico teve que se contentar com um pontinho, mesmo pressionando ainda mais as últimas três partidas. Tudo por causa do inoperante segundo tempo, onde não conseguiu criar e viu uma blitz do desesperado adversário, com Júlio César irritado com a defesa.

Não faltou raça, mas parecia claro que o time sentiu a ausência de João Ananias, que rompeu os ligamentos do joelho esquerdo. Além disso, o técnico Gilmar Dal Pozzo também não viveu a sua melhor noite nas mexidas. A própria escolha de Marino foi equivocada, com o volante – há muito sem jogar bem – cansando de dar espaço ao time alviazulino. No ataque, Douglas foi acionando no segundo tempo no lugar de Daniel Morais. A mudança não surtiu efeito. Na primeira etapa, Daniel se movimentou bem, mandou uma na trave, aos 8, e ainda teve um gol (bem) anulado aos 46, que seria o da virada (Ronaldo Alves empatara de cabeça). Já Douglas teve dificuldades até para dominar a bola.

No Moacyrzão, com apenas 1.915 espectadores nesta noite, os pernambucanos saíram do campo procurando saber junto à imprensa os resultados das demais partidas da rodada. O Timbu, agora com 56 pontos e com dois jogos na Arena Pernambuco na sequência, segue na disputa. No limite.

Série B 2015, 35ª rodada: Macaé  1x1 Náutico. Crédito: macaeesporte.com.br