Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Salgueiro com a decisão em casa

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

Foi a melhor campanha da história do Salgueiro no hexagonal do título, com 76% de aproveitamento. Assegurou a liderança com duas rodadas de antecedência. Hoje, já tem uma boa ótima pontuação até projetando uma decisão do campeonato em casa – cujo mando será definido na soma do hexagonal e da semi. Leva o peso do futebol do interior, até hoje sem o título pernambucano. Mas leva com responsabilidade, sendo o único com elenco regular e com campo apto para receber o Trio de Ferro. Seu treinador, Evandro Guimarães, está lá há quase um ano.

Há duas edições, ficou bem pertinho da taça, numa decisão com apenas um gol – Anderson Aquino, do Santa. Em 2017, chega mais consolidado, com nomes já conhecidos do futebol pernambucano, como Rodolfo Potiguar, Moreilândia e Tamandaré. Este conjunto é a força do clube sertanejo, que mantém a figura de azarão mesmo com a campanha realizada, ao menos na visão do blog. No hexagonal, não perdeu no Recife, com duas vitórias (Náutico e Santa) e um empate (Sport). Tal desempenho como visitante será essencial para turbinar o seu mando, com um sol daqueles.

Desempenho na semifinal (2010/2016): 4 participações e 1 classificação
Vs Santa Cruz na semifinal: 1 confronto (2012) e 1 eliminação

O esquema tático sertanejo explora as laterais, sobretudo a direita. Fora de casa, jogada bem fechado, com Potiguar avançando menos que de costume

Formação básica do time titular do Salgueiro no Estadual de 2017. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpo/DP

Destaque
Valdeir. O meia-atacante terminou o hexagonal como vice-artilheiro, com 4 gols. E mostrou bom futebol contra o Trio de Ferro, nos jogos que realmente importam na fase. Aos 25 anos, pode se útil até num centro maior.

Aposta
Willian Lira. O centroavante de 1,85m soma seis gols no Estadual, sendo quatro na 1ª fase e dois no hexagonal. Tem presença de área, sendo bastante procurado por Tamandaré, com forte jogada na linha de fundo.

Ponto fraco
Reposição. Dos quatro semifinalistas, é o time com menos opções de mudança, técnica e tática. A equipe é entrosada, mas em caso de lesão ou suspensão, pode apresentar uma fragilidade além da tolerável.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
23 pontos (líder)
7 vitórias (1º que mais venceu)
2 empates (4º que mais empatou)
1 derrota (quem menos perdeu)
17 gols marcados (2º melhor ataque)
6 gols sofridos (melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro, em 2 de março, no Arruda.