Em atuação frustrante, Sport empata com a Ponte e aumenta pressão na sequência

Série A 2017, 20ª rodada: Sport 0 x 0 Ponte Preta. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Historicamente, o returno do Brasileirão é mais complicado. Pelo fim das janelas de transferência, pelo maior encaixe das equipes, pelo afunilamento de torneios paralelos e, também, pela reação da turma de baixo, querendo evitar o descenso. Não por acaso, o Sport já havia terminado quatro vezes entre os dez primeiros colocados do primeiro turno, mas só em uma edição, 2015, se manteve neste patamar até o fim. Nesta temporada, a segunda metade da tabela leonina conta com nove jogos em casa e dez fora. Logo, é bastante clara a necessidade de fazer o dever como mandante, sobretudo em jogos-chaves. Como era este contra a Ponte Preta, desfalcada de algumas peças importantes, com o atacante Emerson Sheik e o meia Renato Cajá.

Embora o 0 x 0 numa Ilha com 13 mil pessoas tenha levado o leão ao 5º lugar, beneficiado pela derrota do Fla, em Minas, a situação a médio prazo ficou complicada. Afinal, o time vai para dois jogos longe do Recife, contra Cruzeiro e Grêmio, num momento em que a disputa pelo G6 tornou-se agrupada, com muitos candidatos. E o Sport vai pressionado por não ter encontrado, em momento algum, uma forma de quebrar as linhas defensivas do adversário.

Série A 2017, 20ª rodada: Sport 0 x 0 Ponte Preta. Foto: Aníbal Monteiro/divulgação (@profanibal)

O Sport teve 66% de posse de bola, segundo o Footstats, num controle de jogo extremamente falso, quase sem assustar o goleiro Aranha – ao contrário de Magrão, se virando bem nos contragolpes. À vera, foram três chances, todas na etapa complementar, num chute cruzado de André após uma jogada fortuita, uma cobrança de falta de Diego Souza na trave (estático na partida, DS foi muito mal) e uma cabeçada de André nos descontos, sem goleiro.

Foi o saldo de um time que cruzou 52 bolas na área. Repetindo: 52! Só acertou 4. E olhe que ainda foram 27 tentativas em lançamentos. De forma surpreendente, o leão jogou desta forma ineficaz desde o primeiro instante. Ou seja, com poucas bolas no chão, pouca criatividade, pouca verticalização e pouca atitude. O empate foi frustrante não pelo desempenho na partida, pois não mereceu mesmo vencer, mas sim pela dura tabela pela frente, que exigia bastante da equipe neste domingo. Não houve resposta efetiva.

Sport x Ponte no Recife, pelo Brasileiro (6 jogos)
4 vitórias do Leão
2 empates

Série A 2017, 20ª rodada: Sport 0 x 0 Ponte Preta. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Corinthians vence o Sport em Itaquera e termina invicto o 1º turno do Brasileirão

Série A 2017, 19ª rodada: Corinthians 3 x 0 Sport. Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Pela primeira vez na era dos pontos corridos, um time terminou invicto o primeiro turno do Brasileirão. Com 19 jogos, igualou o próprio recorde de invencibilidade neste recorte. Méritos para o Corinthians, de uma organização impressionante e cirúrgico com a bola nos pés, que em sua arena, tomada por 41.522 torcedores, fez mais uma vítima nesta arrancada para o hepta. O time paulista venceu o Sport por 3 x 1, chegando a 47 pontos, também a maior marca já atingida desde que a competição passou a ter vinte clubes, em 2006.

Luxemburgo sabia que não podia errar contra o Corinthians, onde já foi campeão. E o empate estava longe de ser mau negócio. Tanto que o time pernambucano começou totalmente atrás da linha da bola (abaixo). Tentaria acalmar a pressão inicial do mandante, para depois se articular melhor à frente. A ideia precisou ser antecipada, pois aos 8 minutos, num erro coletivo de posicionamento, após um cruzamento de Fágner, a bola sobrou para o outro lateral do líder, Arana, que bateu no cantinho de Magrão. A partir dali, o Corinthians fez que sabe muito bem e que todos os outros participantes do campeonato tiveram que aturar, com a posse de bola sem produtividade, pois defensivamente o time paulista deixa pouco espaço e erra bem abaixo da média. Tanto que dos 18 jogos anteriores havia terminado 13 sem ser vazado.

Série A 2017, 19ª rodada: Corinthians 3 x 0 Sport. Crédito: Premiere/reprodução

Mesmo com Diego Souza puxando as jogadas, o Sport teve dificuldades, até mesmo pela falta de mobilidade da equipe, com Everton Felipe e Osvaldo pouco participativos nas pontas. E olhe que o Timão terminou o primeiro tempo sem cometer uma falta sequer! Na volta do intervalo, qualquer lampejo de reação foi logo frustrado. Com apenas 19 segundos, o Corinthians já havia roubado a bola em seu campo, trocado três passes e finalizado através de Rodriguinho, no ângulo de Magrão. Golaço. Com o resultado quase consumado – e não era fora da curva – , Luxa passou a mexer no time, reforçando o meio-campo. Sacou os dois pontas, corretamente.

Mesmo com a posse próxima de 60%, o leão não conseguia se aproximar à vera da meta de Cássio. Pior, numa cobrança de escanteio, outro gol, com Pedro Henrique. Na reta final, com Juninho até melhorando o time à frente, André ainda ficou frente a frente com Cássio em duas oportunidades, parando as duas no goleiro corintiano. Havia luta, apesar da derrota consumada. No fim, o volante Thalysson, que entrara há pouco, bateu da intermediária e marcou um golaço, evitando a “goleada” na Arena Corinthians. E foi só.

Corinthians x Sport em São Paulo, pelo Brasileiro (14 jogos)
7 vitórias do Timão
4 empates
3 vitórias do Leão

Série A 2017, 19ª rodada: Corinthians 3 x 0 Sport. Foto: Alan Morici/Estadão conteúdo

Em noite de solidariedade, Sport larga mal, mas consegue empate com o Flu

Série A 2017, 18ª rodada: Sport 2 x 2 Fluminense. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Antes de a bola rolar, a noite foi marcada pela solidariedade da torcida rubro-negra sobre o drama vivido pelo técnico Abel Braga, que perdeu um filho no último sábado. Uma cena emocionante e que levou o comandante do Flu às lágrimas. Em campo, o seu time, completamente focado, justificou a vinda do profissional ao Recife, mesmo de luto. Aproveitando uma sucessão de erros defensivos do Sport, com (mais) uma inversão interceptada de Rithely, um escanteio sem sentido cedido por Durval e um posicionamento errado de Ronaldo Alves, o tricolor abriu dois gols de vantagem em apenas 13 minutos.

Numa Ilha do Retiro com quase 17 mil torcedores, o buraco já estava grande mesmo com pouca disputa. O time pernambucano nem havia começado mal, acelerando o jogo, mas se expôs e falhou muito. Esperava-se, então, uma reorganização, até pelo bom desempenho ofensivo no Brasileirão até aqui – e para isso contou com Lenis, muito bem, até cansar. No Fluminense, o contragolpe seria a maior arma, praticamente abdicando da posse de bola. O Sport chegou a ter 70% de posse, mas terminou com 64%, ainda elevado.

Série A 2017, 18ª rodada: Sport 2 x 2 Fluminense. Imagem: Sportv/reprodução

Assim como aconteceu contra o Palmeiras, também como mandante e também com o 0 x 2 no placar, o Sport abusou das bolas aéreas. Insistiu até o último lance, literalmente. Ao todo, o scout do Footstats aponta 57 x 11 em cruzamentos. Contudo, o time de Luxemburgo acertou apenas 19, um deles no primeiro gol, de André, incendiando a partida ainda na primeira etapa. Até o intervalo, o goleiro do time carioca, Júlio César, apareceria bem.

O time voltou do intervalo com o mesmo ímpeto e enfim chegou ao empate, aos 3 minutos. Patrick carregou a bola, saiu da marcação e encheu o pé, belo gol. Havia tempo de sobra para a virada e depois o cenário ficou mais propício, na expulsão de Orejuela. Só não havia mais gás. A conta da pressão no primeiro tempo chegou, com o time pregado, com uns sete nomes atuando mal, como Diego Souza, Everton, Rithely, os zagueiros etc. Pra completar, as peças acionadas, Oswaldo e Thomás, não ajudaram. A tal ponto de o excesso de cruzamentos, turbinado pela recomposição mal feita, ter deixado o jogo perigoso, com o Flu arrancando no fim e Magrão aparecendo. Embora tenha atuado melhor, o leão também falhou, com o 2 x 2 de bom tamanho.

Sport x Fluminense no Recife, pelo Brasileiro (17 jogos)
7 vitórias do Leão
7 empates
3 vitórias do Tricolor

Série A 2017, 18ª rodada: Sport 2 x 2 Fluminense. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Podcast – A análise da classificação do Sport na Sula. Aperreio desnecessário

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Arsenal (ARG) 2 x 1 Sport. Foto: Juan Mabromata/APF Photo

45 minutos analisou a derrota do Sport na Argentina, num jogo em que o clube pernambucano atuou mal e colocou em risco uma classificação quase certa às oitavas. Perto do fim, aos 37/2T, o atacante André concluiu uma jogada de Diego Souza e garantiu a permanência leonina na Copa Sul-Americana. Misto de alívio (pela sequência no torneio) e decepção (pela 3ª derrota nos últimos 4 jogos). Estou nesta gravação, num debate sobre as questões técnica e tática, além de análises individuais. Ouça!

27/07 – Arsenal de Sarandí 2 x 1 Sport

Sport perde em Buenos Aires, mas gol salvador de André garante vaga na Sula

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Arsenal (ARG) 2 x 1 Sport. Foto: Juan Mabromata/APF Photo

O roteiro era bem semelhante ao do Centenário, com a boa vantagem construída em casa ruindo com o time acomodado na volta, estendendo o aperreio até a disputa de pênaltis. Tudo diante da incredulidade da torcida rubro-negra, que marcava, mais uma vez, boa presença fora do país. Com o 2 x 0 na Ilha, o Sport via o Arsenal devolver o placar em Sarandí até os 37 minutos do segundo tempo, quando armou um contragolpe com os seus três maiores investimentos.

Rogério recuperou a bola pela direita, puxou a jogada e esticou a bola para Diego Souza, que ganhou na força do marcador, avançando até a linha de fundo. O passe voltando encontrou André na pequena área, com o gol vazio. O atacante já havia feito os dois no Recife, marcando novamente na região metropolitana de Buenos Aires e chegando a três gols na Copa Sul-Americana de 2017. Ali, matou o confronto, pois obrigou o já desgastado time argentino a golear.

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Arsenal (ARG) 2 x 1 Sport. Foto: Sport/twitter (@sportrecife)

Eram 82 minutos de uma atuação lamentável do sistema defesa leonino, com Rithely repetindo o rendimento contra o Palmeiras, quando marcou mal e não deu prosseguimento às jogadas, e Durval cortando um rebote de forma inexplicável, cedendo o segundo o gol. No primeiro tempo, o Sport havia tido apenas 37% de posse. Praticamente deu a bola ao adversário, esperando os contra-ataques. Porém, com a bola nos pés, no campo ofensivo, limitou-se a toques de lado, sem infiltrações, sem oferecer risco.

Falando em risco, quando a vaga ficou ameaçada, enfim surgiu um lampejo de qualidade técnica, algo que já havia sido bem visível no primeiro jogo. O lance do gol demonstra isso. E mesmo sem a intensidade que a Sula demanda, independentemente do adversário (como este, sem jogos oficiais há 21 dias), a comemoração de André, no base do tango, deu luz à classificação, com a equipe reunindo forças para ao menos segurar a derrota por 2 x 1. Por linhas tortas, repetiu, de fato, o roteiro de Montevidéu, com a passagem de fase…

Com isso, o leão já acumula 925 mil dólares em cotas, ou R$ 2,88 milhões.
Nas oitavas, enfim definirá a vaga no Brasil, mas em Campinas…

Cotas do Sport na Copa Sul-Americana
1ª fase – US$ 250 mil (vs Danubio-URU)
2ª fase – US$ 300 mil (vs Arsenal-ARG)
Oitavas – US$ 375 mil (vs Ponte Preta-BRA)
Quartas – US$ 450 mil?

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Arsenal (ARG) 2 x 1 Sport. Foto: Juan Mabromata/APF Photo

O Sport é neutralizado pelo Palmeiras em derrota diante de 42 mil pessoas na Arena

Série A 2017, 16ª rodada: Sport 0 x 2 Palmeiras. Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

O Palmeiras veio ao Recife com vários desfalques, entre suspensões e lesões. Na lista, nomes como Borja, Willian, Felipe Melo, Mina e Michel Bastos. É num momento assim que o tão propalado elenco qualificado é posto à prova. Com uma proposta de jogo eficiente, a equipe tende a manter um padrão competitivo. Na Arena Pernambuco, o Palmeiras foi tudo isso. Embora esta nova passagem de Cuca ainda sofra críticas devido ao início “irregular” na Série A, para os padrões do atual campeão, e resultados complicados nos mata-matas, Libertadores e Copa do Brasil. Estudioso, o treinador observou bem as apresentações recentes do Sport, vivendo o seu melhor momento.

A equipe equipe pernambucano roda bastante a bola, explorando as pontas, com mais eficiência pelo lado esquerdo. Para isso, tem dois volantes em alta rotação, na interceptação e na progressão do jogo. Neste domingo, sob olhares de 42.025 torcedores, no novo recorde envolvendo clubes, o rubro-negro não conseguiu impor esse estilo. Teve 58% de posse, sem precisão.

Série A 2017, 16ª rodada: Sport 0 x 2 Palmeiras. Foto: Cassio Zirpoli/DP

O time paulista não deixou o Sport jogar, com uma marcação alta e uma recomposição forte. Não parecia possível manter aquela intensidade por 90 minutos, mas o resultado construído no primeiro tempo facilitou o trabalho no segundo tempo, com o time mais precavido. Com o volante Thiago Santos colado em Diego Souza do início ao fim, pressionando o meia a cada toque na bola e a cada disputa aérea, o leão perdeu bastante de sua criatividade.

Sem conseguir furar a defesa rival, o Sport insistiu cedo nas bolas esticadas. Ao todo, segundo o Footstats, foram 41 lançamentos! Acertou apenas 12, com 29% de aproveitamento. Ao tentar algo diferente, com passes efetivos dos volantes, foi punido imediatamente. Aos 34, Rithely tentou de letra e o vacilo resultou num escanteio. Na cobrança no primeiro pau, Bruno Henrique cabeceou e encobriu Agenor. Nos descontos, Patrick, com três alviverdes à frente, também errou, com Keno, ex-Santa, contra-atacando e finalizando para o 2 x 0 definitivo. No segundo tempo, Luxa promoveria três mudanças, com o time demonstrando vontade – demais até, com Rithely, André e DS tomando o terceiro amarelo. Porém, o buraco já estava grande. Derrota justa.

Sport x Palmeiras no Recife, pelo Brasileiro (20 jogos)
6 vitórias do Leão
5 empates
9 vitórias do Porco

Série A 2017, 16ª rodada: Sport 0 x 2 Palmeiras. Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Sob toró na Ilha do Retiro, Sport goleia o Atlético-GO e volta ao G6 do Brasileirão

Série A 2017, 15ª rodada: Sport 4 x 0 Atlético-GO. Foto:  Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Recife viveu uma quinta-feira de chuva torrencial. A queda d’água não deu trégua. Durante o dia, já deixou pesado o cansado gramado da Ilha do Retiro. À noite, mesmo com o sistema de drenagem em carga máxima, as poças continuaram. Em casa, o Sport receberia o lanterna, com plenas condições técnicas para voltar a vencer no Brasileirão. Porém, o péssimo estado do campo acabou nivelando as equipes, com uma enorme dificuldade para jogar futebol. Por isso, surpreendeu o placar construído pelo rubro-negro, que goleou o Atlético Goianiense, com as suas principais peças se destacando.

Três jogadores estavam pendurados com dois cartões amarelos: André, Diego Souza e Mena. E o trio foi decisivo. Começando pelo lateral chileno virou uma engrenagem essencial no time, sobretudo no apoio. No primeiro tempo, explorando a ponta, cruzou para os dois primeiros gols. Aos 6, tabelou com Patrick, que correu pra área para abrir o placar – o volante, aliás, cansou de interceptar a bola nos pés adversários, sendo um dos melhores da partida. Aos 18, outra bola com curva de Mena, com Diego Souza ampliando de cabeça. Em quatro temporadas disputando a Série A pelo clube, o meia chegou 33 gols, igualando-se a Leonardo, até então isolado como o maior artilheiro do Sport na competição. O recorde tende a vir logo.

Série A 2017, 15ª rodada: Sport 4 x 0 Atlético-GO. Foto: Premiere/reprodução

Em menos de 20 minutos, o “jogo de uma bola” já apresentava uma vantagem surpreendentemente confortável, com o visitante em queda livre – e que até teve a primeira chance, com Walter acertando o travessão. Antes do intervalo, veio o terceiro, com André se jogando entre os zagueiros para escorar a cobrança de falta de DS87. No segundo tempo, com a chuva contínua, bastava segurar o resultado, já se protegendo para a próxima partida, também como mandante, mas na Arena. Com 22 mil ingressos antecipados contra o Palmeiras, o Sport precisaria do trio que fazia a diferença diante do Atlético. Luxa sabia disso, tanto que tirou Diego (Rodrigo) e Mena (Sander).

Também teria tirado André, mas, segundos antes da mudança, Rogério alegou desgaste e saiu, entrando Lenis. Inteligente, o centroavante evitou trancos, fugindo da advertência, e esperou por falhas, devido ao controle imprevisível da bola. Assim, marcaria de novo, chegando 8 gols, já como vice-artilheiro. Lançado por Rithely, correu sozinho, ‘esperando’ a paradinha na poça. Deu certo e, com o goleiro vencido, tocou por cobertura, 4 x 0 – mantendo a curiosa estatística do Sport, que jamais sofreu gol do Dragão. Com o complemento da 15ª rodada ajudando, o leão voltou à zona da Libertadores, com 5 vitórias em 6 jogos. A venda para domingo deve acelerar de vez…

Confrontos no Brasileirão
04/10/1987 – Sport 0 x 0 Atlético-GO (Serra Dourada)
29/07/2012 – Sport 0 x 0 Atlético-GO (Ilha do Retiro)
21/10/2012 – Sport 1 x 0 Atlético-GO (Serra Dourada)
20/07/2017 – Sport 4 x 0 Atlético-GO (Ilha do Retiro)

Série A 2017, 15ª rodada: Sport 4 x 0 Atlético-GO. Foto:  Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sport perde do Botafogo no Rio, pela 2ª vez em 2017, e cai para 8º lugar na Série A

Série A 2017, 14ª rodada: Sport 2 x 1 Botafogo. Foto: Luciano Belford/AGIF/Estadão conteúdo

Nas oitavas de final da Copa do Brasil, no Rio, o Sport jogou melhor a maior parte do tempo. Abriu o placar e o adversário ainda teve um jogador expulso. Porém, diante de um time tarimbado nos contragolpes, o leão conseguiu perder de virada em dois lances do tipo. Ficou o aprendizado, com o resultado não revertido no Recife, justamente na estreia de Vanderlei Luxemburgo.

É verdade que, 47 dias depois, qualquer estratégia caiu com 1 minuto, com o gol de Lindoso após cobrança da falta – cometida irresponsavelmente por Samuel Xavier, aos 9 segundos. À parte de discussões acerca de legalidade, pois Roger, que participou do lance, estava impedido, o Sport empatou rapidamente, aos 8 minutos, com Rithely pegando um rebote de Jefferson. Com a igualdade, o leão trabalhou bem a bola no primeiro tempo. Teve mais posse (57%), mas não se expôs. Rodou bastante o jogo, sem pressa para tentar a virada – afinal, o empate já mantinha o clube no G6. E teve uma grande chance, bem construída, com Everton Felipe cruzando rasteiro, Diego Souza fazendo o corta-luz e André batendo firme, rente à trave.

Série A 2017, 14ª rodada: Sport 2 x 1 Botafogo. Foto: Rafael Teixeira‏/twitter (@rafaelwteixeira)

No intervalo, talvez animado pelo bom desempenho, Luxa acionou Lenis no lugar de Mena, outra vez como ponta. Buscava mais profundidade. A princípio, pareceu arriscado, por mexer na estrutura e pela escolha, uma vez que Rogério entrara bem no jogo passado. E o colombiano, de histórico irregular, foi muito mal. Nem deu sequência ofensiva e comprometeu na recomposição. Acabou, como consequência, isolando André, com DS87 com marcação dobrada e os volantes (Rithely e Patrick) errando bastante na saída de bola.

Ainda assim, repito, o empate era interessante. Num confronto direto pela zona da Liberta, ao menos nesta rodada, cabia ao Sport fechar o espaço e tentar controlar o ritmo, mas o time voltou abaixo e sem jogar por baixo. Esticou demais. E acabou tomando o segundo aos 27, num trama rápida do Bota, com Roger fazendo bem o pivô e rolando para Guilherme. Algoz na copa nacional, quando marcou duas vezes, no mesmo Nilton Santos, o jogador bateu cruzado, com Agenor mal posicionado. Fogão 2 x 1, de novo. Quebrou a sequência de quatro vitórias na Série A e derrubou o leão para a 8ª posição.

Botafogo x Sport no Rio de Janeiro, pelo Brasileiro
8 vitórias do Fogão
3 empates
1 vitória do Leão (em 1994)

Série A 2017, 14ª rodada: Sport 2 x 1 Botafogo. Foto: Botafogo/twitter (@BotafogoOficial)

Sport goleia a Chape e engata 4 vitórias seguidas no Brasileirão após 17 anos

Série A 2017, 13ª rodada: Sport 3 x 0 Chapecoense. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport chegou a seis vitórias consecutivas, sem sofrer gols, somando os jogos pela Série A, Sula e Estadual. Focando apenas no Brasileirão, a série chega a quatro vitórias, não menos representativa. E veio numa partida difícil contra a Chapecoense, na qual os rubro-negros não se apresentaram bem na primeira etapa. A reorganização passou pela entrada de Diego Souza no intervalo, completando, enfim, os sete jogos nesta edição – evitando uma transferência no país. Com a referência técnica e um adversário amarelado (oito advertências ao todo!), o time achou espaço e construiu jogadas, com as principais peças justificando na maior competição do país o alto investimento feito. De Everton Felipe para André, que se antecipou ao zagueiro e bateu de chapa, sem firula. De Mena, em mais um cruzamento certeiro, para Diego Souza, que desafogou a peleja aos 46 minutos. Sem pisar no freio, Rogério rolou a bola para André chegar a seis gols na competição. Fluiu, 3 x 0.

As 4 vitórias seguidas em 2000
16/11 – Sport 1 x 0 América-MG
19/11 – Atlético-MG 0 x 6 Sport
22/11 – Remo 1 x 2 Sport
26/11 – Sport 1 x 0 Remo 

Série A 2017, 13ª rodada: Sport 3 x 0 Chapecoense. Foto: Giovanna Batista/twitter (@giibatistaa)

As 4 vitórias seguidas em 2017
24/06 – Santos 0 x 1 Sport
02/07 – Sport 1 x 0 Atlético-PR
10/07 – Coritiba 0 x 3 Sport
13/07 – Sport 3 x 0 Chapecoense 

Com o resultado, os 25.861 torcedores rubro-negros presentes, no primeiro dos cinco jogos programados na Arena Pernambuco, viram a queda de um tabu do clube. Desde 2000, na saudosa campanha de Nildo, Leonardo e Adriano, o leão não chegava a quatro vitórias seguidas na elite – na época, pela Copa João Havelange. Já havia batido na trave algumas vezes, como em 2016, quando teve a chance contra o América, lanterna, na Ilha. Ali, ficou no empate. Diante de outro alviverde, desta vez catarinense, o Sport seguiu uma evolução técnica e tática, com a assinatura de Luxemburgo, que conseguiu extrair da equipe o que dela se esperava – revezamento na zaga, apoio mais eficiente dos laterais, transições rápidas, finalizações e assistências de todos à frente. Com as quatro vitórias, o time saiu do Z4 para a 5ª posição. Seguirá brigando lá em cima? A expectativa é baseada na regularidade.

O recorde de vitórias do clube no Brasileiro? Cinco, em 1985…

Série A 2017, 13ª rodada: Sport 3 x 0 Chapecoense. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A versão de Diego Souza sobre a novela entre Sport e Palmeiras. Segue na Ilha…

A novela sobre o destino de Diego Souza foi longa, entre a permanência no Sport e a ida ao Palmeiras, pontuada pela ausência na partida contra Coxa, justificada por problemas particulares. Ao se reapresentar no rubro-negro, após quatro dias, o camisa 87 fez um pronunciamento no CT de Paratibe, com 18 minutos ininterruptos. Assista à íntegra abaixo, via Superesportes.

Rusga com a direção leonina, multa de 1,6 milhão de euros, irritação com Edmundo, aviso aos companheiros de time etc.

O meia-atacante permanece na Ilha, com contrato até dezembro de 2018.

Deve fazer o 7º jogo contra a Chapecoense, inviabilizando a participação em outro clube no Campeonato Brasileiro de 2017.