Contato imediato de primeiro grau

Vista do Aeroporto de Los Angeles "borrada". Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Los Angeles – Doze horas de voo. Quatro filmes, dois episódios de séries de comédia e muito arroz… Assim foi a viagem pela Korean Air.

Mas aqui estamos nos Estados Unidos, ao lado do Oceano Pacífico, para conferir a modernidade na estrutura local de esportes e entretenimento.

Porém, logo no primeiro contato em solo californiano, uma história surpreendente.

Após a longa e demorada fila no setor de imigração do aeroporto (foto acima, borrada), chegou a minha vez.

A autoridade no guichê era uma baixinha de origem asiática.

No uniforme preto, o crachá metálico com o nome “Wei”.

Começa a série de perguntas em english…

Você é jornalista mesmo? Trabalha em que cidade? Há quanto tempo? Veio para Los Angeles para escrever sobre o que? Escreve para qual área?

A minha primeira resposta foi justamente para a última questão: “sports”.

Pronto… Aquela baixinha de óculos, fria e calculista se transformou em um segundo em uma apaixonada torcedora de futebol.

“Os meus clubes (sim, “clubes”) são Brasil, Argentina, França, Alemanha e Itália”.

Preferência pela ordem, ela ressaltou…

Enquanto eu colocava as minhas digitais no painel eletrônico, eis que Wei relembrou um episódio naquele mesmo guichê, em 2010.

“Sabe quem eu já atendi aqui? O Pili.”

O Pelé?

“Sim, o Pili. Na hora hora que ele chegou eu disse que ele parecia com alguém. Sabia que era um jogador brasileiro de futebol. Quando lembrei que era o melhor de todos, bati até foto. Depois, outras pessoas também pediram para tirar foto, mas não podia aqui, porque não é permitido utilizar câmeras na imigração.”

Nota-se que Wei deu um jeitinho para tirar uma fotografia com o Rei do Soccer…

AEG Center, em Los Angeles. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Entretenimento de Los Angeles para o Recife

AEG Center, em Los Angeles

AEG Center, Los Angeles.

Estádio, ginásio, casas de shows, empresariais… No mesmo lugar.

O complexo esportivo acima inclui o Staples Center, casa do tradicional Los Angeles Lakers, da NBA, e é gerido pela AEG Facilities.

A AEG é a mesma empresa contratada pela Odebrecht para estruturar o modelo de entretenimento na Arena Pernambuco a partir de janeiro de 2013.

O estádio da Copa de 2014 terá 46 mil lugares, mas também será destinado a shows, com capacidade ampliada para 56 mil espectadores, com dez mil no gramado.

O consórcio já estuda construir uma ginásio (“areninha”) ao lado do estádio, com capacidade para no máximo 15 mil pessoas. Shows menores e outras modalidades.

Tudo isso tendo como modelo o norte-americano AEG Center.

A convite da Odebrecht, o Superesportes vai conhecer o complexo nos EUA.

O jornal será representado pelo o blogueiro. Assim, desta quinta-feira até a próxima segunda, o blog será atualizado de lá.

Sem esquecer o futebol pernambucano, obviamente…

Liberaram o Kosovo

Kosovo

Ao todo, 207 países estão federados à Fifa.

Da campeã mundial Espanha, com 1.887 pontos no ranking da entidade, até Papua Nova Guiné, última colocada, sem um ponto sequer nesta temporada.

Pois a 208ª seleção está a caminho…

Durante o Comitê Executivo da Fifa, em Zurique, foi oficializado o pedido da Federação de Futebol de Kosovo para a autorização de amistosos internacionais, tanto da seleção “nacional” quanto do clube (veja AQUI).

De forma burocrática, o acordo será encaminhado primeiramente à Uefa.

O Kosovo é um território de 10.887 km2 – com 2,1 milhões de habitantes -, nos Balcãs, alvo de disputa (inclusive militar) há muitos anos pela Sérvia, ex-Iugoslávia, que não aceita a “independência” declarada em 17 de fevereiro de 2008.

Para se ter uma ideia do tamanho da bronca político-social, o reconhecimento do Kosovo divide as nações mais ricas do mundo. A região já foi reconhecida por EUA, Alemanha, França e Portugal.

Para saber mais sobre o Kosovo, clique AQUI.

O Kosovo talvez seja aceito pela Fifa. Porém, veja uma curiosa lista de micropaíses que jamais entrarão no ranking da Fifa clicando AQUI.

Pingo de verdade

Série de TV "Lie to me"

Há dez dias, o blog postou um vídeo um jovem que fazia jogadas incríveis.

Lançamentos no futebol americano, diga-se.

Com distâncias enormes, Johnny Mac demonstrou uma precisão incrível (veja AQUI).

Então, agora é a vez de um outro jovem, só que agora no nosso futebol mesmo, ou soccer, para eles. Mas tão surpreendente quanto o primeiro.

Lassi Hurskainen.

Ele é o  goleiro do time júnior da Universidade da Carolina do Norte (UNC Ashville).

Seria este vídeo abaixo mais um “fake” no Youtube?

São quase quatro minutos com lances dignos de um bom editor de vídeo…

Saiba mais sobre a série de televisão “Lie to me” clicando AQUI.

Isso sim é um CT

CT Reach 11, em Phoenix, nos EUA. Foto: divulgação

Aviso: a imagem acima não é uma montagem.

Curiosamente, no mesmo dia em que o Sport fechou uma parceria com o banco BMG, que vai investir R$ 6 milhões para a reforma completa do centro de treinamento rubro-negro, achei esse CT, em Phoenix, nos Estados Unidos.

O Reach 11 Sports Complex (veja o site oficial AQUI).

Um gigante em uma área de 300 mil metros quadrados.

Lá, no desértico estado do Arizona, o CT conta com 18 campos oficiais, sendo 17 de grama natural e 1 de grama sintética. Todos com refletores.

Pode contar…

Numa conta simples, são 18 campos, com 22 jogadores em campo. Ou seja: este CT nos Estados Unidos, inaugurado em fevereiro de 2007, pode aglomerar até 396 jogadores em ação ao mesmo tempo.

Desses 396 jogadores, pelo menos um será craque…

Em tempo: o estacionamento tem capacidade para 1.000 veículos.

Sobre Copa do Mundo e World Cup

Club Mansion, em Miami. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Miami – A cidade anda e respira, com um sistema viário expandido e eficiente. A organização, apesar de potencializada pelo temor onipresente de terrorismo,  se mostra funcional. A educação do público também colabora bastante para isso, com o respeito em filas, horários, assentos marcados etc. Resumindo: estrutura.

E assim caminha os Estados Unidos. Sede da Copa do Mundo de 1994 – com a maior média de público da história, de 68.991 torcedores –  e concentrando esforços para voltar a receber a principal competição da Fifa, mas em 2022. Caso eles recebessem “hoje” este direito, não haveria muito o que construir ou reformar.

É impossível circular por aqui e não lembrar o quanto estamos longe da preparação ideal para o nosso Mundial, daqui a menos de quatro anos.

  • Das horas que perdemos no trânsito. E quem é do Recife compreende bem isso. Não há vias alternativas, além de uma qualidade precária das pistas.
  • Da insegurança nos jogos de futebol, por mais que se saiba exatamente onde está o foco da confusão. Prazer virou coragem.
  • Do cimento quente na arquibancada. Isso quando você consegue arrumar um espaço para sentar após o sufoco na bilheteria…

Mas estão sendo erguidas arenas Brasil afora, fato. Doze. Pernambuco foi contemplado. Porém, isso está bem distante do que se propõe em uma Copa do Mundo. Para muitos a competições tornou-se um sinônimo de upgrade nas subsedes.

Os jogos vão acontecer, os estrangeiros vão curtir as cidades e teremos um mês inesquecível em junho de 2014. Mas é preciso vencer a burocracia, acelerar projetos e implantá-los e reduzir os alarmantes indícios de corrupção que tomam conta do país.

No fim das contas talvez seja apenas um jogo de futebol. Só não é preciso esgotar toda a energia e paciência por 90 minutos de diversão. É possível ir a um jogo com uma vaga garantida no estacionamento, com o ingresso comprado com facilidade, com a segurança necessária para poder ter a companhia dos filhos, dos pais… Ir pelo simples prazer de ver o Jogo Bonito, como chamam o estilo brasileiro.

A foto foi tirada no Club Mansion, em Miami Beach, para delírio dos estrangeiros, que gostam mesmo do nosso país.

Estádio menor, bola também

Orange Bowl, estádio do Miami Dolphins, time de futebol americano. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Miami – Seguindo a trilha esportiva na cidade. O estádio Orange Bowl foi a casa do Miami Dolphins durante 21 anos, até 1987, quando a franquia construiu a sua própria arena. Era o principal palco do sul da Flórida na NFL, a liga de futebol americano.

Foi jogando neste estádio que o Dolphins conquistou os seus dois únicos títulos do Super Bowl, em 1972 e 1973 – a veja o site oficial do time AQUI.

Ok… Depois, o Orange Bowl, então com capacidade para 74 mil pessoas, passou a ser a casa do Miami Hurricanes, o time universitário de futebol americano da cidade.

Porém, o estádio, já com falhas na estrutura, acabou sendo demolido em 2008. Mas um novo já está sendo erguido no mesmo lugar – a foto foi tirada na via expressa entre o aeroporto internacional de Miami e o centro (veja o mapa AQUI). A capacidade será reduzida para 37 mil pessoas, e a bola vai mudar bastante. De tamanho e de forma.

Sai a bola oval da NFL, para a bolinha pesada do baseball. A partir de 2012, o new Orange Bowl vai passar a abrigar os jogos do Florida Marlins (veja AQUI).

Vale relembrar que o estádio também já recebeu vários jogos do nosso futebol (soccer para os norte-americanos). Com uma grande colônia de brasileiros em Miami, a Seleção Brasileira jogou várias partidas na antiga versão do Orange Bowl.

Para ser mais exato, foram nove vezes entre 1996 e 2003, incluindo os jogos da seleção olímpica de 1996, durante os Jogos Olímpicos de Atlanta.

Foi lá onde Romário marcou o gol mais bonito de sua carreira, segundo o próprio Baixinho. Confira abaixo o golaço na goleada por 4 x 0 sobre o México, em 30/04/1997.

Na beira do caos? No way

Arena do Miami Heat, time de basquete da NBA. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Miami – Acima, o ginásio do Miami Heat.

A quadra está localizada no limite continental da cidade – no centro comercial (Downtown) – , antes da ponte com destino até Miami Beach, em uma ilha paradisíaca. Entre os dois extremos, o porto da cidade, de onde eu tirei esta foto.

Nesta quadra ultramoderna, construída em 1999 ao custo de R$ 213 milhões, o Miami Heat vai enfrentar nesta quarta-feira, às 19h (horário local), o Phoenix Suns, em uma partida que vai reunir duas equipes tradicionais da NBA, a milionária (que novidade!) liga norte-americana de basquete.

Até o momento, o Miami Heat, da fera LeBron James (US$ 14,5 milhões de salário apenas pela temporada 2010/2011), já disputou dez jogos, com seis vitórias e quatro derrotas. A franquia (afinal, trata-se de um negócio) está na 5ª colocação entre as 15 equipes da Conferência Leste da NBA.

Este início de campanha irregular não preocupa a direção do Heat, campeão da NBA na temporada 2005/2006. O time tem respaldo da torcida e do mercado. Aqui, o Miami Heat é uma espécie de “Boca Juniors” de quinquilharias (entenda AQUI).

Em tempo: o nome oficial da quadra, como não poderia deixar de ser, foi alvo de um contrato de naming rights, assinado com uma das maiores companhias aéreas dos EUA, a American Airlines – veja o site oficial da arena AQUI.

A capacidade? 19.600 lugares. Oficialmente, os Aflitos tem capacidade para 19.800.

O blogueiro vai tentar assistir ao jogo. Se conseguir, novo post…

Acelerando na Ocean Drive

Fan Fest da Nascar na praia de Miami, nos Estados Unidos. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Miami – Um país dividido por inúmeros esportes de ponta, de grande apelo popular e captação e produção de cash. Nos Estados, o minimalismo passa longe. A ode ao gigantismo toma conta dos esportes por aqui. No automobilismo, por exemplo, existe pelo menos uma dezena de categorias, com carros de todos os tipos.

Fórmula 1? Nada disso. Aqui, os campeonatos nacionais têm destaque absoluto. A decisão do Mundial de F1 no último domingo mereceu apenas um registro na seção de “resultados”  no USA Today, o jornal de maior circulação no país.

Nos EUA o que vale mesmo são as corridas de Nascar, com públicos de 300 mil, 400 mil pessoas nos autódromos ovais durante a temporada. Paralelamente ao campeonato, a promoção da marca segue a todo vapor durante todo o ano.

Nesta terça-feira começou a ser montado na Ocean Drive, famosa avenida na orla de Miami Beach, uma Fan Fest da Nascar. Caminhões chegando a todo momento e despejando na areia os protótipos originais da Nascar – até o início da tarde já havia cinco  – , além de “carrões” de marcas famosas.

Apesar do calor de 30 graus, foi meio difícil “ignorar” a presença dos carros, com direito a palco para shows etc. Qual é a explicação? É bem “simples”. A corrida de Homestead-Miami Speedway irá encerrar a temporada da Nascar, neste domingo.

Espetáculo mesmo foi a presença dos carros da Nascar, pois carro de luxo é a coisa mais fácil de se encontrar neste bairro da cidade…

Saiba mais sobre o circuito localizado no sul de Miami AQUI.

Fan Fest da Nascar na praia de Miami, nos Estados Unidos. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Primeiro pôster. Primeiro protesto

Seleção Brasileira vence a amistoso contra os EUA por 2 x 0, em Nova Jersey (10-08-2010). Foto: CBF/divulgação

Não vi o jogo da Seleção Brasileira na noite de terça-feira, assim como muitos milhões de brasileiros. No meu caso, eu estava envolvido com os clubes locais na Série B. Muitos brasileiros não assistiram porque não quiseram, é claro. Mas a maior parcela da torcida (indiscutível) ficou alheia ao primeiro amistoso da Era Mano por causa da transmissão da partida, que simplesmente não existiu em sinal aberto na TV.

De qualquer forma, pelos melhores momentos da vitória por 2 x 0 sobre os Estados Unidos e com o respaldo do restante da imprensa, vale colocar aqui a foto oficial da CBF da primeira “esquadra” do Brasil até a Copa do Mundo de 2014.

Agora, o protesto. Naturalmente, não é para o futebol apresentado em Nova Jersey, mas para a organização fora dele. Uma “dica” para a CBF:

Na próxima vez que assinar um contrato para a concessão de transmissão de jogos pela TV, coloque a cláusula de obrigatoriedade de todas as partidas… Se a emissora detentora dos direitos, por qualquer que seja o motivo, não quiser passar, que ela repasse os direitos daquele jogo a outra emissora (como multa). Grato.

Em tempo: a Uefa obriga por contrato a transmissão da final da Liga dos Campeões da Europa para quem adquirir os direitos da competição.

Time do pôster da estreia. Em pé: Thiago Silva, Pato, André Sandos, David Luiz, Ganso e Victor; agachados: Daniel Alves, Lucas, Neymar, Robinho e Ramires.