Uma árbitra no comando do Clássico das Multidões, 24 anos após Maria Edilene

Debora Cecília, árbitra da FPF em 2017. Foto: ANAF/divulgação

Em 8 de novembro de 1992, na Ilha do Retiro, Maria Edilene Siqueira foi selecionada para apitar Sport x Santa Cruz, válido pela última rodada da 1ª fase do 2º turno. Era o primeiro clássico comandado por uma mulher no futebol pernambucano. Os corais venceram por 1 x 0, e a “juíza” não admitiu indisciplina, expulsando o tricolor Malhado. Já no quatro da Fifa, chegou a apitar nos Mundiais femininos de 1995 e 1999. Edilene ainda apitou outros três clássicos, sendo também assistente diversas vezes até 1999.

Desde então, a reinserção feminina no quadro de arbitragem da FPF foi lenta, sendo retomada na primeira divisão estadual em 2011, com Ana Karina, então com 31 anos. Ela apitou Ypiranga 2 x 1 América. Em 2015, um novo passo, com a escalação de um trio feminino: a árbitra Ana Karina e as assistentes Fernanda Colombo e Karla Renata. Curiosamente, outro América x Ypiranga, desta vez nos Aflitos e com vitória alviverde por 1 x 0.

Dois anos depois, um passo maior. Deborah Cecília, de 32 anos, foi sorteada para o Clássico das Multidões. No mesmo cenário da estreia de Maria Edilene. No Estadual de 2017, ela havia trabalhado em cinco jogos, sem os grandes clubes. Como o duelo na 8ª rodada do hexagonal não tem caráter decisivo, rivalidade à parte, é uma boa oportunidade para testes. Boa sorte a Deborah, a única mulher entre os 17 árbitros do quadro atual da federação.

Maria Edilene
08/11/1992 – Sport 0 x 1 Santa Cruz (PE)
22/04/1993 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (PE)

24/04/1994 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (PE)
12/03/1995 – Náutico 3 x 2 Sport (PE)

Deborah Cecília
25/03/2017 – Sport x Santa Cruz (PE)

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Maria Edilene, árbitra da FPF na década de 1990. Foto: Arquivo/DP