O camisa 1 de uma geração

Um dos símbolos do acesso do Náutico à elite em 2006.

E da permanência na Série A em 2007… E também em 2008. Na última rodada do Brasileirão, por sinal, ele ganhou a raríssima nota 10 numa avaliação do Diario após o empate sem gols salvador com o Santos, na Vila Belmiro. Não lembra dessa atuação? Veja no vídeo abaixo… 😎

A alegria registrada na foto deste post só aconteceu devido àquela atuação.

Mas veio 2009, e a má fase junto. A perda da camisa 1. E a saída do clube após 152 jogos. Assim, Eduardo, hoje com 32 anos, deixa o Alvirrubro por baixo, rumo ao Fortaleza, onde será comandado novamente por Roberto Fernandes.

Eduardo sai como ídolo de alguns, foco da revolta de outros… Mas com um grande serviço prestado ao clube, que está em sua terceira temporada na elite. Elite que não fazia parte do Náutico desde 1994. Boa sorte a Eduardo no Leão cearense.

Série A-2008: Santos 0 x 0 NáuticoAbaixo, alguns dados da carreira do paredão com a camisa timbu. Fonte: Cleber Queiroga, fisiologista do Náutico.

152 jogos / 194 gols sofridos (média de 1,28 por jogo)

69 vitorias / 37 empates / 46 derrotas / 53,5%

3º mais atletas que mais esteve em campo pelo Alvirrubro em 2009, com 3.862 minutos, atrás apenas de Carlinhos Bala (4.420) e Gilmar (4.553).

Jogos de Eduardo pelo Náutico:

2006: 33 – Série B

2007: 15 – Série A

2008: 22 – Pernambucano / 5 – Copa do Brasil / 36 – Série A

2009: 22 – Pernambucano / 6 – Copa do Brasil / 13 – Série A

Nota 10 para Eduardo

Eduardo fecha o ângulo na Vila BelmiroApós cobrir o festaço dos alvirrubros na sede em Rosa e Silva, no domingo, após o suado 0 x 0 do Náutico contra o Santos, retornei para a redação do Diario. Depois de alguns minutos de resenha, contando detalhes de lá e ouvindo as demais histórias que ocorreram na redação, comecei a escrever o texto sobre a partida.

O repórter Márcio Cruz, que havia sido pautado para fazer a análise técnica do jogo, me chamou então para avaliar as notas dadas aos jogadores do Náutico na partida.

Eduardo estava com “9,5“. Uma das maiores dos últimos tempos, nas reportagens do Diario. Apesar disso, perguntei a Márcio o que faltou para o “10“.

A resposta: “Não temos o costume de atribuir 10 a ninguém”. De fato, uma nota 10 (ou seja, uma atuação perfeita) é pra lá de incomum. Algo como um atacante fazer 3 gols em uma virada sensacional numa final de campeonato… Ou, por exemplo, um goleiro intrasponível.

Festa na sede do Náutico. Esse Timba é de primeira!Conversamos mais um pouco e concordamos que a atuação de Eduardo havia sido perfeita. Ele “pegou” demais. Foi essencial para manter o Alvirrubro na Série A, e recebeu a nota 10.

No domingo, Kléber Pereira cansou de finalizar para o gol e ver o camisa 1 do Timbu defender os chutes. Acredito que tenha sido a maior atuação de Eduardo pelo Náutico.

No final, um 0 x 0 merecido. Uma festa digna. A permanência do Náutico no Brasileirão será vital para os cofres do clube, para a estrutura do time, para a auto-estima do torcedor.

Obs. Confira o especial do diariodepernambuco.com.br sobre a campanha alvirrubra na Série A (com vídeos e fotos) clicando AQUI.