Evandro Carvalho assumiu a presidência da FPF em agosto de 2011.
Vice do finado Carlos Alberto Oliveira, o dirigente encarou um mandato até 2015.
Das ideias de modernidade na federação, incluindo reforma estutural, às polêmicas recorrentes com os grandes clubes e algumas derrotas no tapetão.
No entanto, é inegável que Evandro tornou-se um dos principais personagens do futebol estadual, sempre fazendo questão de apresentar os feitos da entidade e mostrar serviço – segundo ele. Seja onde for.
Na maioria das vezes, ações acompanhadas de frases polêmicas.
Desta vez, esteve em um evento voltado para os municípios, onde posou para uma foto oficial. O blog adaptou a imagem e lança um desafio ao torcedor…
O que pensa Evandro Carvalho na presidência da FPF? Fale sobre a gestão.
“Clubes garantiram acessos no Brasileirão, vários projetos entraram em campo, novas parcerias de sucesso foram feitas, além de muitas outras conquistas que comprovam a competência da estratégica e moderna gestão do presidente Evandro Carvalho”.
A declaração faz parte do balanço de ações da FPF em 2013, o “Pernambuco – Futebol de Primeira”, apresentado durante a assembleia que marcou a aprovação por unanimidade da federação pernambucana de futebol, entre 74 clubes e ligas municipais presentes na sede da entidade.
Confira o relatório completo e tire as suas próprias conclusões.
O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, acredita que a “democracia” atrapalhou a composição da tabela do Estadual.
Por mais surpreendente que seja a afirmação, não é a primeira vez que o dirigente alega isso após uma confusão administrativa na FPF.
Segundo ele, o fato de ouvir todos os clubes na formatação da tabela oficial, sobretudo as principais camisas do Recife, acaba gerando inúmeros conflitos.
Tal clube quer estrear em casa, um não aceita disputar clássicos à noite e o outro não quer disputar as últimas partidas como visitante.
Tira aqui, encaixa ali, num verdadeiro quebra-cabeças… Nem sempre possível.
De forma inacreditável, a tabela de 2014 saiu somente às 20h do sábado, com a primeira rodada marcada para as 16h de domingo. Na próxima edição, Evandro promete fazer uma tabela sem consulta alguma às equipes.
Na verdade, Evandro, você até pode consultar os clubes, desde que o calendário seja revelado faltando no máximo 60 dias para o início da competição.
A partir daí, ouvir qualquer time e modificar a estrutura vira um problema.
E nem é uma questão democrática, mas sim o que preza o Estatuto do Torcedor.
No início de 2014, o presidente do Sport, João Humberto Martorelli, teve a boa e necessária ideia de estimular uma campanha para a paz no futebol local.
O projeto Futebol de Paz foi lançado em 22 de janeiro, na sede da FPF, com a presença do dirigente e dos mandatários de Náutico, Glauber Vasconcelos, e Santa Cruz, Antônio Luiz Neto. O discurso, enfim, parecia afinado.
A ideia foi composta por seis diretrizes, todas elas com o objetivo de evitar o aumento do clima hostil no futebol pernambucano, com material de divulgação nos clubes, nos jogos e nas redes sociais. A primeira delas é a seguinte:
“As entrevistas dos três presidentes e dos diretores dos três clubes serão sempre exaltando a paz, nunca de uma rivalidade que gere promoção da rivalidade e da violência.”
Menos de um mês após a bandeira branca tremulada, logo o próprio Martorelli feriu o primeiro ponto do acordo, destinado aos gestores do esporte.
No calor da confusão sobre a tabela do Estadual, que foi parar no STJD e resultou no adiamento do clássico entre Náutico e Sport na primeira rodada – a uma data a ser definida -, o presidente rubro-negro declarou o seguinte à Rádio Jornal.
“É evidente que o Náutico está com medo de enfrentar o Sport. Isso é o que me parece mais óbvio.”
O dirigente é um advogado conceituadíssimo na região, mas à frente do futebol do clube parece ter faltado um pouco de traquejo nesta confusão.
A bandeira branca a meio mastro no Recife, mais uma vez.
“O Náutico vai jogar onde eu mandar. Se eu mandar o Náutico jogar na lua, ele vai. Se não jogar, ele perde os pontos.”
O presidente Evandro Carvalho havia feito pouco caso da ameaça do Náutico sobre a tabela do campeonato estadual, em declaração ao blog De Primeira.
Na verdade, o tom do dirigente foi bem arbitrário…
Pois o Alvirrubro entrou no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) para que a tabela original do Pernambucano fosse mantida.
Após várias mudanças, foi agendado um clássico entre Náutico e Sport na Arena Pernambuco, no dia 10, o que irritou a direção timbu.
Isso porque a rodada original, divulgada no arbitral, em outubro do ano passado, apontava Náutico x Central, também na arena, mas no dia 9. Ainda houve uma segunda tabela com Sport x Náutico, revelada em 31 de janeiro.
A apenas dois dias do início da competição, o TJD-PE acatou o pedido da direção alvirrubra, com base no artigo 9º do Estatuto do Torcedor, que determina que a tabela final deve ser divulgada até 45 dias antes do início.
Portanto, só valeria a primeira das três tabelas.
O calendário mudou de novo. O torneio começa no domingo, sem jogos na Lua.
O Estadual foi rebatizado pela primeira vez em 2011. Após firmar um contrato através do naming rigths, a FPF cedeu os direitos sobre o nome da competição.
Assim, o torneio tornou-se oficialmente “Campeonato Pernambucano Coca-Cola”. O acordo de quatro anos renderia R$ 600 mil por edição.
Valor abaixo da estimativa de R$ 800 mil em 2009, quando o torneio quase se chamou “Campeonato Pernambucano Brahma Fresh de Futebol”. O veto à venda de bebidas alcoólicas nos estádios inviabilizou o acordo.
Com a Coca-Cola, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, garante ter elevado a cota nos últimos dois anos, apesar de não revelar a quantia.
O modelo foi aprovado pela cúpula da entidade e a competição continuará tendo o nome atrelado a um patrocinador. O mesmo ocorre na Copa do Brasil (Sadia), Libertadores (Bridgestone) e Sul-Americana (Total), por exemplo.
O novo contrato já está sendo formulado, novamente com quatro anos de duração. Entre 2015 e 2018, a competição local terá um novo nome.
São quatro empresas na briga, incluindo a própria Coca-Cola.
Quantas temporadas são necessárias para que a denominação comercial do torneio seja adotada pelo torcedor?
No Estadual de 2013 e após as duas primeiras rodadas a edição de 2014.
Na última reportagem, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, justificou que a troca de ingressos do Todos com a Nota vem ocorrendo de forma regular, na véspera e com a ajuda de empresários nas cidades presentes na competição.
Sobre os estádios vazios, o dirigente afirmou em entrevista ao blog, na sede da entidade, que só a troca é informada no borderô, mas que o “público presente” – uma vez que muitas pessoas com bilhetes acabam não indo – também vinha sendo informado.
Apenas no sistema de som, durante os jogos. Nenhum registro no borderô ou no site oficial da federação. Mas nem isso vem sendo seguida à risca.
Nesta quinta, na partida adiada entre Vitória e Pesqueira, no Carneirão, o locutor do estádio anunciou às pressas apenas o público total, com “4.960” pessoas.
Obviamente, não havia nem 10% dessa quantidade na arquibancada. Segundo a FPF, deveria ter sido informado também o público real.
A imprensa presente no local cobrou a informação. E não recebeu resposta…
O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, constuma ser bastante convicto em suas declarações.
No entanto, o dirigente escorrega algumas vezes ao depositar uma confiança bem maior do que o fato. Aqui, quatro episódios nos quais as suas certezas não se tornaram realidade. Longe disso.
Treze fora da Série C (18/06/2012)
“Acredito que vamos conseguir anular a competência do Treze, assim como foi feito com o Brasil de Pelotas. Agora nos resta esperar e torcer pela resolução do caso, para sabermos quando a Série C terá início.”
O Treze continuou ganhando todas as disputas na justiça comum e acabou articulando um acordo com a CBF. Permaneceu na Série C e retirou a ação.
Finalíssima do Pernambucano na Arena Pernambuco (22/02/2013)
“O interesse e desejo da Federação Pernambucana era que todas as partidas da final, sejam duas ou três, fossem todas realizadas na Arena Pernambuco. Mas a FPF não pode exigir dos clubes, tal compromisso, porque as equipes tem o direito referente a primeira e segunda partida. Desse modo, o regulamento da competição prevê que se por acaso houver a terceira partida, o playoff, que é muito provável, esta partida será disputada na Arena Pernambuco.”
A declaração de Evandro aconteceu sem uma consulta ao secretário extraordinário na Copa no estado, Ricardo Leitão. No fim, nem houve o terceiro jogo. Porém, àquela altura, a arena já havia sido vetada pelo governo.
Sem Clássico dos Clássicos na Copa Sul-americana (16/07/2013)
“Mudar esse jogo é mais fácil do que alterar o horário do jogo de domingo do Santa Cruz na Série C (das 19h para as 16h). O que a Comnebol divulgou foi apenas um estudo, que vai ser submetido à CBF.”
Apesar do desejo do mandatário, cuja explicação jamais foi dita publicamente com segurança, o inédito clássico internacional foi mantido pela Conmebol.
Liminar do Betim cassada (21/10/2013)
“A partida vai acontecer normalmente, porque a liminar vai ser cassada. Isso não aconteceu antes devido ao expediente da CBF, que só começa a partir das 12h. Acredito que até as 14h ou até antes tudo isto esteja resolvido”
O dirigente garantiu a disputa entre Mogi Mirim e Santa Cruz , pelas quartas de final da terceirona. Entretanto, a liminar não foi cassada e o jogo no interior paulista foi cancelado. E o Betim voltou ao campeonato.
A centésima edição do Campeonato Pernambucano foi definida no conselho arbitral neste 30 de setembro. As diretorias dos dez clubes classificados – outros dois virão da vigente segunda divisão – e o departamento técnico da FPF debatarem por mais de uma hora para chegar a à fórmula final, levando em conta o calendário enxuto disponibilizado pela CBF.
No calendário oficial, seriam apenas 21 datas para o Estadual, somando todas as fases. Em tese, como sempre. Ao contrário das temporadas passadas, a imprensa só teve acesso ao salão nobre da federação após a algazarra.
A primeira novidade é o estilo europeu, forçando a barra, com a temporada 2013/2014. A competição começará em 8 de dezembro, com os nove clubes intermediários. O primeiro turno será disputado em partidas de ida e volta.
Os três primeiros colocados da fase preliminar se juntarão a Santa Cruz, Sport e Náutico e disputarão o hexagonal principal, também em turno e returno.
Em seguida, os quatro primeiros colocados avançarão ao mata-mata, com semifinal e final, ida e volta. Não haverá vantagem na campanha, gol fora de casa ou saldo de gols. Nem mesmo cartões. Em caso de igualdade nos pontos, pênaltis. Ou seja, 1 x 0 e 0 x 5 resultarão em penalidades. Apenas Santa e Sport votaram contra essa norma bizarra, proposta pelos demais clubes, diga-se.
A grande final, ao contrário dos últimos anos, em maio, será abril, no dia 13.
Ao todo, os grandes clubes da capital precisam jogar 14 partidas para levantar a taça. Já os times do interior atuarão até 30 vezes. Vale lembrar que o trio de ferro jogará o Nordestão a partir de janeiro, podendo ir de seis partidas (1ª fase) a doze jogos (final). Haja correria no calendário no ano da Copa do Mundo…
Nota 1: os times que subirem da Série A2 terão que correr para participar a elite.
Nota 2: o torneio será transmitido desde a primeira fase, através do Sportv.
O Campeonato Pernambucano de 2013 foi confuso, com um primeiro turno sem sentido, uma fase principal achatada e critérios de desempate inacreditáveis, apelando até para a moedinha. Devido ao calendário apertadíssimo em 2014, com um mês dedicado à Copa do Mundo, a tendência é que o torneio passe por uma reformulação. E que seja ainda mais corrido.
Em entrevista ao blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, informou o objetivo de organizar uma competição com menos de 21 datas.
“Já tivemos 26 datas, já em uma negociação com a CBF (que libera apenas 23 para os estaduais). Em 2014, não terá jeito. Será menor”.
Ainda não há uma fórmula padrão. A direção de competições da federação encomendou um estudo, com três propostas. Em uma delas, o torneio começaria ainda neste ano, só com os clubes intermediários.
Em comum em todas as opções, com doze clubes e com o turno principal após o Nordestão, está a manutenção do já popular sistema de semifinal e final, com jogos de ida e volta. O dirigente já havia adiantado a ideia de organizar um campeonato com 60 times, mas o “projeto” ficará para 2016 (veja aqui).
No dia 30 setembro, portanto, teremos o conselho técnico do Estadual. A reunião sobre a 100ª edição do Campeonato Pernambucano…
Como novidade assegurada, a realização da primeira final da história na Arena Pernambuco. Uma norma costurada através de contratos de trinta anos com o Náutico e de cinco temporadas com o Sport. Fora isso, uma articulação encaminhada com o Santa apenas para a decisão, segundo a FPF.
Contudo, dificilmente o local será imposto por escrito no regulamento…
“A final na Arena Pernambuco é um caminho natural, como entendemos. Estamos conversando com todos os clubes para definir logo o estádio”.
Até lá, fica a expectativa do esboço do torneio, com o mínimo de motivação.